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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um contrato exemplar, um trabalhador exemplar, uma hipocrisia excepcional, do Stalin Sem Gulag...

O Stalin Sem Gulag está zombando da sociedade brasileira: faria o mesmo em uma prisão em regime fechado?
PRA

JOSÉ DIRCEU JÁ ASSINOU CONTRATO PARA SER GERENTE DE HOTEL POR R$ 20 MIL 
Luiz Orlando Carneiro 
Jornal do Brasil, 26/11/2013

O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu – condenado na ação penal do mensalão a 10 anos e 10 meses de prisão, mas já cumprindo no regime semiaberto a pena de 7 anos e 11 meses por corrupção ativa – conseguiu um contrato de trabalho, cuja cópia já foi enviada ao ministro Joaquim Barbosa, relator da AP 470. O contrato com o Hotel Saint Peter, no centro de Brasília – que depende da aprovação do juiz da Vara de Execução Penal do Distrito Federal para ser cumprido durante o dia – prevê um salário de R$ 20 mil para a prestação de serviços como gerente administrativo. O horário de trabalho é das 8h às 17h, com uma hora de intervalo de almoço. 
Na petição enviada ao Supremo Tribunal Federal, o advogado de José Dirceu, José Oliveira Lima, lê-se: “No contrato de trabalho (...), o St. Peter Hotel ainda faz constar a informação de que ‘tem plena ciência e anui com as condições do empregado, no sentido de cumprir a atividade laboral, seja no tocante a horário, seja por outra exigência a qualquer título, relativamente ao regime profissional semiaberto ou outro a que seja determinado pelo poder judiciário para cumprimento da pena a que foi submetido em razão da condenação na Ação Penal 470, em trâmite perante o STF”. 

O contrato 
O contrato apensado aos autos do processo tem a assinatura da gerente geral do hotel, Valéria Linhares. Documentos em anexo informam que a gerente foi contratada em agosto de 2012 com salário de “R$ 1.800”; que o hotel é de propriedade de Paulo Masci de Abreu e de uma empresado Panamá, a Truston International Inc. O contrato tem vigência inicial de 45 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo. 
Numa ficha preenchida por José Dirceu, anexada à petição, lê-se – além dos nomes dos pais e outros dados pessoais – que ele é “católico”, gosta de fazer caminhadas, assistir a filmes e de viajar. 

À pergunta de por que gostaria de trabalhar em hotel, o réu do mensalão respondeu: “Necessidade e por apreciar hotelaria e a área administrativa”.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Companheiros chantagistas se chantageiam reciprocamente (enfim, tudo normal)

Dirceu pressionou Lula a defender petistas presos

A amigos que o visitaram na cadeia, ex-ministro fez queixas sobre a forma como ex-presidente administrou o escândalo do mensalão

