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sábado, 21 de janeiro de 2017

Argentina: muito bela, mas de servicios precarios nas estradas - de Cordoba a Mendoza

Hoje, Carmen Lícia e eu, fizemos a nossa terceira grande etapa de viagem, quinto dia percorrendo a Argentina.
Pelas serras cordobesas (havia um caminho alternativo por Rio Cuarto, mas o GPS indicou esse, o que foi até interessante para conhecer), entre Córdoba e Mendoza, quer dizer, pelas serras até Vila Dolores, pelo menos, daí a estrada é reta e aborrecida.
Fizemos bem mais do que mostra este Google Map, 750 kms de um hotel a outro.
Tendo partido as 10hs do DoctaSuites de Córdoba, chegamos a Mendoza às 18:20, ou seja, mais de 8 horas de viagem quase sem paradas.

O mais surpreendente é a total precariedade dos serviços ao longo das estradas argentinas, nas quais é comum encontrarmos famílias modestas paradas ao borde da estrada, retirando cadeiras dobráveis, para fazer o seu almoço, mesmo sob sol...
Claro, ambições mais modestas podem sempre parar nos comedores e parrillas que pipocam aqui e ali durante todo o percurso, mas a qualidade do ambiente (e dos toilettes) deixa muito a desejar.
Mesmo nas estradas nacionais (Ruta Nacional 7, por exemplo, que vai de Buenos Aires a Mendoza, e que percorremos a partir de San Luís), ninguém espere achar aqueles imensos restaurantes climatizados estilo Graal ou Frango Assado. Nada disso: a Argentina não tem muito conforto a oferecer a seus viajantes, turistas, curiosos ou simples passantes acima da categoria de caminhoneiros.
Logo na saída de Córdoba, como era sábado de férias, pegamos uma fila enorme de carros, vários ônibus, poucos caminhões, mas muitos daqueles carrinhos estilo Trabant socialistas, atravancados de famílias prolíficas, carregando seus pertences no teto, e obviamente desenvolvendo uma velocidade compatível com a potência do motor (ou com a renda familiar). Assim, durante várias dezenas de kms, fizemos filas atrás desses bravos representantes da classe média argentina (provavelmente peronistas de carteirinha), tentando manter algo em torno dos 60 kms/h. Paisagens muito bonitas no alto da serra cordobesa, mas paradas precárias como já informado.
A solução foi se contentar com um sanduíche de jamon con queso (eu) e alfajores (Carmen Lícia), e depois galletitas sem grandes atrativos gourmands. E muita água ou refrigerante, pois a temperatura, mesmo no alto da montanha, podia ultrapassar 30 graus (40 nas zonas baixas).
Finalmente, chegamos no Hotel Diplomatic (de luxo) em Mendoza, nosso primeiro exagero nesta viagem. Breve descanso, copa de vino de cortesia no hotel, e depois jantar na Estância La Florência, eu gambas al ajillo, com salada de palmito, abacate e cogumelos, Carmen Lícia sua preferida bisteca milanesa, tudo regado a um bom Malbec Tomero 2015, do Valle del Uca, região vinícola próxima a Mendoza, uma casa que remonta a 1884.
O hotel é superconfortável, com visão das cordilheiras a partir do 19. andar, onde estamos.
Dois dias de visitas a vinícolas, aos atrativos culturais e gastronômicos da cidade, antes de encetarmos a aborrecidíssima viagem de volta (a San Luís), ou de ida a Buenos Aires, uma reta sem cessar, com as paradas precárias que já antecipamos, com a única vantagem que o sol da tarde vai estar atrás de nós.
O que tem pelo caminho, entre Mendoza e Buenos Aires? Nada, absolutamente nada, com exceção de San Luis e de umas aldeias sem graça perdidas no meio da pampa. Nada de mais aborrecido do que isso, mas não temos tempo para descer a Rio Negro, Bariloche e atravessar para a costa atlântica por baixo (o que aliás já fizemos, no sentido inverso, entre Trelew e Neuquén, paisagens de filmes de cowboy).
Estou com muito trabalho no meu pipeline (trouxe uma mala inteira de livros) e por isso não tenho muito tempo para digressões filosóficas sobre a Argentina contemporânea (e precisa?; depois de Borges, nada surgiu de novidade, ou estou errado?).
Vamos ao trabalho...
Paulo Roberto de Almeida
Mendoza, 21/01/2017

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Dia quase normal na terceira etapa na Argentina: paradas muito precárias - PRAlmeida, Carmen Lícia Palazzo

