Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 23 de julho de 2020
1984 de George Orwell, resenhado em 1949 por Lionell Trilling, na New Yorker
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
George Orwell redivivo: 1984 atual - James M. Dorsey (The Globalist)
1984 Revisited: The Rise of the Neo-Authoritarians
The graphic warnings in George Orwell’s prophetic novel 1984 are as relevant today as they were when it was first published 70 years ago.
Orwell’s dark vision: Live around the globe
Media on the defensive
Perverted civilizational models
Common ground
Back to the future
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Reflexao do dia: George Orwell (sempre ele...)
Como a Birmânia parece ter deixado para trás (esperemos que de forma definitiva) o Estado orwelliano que a caracterizou durante mais de quatro décadas de regime militar "socialista", eu havia comprado dois livros para conhecer melhor o país nesta fase de sua nova integração ao mundo.
O Brasil, inclusive, abriu uma embaixada em Rangoon (antigo nome da capital sob o império britânico), mas isto foi uma decisão companheira, adotada quando a Birmânia (ou Mianmar, como eles preferem ser chamados agora) ainda era uma ferrenha ditadura, o que combina totalmente com o espírito companheiro: basta ser ditadura, que eles são aliados incondicionais.
Enfim, os livros são estes:
George Orwell:
Burmese Days
Edição Penguin, de 1989, mas baseada na primeira edição que a editora fez em 1944, quando foram corrigidas adaptações que o autor teve de fazer em 1935, a pedido do editor comunista Victor Gollancz, e que seguiu a primeira edição americana de 1934, corrigida depois pelo autor.
Emma Larkin:
Finding George Orwell in Burma
Edição da Penguin de 2004, mas com um epílogo atualizado em 2011, depois que a ditadura organizou eleições, ainda controladas, mas já num processo de abertura gradual.
O primeiro eu comprei barato na Abebooks; o segundo na Amazon, pois se trata de livro relativamente novo.
Enfim, a frase que eu encontro na abertura do livro da Emma Larkin é a seguinte, muito citada, extremamente conhecida e no entanto absolutamente verdadeira:
Who controls the past controls the future;
who controls the present controls the past.
Nineteen Eighty-four
Perfeito para os dias que correm e para o que estão fazendo os companheiros, não é mesmo?
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 24/09/2014
terça-feira, 11 de junho de 2013
1984, versao 2013; patrocinio: Governo Obama - The Huffington Post
George Orwell's '1984' Book Sales Skyrocket In Wake Of NSA Surveillance Scandal
domingo, 30 de janeiro de 2011
O Big Brother em acao: George Orwell is alive and kicking...
Mesmo sendo disseminado o uso da internet na China, seus mandarins -- e hackers contratados especialmente para estes objetivos, espécies de thugs sob o comando do Grande Irmão -- demonstram que é possível, sim, isolar mais de um bilhão de pessoas do fluxo político da contemporaneidade. Talvez seja por pouco tempo, mas um George Orwell revisitado certamente teria muito a dizer sobre isso.
Um desafio para os cientistas políticos, para os simples observadores de relações internacionais.
Paulo Roberto de Almeida
El Gobierno chino teme el contagio y censura la palabra Egipto en los ”microblogs’
El País, 30/01/2011
Pequim – Las autoridades chinas no quieren correr riesgos ante la posibilidad de un efecto decontagio de las protestas en favor de la democracia ocurridas en Egipto, Túnez y otros países musulmanes. Pekín ha bloqueado la palabra “Egipto” en los microblogs de portales como Sina.com y Sohu.com, que, cuando se efectúa una búsqueda, devuelven el mensaje “De acuerdo con las leyes, regulaciones y políticas relevantes, los resultados no pueden ser mostrados” o dicen que no han sido encontrados.
Los microblogs chinos son similares a Twitter -que, al igual que Facebook y Youtube, está bloqueado en el país asiático-, y se han convertido en una potente herramienta de difusión de información, aunque también de rumores, debido a la falta de confianza de los jóvenes en los medios oficiales. El servicio de Sina.com cuenta con más de 50 millones de usuarios, un campo de cultivo demasiado sensible para que los censores lo descuiden.
Pekín posee uno de los sistemas de censura de Internet más sofisticados del mundo, gracias, en parte, a tecnología suministrada por empresas extranjeras, con el que logra con bastante éxito controlar lo que pueden ver, leer y publicar sus 450 millones de internautas.
