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sábado, 28 de setembro de 2013

Companheiros nao protegidos ameacam fazer chantagem (mas sao logo protegidos, ou silenciados...)

Abandonado pelo PT, à espera de pesadas penas de prisão por crimes de pedofilia, mergulhando em processo depressivo, o ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, Eduardo Gaievski, está disposto a radicalizar. 
Ucho.info, 28 Sep 2013

Após a ainda ministra Gleisi declarar que não pretende cumprir a promessa de visitar o ex-assessor na prisão e renegá-lo em público, o que permitiria avançar na negociação de uma assistência jurídica nos padrões Mensalão e Rose Noronha, como combinado, Gaievski acredita não ter mais dívida ou compromisso com o PT e principalmente com Gleisi Hoffmann. 

Ciente também de que nada mais tem a perder e que dificilmente receberá algum tipo de ajuda por parte do PT ou mesmo de Gleisi, o delinquente sexual já considera a possibilidade de delação premiada, como forma de eventualmente abrandar as penas que certamente o alcançarão, apesar de crimes hediondos, como é o estupro de vulnerável, não prever esse benefício. 

Prefeito de Realeza, no interior do Paraná, por dois mandatos, Gaievski incluiu no pacote de negociação uma radiografia completa do modo petista de arrecadar fundos nada ortodoxos nas prefeituras comandadas pelo partido. Fora isso, os seis meses em que esteve assessor especial da Casa Civil lhe forneceram munição privilegiada, de alta poder explosivo, capaz de mandar pelos ares boa parte da “companheirada”. Eduardo Gaievski está certo de que tudo o que sabe é de interesse do Ministério Público.

“Estão fingindo que não me conhecem, estão me tratando como um leproso”, diz Gaievski, cada vez mais revoltado com aqueles que o paparicavam quando era o prefeito de Realeza ou o todo-poderoso assessor especial da Casa Civil que liberava verbas federais para os municípios do Paraná como se nas mãos tivesse uma varinha de condão. 

Na longa lista de rancores de Gaievski se destacam os nomes do presidente do PT do Paraná, Enio Verri, que foi célere ao suspender o pedófilo dos quadros do partido, sem qualquer chance de defesa. Outro nome que está no poço de mágoas de delinquente sexual é o da deputada petista Luciana Rafagnin, que o assediava para fazer dupla nas eleições de 2014, mas que agora se diz horrorizada com o “companheiro”.

Por fim, a lista traz o nome de Gleisi Hoffmann, que prometia apoiar o ex-assessor na eleição para deputado estadual no próximo ano, além do compromisso de, em caso de vitória da petista, convidá-lo para ocupar a chefia da Casa Civil do governo paranaense.

domingo, 3 de junho de 2012

Marajas do Estado tomam o proprio Estado como refem

Sem dúvida alguma, são assaltantes dos recursos públicos, do contrário não fariam greve.
Mas, nada vai acontecer, pois o Estado brasileiro parece um velho babão, incapaz de qualquer medida coerente em defesa dos seus próprios interesses.
Eu aposto que vão ficar em greve durante dois ou três meses, o que não fará nenhuma diferença para o setor privado, que até vai poder respirar um pouco.
Quem perde é o próprio Estado.
A menos, claro, que os marajás do serviço público resolvam se vingar fazendo operações contra os agentes privados, por excesso de zelo fiscalizatório, tornando a vida de todos e cada um um verdadeiro inferno.
Marajás do serviço público são sempre uma praga pública.
Se eles não tivessem estabilidade, aposto que não parariam tão facilmente, inclusive porque num governo decente, deveriam ter seus dias parados descontados do salário.
Sabem quando isso vai acontecer no Brasil?
No dia 30 de fevereiro, de qualquer ano...
Sabem o que significa o governo apresentar uma proposta? Se render ao Sindifisco e suas propostas maravilhosas (para eles...).
Paulo Roberto de Almeida 
 Sindifisco (Sindicato Nacional dos AFRFBs), 31/05/2012

O resultado parcial da Assembleia Nacional realizada na quarta-feira (30/5) em todo o país já confirma que haverá paralisação dos Auditores-Fiscais por tempo indeterminado a partir de 18 de junho, caso o Governo não se manifeste e apresente uma proposta concreta e discutível à Classe até a data.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A frase da semana: falta alguem em Nuremberg...