Dia quase normal de viagem na Argentina, nesta quinta-feira, véspera da posse do maior idiota a começar seu reino demencial na maior potência do planeta, depois daqueles imperadores loucos que destruiram o Império Romano.
Digo quase normal, pois o trajeto, sem maiores problemas de estrada, carece quase totalmente de boas paradas. Aliás, eu diria que carece TOTALMENTE de boas paradas. Mesmo se quiséssemos fazer um almoco decente, não havia exatamente onde. Paradores ou comedores muito precários ao longo da estrada, coisa de Brasil anos 1950 ou 60.
Amanhã vamos passear na cidade, que conheci como jovem mochilero, aos 18 anos, viajando de boléia de caminhão, como se dizia antigamente. Naquela oportunidade, achei a Argentina um país desenvolvido, isso antes de o Brasil enveredar pela sua fase de alto crescimento e muita transformação modernizante. A Argentina parece realmente ter parado no tempo, se não fossem essas modernidades superficiais tipo celular e internet.
Aliás, as razões do atraso -- que é sobretudo mental, antes que material -- da Argentina e do Brasil são relativamente similares: políticos medíocres, militares nacionalisteiros, instintos protecionistas de industriais cevados nos subsídios estatais, classe média focada em empregos públicos, burocracia mandarinesca inteiramente concentrada em defender, criar e ampliar privilégios que recaem sobre a população pagadora, e com tudo isso, eleitores mal informados votando pelo populismo econômico e pela demagogia política.
Não poderia dar certo, como não deu, até agora.
As pessoas em geral, quero dizer, aquelas que não viajam muito para fora, ou que quando viajam fazem questão de não largar o arroz com feijão e batata frita, onde quer que estejam, essas pessoas não têm consciência de como o Brasil é atrasado (e a Argentina até um pouco mais, a despeito de serem mais dolarizados do que os brasileiros).
As pessoas não têm consciência de que vivem sob o domínio de Estados fascistas, sem qualquer liberdade para exercer normalmente atividades econômicas que deveriam ser livres, as pessoas vivem naquele mundinho medíocre da televisão aberta, nos horríveis programas de auditório que embrutecem, além de emburrecer continuamente.
Lamento dizer disso, mas é o que percebo, vindo de todos os insumos que recebo, que vejo, que escuto, todos os dias.
Nosso mundinho é medíocre, com políticos ultra-medíocres, burocratas não tão medíocres, mas submetidos a dirigentes medíocres, que continuam estimulando comportamentos bregas, kitsch, vulgares, em todas as esferas tocadas pelos seus discursos nefastos.
Acho que Brasil e Argentina vão continuar a se arrastar penosamente na mediocridade do crescimento, em direção a uma modernidade muito distante no tempo.
Infelizmente.
Paulo Roberto de Almeida
Córdoba, 19 de janeiro de 2017

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Argentina, segunda etapa: se voce acha o Brasil atrasado, deve ser porque ainda nao visitou a Argentina...

O Brasil, certamente, se atrasou muito durante todo o reino dos companheiros: além da Grande Destruição provocada pela inépcia, incúria, incompetência, teimosia, estupidez, ignorância e burrice do lulopetismo econômico (desculpem a abundância de epítetetos, mas eles merecem), tivemos aquilo que os economistas chamam de custo-oportunidade, ou seja, o que se deixou de fazer de bom, porque se apostou sempre em coisas erradas.
Ok, o Brasil se atrasou sob o regime inepto e corrupto dos companheiros, mas a Argentina simplesmente parou no tempo, não avançou minimamente, ou até recuou, e isso graças a peronistas, antiperonistas, liberais, protecionistas, democratas, autoritários, militares e civis, todos concorreram para a Argentina estacionar na máquina do tempo, ou até recuar em relação ao que ela tinha conseguido antes da segunda presidência Yrigoyen, quando era um dos países mais ricos do mundo.
Leiam, por exemplo, o que disse da Argentina cem anos atrás Rui Barbosa, que compareceu às comemorações do primeiro centenário da independência, em julho de 1916 -- eles acabam, suponho, de comemorar o bicentenário -- e que, como embaixador extraordinários e plenipotenciário às festividades, traçou um verdadeiro panegírico ditirâmbico (desculpem a redundância, mais uma vez) em honra aos progressos, à ordem, à civilização argentina, para ele, irretrocedível, se ouso inventar. Seu discurso, por ocasião da concessão de um doutorado Honoris Causa (um verdadeiro, não esses falsos como o chefão mafioso andou acumulando por aí) pela Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, em 14 de julho de 1916, encontra-se no opúsculo intitulado "Conceitos Modernos de Direito Internacional" (editado pela Fundação Casa Rui Barbosa, em 1983).
Os peronistas foram os lulopetistas avant la lettre, os corruptos com doutrina, os fascistas com convicção, enfim, tudo o que faltou aos nossos neobolcheviques tupiniquins, sem qualquer formação teórica, sem qualquer princípio, apenas roubo rústico, malversação das mais elementares, falcatruas elementares, corrupção aberta e deslavada, sem vergonha.
Viajando nesta terça-feira entre Uruguaiana e Santa-Fé, com uma parada em Paraná, constatamos, Carmen Lícia Palazzo e eu, como os argentinos e a Argentina pararam no tempo, como eles deixaram de avançar, como as coisas se estiolaram na mesmice, na pasmaceira, na modorra dos costumes imutáveis.

