Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sábado, 7 de junho de 2014
Maine: terra de lagostas, de farois e de arte - Carmen Licia Palazzo
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Novo blog sobre Diplomacia - jornalista Denise Chrispim Marin (Estadao)
O primeiro post que li, trata de um assunto importantíssimo, pois tem a ver com o inacreditável desperdício de talentos humanos ocorrido durante os dez primeiros anos do poder companheiro, marcado por um viés político típico dos anos de chumbo -- não da ditadura no Brasil, pois durante o regime militar muitos esquerdistas trabalhavam para o governo desde que fossem competentes -- mas das ditaduras comunistas ao estilo soviético ou castrista, onde só são chamados a trabalhar aqueles que concordam com o regime, e a ele demonstram submissão.
Esperemos que seja a primeira reparação de uma série de discriminações prejudiciais à própria instituição.
Paulo Roberto de Almeida
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Programa nuclear iraniano: o coracao da materia -- Mark Hibbs entrevistado por Max Fisher
The details of the facility, how it works and why it's so controversial can be confusing. To get a better understanding of it and the other scientific issues at the heart of this very political process, I talked to Mark Hibbs. As a senior associate at the Carnegie Endowment for International Peace's nuclear policy program, Hibbs understands both the science of the Iranian program and the politics around those scientific issues. A lightly edited and compressed transcript of our phone conversation follows.
Can you explain to me, very simply, what are the main technical issues in these negotiations with Iran? In other words, what are they negotiating over?
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Books, books, books! Mas onde vai parar esse vício incurável?
Ou melhor, em várias delas.
Estas são para a próxima ida a New York...
Paulo Roberto de Almeida
Do blog do Abebooks:
http://www.abebooks.com/blog/index.php/2013/04/26/bookstores-of-new-york/
Bookstores of New York
About Beth Carswell
I've been reading, selling, researching, loving and writing about books with AbeBooks since 2000.sábado, 27 de abril de 2013
Brasil: um pais irreformavel? - Minhas propostas feitas em 2005
Mas, por que digo isto?
Porque recebi este comentário no post que vai abaixo transcrito:
Esse post é do tempo em que eu ainda numerava cada um, para organizá-los, digamos assim, totalmente ausente do fato de um blog se auto-organiza por datas, sem necessidade de qualquer outro arranjo.
Enfim, independentemente do motivo, vamos a minha postagem de oito anos, mas que ainda se encontra inteiramente válida, já que não fizemos nada, absolutamente nada, para tornar o Brasil mais moderno.
Não fizemos, não, pois eu me incluo fora do governo dos companheiros, que aproveitaram esses anos apenas para reforçar o seu poder, sem empreender qualquer uma das reformas que tornariam o Brasil mais ágil. Ainda estamos esperando por isso.
Paulo Roberto de Almeida
TERÇA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2005
43) Uma proposta modesta: a reforma do Brasil
Monteiro Lobato, num de seus livros da série do Sítio do Pica-Pau Amarelo, atribuiu a Emília a tarefa de fazer uma "reforma da Natureza": coisa de corrigir alguns mal-feitos do Criador, e consertar o que parecia errado aos olhos de retrós de uma boneca de pano. Mas ele também tentou "consertar o Brasil" várias vezes, chegando até a enfrentar prisão devido algumas de suas sugestões.
Não creio que eu corra o mesmo risco agora; provavelmente vou receber apenas sorrisos condescendentes.
Em todo caso, dou primeiro o meu diagnóstico (muito rápido), depois um pequeno receituário, também rápido e rasteiro, já que nenhuma dessas tarefas será empreendida anytime soon...
Uma proposta modesta: a reforma do Brasil
Paulo Roberto de Almeida
Prolegômenos:
Não creio que o Brasil necessite, tão simplesmente, de uma mera reforma econômica. Ele precisa, sobretudo, de várias reformas estruturais, a começar pelo terreno político, onde se encontra a chave para a resolução dos muitos problemas que explicam o nosso baixo desempenho econômico.
Primeira parte - O Diagnóstico
1. Constituição intrusiva demais, codificando aspectos de detalhe que deveriam estar sendo regulados por legislação ordinária.
2. Estado intrusivo, despoupador, perdulário, disforme e pouco funcional para as tarefas do crescimento econômico.
3. Legislação microeconômica (para o ambiente de negócios e para a regulação das relações trabalhistas) excessivamente intrusiva na vida dos cidadãos e das empresas, deixando pouco espaço para as negociações diretas no mercado de bens, serviços e de trabalho.
4. Preservação de monopólios, cartéis e outras reservas de mercado, com pouca competição e inúmeras barreiras à entrada de novos ofertantes.
5. Reduzida abertura externa, seja no comércio, seja nos investimentos, seja ainda nos fluxos de capitais, gerando ineficiências, preços altos, ausência de competição e de inovação.
6. Sistemas legal e jurídico atrasado e disfuncional, permitindo manobras processualísticas que atrasam a solução de controvérsias e criam custos excessivos para as transações entre indivíduos.