Vera Rosa e Wilson Tosta 
O Estado de S. Paulo, 24 de novembro de 2013 | 19h 26

Preso em uma cela de seis metros quadrados, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu criticou Luiz Inácio Lula da Silva pela forma como ele administrou até agora a crise do mensalão. A insatisfação com o ex-presidente foi manifestada por Dirceu a pelo menos três amigos que o visitaram, nos últimos dias, no Complexo Penitenciário da Papuda.
Irritado com o silêncio do Planalto, Dirceu perguntou: "E o Lula não vai falar nada?". Era a senha para a urgência de um pronunciamento, que deveria ser feito o quanto antes, no diagnóstico do ex-ministro, sob pena de grande abalo na imagem do PT, com potencial de interferir na campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição.
Três dias depois de receber o recado, Lula fez o mais veemente discurso desde que os petistas foram condenados. Sugeriu, na quinta-feira passada, que o rigor da lei só vale para o PT e dirigiu ataques ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
Em meio a protestos contra as "arbitrariedades" na execução das sentenças, Lula e dirigentes petistas também decidiram promover um desagravo a Dirceu, ao ex-presidente do PT José Genoino e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares na abertura do 5.º Congresso da sigla, de 12 a 14 de dezembro, em Brasília.
A contrariedade de Dirceu com Lula, porém, não vem de hoje. Interlocutores do ex-ministro contaram ao Estado que ele sempre reprovou a forma "conciliatória" como o então presidente conduziu o caso desde que o escândalo estourou, em junho de 2005.
Em conversas mantidas no cárcere, Dirceu tem dito que Lula errou ao não fazer o "enfrentamento" necessário para não deixar a denúncia de corrupção virar uma espada permanente sobre o PT e o governo.
Para Genoino, os réus do PT não têm escapatória, mesmo se conseguirem reduzir suas penas, pois perderam a batalha da comunicação. "Estamos marcados como gado", resumiu ele a um amigo.
Na avaliação de Dirceu, Lula deixou a CPI dos Correios prosperar, em 2005, quando ainda teria condições de barrá-la. Por esse raciocínio, ao não politizar a denúncia da compra de votos no Congresso, Lula abriu caminho para a "criminalização" do PT. O partido até hoje insiste que nunca corrompeu deputados em troca de apoio e só admite a prática do caixa dois.
Nomeação. Arquiteto da campanha que levou o PT ao Palácio do Planalto em 2003, Dirceu revelou que Lula chegou a consultá-lo sobre a nomeação de Luiz Fux para ministro do Supremo.
"Se você está dizendo que sim, quem sou eu para dizer que não?", afirmou Dirceu, segundo relato de amigos, antes de ser procurado por Fux, que pediu sua ajuda para conquistar o cargo. Fux acabou nomeado em 2011 por Dilma. Petistas juram que ele prometeu "matar no peito" a acusação, em sinal de que absolveria os réus. Quando saiu o voto pela condenação, o espanto no governo e no PT foi generalizado.
Num café da manhã com Dirceu, em novembro de 2010, Lula prometeu a ele que, quando estivesse fora do Planalto, desmontaria a "farsa do mensalão". A promessa não foi cumprida sob a alegação de que era preciso blindar o primeiro ano do governo Dilma. Depois vieram as disputas municipais de 2012 e agora o ano é pré-eleitoral.
Para o líder da bancada petista no Senado, Wellington Dias (PI), o PT não soube construir uma narrativa para reagir à ofensiva da oposição e da mídia. "Sob intenso cerco político, nós acabamos permitindo que as versões da compra de votos florescessem", avaliou Dias.
A estratégia do governo e do PT, agora, é usar o escudo da "legalidade" e o discurso de que há "dois pesos e duas medidas" na Justiça para impedir que o mensalão contamine a campanha de Dilma em 2014.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Stalin sem Gulag encontra seu gulaguizinho: a Papuda (mas nao deixa de ser Stalin)

E não deixa de ser irônico: o mais totalitário do partido dos totalitários, continua seu totalitarismo sobre os companheiros, que provavelmente só gostariam de dormir, descansar, ler gibi, assistir novela, e ficam tendo de seguir as ordens desse Stalin tropical (ainda bem que sem Gulag, do contrário eu não estaria mais aqui).
Vai ser Stalin assim lá na...terra dos stalinistas cubanos e norte-coreanos...
Paulo Roberto de Almeida

A Tarde (Salvador), 21/11/2013

A costumado a dar ordens, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu impõe a disciplina na prisão. Levanta bem cedo, faz ginástica, organiza temas para "debates" e virou o "rei da cela". É ele o mandachuva que passa as tarefas para os companheiros e decreta a hora de fazer exercícios, de ler, de caminhar e de jogar conversa fora.
Na manhã desta quinta-feira, 21, antes da saída do deputado e ex-presidente do PT José Genoino - que passou mal e foi hospitalizado -, Dirceu deu voz de comando a Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido. Maníaco por limpeza, ele pegou um balde de água, sabão e vassoura e puxou Delúbio para ajudá-lo na faxina na cela "S 13", número do PT.
"A gente chega lá e sai triste com a situação, mas também motivado, porque meu pai não se entrega. É um guerreiro", afirmou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro.
Quem vai visitar Dirceu e seus companheiros tem a impressão de que está num quartel. A sala de visitas é modesta, com mesa e cadeiras, e todos vestem roupas brancas. No Centro Penitenciário da Papuda, a cela que abriga os condenados do PT foi a cantina do presídio, hoje reformada.
Até esta quinta-feira, era Dirceu - hipocondríaco de carteirinha - quem cuidava do horário dos remédios de Genoino, conferia se ele se alimentava direito e procurava animá-lo. "A Dilma defendeu você", disse ao deputado, na noite de quarta-feira, numa referência à entrevista na qual a presidente Dilma Rousseff afirmou estar preocupada com a saúde do amigo petista.