Atravessamos duas das regiões que deveriam ser  as mais ricas da Argentina: Misiones e Entre Rios, graneros do país, com imensos campos propícios ao reflorestamento, ao plantio de grãos, à manutenção de ganados imensos, e no entanto o que constatamos nas paradas foi o subdesenvolvimento em estado clássico, nada comparável ao "MidWest" brasileiro, ou seja, a região equivalente que seria o interior de São Paulo.
O Brasil, mesmo com a ignorância abissal dos companheiros, com todas as suas falcatruas em nível federal, estadual e municipal, não deixou de avançar naquilo que dependia não do governo, mas da própria sociedade: o agronegócio, por exemplo, avançou, e muitíssimo, graças ao tino empresarial e capitalista dos administradores de grandes fazendas comerciais, mais até do que os donos presumidos das terras, e outros setores, como na ampla gama de serviços, também puderam acompanhar alguns dos progressos feitos pelo mundo, mesmo com toda a sabotagem da Receita Federal, esse órgão fascista por excelência, que só vê o lado da arrecadação, não os seus efeitos deletérios sobre o emprego e a atividade econômica.
Na Argentina, desde que pusemos os pés (ou as rodas do carro) nas Aduanas de Paso de Los Libres, pudemos comprovar o peso da burocracia entravada, e que entrava os negócios e a produtividade dos negócios. Até para comprar alguns livros, em Santa Fé, pude sentir o peso da burocracia no registro dos preços, pois além de 1.000 pesos, é preciso tomar os dados do comprador, o que prolonga uma fila inútil no caixa da Livraria.
Como é possível prosperar quando todo o peso do Estado está em cima de cada empresário, de cada pequeno negociante, de cada cidadão?
Portanto, se você acha que o Brasil se atrasou -- e, de fato, ele perdeu muito sob os trezes anos de besteirol e de corrupção lulopetista -- você precisa fazer um tour pela Argentina, não pegar o avião e ir até Buenos Aires, mas passear pelo interior, para constatar a Argentina real, aquela que foi inviabilizada pelo peronismo, bagunçada sob os diversos regimes militares, e terminada de ser destruída sob o regime celerado dos Kirchners.
Memórias do subdesenvolvimento, como poderia dizer algum cineasta...
Paulo Roberto de Almeida
Santa Fé, 17 de janeiro de 2017

domingo, 15 de janeiro de 2017

Argentina: uma viagem de re-observacao - Paulo Roberto de Almeida e Carmen Lícia Palazzo

Já fiz o anúncio da viagem, e do roteiro, nesta postagem:
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/01/em-viagem-de-carro-para-argentina-e.html
Quando digo que é de re-observação é porque já tentamos fazer a mesma viagem sete anos atrás e tivemos de voltar para trás, por falta de gasolina: eram os tempos daquele casal adepto do populismo econômico, os K, que tinham congelado várias tarifas, inclusive eletricidade e, no nosso caso, gasolina.
As consequências de quaisquer intervenções de governantes malucos na economia são sempre as mesmas: distorcem os preços relativos e causam penúrias imediatas nos mercados respectivos. Ou seja, não apenas faltou energia elétrica -- e quando estávamos em Buenos Aires ocorreram vários apagões, que afetaram inclusive hospitais, e aquela viúva maluca foi à televisão pedir pelo amor de Deus aos argentinos não usarem o ar condicionado, num verão de 40 graus -- como sobretudo faltou gasolina, o que nos impossibilitou de seguir adiante.
Desta vez parece que agora vai.
O trajeto até aqui foi tranquilo, a despeito do calor.
Primeira etapa, apenas uma curta esticada de 400 kms de Brasília a Uberlândia, como expliquei na postagem acima.
Segunda etapa, essa que vai acima, atravessando o território paulista, do sul de Minas ao Norte do Paraná. Interiorzão de São Paulo com tarifas de pedágios razoáveis, na faixa de R$ 4,80 na maior parte dos casos. Lamento que não exista um transponder utilizável em vários estados, como nos EUA, com o usuário pagando no seu cartão apenas as passagens efetivamente cruzadas, pois os automáticos em serviço requerem uma assinatura fixa, que não compensa passagens aleatórias como as nossas.
Terceira etapa, já em território paranaense, começou com surpresas: pedágios na altura de R$ 18 ou R$ 21, extorsivos, na suposição de que seja para trajetos mais longos, mas isso deve certamente prejudicar os usuários de curta distância.
Trajeto todo feito em território paranaense, desde Cornélio Procópio (que preciso verificar quem foi, na Wikipedia), como ilustrado no mapa do Google:
Agora em Foz do Iguaçu, aproveitamos para descansar um pouco, visitar uma mesquita nas proximidades do hotel, e preparar a entrada no território de los hermanos, nesta segunda-feira. Ficamos pela segunda vez no Hotel Bela Itália, uma boa opção indo para o centro, antes de tomar o caminho da Argentina, na ponte Tancredo Neves. Falta só comprar repelente, para evitar os mosquitos argentinos, que devem ser mais agressivos do que os brasileiros, sobretudo se forem peronistas...
De Foz a Corrientes são, pela contagem do Google Maps, 625 kms, o que supostamente daria para fazer em sete ou oito horas de viagem, dependendo de quanto tempo se leva no controle alfandegário.
Adelante...




sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Em viagem: de carro para a Argentina e Uruguai - Paulo Roberto de Almeida e Carmen Lícia Palazzo

No verão de 2009, tentamos atravessar a Argentina para simples turismo, de carro, pelo país. Não foi possível.
Em virtude do populismo econômico dos Kirchner, ao congelar os preços da gasolina, simplesmente não havia combustível para abastecer nosso automóvel.
Tivemos de voltar para trás: passamos uma semana no Uruguai (Colônia, Montevidéu e Punta del Este) e depois retrocedemos ao Brasil.
Agora parece que vai dar certo, pelo menos não parece faltar gasolina no país de Macri.
Abaixo o nosso esquema tentativo de viagem.
Fizemos, como planejado, o trajeto Brasília-Uberlândia, saindo as 15h40, chegando no Hotel JVA, nosso velho conhecido, às 21h30.
Toca dormir para uma longa jornada neste sábado.
Paulo Roberto de Almeida


Viagem a Mendoza, Buenos Aires – Janeiro-Fevereiro 2017
Paulo Roberto de Almeida, Carmen Lícia Palazzo
Esquema provisório: 12 janeiro  2017

Dia
Etapa
Estrada
Km
Km. T.
Observações
1 Sx 13
Brasília – Uberlândia
050
422
422
6-7hs
2 Sa 14
Uberlândia – Ourinhos
497, 153
848
1.270
Prata, Marília, 12hs
3Do 15
Ourinhos - Foz do Iguaçu
369
670
1.940
10h00
4 Se 16
Foz  - Corrientes
RN 12
625
2.565
Fronteira, chip
5 Te 17
Corrientes - Rosário
RN 11
758
3.323

6 Qa 18
Rosário - cidade

30
3.353
Mestrado Econ, 5-6
7 Qi 19
Rosário - Córdoba
RN 9
434
3.787
5hs
8 Sx 20
Córdoba

40
3.827
passeios
9 Sa 21
Córdoba - Mendoza
RN 7
681
4.508
9hs
10 Do 22
Mendoza

40
4.548
passeios
11 Se 23
Mendoza

60
4.608
passeios
12 Te 24
Mendoza

60
4.668
passeios
13 Qa 25
Mendoza

30
4.728
Mestrado Econ.7-8
14 Qi 26
Mendoza-V. Mackenna
RN 7
462
5.190
7hs
15 Sx 27
Vicuña M.-Buenos Aires
RN 7
600
5.790
8hs
16 Sa 28
Buenos Aires

40
5.830
passeios
17 Do 29
Buenos Aires

40
5.870
passeios
18 Se 30
Buenos Aires

30
5.900
Mestrado Eco.9-10
19 Te 31
Buenos Aires – Colônia
RN 9
120
6.020
Ferry
20 Qa 1
Colônia

40
6.060
passeios
21 Qi 2
Colônia – Montevideo
RN 1
180
6.240
2h30
22 Sx 3
Montevideo

20
6.260
passeios
23 Sa 4
Mvd - Porto Alegre
R8-116
800
7.060
11hs
24 Do 5
Porto Alegre

50
7.110
passeios
25 Se 6
Porto Alegre

50
7.160
passeios
26 Te 7
Porto Alegre – Torres
101
192
7.352
2h30
27 Qa 8
Torres – Florianópolis
101
275
7.627
4hs
28 Qi 9
Florianópolis

60
7.687
passeios
29 Sx 10
Flops – São Paulo
101,116
704
8.391
10hs
30 Sa 11
São Paulo

40
8.431
passeios
31 Do 12
São Paulo

40
8.471
passeios
32 Se 13
São Paulo – Brasília
BR 50
1.006
9.477
13hs