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sábado, 10 de fevereiro de 2024

Fechamento da era golpista no Itamaraty? - Paulo Roberto de Almeida

Fechamento da era golpista no Itamaraty?

  

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Nota sobre a era bolsolavista no Itamaraty

 

Perguntar não ofende: o patético ex-chanceler acidental Ernesto Araujo já expediu uma nota de solidariedade a seu ex-chefe, hoje preso, Filipe Martins, ex-assessor internacional do golpista Bozo? 

O Robespirralho antiglobalista mandava e desmandava num Itamaraty acuado e submisso. Ernestinho fazia tudo o que o também chamado de Sorocabannon lhe ditava, inclusive soltar notas redigidas num português deplorável, que ofendiam não só valores e princípios tradicionalmente defendidos pela diplomacia profissional do Itamaraty, como também normas elementares do Direito Internacional. 

O período marcado pela dominação direta da política externa brasileira pela dupla de ignorantes em política internacional Filipe Martins e Eduardo Bolsonaro, o Bananinha 02, foi um dos mais tenebrosos na história do Itamaraty, fase lamentável da Casa de Rio Branco, cuja crônica eu tracei de modo sistemático numa série de cinco livros digitais, um último impresso, começando por Miséria da Diplomacia (2019) e por O Itamaraty num Labirinto de Sombras (2020), passando por O Itamaraty Sequestrado (2021) e culminando por Apogeu e Demolição da Política Externa (Appris, 2021). 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4579, 10 fevereiro 2024, 1 p.


segunda-feira, 15 de junho de 2020

O aspone presidencial em RI é um ignaro, não só em RI, mas em Português também - O Antagonista

O Robespirralho seria reprovado não só em temas internacionais, mas também no mais simples Português, porque as Notas que saíram em nome do Itamaraty, mas que não foram redigidas por diplomatas da Casa, são muito mal escritas, com erros primários de Português e sobretudo de conceitos elementares em Direito Internacional – que na verdade não existe – e de Relações Internacionais, torturadas até a morte.

A mediocridade chegou ao poder, mas o presidente inepto, ignaro, despreparado pode se contentar com gente tão estúpida quanto ele.
Paulo Roberto de Almeida

Filipe Martins “seria reprovado na minha disciplina de Segurança Internacional”, diz professor
 

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Identificado o "gabinete da raiva" do Palacio do Planalto: STF vai investigar

STF vai investigar assessor de Bolsonaro por declaração sobre vídeo das hienas

Filipe Martins será alvo de inquérito que apura fake news e ameaças contra ministros

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai abrir uma investigação contra Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, no inquérito criado para apurar fake news e ameaças contra integrantes da corte. O motivo é uma publicação em que ele defende a mensagem de um vídeo que comparou o tribunal a hienas.
Jair Bolsonaro compartilhou na segunda-feira (28) um material em que partidos políticos, a imprensa e o STF são retratados como animais atacam um leão, retratado como o próprio presidente. Ele apagou a publicação e pediu desculpas no dia seguinte, mas Martins reforçou seu conteúdo.
"O establishment não gosta de se ver retratado, mas ele é o que ele é: um punhado de hienas que ataca qualquer um que ameace o esquema de poder que lhe garante benefícios e privilégios às custas do povo brasileiro. Isso só mudará quando o Brasil se tornar uma nação de leões", escreveu o assessor no Twitter na terça (29).
O Supremo discutiu o envio de um pedido de explicações para Bolsonaro com base no episódio, mas desistiu depois que o presidente se desculpou. Como Martins não fez o mesmo, ele será investigado.
"Me desculpo publicamente ao STF, a quem porventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação", disse Bolsonaro ao jornal O Estado de S. Paulo na terça (29).
O chamado inquérito das fake news é alvo de críticas pesadas de apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, escreveu em março que medidas tomadas na investigação se assemelhavam às de uma ditadura.
O caso também produziu controvérsia por ter sido aberto no STF sem consulta e participação do Ministério Público. A então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, buscou arquivar a investigação em diversas ocasiões.
O novo procurador-geral, entretanto, adotou comportamento diferente. Augusto Aras, indicado ao cargo em setembro por Bolsonaro, disse que não há inconstitucionalidade no inquérito.
A AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o governo, também tem dado pareceres favoráveis à continuidade do inquérito, cuja constitucionalidade é questionada em ações no próprio Supremo e na Justiça Federal de primeiro grau em Brasília.
Martins também foi convocado para prestar esclarecimentos na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das fake news em funcionamento no Congresso.
Além de Martins, também foram chamados o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, e assessores que compõem um grupo batizado no Planalto de "gabinete da raiva" —Tercio Arnaud Tomaz, José Matheus Salles Gomes e Mateus Matos Diniz.

sábado, 30 de março de 2019

Robespirralho: o Rasputin do Planalto - Ana Clara Costa (Epoca)

Em épocas de transição entre regimes, como esta que atravessamos atualmente, personagens obscuros ascendem, outros conhecidos saem de cena, arrivistas se excitam, oportunistas se agitam, ideólogos, idealistas, sensatos e aloprados se misturam no grande liquidificador dessas transições que encerram uma fase e abrem o caminho para outra. Elites declinam, novas elites ascendem nos escalões do poder. Paixões e sentimentos contraditórios afloram, o que oferece o quadro ideal para novelistas, cineastas, cronistas dos eventos correntes e todos os demais tipos de personagens curiosos, o que não exclui bandidos, ladrões, corruptos, e até defensores da Justiça e do Estado de Direito. Jornalistas precisam ser capazes de traduzir tudo isso para o público consumidor não apenas de notícias mas de análises. Esta matéria de uma jornalista da revista Época é um exemplo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 30 de março de 2019