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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Sim, o livre comercio aumenta sim a riqueza; nao, ele nao aumenta a desigualdade - Diego Cerdeiro, Andras Komaromi

Certas coisas, certas afirmações, certas suposições, certas crenças, até mesmo certos argumentos, precisam ser testados não apenas contra evidências empíricas, ou seja, dados reais, aferíveis, retirados de indicadores fiáveis, mas também contra exercícios econométricos, que podem isolar fatores causais, e ver como os vetores se comportam em uma ou outra situação.
Pois bem, de acordo com esses dois testes, o livre comércio está positivamente associado ao crescimento da renda da população, ao passo que não existem evidências de que ele concentre renda.
Vejam abaixo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 14 de dezembro de 2017




DIEGO CERDEIRO, International Monetary Fund (IMF)
Email: 
ANDRAS KOMAROMI, International Monetary Fund (IMF)
Email: 

.In the cross section of countries, there is a strong positive correlation between trade and income, and a negative relationship between trade and inequality. Does this reflect a causal relationship? We adopt the Frankel and Romer (1999) identification strategy, and exploit countries' exogenous geographic characteristics to estimate the causal effect of trade on income and inequality. Our cross-country estimates for trade's impact on real income are consistently positive and significant over time. At the same time, we do not find any statistical evidence that more trade increases aggregate measures of income inequality. Heeding previous concerns in the literature (e.g. Rodriguez and Rodrik, 2001; Rodrik, Subramanian and Trebbi, 2004), we carefully analyze the validity of our geography-based instrument, and confirm that the IV estimates for the impact of trade are not driven by other direct or indirect effects of geography through non-trade channels.