A expressão foi revivida pelo jornalista gaucho Políbio Braga, nesta matéria: 



Chantagem de Lula sobre ministro do STF mostra que no caso do Mensalão ainda falta alguém em Nuremberg
Porto Alegre, 29 de maio de 2012


O editor passou boa parte do sábado e do domingo lendo e analisando atentamente cada linha da reportagem de seis páginas da revista Veja, que denuncia a chantagem que o ex-presidente Lula tentou fazer com o ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.
. Veja nem quis dar capa ao assunto, dada a gravidade da denúncia.
“Um ex-defende seu legado”, abriu o título da reportagem, antecedida por uma foto de um Lula devastado pela idade, pela doença e pelas poltronices. A foto de Felipe Danna, da Associated Press, tomada emprestada para a matéria, vale por si mesma.
. Onde está a chantagem ? Está nesta curta conversa, registrada no sábado pelo site www.polibiobraga.com.br, que copiou Veja, que começava a circular:
Lula - É inconveniente julgar esse processo agora. Zé Dirceu está desesperado.
Gilmar Mendes - Isto é despropositado.
Lula - E a viagem a Berlim?
Gilmar Mendes - O que tem? Vou sempre a Berlim. Lá mora minha filha e lá fiz doutorado.
. A chantagem é claríssima – tão clara como uma cena de cinema, como diria a psólica Luciana Genro.
. Lula deixou claro nas entrelinhas que poderia usar o caso da viagem. A denúncia poderia sair na CPi do Cachoeira.
. A reunião ocorreu no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, que ao desmentir o conteúdo da conversa, “atrapalhou-se” de tal modo que tudo o que disse ficou não valendo nada.
. Além disto, na palavra de quem uma pessoa de bem pode tomar como a mais próxima da verdade ? Ora, todos conhecem a má formação de Lula.
. As reações dos chamados líderes dos Partidos e da chamada sociedade civil organizada, foram muito modestas diante da soberba chantagista do verdadeiro chefe do Mensalão. Sobre o julgamento, aliás, pode-se dizer o mesmo que Davi Nasser disse sobre Felinto Muller, ou seja, ainda falta alguém em Nuremberg.
CLIQUE AQUI para entender a denúncia de que falta alguém no julgamento de Nuremberg.
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egunda-feira, 28 de maio de 2012

Gilmar Mendes na Zero Hora: "Lula entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle".

O ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Gilmar Mendes passou o dia tentando evitar falar da polêmica causada com a matéria da revista Veja na qual ele contou a pressão que sofreu do ex-presidente Lula para adiar o julgamento do mensalão. Fervoroso defensor do julgamento, Mendes não queria polemizar com o ex-ministro Nelson Jobim, que depois da divulgação da matéria negou que a conversa tivesse sido no sentido de interferir no julgamento a ser feito pelo STF. O encontro entre Mendes e Lula ocorreu no escritório de Jobim, em 26 de abril, em Brasília.
Ao conceder entrevista ao jornal Zero Hora no começo da tarde, Mendes demonstrou preocupação com o atraso para o início do julgamento e disse que o Supremo está sofrendo pressão em um momento delicado, em que está fragilizado pela proximidade de aposentadoria de dois dos seus 11 membros.

Confira abaixo alguns trechos da entrevista concedida por Gilmar Mendes, para a jornalista Adriana Irion, de Zero Hora:

Zero Hora — Quando o senhor foi ao encontro do ex-presidente Lula não imaginou que poderia sofrer pressão envolvendo o mensalão?
Ministro Gilmar Mendes — Não. Tratava-se de uma conversa normal e inicialmente foi, de repassar assuntos. E eu me sentia devedor porque há algum tempo tentara visitá-lo e não conseguia. Em relação a minha jurisprudência em matéria criminal, pode fazer levantamento. Ninguém precisa me pedir para ser cuidadoso. Eu sou um dos mais rigorosos com essa matéria no Supremo. Eu não admito populismo judicial.

