O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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segunda-feira, 15 de julho de 2024

Bertrand Russell, o mais importante pacifista e humanista do século XX: livros Por que os homens vão à guerra, Por que não sou cristão

Por que os homens vão à guerra, por Bertrand Russell

Bertrand Arthur William Russell (1872-1970) foi um dos mais importantes filósofos do Reino Unido

Bertrand Russell, Por que os homens vão à guerra, publicada pela Editora Unesp em 2014.

O livro contitui potente reflexão sobre os elementos que levam o homem a estados de beligerância e os níveis em que isso poderia ou deveria ser evitado, contribuindo decisivamente para a fama de Russell como crítico social e pacifista. “O princípio supremo, tanto na política quanto na vida privada, deveria ser o de promover tudo o que for criativo e, assim, diminuir os impulsos e desejos que giram em torno da posse.”

Russell discute ideias como educação, expansão dos direitos femininos e defesa do divórcio livre. Para ele, se os indivíduos fossem capazes de viver apaixonadamente, talvez pudessem conter os desejos de guerra e matança. A razão ou a repressão excessiva levaria os homens a viver de modo não natural e aumentaria ainda mais o conflito entre eles. 

As investigações do autor geraram inúmeros livros em diversas áreas que lhe renderam vários prêmios, com destaque para o Prêmio Nobel de Literatura, em 1950, "em reconhecimento dos seus variados e significativos escritos, nos quais ele lutou por ideais humanitários e pela liberdade do pensamento". Russell faleceu em 2 de fevereiro de 1970, aos 97 anos.  

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POR QUE NÃO SOU CRISTÃO

Bertrand Russell

 

 PRÊMIO NOBEL 1950

"O mais poderoso e espirituoso infiel desde Voltaire, que aguça a compreensão dos humanos tanto sobre a crença quanto sobre a descrença." (The Spectador)

Por que não sou cristão é um livro que coloca ao leitor questões que nunca mais poderão ser ignoradas. E que é considerado um dos mais blasfemos documentos filosóficos jamais escritos. Se a religião fornece respostas às perguntas que sempre atormentaram a humanidade – por que estamos aqui, qual a razão da vida, como devemos nos comportar –, Russell dissipa esse conforto, deixando-nos com alternativas mais perturbadoras: responsabilidade, autonomia e consciência do que fazemos.

Normalmente citado junto ao Cândido de Voltaire, à Idade da Razão, de Thomas Paine, A ultima tentação de Cristo, de Martin Scorsese, e A vida de Brian, do Monty Python, Por que não sou cristão, apesar do tom bem-humorado, coloca ao leitor questões que nunca mais poderão ser ignoradas.

POR QUE NÃO SOU CRISTÃO

Coleção L&PM E-books


segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Bertrand Russell and “The Problem of China” - The Economist

 China | Way back when

Bertrand Russell and “The Problem of China”

A sage’s century-old look at a country on the rise

The Economist   Dec 20th 2022 | BEIJING


Upon arriving in China in 1920 Bertrand Russell, a British philosopher, was overwhelmed at the welcome he received. “They hail me as the second Confucius, and invite me to tell them exactly what they are to do with their country,” he wrote to a paramour. “It is a terrible responsibility.”

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Still, Russell took up the challenge. After a sojourn lasting nearly ten months, he returned to England and in 1922 published a book called “The Problem of China”. It remains relevant a century later, offering enough wisdom to offset its occasional lapses into folly.

Russell’s observations are at times prescient. He described, for example, how “the most urgent problem in China’s relations with foreign powers is Japanese aggression.” He also noted that Russia’s Bolsheviks enjoyed “the enthusiastic sympathy of the younger Chinese students” and might gain wider appeal. 

One young person whom Russell met during his stay was Mao Zedong. The future Communist leader’s name does not appear in the book. But Russell declared that “a vigorous reformer possessed of literary skill could carry with him the great majority of Young China.”

Russell thought China was being held back by Confucianism’s emphasis on filial piety, which, he argued, led to corruption and “prevented the growth of public spirit”. He foresaw a booming Chinese textile sector, with the potential to be “as great as that of Lancashire”. He thought that contact with the West would help China’s industrial development, which he expected to “proceed rapidly throughout the next few decades”. But he warned China that “development should be controlled by the Chinese rather than by foreign nations.”

Critics knock Russell for failing to spend much time in the countryside and holding China to different standards from other countries. Some of his observations are quaint, such as his description of Shanghai as “a vast city, about the size of Glasgow”. Others are cringe-worthy, such as his view of the Chinese as “gentle, urbane, seeking only justice and freedom”. Compared with “white races”, they have “much less desire…to tyrannise over other people,” he wrote. Tibetans and Uyghurs might disagree.

“I don’t think I shall write on China. It is a complex country, with an old civilisation,” Russell stated in correspondence, before changing his mind. In his letters he often sounds like a detractor. In one, for example, he describes China as “decaying and rotten, like the late Roman Empire”. He also gripes that “most of the students are stupid and timid,” whereas in the book he calls them “able and extraordinarily keen”.

“The Problem of China” was widely read in the country and praised for its largely positive assessment. (It is still available there today.) Russell believed that China, with its resources, population and patriotic spirit, could become “the greatest Power in the world after the United States”. But he also offered a warning: “The danger of patriotism is that, as soon as it has proved strong enough for successful defence, it is apt to turn to foreign aggression.” 

 

sábado, 19 de março de 2011

A frase da semana, de toda uma vida: Bertrand Russell

Um leitor anônimo (não sei, sinceramente, por que as pessoas escolhem ser anônimas, mesmo para coisas inocentes como esta) escreveu-me a propósito de meu post sobre o

Minitratado das Improbabilidades,

transcrevendo esta frase genial do filósofo inglês:

The time you enjoy wasting is not wasted time
Bertrand Russell

Ele não diz onde pescou essa frase, mas aposto que foi no famoso livro (de 1931 ou 1932, creio) de Russell, In Praise of Idleness, ou Elogio da Preguiça...

Pois é, acho que vou russellinizar durante algum tempo...
Paulo Roberto de Almeida