No manual de autoajuda de Dirceu, o importante é manter "a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo". Para se distrair no cárcere, o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula lê O Capital e suas Metamorfoses, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. "O ensaio é uma tentativa de resgatar Karl Marx como pensador da prisão a que ele foi submetido ao longo do século 20", definiu o autor. Depois de ler, Dirceu gosta de saber a opinião dos colegas de cela - como Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (hoje PR) e Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB - sobre as eleições de 2014 e os rumos da política.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Chefe de quadrilha quer amordacar imprensa livre

O Stalin sem Gulag (ainda bem), o totalitário aprendiz, o amigo de ditadores, tiranos, caudilhos autoritários, populistas ditatoriais e, não menos importante, de líderes fascistas (não importa de que tendência), não desiste de suas pretensões censórias.
Ele não se conforma pelo fato de uma imprensa livre denunciar suas falcatruas, roubalheiras, fraudes, mistificações, mentiras, tramóias, patifarias e outras ações clandestinas (ou seja, das quais ainda não temos conhecimento, e não sabemos se teremos), e pretende controlar a imprensa, amordaçar jornalistas, censurar matérias e , de forma geral, desmantelar os grandes grupos de comunicação, que ele chama de "mídia", palavra típica dos espíritos inquisitoriais.
Se dependesse de tiranetes desse acabite, teríamos apenas a imprensa comprada, aquela dos mercenários a serviço do projeto de poder desses aprendizes de ditadores.
Ainda vai demorar alguns meses para o Stalin dos trópicos conhecer as grades de alguma cadeia (ainda assim uma punição leniente para quem pretendia transformar o país num território-prisão, como certa ilha miserável que ele admira, transformada em fazenda-prisão de caudilhos histriônicos, anacrônicos e totalitários). Em algum momento o candidato a ditador vai enfrentar seu destino, até lá cabe vigilância...
Paulo Roberto de Almeida 


Dirceu defende regulação da mídia como prioridade do PT em 2013

Ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção ativa no julgamento do mensalão, defendeu a  regulamentação da mídia no Brasil como uma das três prioridades do PT para 2013. Nessa segunda-feira, 5, em seu blog, Dirceu elencou a reforma política e a "desconstrução da farsa do mensalão" como outros objetivos do partido no próximo ano.
"O partido faz muito bem em eleger esta regulação como uma das principais metas a serem conquistadas em 2013, ao lado da reforma política tão imprescindível ao País e da luta para desconstituir a farsa do mensalão", disse o petista.
Dirceu comentou a entrevista coletiva concedida pelo presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, a correspondentes de jornais estrangeiros no Brasil, na última quarta-feira, 31. Ele elogiou a iniciativa, alegando saber que a mídia nacional iria ignorar a questão. "À exceção dos momentos em que virá com o noticiário enviesado de sempre, para dizer que regulamentação é censura e ameaça à liberdade de imprensa", afirmou o ex-ministro.
Ainda no blog, Dirceu explicou de que maneira o PT vai agir para assegurar a regulamentação: "O partido vai se posicionar, defender, tomar iniciativas, ocupar todas as tribunas que lhe forem possíveis, manter o assunto em evidência e priorizá-lo", explicou.
Para explicar a diferença entre regulamentação da mídia e censura, Dirceu recorreu a uma frase de Falcão. “Não é censura, nada a ver. É ampliar a liberdade de expressão, não restringi-la". Dirceu ainda deixou claro que o objetivo "depende do Congresso, e não do partido".
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Dirceu também prioriza reforma política e a "desconstrução da farsa do mensalão"
(Imagem: Marcos Alves/Agência O Globo)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Stalin Sem Gulag: manifesto revisto e corrigido

O ex-Richelieu do cerrado central, grão-vizir da corruptolândia, senhor de todos os truques e traques, perpetrou um manifesto, que seria risível se não fosse patético.
Como ele escreveu num teclado enviesado, mas pensando com o lado errado do cérebro, pode-se corrigir ligeiramente o que escreveu, ajustando as frases para o seu verdadeiro significado.
O Stalin Sem Gulag (sorte nossa, sorte minha) escreveu em itálico.
O revisor vai de texto normal.


