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terça-feira, 6 de abril de 2021

Brasil deve considerar fazer lockdown, diz Anthony Fauci - Entrevista exclusiva a Mariana Sanches (BBC-Brasil, de Washington)

 EXCLUSIVO 1) Líder do combate à covid-19 nos EUA, o médico Anthony Fauci me disse hoje q situação de pandemia do Brasil é 'mto grave' e se espalha pela América do Sul. País precisa acelerar vacinação e adotar medidas como 'lockdown'.

bbc.com

Exclusivo: Brasil deve considerar seriamente fazer lockdown, diz Anthony Fauci

  • Mariana Sanches - @mariana_sanches
  • Da BBC News Brasil em Washington

Enquanto grande parte do mundo vê uma diminuição no número de casos e mortes por covid-19, o Brasil vive seu maior pico na pandemia e responde hoje por um em cada três mortos pelo novo coronavírus no mundo. 

"Todos reconhecem que há uma situação muito grave no Brasil", afirmou o médico americano Anthony Fauci em entrevista exclusiva à BBC News Brasil.

Fauci é um dos olhares preocupados que a situação sanitária do país atraiu. Líder da força-tarefa contra a pandemia nos Estados Unidos, o médico ganhou proeminência global ao contrariar publicamente as declarações do então presidente americano Donald Trump, que minimizou a gravidade da pandemia e atuou contra medidas de distanciamento social e a favor de tratamentos sem eficácia comprovada contra a covid, como a hidroxicloroquina. 

Fauci prefere não tratar o Brasil como "ameaça", termo corrente na imprensa internacional diante da onda de contágio brasileira, mas reconhece que a grave situação do Brasil está se espalhando pela América do Sul e que, para contê-la, serão necessárias duas medidas: aumento na vacinação e adoção de medidas como lockdowns

"Não há dúvida de que medidas severas de saúde pública, incluindo lockdowns, têm se mostrado muito bem-sucedidas em diminuir a expansão dos casos. Então, essa é uma das coisas que o Brasil deveria pensar e considerar seriamente dado o período tão difícil que está passando", argumentou Fauci. 

Há três dias, no entanto, o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, praticamente descartou essa medida ao dizer que "a ordem é evitar lockdown". 

Na outra frente, a das vacinas, a situação também não é confortável: apenas 20 milhões de brasileiros (pouco mais de 9% da população) já receberam ao menos uma dose de imunizante, e no ritmo atual não chegaria à metade da população neste semestre. 

Depois de recusar ofertas de vacinas da Pfizer, ameaçar boicotar a CoronVvac e não buscar outros fornecedores além da AstraZeneca-Oxford, cuja fabricação pela Fiocruz vem sofrendo sucessivos atrasos, o governo Bolsonaro se viu sem muitas opções para acelerar a chegada das vacinas aos braços brasileiros. 

Desde março deste ano, o governo federal tenta negociar a compra de alguns milhões de doses da vacina AstraZeneca-Oxford que estão sem uso nos Estados Unidos atualmente e não devem ser necessárias ao país, que conta com estoques de Pfizer, Moderna e Janssen suficientes para a população.

Fauci, no entanto, indica que os Estados Unidos não devem repassar essas doses ao Brasil em uma negociação bilateral. 

"Os Estados Unidos já desempenham um papel importante na tentativa de levar vacinas para outros países que precisam. Nós retornamos à Organização Mundial de Saúde (OMS), estamos nos juntando ao Covax", afirmou Fauci, em referêcia ao consórcio de países lderado pela OMS para distribuir vacinas aos países mais pobres.

O médico completou: "E já deixamos bem claro que assim que levarmos as vacinas para a esmagadora maioria das pessoas nos EUA, além de termos o suficiente para reforços, colocaremos o excesso de vacina à disposição dos países em todo o mundo que precisarem". 

Segundo ele, isso seria feito via Covax, que, no entanto, não deve trazer grande alívio à condição do Brasil, já que o governo federal optou por participar da iniciativa apenas com a cota mínima, de 42 milhões de doses (e até agora só recebeu 1 milhão delas).

Fauci, que chefia o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) desde 1984, não quis comentar sobre a responsabilidade de Bolsonaro no agravamento da pandemia. 

Ele disse, no entanto, que o exemplo dos Estados Unidos, onde mais de 550 mil morreram de covid-19, mostra ao Brasil que "negar a gravidade do surto nunca ajuda. Na verdade, muitas vezes piora a situação". 

"Para controlar uma epidemia, você precisa admitir que tem um problema sério. Depois de admitir que tem um problema sério, você pode começar a fazer as coisas para resolvê-lo", afirmou Fauci. 

