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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Economias abertas e fechadas: um debate esquizofrenico...

Parece que agora a Estonia já não conta mais, pelo menos não para efeitos de comparação entre o Brasil e esse pequeno país báltico, que caberia, aparentemente, dentro de Campinas, a pátria dos keynesianos de botequim...
Acabo de receber este comentário de um Anônimo reincidente, que insiste em se expressar telegraficamente, o que impede saber o que ele pensa, de verdade, sobre o tamanho das economias e suas políticas econômicas.



Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coitada da Estonia: do tamanho de Campinas...": 
engraçadinho, tamanho faz diferença sim. Pegue qualquer livro-texto de economia, qualquer revista relevante de economia, você verá inúmeros exemplos de "pequena economia aberta"....mas nunca verá exemplo de "grande economia aberta". E a diferença não se restringe ao fato de que uma economia grande é capaz de afetar os preços dos produtos que exporta ou importa. Quem pensa como economista austríaco só pode mesmo pensar como economista de "pequena economia aberta". 



Ao que parece, como para Engels, quantidade numa certa quantidade (bem, vocês entendem) acaba virando qualidade, ou vice-versa, vocês escolhem...
Então ficamos assim: não existem exemplos de grandes economias abertas. Só pequenas.
Mas o que faço de certos casos: a Albania, por exemplo, dos tempos do Enver Hodja, era uma pequena economia totalmente fechada.
E a economia cubana, que diminui a olhos vistos? Era aberta e está ficando fechada? Ou se abre para os dólares e o petróleo de Hugo Chávez?


Mas será mesmo que não existem grandes economias abertas? Nenhum exemplo?
Puxa vida, essa é surpresa para mim.
Os Estados Unidos devem ser uma miragem, e no seu lugar, naquele pedaço do planeta, deve haver um grande buraco branco, como naquelas antigas cartas geográficas que diziam: "terrae incognitae", ou seja, terras desconhecidas.
Ou então, para o nosso campineiro não estoniano, se trata de uma grande economia FECHADA.
Tão fechada que tem o maior déficit comercial do mundo. Isso que é fechamento (inepto, ao que parece).
Mais ainda: essa economia desafia as leis da oferta e da procura. 
Os EUA, como grande economia fechada, conseguem determinar, por exemplo, os preços do petróleo.
Não sei como é que os americanos reclamam tanto da gasolina a 4 dólares o galão. Se eles determinam os preços, por que não colocam o preço a 1 dólar o galão?


Outra surpresa: eu era austríaco e não sabia.
Preciso ir correndo numa biblioteca ou numa livraria e comprar livros sobre os economistas austríacos. Vocês sabem: é chato ser uma coisa e não saber o que pensam os coisos dessa coisa que se chama economia austríaca. E confesso que não sei: não sou especialista em economia austríaca, não sou sequer economista. Só pertenço a essa tribo de irredutíveis ideólogos que são os sociólogos, esses que, em lugar de produzirem riqueza como maná dos céus, que são os economistas desenvolvimentistas da UniCamp, só produzem déficit público, junto com os advogados e os juízes do trabalho.
Puxa vida, como sou grato ao comentarista Anônimo.
Está resolvendo um grave conflito de minha personalidade esquizofrênica. Eu, que nem gosto de sachertorte, sou austríaco em segunda encarnação.
Vou pedir meu passaporte europeu, e comprar aquelas calças curtas ridículas dos austríacos...
Paulo Roberto de Almeida 

Coitada da Estonia: do tamanho de Campinas...

Um Anônimo, sábio o suficiente para permanecer anônimo, me manda o seguinte comentário a propósito deste post meu (que aliás, já tinha sido objeto de um exchange anterior sobre o mesmo assunto, pois o ilustre desconhecido achava que a Estonia tinha quebrado por que foi neoliberal demais, sem explicar como, por que, e em que condições o neoliberalismo estoniano conseguiu produzir tamanho estrago na economia daquele país, uma queda de 20% do PIB em 2009).
Agora ele escreve isto, em outro post meu, referenciado: 

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coitada da Estonia: ultraliberal e crescendo...": 
A Estônia eh do tamanho de Campinas. 

Pois bem, comento novamente (PRA):

Como diriam os ingleses: so what?
E daí? Qual a diferença isso faz?


Faz alguma diferença para a inteligência do nosso anônimo que ele tenha 1,5 metro de altura, 1,90 ou 2,20 metros?
Faz alguma diferença para a consistência (ou falta de) de seus argumentos que ele calce 38, 41 ou 43?
Faz diferença que ele pese modestos 55 quilos, 85 ou 120 quilos?
So what?