Las revueltas en Egipto y las imágenes de los tanques en las calles de El Cairo han traído a la memoria de muchos chinos los recuerdos de las protestas de Tiananmen, en la primavera de 1989, y la consiguiente represión a manos del Ejército, en la que murieron entre cientos y miles de personas, según las fuentes. Las manifestaciones, a favor de reformas políticas y democracia, fueron catalizadas por la corrupción y la inflación.
China es hoy muy distinta de la de aquellos años. La economía ha progresado a un ritmo vertiginoso y la conciencia política de la inmensa mayoría de los jóvenes -más interesados en ganar dinero que en pedir libertades- está anestesiada, en gran parte por la ausencia de información en los medios de comunicación y los libros de historia sobre lo ocurrido en 1989, y por la falta de cualquier debate político en una prensa totalmente controlada por el Gobierno.
Sin embargo, la corrupción sigue siendo rampante, las desigualdades sociales están entre las mayores del mundo, la inflación ha alcanzado niveles peligrosos (4,6% en diciembre pasado) y entre los intelectuales hay demandas crecientes de libertad y reformas.
La prensa oficial ha informado en los últimos días de las revueltas en Egipto, e incluso de los cortes de Internet y el servicio de telefonía móvil en El Cairo. Pero lo ha hecho de forma limitada, y ha aprovechado lo sucedido para lanzar un mensaje que más parece destinado al consumo de su propia población. El diario Tiempos Globales, publicado por el Partido Comunista, asegura hoy en un editorial que la democracia no es compatible con las condiciones existentes en Egipto y Túnez, y que “las revoluciones de color” -en referencia al término aplicado por primera vez para describir las protestas en favor de reformas políticas en las antiguas repúblicas soviéticas- no pueden lograr democracia real.
“La democracia está todavía muy lejos en Túnez y Egipto. Para que la democracia tenga éxito son necesarios cimientos sólidos en economía, educación y temas sociales. Cuando se trata de sistemas políticos, el modelo occidental es solo una de las opciones”, señala la publicación. Los dirigentes chinos han declarado en repetidas ocasiones que China nunca copiará el sistema de democracia occidental.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
1984, and the like (uma certa sensacao de deja vu...)
Claro que a obra de George Orwell é um exagero, pois se trata de uma novela. Ela representa o paroxismo do que seria viver num Estado absolutamente totalitário e policialesco, algo assim como uma Coréia do Norte pelo culto ao lider, uma Cuba pela miséria materia e moral, servidos por uma Stasi muito mais poderosa e onipresente, tudo isso elevado ao cubo, ao quádruplo, exponencialmente sei lá. Orwell não conhecia a União Soviética, ele apenas a conhecia de relatos e da ação dos soviéticos e seus aliados na Guerra de Espanha, e na própria Grã-Bretanha de sua época, uma época de stalinismo triunfante e de imbecilização dos comunistas (bem, não sei se melhorou desde então, talvez não; vale conferir no site do PCdoB).
Já andei por estados candidatos a réplicas de Orwell, ou melhor, cópias imperfeitas de 1984, já visitei alguns (vários, aliás), já me estarreci com o ambiente kafkiano que emanava de tudo (por sinal, li O Processo de Kafka num desses estados stalinistas).
O Brasil não tem condições de virar um Estado orwelliano.
Mas certas pessoas e movimentos se esforçam para construir um fascismo ordinário no país, aliás bem ordinário, desses que já despontam nos arredores.
Tem gente que adora ditaduras...
Paulo Roberto de Almeida
“Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força”
Blog Reinaldo Azevedo
03/08/2010 - às 13:58
Os regimes autoritários têm grande preocupação com a linguagem. Não basta apenas calar a divergência: também é preciso submeter a língua a uma torção que inverta o sentido das palavras. George Orwell, no livro “1984″, foi ao ponto. Vocês se lembram qual era o lema do “Partido”?
“Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força”.
Em “Oceania”, a Polícia do Pensamento se encarregava de manter a ordem. Dicionário, por lá, nem pensar: o vocabulário foi escoimado das palavras que pudessem servir à expressão de um pensamento de oposição.
Em “1984″, o Ministério do Amor reprimia o desejo, além de torturar os rebeldes; o Ministério da Verdade se encarregava de censurar as más notícias e de criar mentiras a serviço do Partido; o Ministério da Fartura administrava a fome, e o Ministério da Paz conduzia os assuntos da guerra.
Os indivíduos tinham direito a seus “dois minutos de ódio” contra os inimigos em eventos patrocinados pelo Grande Irmão.
O livro é o retrato do horror. Para muitos, no entanto, trata-se de uma promessa de futuro.