Para ele, os países que tiveram mais eficiência em lidar com a covid-19, como Austrália e Nova Zelândia, devem seu sucesso ao acerto de um comando central que contou com a cooperação da população. "Quando você tem conflitos, sejam eles políticos ou não, isso sempre diminui a eficácia do controle do vírus."

Leia a seguir os principais trechos da entrevista de Anthony Fauci à BBC News Brasil.

BBC News Brasil - Um em cada três mortos por covid-19 no mundo hoje é do Brasil. No país, as pessoas estão morrendo sem acessos a UTIs, há falta de oxigênio e sedativos em hospitais e uma desproporção no número de mortes de jovens. Como avalia o que está acontecendo? 

Anthony Fauci - O Brasil está passando por uma situação muito infeliz. A variante P1, que parece estar dominando o país, tem a característica de ser muito eficiente na propagação de pessoa para pessoa. Não temos certeza se causa uma doença mais séria (do que o vírus da covid-19 original), mas muito provavelmente pode. 

E, dado de que o Brasil ainda não vacinou uma grande proporção de sua população, é bastante compreensível que o sistema de saúde no Brasil esteja sobrecarregado. Está tendo um grande aumento de casos que teve um impacto muito negativo sobre o sistema de saúde, que, em muitos aspectos, não tem sido capaz de lidar com o fluxo de pacientes que chega agora. Então, todos reconhecem que é uma situação muito grave no Brasil.

BBC News Brasil - A vacinação contra covid-19 no Brasil segue em ritmo lento por falta de doses, e o presidente brasileiro foi à Justiça lutar contra a adoção de lockdown, que ele diz que não funciona. Considerando isso, que medidas o Brasil poderia tomar para combater a pandemia? 

Fauci - Não há dúvida de que medidas severas de saúde pública, incluindo lockdowns, têm se mostrado muito bem-sucedidas em diminuir a expansão dos casos. Você não precisa fazer um lockdown sem prazo pra acabar, mas, se restringir a circulação e garantir que todos usem máscara, você não terá pessoas se reunindo em ambientes fechados como em restaurantes e bares, e isso diminui o número de casos.

Portanto, acho importante ressaltar que esses tipos de restrições de saúde pública são cruciais para se obter controle sobre epidemias. Vimos em muitos outros países onde houve uma grande quantidade de casos que, quando as medidas de saúde pública foram implementadas, o número de casos diminuiu drasticamente. Então, essa é uma das coisas que o Brasil deveria pensar e considerar seriamente dado o período tão difícil que está passando.

BBC News Brasil - O jornal americano The Washington Post mostrou que a variante P1, surgida no Brasil, se espalhou pela América do Sul. Ela já foi identificada em 25 países. O mesmo jornal afirmou que a pandemia no Brasil faz do país uma ameaça global. O senhor vê o Brasil como ameaça, não só pela P1 como pela possibilidade de surgimento de outras variantes?

Fauci - Não vou fazer uma declaração de que o Brasil é uma ameaça, porque isso poderia ser tirado do contexto e seria uma frase de efeito infeliz. O que estou dizendo é que o Brasil está em uma situação grave que está se espalhando para outros países da América do Sul, o que é lamentável. E esse é um dos motivos pelos quais é muito importante para a América do Sul e o Brasil, em particular, tentar vacinar o máximo de pessoas o mais rápido possível.

Funcionários de hospitais em Manaus estão trabalhando sem recursos para salvar vidas

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 

Fauci aponta que o Brasil passa por uma situação muito 'infeliz'

BBC News Brasil - Existem doses extras da vacina AstraZeneca-Oxford nos Estados Unidos que não estão sendo usadas. Alguns cientistas do país argumentam que as doses devem ser enviadas ao Brasil o mais rápido possível. Qual sua opinião?

Fauci - Os Estados Unidos já desempenham um papel importante na tentativa de levar vacinas para outros países que precisam. Como você provavelmente sabe, nós retornamos à Organização Mundial de Saúde, estamos nos juntando ao Covax, que é um consórcio de organizações e países cuja finalidade é levar doses de vacina para aquelas partes do mundo que não têm acesso às vacinas. Demos ou já prometemos US$ 4 bilhões (R$ 22,4 bilhões) em recursos para fazer isso. E já deixamos bem claro que assim que levarmos as vacinas para a esmagadora maioria das pessoas nos Estados Unidos, além de termos o suficiente para reforços, colocaremos o excesso de vacina à disposição dos países em todo o mundo que precisam delas.

BBC News Brasil - E isso vai ser feito por meio do Covax?

Fauci - Sim, por meio do Covax.

BBC News Brasil - Os Estados Unidos parecem já ter deixado para trás o maior pico de infecções. Que lições o Brasil pode tirar da experiência dos americanos?