Qual é o problema da Estonia ser do tamanho de Campinas?
Suponho que ele esteja dizendo isso pelo tamanho da população.
E se a população "campineira" da Estonia tiver uma renda per capita três vezes superior à da população "estoniana" de Campinas?
Será que isto faz alguma diferença para o nosso anônimo comentarista preocupado com o tamanho da Estônia?
Será que as pessoas e os dirigentes da Estônia pensam pequeno, de forma medíocre, apenas porque o país é pequeno? Será que as políticas macro e micro da Estonia são tão pequenas que precisamos de uma lupa para enxergá-las?
Mas, então isso vale também para Campinas, de onde talvez venha nosso anônimo comentarista, e será que é por isso que a cidade não vai para a frente, já que todo mundo ali pensa pequeno, do tamanho da Estônia, ou seja, sem importância nenhuma no plano mundial?
Será por isso que Campinas tem a maior concentração de keynesianos do Brasil, a maior densidade demográfica de "desenvolvimentistas" de todo o planeta?
Será que foi por isso que assassinaram um prefeito da cidade?
Não posso crer.


Acho que tamanho não é documento, como diz um velho ditado.
Tamanho, de qualquer coisa, não define a qualidade de nada, absolutamente e rigorosamente de nada.
Se fosse válido o argumento, então os EUA , a China e Índia seriam a maior maravilha do mundo, e o Lietchenstein, Mônaco, Dinamarca e Luxemburgo umas porcarias comparáveis à Somália, ou a Etiópia, que, aliás, não é lá tão pequena assim.
Se tamanho fosse documento em matéria de políticas econômicas, só países grandes teriam boas políticas econômicas, e os pequenos poderiam se contentar com meros improvisos, política feita "nas coxas", de respostas puramente setoriais (como aliás fazem alguns, por aqui).


Onde o nosso comentarista pretendeu chegar com esse desprezo pelo tamanho da Estonia?
Será que quis dizer: deixa prá lá, eles são tão pequenos que nunca poderão servir de referência econômica para um país tão grande como o Brasil?
Portanto, já estamos sabendo: não precisamos do neoliberalismo da pequena Estonia, que não nos serve para nada. Podemos viver muito melhor com o nosso keynesianismo tupiniquim, nosso desenvolvimentismo campineiro, nosso estatismo gigantesco, pois assim estamos muito melhor...


O nosso comentárista acha que tamanho define a qualidade das políticas econômicas.
Acho que ele precisa ler Keynes novamente.
O velho mestre de Cambridge não seria tão primário a esse ponto, tão indigente intelectualmente que se colocasse no papel, ele, o representante de uma ilha de meros 35 milhões de habitantes, dar conselhos a um gigante continental como os EUA, que na sua época já tinham 100 milhões de habitantes.
Como Keynes ousaria fazer isso? Aplicar políticas de uma mísera ilha, "que Deus na Mancha ancorou", num país das dimensões gigantescas, como os EUA?
Ora vejam, olhe o seu tamanho, diria Roosevelt.  Ponha-se no seu lugar, ô seu nânico...
Recolha-se à sua insignificância...
Paulo Roberto de Almeida 

domingo, 10 de junho de 2012

Coitada da Estonia: ultraliberal e crescendo...

Poucos dias atrás, um comentarista anônimo que pretendia me dar uma bela lição de economia, saiu-se, entre outras, com esta: 
"É so ver a situação da Estonia hoje, ultraliberal : quase perdeu 20% do PIB na crise."
Confesso que não tive o que responder, pois o gajo estava manifestamente mal informado. É certo que a Estonia, que antes da crise chegou a ter um déficit de mais de 20% do PIB em transações correntes, estava justamente vivendo o seu momento keynesiano, gastando a rodo e esperando o maná do euro cair do céu. Teve uma queda brutal, e aproveitou para se corrigir, seguindo justamente o que eu chamaria de anticartilha Paul Krugman, um demagogo que virou político depois que começou a escrever para jornais, e esqueceu suas lições de economia.
No Brasil, ele é endeusado, a ponto de uma tradutora idiota, e uma editora idem, terem traduzido o título de seu livro, "The Conscience of a Liberal", como "A Consciência de um Liberal", quando o sentido americano é totalmente oposto. Liberal, nos EUA, significa social-democrata, quase socialista, ou seja, um keynesiano distributivista, o que ele é, realmente.
O título deveria ser indicando ser ele um "social-democrata", ou algo do gênero, jamais um "liberal" no nosso sentido, que nos EUA são chamados de "conservative".
Mas, enfim, surpreendido pelo comentario krugmaniano sobre a Estonia, só pude responder isto: 
My God, o simplismo se juntou à ignorância dos fatos para estabelecer uma das correlações mais estúpidas que já escutei.
Agora, tendo recebido duas contribuições sobre o assunto, tenho o prazer de postá-las aqui, para informação dos leitores, e deleite do meu comentarista anônimo metido a professor de economia.
Primeiro o Bruno Castanho, que escreve direto de Tallin: 