Segunda parte - A Reforma
1. Reforma política, a começar pela Constituição: seria útil uma “limpeza” nas excrescências indevidas da CF, deixando-a apenas com os princípios gerais, remetendo todo o resto para legislação complementar e regulatória. Operar diminuição drástica de todo o corpo legislativo em todos os níveis (federal, estadual e municipal), retirando um custo enorme que é pago pelos cidadãos; Proporcionalidade mista, com voto distrital em nível local e alguma representação por lista no plano nacional, preservando o caráter nacional dos partidos.
2. Reforma administrativa com diminuição radical do número de ministérios, e atribuições de diversas funções a agências reguladoras. Privatização dos grandes monstrengos públicos que ainda existem e são fontes de ineficiências e corrupção, no setor financeiro, energético, e outros; fim da estabilidade no serviço público.
3. Reforma econômica ampla, com diminuição da carga tributária e redução das despesas do Estado; aperto fiscal nos “criadores de despesas” irresponsáveis que são os legislativos e o judiciário; reforma microeconômica para criar um ambiente favorável ao investimento produtivo, ao lucro e para diminuir a sonegação e a evasão fiscal.
4. Reforma trabalhista radical, no sentido da flexibilização da legislação laboral, dando maior espaço às negociações diretas entre as partes; extinção da Justiça do Trabalho, que é uma fonte de criação e sustentação de conflitos; Retirada do imposto sindical, que alimenta sindicalistas profissionais, em geral corruptos.
5. Reforma educacional completa, com retirada do terceiro ciclo da responsabilidade do Estado e concessão de completa autonomia às universidades “públicas” (com transferência de recursos para pesquisa e projetos específicos, e os salários do pessoal remanescente, mas de outro modo fim do regime de dedicação exclusiva, que nada mais é do que um mito); concentração de recursos públicos nos dois primeiros níveis e no ensino técnico-profissional.
6. Abertura econômica e liberalização comercial, acolhimento do investimento estrangeiro e adesão a regimes proprietários mais avançados.
Brasília, 15 de dezembro de 2005.
sábado, 21 de julho de 2012
Sobre a Intolerancia - Paulo Roberto de Almeida (2006)
Link: http://espacoacademico.wordpress.com/2012/07/21/sobre-a-intolerancia/
Paulo Roberto de Almeida
Sobre a Intolerância
sexta-feira, 9 de abril de 2010
2059) Blogometria: apenas um exercicio quantitativo
Diplomatizzando
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Mas, seu eu perguntar algo, ele me diz sempre as mesmas coisas. Os que mais acessam este blog é uma manada de candidatos desesperados querendo entrar para a carreira diplomática, sem saber o que os espera (tudo de bom, certamente).
Mas, ao lado dos temas habituais da carreira, também entra um ou dois posts sobre os conselheiros da Petrobras (regiamente remunerados, por certo, inclusive a ex-ministra e pré-candidata governista Dilma Rousseff, que provavelmente não largou o osso, na verdade um filé suculento) e o protecionismo argentino (que um raio caia na cabeça dos protecionistas de todos os países).
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
1716) Von Blog: Clausewitz e a estrategia blogueira da defesa
Ele também valorizava a meritocracia, e se posicionava contra a aristocracia e seu monopólio dos postos superiores no exército prussiano, onde qualquer aristocratazinho incompetente poderia ser nomeado oficial, em detrimento das patentes inferiores, com melhor preparação no terreno, mas que não ascendiam por falta de "sangue azul" (ou pedigree).
Pois bem, aplicada ao fenômeno blogueiro, o que os ensinamentos de Clausewitz querem dizer?
Um blog é como uma linha de defesa, uma trincheira de resistência contra ataques inimigos.
No caso específico deste blog, imagino-o como uma trincheira clausewitziana, isto é, meritocrática, contra a insensatez, a burrice, a desonestidade intelectual, a má fé, a fraude deliberada, a enganação dos incautos e dos mal-informados, enfim, uma barreira contra a submissão indevida e eticamente duvidosa a idéias erradas e atitudes moralmente condenáveis.
Por exemplo: defender ditaduras, me parece uma atitude não apenas suspeita, mas moralmente abjeta. Observar um tratamento seletivo dos direitos humanos também me parece não apenas questionável, como digno de repúdio e de censura moral.
Tenho a impressão de que Clausewitz concordaria com os meus argumentos e estaria de acordo em que eu use este blog de acordo com o seu manual sobre a guerra.
Minha guerra é contra a mediocridade, a estupidez, a mentira, a fraude e a falta de transparência nos assuntos públicos.
Como não tenho tropas, a não ser minha própria capacidade de pensar e escrever, com a ajuda de minhas únicas armas que são dois computadores, fico na minha trincheira fazendo meu trabalho de defesa de certos valores e princípios.
Não tenho sequer capacidade de dissuasão, apenas o poder do convencimento pela aplicação de algumas evidências evidentes (se me permitem a redundância), a lógica elementar, a observação dos fatos, a reflexão ponderada, e a exposição de argumentos que espero condizentes com a realidade do mundo; la verità effetuale delle cose, como diria Maquiavel.
Meu blog é uma trincheira clausewitziana da verdade...