Fauci - Acho que a lição é sempre seguir a ciência da maneira que venho tentando dizer há mais de um ano, porque, se você seguir a ciência, provavelmente terá um melhor controle sobre o vírus e será capaz de seguir as evidências que surgirem. 

Às vezes, é necessário impor restrições mais duras que são diretrizes de saúde pública para controlar a epidemia. Negar a gravidade do surto nunca ajuda. Na verdade, muitas vezes piora a situação. Para controlar um surto, você precisa admitir que tem um problema sério.

Depois de admitir que tem um problema sério, você pode começar a fazer as coisas para resolvê-lo.

O novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 

Fauci se reuniu recentemente com Marcelo Queiroga, o quarto ministro da saúde do Brasil durante a pandemia

BBC News Brasil - É possível determinar o que faz de um país um exemplo de sucesso na pandemia? Poderia dar bons e maus exemplos disso e explicar o porquê? 

Fauci - Não vou dar maus exemplos. Vou te dar bons exemplos. Uma das coisas que é importante é que um país tem que se unir, e as pessoas têm que agir de forma uniforme, reconhecendo que o inimigo comum é o vírus e não ter conflitos sobre qual é a melhor abordagem. É preciso ter uma direção e garantir que a população seja cooperativa no cumprimento das ordens do poder central. 

Vemos em países como Austrália, Nova Zelândia, Taiwan e Cingapura, nos quais uma das decisões tomada foi a de fazer lockdown, e o país seguiu isso e entrou em lockdown. Quando foi a hora de abrir, houve a reabertura. Mas quando se tomou essa decisão de restringir certas coisas, todos cooperaram. 

É realmente uma situação em que é importante que haja cooperação, que as pessoas tenham o objetivo comum de combater o vírus. Quando você tem conflitos, sejam eles políticos ou não, isso sempre diminui a eficácia do controle do vírus.

Enfermeira vacina outra profissional da saúde contra a covid

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 

A melhora da pandemia está diretamente relacionada com o avanço da vacinação, defende Fauci

BBC News Brasil - Deveríamos já ter uma vacina focada especificamente na variante P1?

Fauci - As vacinas funcionam muito bem contra a maioria das variantes. Acho que o importante é levar a vacina ao povo brasileiro o mais rápido possível. Não precisa ser específica contra a P1. A P1 diminui um pouco a eficácia (dos imunizantes), mas não a elimina. Portanto, é possível obter um grande benefício com a vacina padrão.

BBC News Brasil - O senhor vê dias difíceis pela frente para o Brasil?

Fauci - Acho que se você levar as vacinas ao povo brasileiro, as coisas vão melhorar com certeza. Isso é o que importa. Você tem que conseguir controlar (o contágio) com medidas de saúde pública, além de levar o máximo de vacina o mais rápido possível para o povo brasileiro.

BBC News Brasil - Existe uma disputa no Brasil agora porque as pessoas querem ir à igreja. Nós vimos isso nos Estados Unidos. O que diria sobre isso nesse momento difícil da pandemia?

Fauci - Diria que as pessoas precisam evitar ambientes fechados e cheios de gente. Sei que todo mundo quer ir à igreja, e isso é muito importante, mas é preciso ter cuidado ao lidar com lugares lotados. Geralmente, é um local de disseminação do vírus.

Minha mensagem ao povo brasileiro é tentar ao máximo evitar aquelas coisas que levam à propagação do vírus, usar máscaras, evitar ir a ambientes lotados, manter distância física, lavar as mãos. Sempre que você puder. Esses são os elementos básicos de saúde que, se os brasileiros seguirem, poderão controlar a pandemia.



domingo, 11 de outubro de 2020

Fauci says Trump campaign ad twists his words on virus (AFP)

Fauci says Trump campaign ad twists his words on virus 

(AFP) Top government scientist Anthony Fauci said Sunday that an ad aired by Donald Trump's reelection campaign was edited to make him seem to endorse the president's handling of the coronavirus pandemic.

"In my nearly five decades of public service, I have never publicly endorsed any political candidate," Fauci, the longtime director of the National Institute of Allergies and Infectious Diseases, said in a statement sent to AFP.

The 30-second campaign ad cites Trump's personal experience with the virus — "President Trump is recovering from the coronavirus, and so is America," it says — before including a brief clip in which Fauci appears to praise the president's response to the pandemic.

"I can't imagine that anybody could be doing more," Fauci is shown as saying, creating the clear impression he is referring to Trump.

But a complete clip of Fauci's comments, made during an interview in March with Fox News, shows the doctor saying: "I have been devoting almost full time on this. I'm down at the White House virtually every day with the task force. It's every single day. So, I can't imagine that under any circumstances that anybody could be doing more."