Bruno Castanho e Silva deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Uma licao de economia: primeiro, vincular fatos a ...": 
Agora que Paul Krugman resolveu escrever algumas bobagens sobre a Estônia, apontando sua abertura econômica como causadora da crise, seus leitores fiéis - que não têm idéia nem de onde seja o país - saem repetindo o mantra.
Com a visão "privilegiada" de quem mora aqui e lê o noticiário local, posso dizer que nada está mais longe da verdade. A liberalização econômica implementada desde os primeiros anos da independência transformou uma província da União Soviética num país moderníssimo, com um sistema educacional básico invejável (não há pessoa que fale menos do que 3 línguas - em geral estoniano, inglês e russo), aumento brutal na qualidade de vida e no padrão de consumo e um desenvolvimento tecnológico que a coloca à frente de muitos dos países europeus desenvolvidos na área da informática - o que se pode observar pelo número de empresas internacionais com sede aqui, pelo grande número de profissionais estrangeiros deste setor que estão no país, e até fatos mais simples, como a disponibilidade de conexão wi-fi gratuita em qualquer rua de qualquer cidade do país.
A perda do PIB já está sendo compensada - com a sua tradicional austeridade (superávit orçamentário e dívida pública em 6% do PIB) a Estônia cresceu 7,6% em 2011, mais do que qualquer outro país da UE.
Enfim, era de se esperar que keynesianos fossem tentar esconder este claro exemplo de sucesso de uma economia liberal, mas Krugman parece já ter chegado a um nível alto demais de alienação da realidade.
Abraços  


Agora o Felipe Xavier que me envia um artigo, que posto logo mais abaixo.
Comento no final.
Paulo Roberto de Almeida 


Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Uma licao de economia: primeiro, vincular fatos a ...": 
Pois e, professor, os seguidores do Krugman talvez devessem dar uma lida 
Abraco,
Felipe Xavier

Yes, they use the euro. And the economy is booming.