AO POVO BRASILEIRO
AOS TROUXAS QUE ME SEGUEM

No dia 12 de outubro de 1968, durante a realização do XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, fui preso, juntamente com centenas de estudantes que representavam todos os estados brasileiros naquele evento. 
Cometi a burrada -- alguns escrevem c..... -- de convocar um congresso de 600 estudantes num sítio miserável de um município com menos habitantes que isso, e depois ainda fiz a c...... maior ainda de encomendar 1.200 paezinhos e mortadela proporcional na padaria da esquina. O dono arregalou o olho e aí começou nossa aventura...

Tomamos, naquele momento, lideranças e delegados, a decisão firme, caso a oportunidade se nos apresentasse, de não fugir.
Falei pro pessoal: "Olha, não adianta correr que o bicho pega. Depois vocês telefonam pros pais, que eles tiram vocês da delegacia."

Em 1969 fui banido do país e tive a minha nacionalidade cassada, uma ignomínia do regime de exceção que se instalara cinco anos antes.
Ainda bem que os companheiros sequestraram o embaixador do império e me trocaram por ele: já não aguentava mais a macarronada da cadeia.

Voltei clandestinamente ao país, enfrentando o risco de ser assassinado, para lutar pela liberdade do povo brasileiro.
Depois de devidamente treinado pela Inteligência cubana, entrei novamente no Brasil. Mas segui fielmente as diretrizes dos amigos cubanos de não procurar nenhum dos companheiros, pois seria prisão na certa. Eu tinha de me preservar, pois a guerrilha estava irremediavelmente comprometida. Eu fiquei quieto, como mandaram.

Por 10 anos fui considerado, pelos que usurparam o poder legalmente constituído, um pária da sociedade, inimigo do Brasil.
Fiquei na minha, sem falar de política, exatamente como meus amigos cubanos me pediram para fazer.

Após a anistia, lutei, ao lado de tantos, pela conquista da democracia. Dediquei a minha vida ao PT e ao Brasil.
Bem, depois que a democracia burguesa foi restaurada no Brasil, fiz o que os cubanos me disseram: montar um aparelho clandestino dentro de aparelho do aparelho do PT, e passei a selecionar minha tropa de choque, companheiros totalmente devotados a mim, que passaram a identificar os laranjas que fariam todo o trabalho sujo por nós.

Na madrugada de dezembro de 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato que o povo de São Paulo generosamente me concedeu.
Ingratos: eu comprei toda aquela gente com o dinheiro desviado do Estado e eles cospem no prato em que comeram. 
Eu só fiz o que tinha combinado com o capo di tutti i cappi: comprei uns caras que já estavam de antemão vendidos. Fdps, salafrários...

A partir de então, em ação orquestrada e dirigida pelos que se opõem ao PT e seu governo, fui transformado em inimigo público numero 1 e, há sete anos, me acusam diariamente pela mídia, de corrupto e chefe de quadrilha.
A quadrilha que eu montei cometeu o pecado da arrogância, isso verifico agora. Como estávamos no comando no Estado, imaginei que podíamos roubar sem problemas. Fui traído por aquele bandido do PTB.

Fui prejulgado e linchado. Não tive, em meu benefício, a presunção de inocência.
Esses juízes medrosos, se dobraram à pressão do público e querem me crucificar só por um punhado (de milhões) de reais.

Hoje, a Suprema Corte do meu país, sob forte pressão da imprensa, me condena como corruptor, contrário ao que dizem os autos, que clamam por justiça e registram, para sempre, a ausência de provas e a minha inocência. O Estado de Direito Democrático e os princípios constitucionais não aceitam um juízo político e de exceção.
Ainda vou me vingar dos que agora me acusam. Estou montando um dossiê sobre cada um desses covardes que me condenaram, para mostrar que eles não são o que parecem.

Lutei pela democracia e fiz dela minha razão de viver. Vou acatar a decisão, mas não me calarei. Continuarei a lutar até provar minha inocência. Não abandonarei a luta. Não me deixarei abater.
OK: já não queria mais construir o socialismo no Brasil, já que esse sistema de m.... só produziu miséria onde se instalou, mas eu queria, pelo menos uma vez na vida, desfrutar das benesses do poder e de todo o dinheiro que o capitalismo permite.

Minha sede de justiça, que não se confunde com o ódio, a vingança, a covardia moral e a hipocrisia que meus inimigos lançaram contra mim nestes últimos anos, será minha razão de viver.
Vou me vingar desses fdps e salafrários, de todos eles, os políticos corruptos, os juízes covardes.