In his statement Sunday, Fauci said, "The comments attributed to me without my permission in the GOP campaign ad were taken out of context from a broad statement I made months ago about the efforts of federal public health officials."

Trump defended the clip, and his handling of pandemic, and rebutted the doctor's criticism.

"They are indeed Dr. Fauci's own words. We have done a 'phenomenal' job, according to certain governors," the president wrote in a tweet.

As a leading member of the White House task force on the coronavirus, the 79-year-old doctor has frequently had to walk a fine line in attempting to clarify — or correct — the Trump's often incautious assertions about the disease or the treatments and vaccines being developed against Covid-19.

Fauci has at times aroused Trump's ire, as when the president in April retweeted a message containing the hashtag #FireFauci — before publicly insisting the doctor was doing a great job.



sábado, 10 de outubro de 2020

Dr Fauci: um gigante da maior pandemia do século XXI (até aqui), enfrentando um governo negacionista - La Repubblica

 Entrevista com o virologista estadunidense:" Uma vacina eficaz já poderia estar disponível em novembro ou dezembro, mas será distribuída apenas em 2021".

A entrevista com Anthony Fauci é de Anna Lombardi, publicada por La Repubblica, 08-10-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

"O presidente está certamente melhor: mas deve ter cuidado, não está fora de perigo. Infelizmente, sabemos bem que as recaídas são frequentes entre os doentes de coronavírus. Não participei no seu tratamento e por isso estou apenas me baseando no que vi como todo mundo na TV. A maneira como ele fala, caminha e, sim, até a maneira como respira, me pareceu de uma pessoa que está razoavelmente bem".

Ao telefone de seu consultório em Washington, o médico mais famoso dos EUA, o virologista Anthony Fauci, 79, chefe do Instituto Nacional para a Prevenção de Doenças Infecciosas, não se pronuncia sobre a intenção de Donald Trump de participar a todo custo pessoalmente do segundo debate presidencial agendado para 15 de outubro em Miami, que agora o comitê organizador gostaria de realizar virtualmente. “Se eu tivesse que lhe dar um conselho, diria para ele descansar. E seguir as orientações dos médicos”.

Eis a entrevista.

O presidente Trump parece ter se recuperado muito rapidamente. Ele foi afetado por uma forma leve de Covid 19?

Com base no pouco que sei, diria que não. Suas condições são muito sérias. No entanto, foi tratado bem e rapidamente. Ele tem razão quando diz que os remédios o ajudaram. Mas o problema com esse vírus é que ainda não sabemos o suficiente sobre ele. Especialmente quando se trata de efeitos de longo prazo. Nesse ínterim, eu seria cauteloso por pelo menos mais 5-8 dias. Além disso, alguns sintomas persistem mesmo quando você não está mais infectado e ainda não sabemos como eles interferem nas funções normais.

Os medicamentos usados no seu tratamento são acessíveis a todos?

Os dois principais, certamente: a dexametasona, um derivado da cortisona. E o antiviral Remdesivir. O anticorpo monoclonal Regeneron, por outro lado, foi especificamente solicitado à empresa que o produz, para uso "compassivo". E eu suspeito que isso o ajudou muito. É um medicamento sobre o qual somos cautelosamente otimistas: os testes clínicos ainda não foram concluídos. Mas, in vitro, vimos sua poderosa capacidade de suprimir o vírus. Acho que ele desempenhou um papel determinante para que o presidente se sentisse melhor imediatamente.

Na quarta-feira à noite, durante o debate dos números dois entre o vice-presidente Mike Pence e a senadora democrata Kamala Harris, seu nome foi mencionado várias vezes...

Quando no meio de uma pandemia você tem um papel como o meu, é normal. Isso não me surpreendeu. Mas o meu papel é totalmente bipartidário, trabalho com todos no interesse do país.

Mesmo assim, Kamala Harris deixou claro que a única vacina que ela se sentiria pronta a indicar seria uma vacina aprovada pelo senhor. Não uma eventual "vacina eleitoral" revelada por Trump antes da votação, portanto.

Vou aprovar e recomendar apenas uma vacina segura, aprovada de acordo com os padrões da Food and Drug Administration, a agência governamental que regulamenta os produtos farmacêuticos. Não estamos distantes, uma vacina eficaz já poderia estar disponível em novembro ou dezembro. Mas só será distribuída em 2021. Espero visitar a Itália no próximo Natal. Mas ninguém pode garantir isso.

Será o suficiente para todos?

Penso que sim, também porque não poderemos nos considerar imunes enquanto houver focos no mundo. Há planos de produzir milhões de doses para que não só a parte mais rica do mundo se beneficie dela. Organizações como a Gavi Alliance, a Fundação Bill e Melinda Gates e a própria Organização Mundial da Saúde estão trabalhando em programas que vão nessa direção.

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