Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
Emb. Alexander Marschik (Austria) sobre a crise do multilateralismo, IRbr, 2/10, 15:30
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Economias abertas e fechadas: um debate esquizofrenico...
Acabo de receber este comentário de um Anônimo reincidente, que insiste em se expressar telegraficamente, o que impede saber o que ele pensa, de verdade, sobre o tamanho das economias e suas políticas econômicas.
Ao que parece, como para Engels, quantidade numa certa quantidade (bem, vocês entendem) acaba virando qualidade, ou vice-versa, vocês escolhem...
Então ficamos assim: não existem exemplos de grandes economias abertas. Só pequenas.
Mas o que faço de certos casos: a Albania, por exemplo, dos tempos do Enver Hodja, era uma pequena economia totalmente fechada.
E a economia cubana, que diminui a olhos vistos? Era aberta e está ficando fechada? Ou se abre para os dólares e o petróleo de Hugo Chávez?
Mas será mesmo que não existem grandes economias abertas? Nenhum exemplo?
Puxa vida, essa é surpresa para mim.
Os Estados Unidos devem ser uma miragem, e no seu lugar, naquele pedaço do planeta, deve haver um grande buraco branco, como naquelas antigas cartas geográficas que diziam: "terrae incognitae", ou seja, terras desconhecidas.
Ou então, para o nosso campineiro não estoniano, se trata de uma grande economia FECHADA.
Tão fechada que tem o maior déficit comercial do mundo. Isso que é fechamento (inepto, ao que parece).
Mais ainda: essa economia desafia as leis da oferta e da procura.
Os EUA, como grande economia fechada, conseguem determinar, por exemplo, os preços do petróleo.
Não sei como é que os americanos reclamam tanto da gasolina a 4 dólares o galão. Se eles determinam os preços, por que não colocam o preço a 1 dólar o galão?
Outra surpresa: eu era austríaco e não sabia.
Preciso ir correndo numa biblioteca ou numa livraria e comprar livros sobre os economistas austríacos. Vocês sabem: é chato ser uma coisa e não saber o que pensam os coisos dessa coisa que se chama economia austríaca. E confesso que não sei: não sou especialista em economia austríaca, não sou sequer economista. Só pertenço a essa tribo de irredutíveis ideólogos que são os sociólogos, esses que, em lugar de produzirem riqueza como maná dos céus, que são os economistas desenvolvimentistas da UniCamp, só produzem déficit público, junto com os advogados e os juízes do trabalho.
Puxa vida, como sou grato ao comentarista Anônimo.
Está resolvendo um grave conflito de minha personalidade esquizofrênica. Eu, que nem gosto de sachertorte, sou austríaco em segunda encarnação.
Vou pedir meu passaporte europeu, e comprar aquelas calças curtas ridículas dos austríacos...
Paulo Roberto de Almeida