O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador cavalgaduras a solta. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cavalgaduras a solta. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de março de 2012

O ministro, o governador e a miseria educacional...

Um ministro da educação, no passado, fez aprovar uma lei sobre piso salarial dos professores apenas para "ferrar" -- o termo é mesmo esse -- sua adversária política, governadora tucana, que dizia que seu estado não tinha recursos para pagar o piso estabelecido, certamente bem mais alto.
Dinheiro sempre tem, obviamente, tudo é uma questão de prioridades. Tem gente que prefere gastar em publicidade, por exemplo.
Pois bem, quis a vontade do povo que o antigo ministro virasse governador, do mesmo estado.
Agora esse cidadão, que deve andar de quatro de tamanha incoerência, diz que não vai pagar, e vai apelar para a Justiça (da qual ele também já foi responsável, mas muito irresponsável, pois mandou deportar dois refugiados, o justiceiro).
Mas a Justiça apenas interpreta leis, ela não faz as leis. Quem faz é o parlamento.
O ministro cavalgadura deveria saber disso...
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Quem acha que o governador anda de quatro é o jornalista abaixo. Eu só o sigo...

De cabeça para baixo, Coluna Carlos Brickmann
(*) Coluna exclusiva para a edição dos jornais de Quarta-feira, 7 de março de 2012

Há cem anos, o Japão não tinha condições de sustentar sua população. Por isso, estimulou as emigrações (e, por isso, tantos japoneses vieram para o Brasil). Há 67 anos, duas bombas atômicas destruíram Hiroxima e Nagasáqui e o Japão foi ocupado por tropas americanas. Há cinquenta e poucos anos, produto japonês era famoso por ser mal feito, mal acabado, pouco durável.

Como é que o Japão mudou, sem fontes de energia, sem recursos naturais? O jornalista Renato Lombardi, sempre competente, manda duas pistas: o salário inicial de um professor de ensino fundamental no Japão equivale a R$ 4 mil. Professor de escola pública é a 17ª profissão mais bem paga do país.

Já o Brasil, que há cem anos tinha condições de absorver os imigrantes japoneses, está agora em guerra para não pagar aos professores a fortuna mensal de R$ 1.451. Onze Estados avisaram que não vão pagar o piso de lei. No Rio Grande do Sul, o governador Tarso Dutra, do PT, ex-ministro da Justiça, ligadíssimo ao atual ministro da Justiça, quer pagar aos professores salários que nem analfabeto hoje aceita: R$ 791.

Aluguel, comida, livros? Os professores que se virem. Já Tarso, cuja função certamente não é tão útil quanto a de um professor, recebe quase R$ 30 mil mensais, fora casa, comida e muitas mordomias. E, a julgar pelo que anda dizendo, já faz tempo que não gasta nada de seu salário com livros.

Diziam que os japoneses, do outro lado do mundo, andavam de ponta-cabeça. Aqui, nosso Governo não avança nem andando sobre os pés. E veja, são quatro!

Um pouco de luz
A Justiça gaúcha determinou ao Governo que pague o piso legal, incluindo os atrasados desde 2009. Mas o governador que foi ministro da Justiça vai recorrer.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Violencia escolar: de quem a culpa?: da "mercantilizacao", ora essa...

Eu tenha certa alergia à burrice, como todo mundo sabe.
Mas tenho mais horror ainda à estupidez voluntária e à desonestidade intelectual.
Somados à pedagogia ambiente, isso pode dar uma mistura explosiva (e imbecilizante).

Acabo de ver uma reportagem num canal de notícias (reputado sério, mas nada impede que ele tenha jornalistas idiotas, também) sobre a "violência na escola".

Um dos professores, provavelmente indelevelmente marcado pela pedagogia freireana -- do supremo idiota educacional Paulo Freire; não confundir com o mestre Gilberto Freyre -- disse que a culpa era da "mercantilização do ensino"...
Uma pedagoga, entrevistada expressamente sobre isso na mesma matéria, confirmou que havia uma tendência à "privatização do ensino", o que poderia explicar esse aumento da violência. Ou seja, os alunos são mal-educados e violentos, não porque os pais não os educam em casa, mas porque a escola pública é ruim, e cada vez a classe média recorre ao ensino pago.
Conclusão lógica: o pequeno delinquente é resultado da nossa sociedade capitalista.

Confesso que não tenho mais paciência para aguentar esse desfilar de imbecilidades, de professores, pedagogas e jornalistas.

Depois entrevistaram a cavalgadura da "professora" que escreveu um livro que considera normal falar e escrever errado, já que o povo fala assim.
Deve ser o efeito de outra cavalgadura que se orgulhava (deve se orgulhar ainda) de não ler livro nenhum. (E para quê?: ele está ganhando dinheiro a rodo dos capitalistas -- todos com cursos universitários, se entende -- para falar meia dúzia de bobagens e três piadas.)

Estou estarrecido, e quase desistindo de escrever e de publicar.
As cavalgaduras ocuparam todos os espaços públicos...

Preciso de um exílio temporário em algumaa ilha do conhecimento.
Vou para algum quilombo de resistência intelectual, para começar o trabalho de reconquista do terreno contra os idiotas que estão soltos por aí...

Paulo Roberto de Almeida