A fiscal surplus, low debt and soaring growth. No, this isn’t Germany, but it is a result of German medicine for crisis-burdened countries.
TALLINN, Estonia — It’s the euro zone Jim, but not as we know it.
Sixteen months after it joined the struggling currency bloc, Estonia is booming. The economy grew 7.6 percent last year, five times the euro-zone average.
Estonia is the only euro-zone country with a budget surplus. National debt is just 6 percent of GDP, compared to 81 percent in virtuous Germany, or 165 percent in Greece.
Shoppers throng Nordic design shops and cool new restaurants in Tallinn, the medieval capital, and cutting-edge tech firms complain they can’t find people to fill their job vacancies.
It all seems a long way from the gloom elsewhere in Europe.
Estonia’s achievement is all the more remarkable when you consider that it was one of the countries hardest hit by the global financial crisis. In 2008-2009, its economy shrank by 18 percent. That’s a bigger contraction than Greece has suffered over the past five years.
How did they bounce back? “I can answer in one word: austerity. Austerity, austerity, austerity,” says Peeter Koppel, investment strategist at the SEB Bank.
After three years of painful government belt-tightening, that’s not exactly the message that Europeans further south want to hear.
At a recent conference of European and North American lawmakers in Tallinn, Koppel was lambasted by French and Italian parliamentarians when he suggested Europeans had to prepare for an “inevitable” decline in living standards, wages and job security, in order for their countries to escape from the debt crisis.
While spending cuts have triggered strikes, social unrest and the toppling of governments in countries from Ireland to Greece, Estonians have endured some of the harshest austerity measures with barely a murmur. They even re-elected the politicians that imposed them.
“It was very difficult, but we managed it,” explains Economy Minister Juhan Parts.
“Everybody had to give a little bit. Salaries paid out of the budget were all cut, but we cut ministers’ salaries by 20 percent and the average civil servants’ by 10 percent,” Parts told GlobalPost.
“In normal times cutting the salaries of civil servants, of policemen etc. is extremely unpopular, but I think the people showed a good understanding that if you do not have revenues, you have to cut costs,” adds Parts, who served as prime minister from 2003-2004.
As well as slashing public sector wages, the government responded to the 2008 crisis by raising the pension age, making it harder to claim health benefits and reducing job protection — all measures that have been met with anger when proposed in Western Europe.
History helps explain citizens’ willingness to bite the austerity bullet. Estonia broke free from Soviet rule just over 20 years ago, together with its Baltic neighbors Latvia and Lithuania — who are also enjoying a robust recovery, but are outside the euro zone.
For older Estonians, memories of the grim days of Soviet occupation make it easier to accept sacrifices today. Among the young, there is a widespread awareness that in a nation of just 1.3 million people, the freedom and opportunities their generation enjoy depends on unity in times of crisis.
“Western Europe has not really experienced a decrease in living standards since the Second World War,” says Koppel. “Historically, austerity is inevitable, but it’s not part of the culture of Western Europe right now. This is what really differentiates us, that we were able to understand that.”
It still has its share of economic problems. The average monthly take-home pay of 697 euros ($870) is among the lowest in the euro zone and unemployment at 11.7 percent is still above the bloc’s average. The shockwaves of euro-zone collapse radiating from southern Europe could yet snuff out the recovery.
The jobless rate is falling however, thanks in part to a thriving tech sector.
Post-independence governments invested heavily in scientific education and information technologies, successfully attracting investment with the e-stonia label.
Estonia has also paid close attention to the fundamentals of establishing a favorable business environment: reducing and simplifying taxes, and making it easy and cheap to build companies. Its location — with quick access to Nordic, German and Russian markets — has also helped, along with the very low debt level Estonia inherited when it broke from the Soviet Union. Joining the euro zone on Jan. 1, 2011, Estonia stable economy shone, despite the crisis in the currency bloc.
Innovative young companies have been at the forefront of the Estonian revival thanks to successful startups like the web-designer Edicy, online money transfer service Transferwise and point-of-sale software developer Erply.
The daddy of them all is Skype, which was developed by a quartet of Estonian software geeks with their Swedish and Danish buddies back in 2003, and was bought up by Microsoft last year for $8.5 billion.
The internet phone company runs its biggest operations out of a technology park in a Tallinn suburb, where over 400 people from 30 countries work in a relaxed, light-filled office block complete with sauna, childcare and series of trendily designed cafes and chill-out lounges for the engineers to recharge their creative energies.
“In Estonia we have this national trait of just getting things done,” says Tiit Paanenen, the site leader at Skype Estonia.
“I’ve tried to work out why this is and I think it’s because we are small. The circles working on the same subject all know each other, so you create this sense of accountability with each other. If you screw up everybody knows about it.”
Estonia itself was like an innovative startup, when it suddenly became independent in 1991, Paanenen explains. Old hierarchies were overturned and youngsters thrust into key political and business positions as the country built an economy from scratch.
“One of the results is that we are very competitive, because of the efficiency, because of the use of technology in the areas where otherwise you’d have a lot of overheads and waste,” the shaggy haired executive said in an interview.
“Estonia is bigger than its size already … we are making an impact in the world and it will continue.”
Editor's note: This article has generated extensive discussion: NY Times correspondent Paul Krugman weighed in with this post; the president of Estonia responded (agressively) on Twitter, and GlobalPost questioned Krugman's post here. Please let us know what you think.
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Meus comentários finais.
Pois é, imaginem se um país que praticou gastança keynesiana durante anos a fio, como a maior parte dos membros da UE, pode se recuperar fazendo mais gastança keynesiana.
De vez em quando eu penso se os malucos que propõem esse tipo de "remédio" não são de fato malucos.
Mas, mesmo que o Brasil quisesse seguir uma receita alemã de austeridade -- seguida pela Estonia, em parte pela Grécia, parcialmente pela Espanha, um pouco na Irlanda e quase nada na Itália, até agora -- ele simplesmente não poderia.
A Constituição, esse monumento à estupidez econômica, diz que é proibido reduzir salários. Atenção: não estou nem falando dos salários do setor público, que portugueses, espanhois, gregos, estonianos e irlandeses fizeram, cada um a seu modo, estou falando até de salários do setor privado.
A nossa CF é tão estúpida que ela proíbe até esse tipo de coisa, ou seja, o Estado determinando como deve se comportar o setor privado. Conclusão: o cara acaba sendo demitido (aliás numa tolerância mútua e mentira deslavada entre patrão e empregado), recebe o salário desemprego e depois acaba sendo recontratado por um salário menor.
Ou seja, se fraudam as contas do Ministério do Trabalho -- que na verdade é o dinheiro de todo mundo --, se premia a esperteza safada, calhorda e criminosa, e se ajustam as coisas segundo as leis do mercado, que é assim que acontece, em última instância.
Mas o Brasil é certamente o único país do mundo em que os pagamentos por salário desemprego aumentam enquanto o desemprego está diminuindo.
Como é que vocês vão querer reformar um país assim?
Paulo Roberto de Almeida