Toca da onça, 09 de outubro de 2012
Stalin Sem Gulag, aliás Richelieu do Planalto, aliás Zé Linguiça, aliás...

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Reflexao do dia: STF julga algo que nao aconteceu (só dois acreditam)

Segundo o nosso Guia, o supremo pai dos pobres destepaiz, o Mensalão não existiu.
De fato, o Mensalão não existiu, o e os ministros do STF, em sua grande maioria, julgaram algo que não houve.
O que houve, na verdade, foi algo muito maior, a montagem de uma imensa máquina de extração, de extorsão, de desvio, de roubo de dinheiro público e privado, uma máquina destinada a criar um enorme duto de canalização de recursos para o nosso único partido totalitário de alguma importância nestepaiz -- sim, porque os demais totalitários, o ex-PCB, o atual PCdoB e o contraditório PSOL, além de algumas pulgas ridículas, do tipo PCO, PSTU e outros ácaros, não têm muita importância --, recursos com os quais esse partido totalitário e geneticamente corrupto, além de mentalmente deformado, pretendia manter controle e monopólio sobre o poder, num estilo próximo a de outros regimes de Gulag que existiram ao longo da história, só que nestepaiz não houve e não havia condições de se ter um Gulag tropical (sorte minha, pois não?).
Bem, quanto a isso, nada ocorreu. O STF julgou, portanto, algo que não existiu, ou que era ridiculamente ridículo, se ouso dizer, totalmente desimportante, apenas a ponta do iceberg, deixando de fora do julgamento o que era realmente importante.
O nosso Guia Genial dos Povos tem, portanto, inteiramente razão.
O STF passou ao lado dos fatos.
Os únicos que acreditaram no mensalão (com minúscula, pois é realmente ridículo) foram dois funcionários do partido totalitário, que de conformidade com suas funções e tarefas absolveram os acusados. Ponto para eles, portanto, pois cumpriram com o seu dever.
Acho que o STF vai continuar julgando algo que não existiu.
E os nossos funcionários vão continuar acreditando na materialidade do mensalão e cumprindo suas funções partidárias. Parabéns aos disciplinados operários do partido, true believers de uma causa que permanece inédita nestepaiz...
Paulo Roberto de Almeida

domingo, 19 de agosto de 2012

O Stalin sem Gulag, e a quadrilha em acao - OESP


A montagem do Mensalão: 

Documentos do Planalto expõem ações de José Dirceu no comando da Casa Civil

Governo federal libera ofícios enviados e recebidos por homem forte do início da gestão Lula que explicitam troca de cargos por apoio parlamentar, intervenção para audiência com empresa privada e investigações internas de integrantes da máquina pública

Alana Rizzo
O Estado de S. Paulo, 18 de agosto de 2012
Documentos oficiais obtidos pelo Estado - entre correspondências confidenciais, bilhetes manuscritos e ofícios - revelam os bastidores da atuação de José Dirceu no comando da Casa Civil, entre janeiro de 2003 e junho de 2005. Liberados com base na Lei de Acesso à Informação, os papéis enviados e recebidos pelo homem forte do governo Luiz Inácio Lula da Silva explicitam troca de favores entre governo e partidos aliados, intervenções para que empresários fossem recebidos em audiências e controle sobre investigações envolvendo nomes importantes da máquina pública.
Ofícios mostram relação do então ministro com partidos aliados e com correligionários do PT - Dida Sampaio / AE
Dida Sampaio / AE
Ofícios mostram relação do então ministro com partidos aliados e com correligionários do PT


