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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 23 de maio de 2014

STF vai ver se investiga alguem excepcional, da Famiglia intocavel; vai ate 2024?

Vamos ver: se demorou dez anos, repito, DEZ ANOS, para se decidir se o STF deveria, ou não, investigar alguém intocável. Deve demorar mais dez anos, repito DEZ ANOS, para chegar à conclusão de que não houve, repito NÃO HOUVE, nenhuma má intenção, nenhuma informação privilegiada, nenhum aviso de cocheira, desses de pai para filho, de mãe para filho, de amigo para amigo, que permitisse ao personagem excepcionalíssimo retirar, vejam vocês, na véspera da intervenção do Banco Central, repito, NA VÉSPERA, apenas 2 milhões, repito DOIS MILHÕEZINHOS, coisa pequena, da sua conta no banco do larápio que lesou prefeituras, depositantes, fundos de pensão, e dezenas, centenas de outros correntistas e investidores, que ficaram a ver navios.
Foi tudo uma simples coincidência, repito, UMA COINCIDÊNCIA, apenas isso, e nada mais.
O STF, em 2024, vai concluir que não há nada que justifique as suspeitas, ora vejam, seus maliciosos.
De resto, sendo o personagem excepcional, um homem que não é como um comun dos mortais -- aliás, ele é IMORTAL -- poderá assistir em pessoa, esperar pacientemente, que o STF conclua o processo, dentro de mais ou menos dez anos, dizendo que não houve nada de excepcional.
Honni soit qui mal y pense...
Paulo Roberto de Almeida

Supremo analisa se Sarney foi beneficiado no caso do Banco Santos

Senador maranhense sacou cerca de R$ 2 milhões na véspera da intervenção na instituição; Ministério Público suspeita que ele obteve informações privilegiadas do controlador

23 de maio de 2014 | 17h 49
Mariângela Gallucci - O Estado de S. Paulo
Brasília - O Supremo Tribunal Federal vai analisar suspeitas de que o senador José Sarney (PMDB-AP) teria recebido informação privilegiada ao resgatar R$ 2,159 milhões do Banco Santos. O resgate ocorreu em 2004, um dia antes de ser decretada a intervenção na instituição financeira.
O caso foi encaminhado ao STF pela Justiça Federal em São Paulo. Como há suspeita de participação de um parlamentar em irregularidades, eventual investigação ou processo tem de tramitar no Supremo, que é o tribunal responsável no Brasil por analisar inquéritos e ações penais contra congressistas.
Relator do caso, o ministro José Antonio Dias Toffoli remeteu nesta quinta, 22, a documentação para a Procuradoria-Geral da República para que o órgão se manifeste. Em fevereiro, o Ministério Público Federal em São Paulo havia concluído que existiam "elementos concretos de possível prática de delito". Em seguida, foi determinada a remessa para o Supremo.
‘Amigos íntimos’. Na época, os procuradores ressaltaram que havia uma relação estreita de amizade entre o senador e o então controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira. Segundo os integrantes do Ministério Público Federal, existia uma "proximidade de Sarney com Edemar" porque os dois seriam "amigos íntimos há mais de três décadas".
Entre os fatos citados pelos procuradores para tentar comprovar as relações de amizade entre o senador e o banqueiro, os procuradores afirmaram que Edemar e sua mulher foram padrinhos de casamento da filha de Sarney, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
Crime. Na Justiça Federal Criminal em São Paulo tramitou ação na qual foi apurado se o banqueiro cometeu crime contra o sistema financeiro. Edemar Cid Ferreira foi condenado a 21 anos de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Mas a defesa recorreu.
O Banco Santos e a Santos Corretora de Câmbio e Valores sofreram intervenção do Banco Central por causa de um suposto "comprometimento da situação econômico-financeira" da instituição. O BC informou que o rombo era de R$ 2,3 bilhões.
Na época, a imprensa divulgou a informação de que quando determinou a retirada do dinheiro, Sarney recebeu em Brasília o controlador do banco para uma reunião fora de sua agenda oficial. O senador presidia a Casa. Até a conclusão desta edição, a assessoria do senador não havia se manifestado.