Dirceu deixou o governo em meio ao escândalo do mensalão, acusado de comandar uma "quadrilha" disposta a manter o PT no poder via compra de votos no Congresso - ele é um dos 37 réus do julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal. Desde a saída do governo, mantém atuação partidária e presta serviços de consultoria a empresas privadas no Brasil e no exterior.
Uma centena de ofícios dos primeiros anos do governo Lula agora tornados públicos trata quase exclusivamente da ocupação dos cargos públicos por partidos aliados. Sob a "incumbência" de Dirceu, Marcelo Sereno, seu chefe de gabinete e braço direito, despachava indicações de bancadas, nomeações e currículos para os mais variados cargos federais.
A troca de ofícios com o então presidente do PL (hoje PR), deputado Valdemar Costa Neto, não esconde os interesses de cada um. O assunto é a negociação de cargos-chave na Radiobrás. Em ofício arquivado na Presidência com o número 345/Gab-C.Civil/PR, Valdemar indica nomes à estatal federal de comunicação e acrescenta: "Certo de que V.Exa. poderá contar com apoio integral desta Presidência e da Bancada do Partido Liberal no Congresso."
Em 27 de fevereiro de 2003, Dirceu ordena que a demanda seja encaminhada ao então presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci.
Valdemar viria a ser denunciado mais tarde sob a acusação de integrar a "quadrilha" do mensalão por ter recebido dinheiro do valerioduto. Hoje deputado pelo PR, o parlamentar também aguarda a sentença do STF.
Os documentos liberados também mostram pedidos de colegas de partido de Dirceu. Em 11 de fevereiro de 2003, por exemplo, a deputada estadual petista Maria Lúcia Prandi envia mensagem onde diz tomar "a liberdade de estabelecer contato no sentido de solicitar audiência para tratar de questões referentes à condução de articulações no sentido de consolidar a relação partidária com as ações governamentais, em especial assuntos relativos à atuação desta parlamentar na Baixada Santista".
Outro ofício recebido pelo Planalto mostra o então presidente do Diretório Regional do PT em Sergipe, Severino Oliveira Bispo, pedindo a Dirceu para tratar da seguinte pauta: "1) Apresentação da relação dos nomes dos indicados para os cargos federais no Estado; 2) O que mais ocorrer".
A documentação liberada revela uma ordem da Casa Civil a favor de uma empresa. Em 13 de março de 2003, a pedido de Dirceu, Marcelo Sereno intermedeia pedido de audiência de representantes da Ondrepsb Limpeza e Serviços Ltda. no Ministério da Justiça. Naquele ano, a empresa de Santa Catarina recebeu R$ 2,9 milhões do governo federal. Em 2004, ganhou R$ 3,9 milhões. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), a média de pagamentos dos três anos posteriores ao ofício foi 100% maior em comparação ao mesmo período que antecedeu a intervenção.
ControleOs registros mostram ainda que Dirceu mantinha uma rede de informações que extrapolava os órgãos federais de investigação. O serviço era tocado pela Secretaria de Controle Interno. Vinculado à Casa Civil, comandado à época por José Aparecido Nunes Pires, celebrizado em 2008 por ter sido apontado como um dos autores do dossiê com dados sigilosos sobre os gastos com cartões corporativos no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os documentos indicam, por exemplo, que Dirceu teve acesso - antes do ministro da Justiça da época, Márcio Thomaz Bastos - às gravações de um encontro entre o assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz e o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no Aeroporto Internacional de Brasília. Fitas e documentos relacionados ao assunto chegaram ao ex-ministro pelo então chefe da Polícia Civil do Distrito Federal, Laerte Bessa.
As imagens foram gravadas pela segurança da Infraero atendendo a uma solicitação da polícia de Brasília, em uma investigação sigilosa. Só após passar pelo crivo de Dirceu é que a investigação foi remetida a Thomaz Bastos, hoje advogado de um dos réus do mensalão, o ex-diretor do Banco Rural José Roberto Salgado, e ex-defensor de Cachoeira. Questionada pela reportagem, a Casa Civil confirmou que dois agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) faziam na época parte da estrutura da Casa Civil e estavam subordinados ao então ministro.
Nota
Em outro caso, conforme os documentos, a atual presidente da Petrobrás, Graça Foster, foi alvo de investigações tocadas pela estrutura de Dirceu. Na época, ela ocupava o cargo de secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia. Adversária do grupo político do então ministro, Graça foi questionada sobre contratos da empresa do marido, Colin Foster, com a Petrobrás.
A nota técnica 23/2004, encaminhada para a então ministra da pasta, Dilma Rousseff, levanta detalhes da atuação da empresa, contratos e considera "prudente" que Dilma, hoje no comando do País, tomasse conhecimento das denúncias. O documento com timbre de "urgente" ressalta que Graça Foster participava, inclusive, do Grupo de Trabalho, instituído pela Casa Civil, encarregado de apresentar estudos sobre a viabilidade de utilização do biodiesel como fonte alternativa de energia.