ZH — Sua viagem a Berlim tem motivado uma série de boatos. O senhor encontrou o senador Demóstenes Torres lá?
Mendes — Nos encontramos em Praga, eu tinha compromisso acadêmico em Granada, está no site do Tribunal. No fundo, isto é uma rede de intrigas, de fofoca e as pessoas ficam se alimentando disso. É esse modelo de estado policial. Dá-se para a polícia um poder enorme, ficam vazando coisas que escutam e não fazem o dever elementar de casa.

ZH — Como foi essa conversa (com Lula)?
Mendes — Foi uma conversa repassando assuntos variados. Ele manifestou preocupação com a história do mensalão e eu disse da dificuldade do Tribunal de não julgar o mensalão este ano, porque vão sair dois, vão ter vários problemas dessa índole. Mas ele (Lula) entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle, como não me diz respeito, não estou preocupado com a CPI.

ZH — Como ele demonstrou preocupação com o mensalão, o que falou?
Mendes — Lula falou que não era adequado julgar este ano, que haveria politização. E eu disse a ele que não tinha como não julgar este ano.

ZH— Ele disse que o José Dirceu está desesperado?
Mendes — Acho que fez comentário desse tipo.

CLIQUE na imagem acima para ver a entrevista completa.

Lula confirma encontro com Gilmar Mendes, mas nega interferência

O ex-presidente Lula confirmou nesta segunda-feira, por meio de nota, o encontro com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, mas rebate a versão da revista Veja e nega tentativa de interferir nas decisões da Corte. De acordo com reportagem desta semana, o ex-presidente teria proposto uma blindagem a Mendes na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do julgamento do mensalão.

. “A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. ‘Meu sentimento é de indignação’”, disse o ex-presidente por meio de nota. No encontro, segundo a revista, Lula teria comentado com Mendes sobre um encontro que ele teria tido com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) em Berlim, o que o ex-presidente nega. Demóstenes é alvo de um processo no Conselho de Ética no Senado que pode resultar em sua cassação.

. Lula disse ainda que sempre respeitou a autonomia e a independência do Judiciário e do Ministério Público e que mantém o mesmo comportamento fora da Presidência. O ex-presidente afirma que indicou “oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”.

CLIQUE na imagem acima para ler a íntegra da nota.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Chantagistas togados...

Sem comentários. O título do post diz tudo...
Estado de S.Paulo, 24/10/2011

O ministro Cézar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu comunicado oficial da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) sobre a decisão da categoria de paralisar as atividades no dia 30 de novembro. O documento, 408/2011, entregue a Peluso na sexta-feira, destaca que os magistrados decidiram represar intimações e citações da União até um dia antes da greve.
Ofício com o mesmo teor foi encaminhado ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, e aos presidentes e corregedores dos 5 Tribunais Regionais Federais (TRFs) do País. Os juízes federais reforçam a posição de lutar por “direitos e prerrogativas constitucionais da magistratura, como segurança, estrutura de trabalho, saúde, previdência e política remuneratória”.
Segundo a entidade dos juízes, a concentração de atos processuais da União não envolve as ações urgentes, de concessão de benefícios previdenciários, de fornecimento de remédios pelo Serviço Único de Saúde (SUS) “bem como ações criminais que continuarão tendo suas intimações e citações realizadas diariamente sem que haja qualquer prejuízo à sociedade”.
Na carta a Peluso, eles argumentam que “conforme aprovado democraticamente em assembleia-geral ordinária, os juízes e desembargadores federais continuarão trabalhando normalmente, mas concentrarão as intimações e citações da União e suas autarquias em um único dia, 29 de novembro”.
Os juízes alegam que o Movimento de Paralisação da Magistratura Federal, durante a semana de conciliação promovida pelo Conselho Nacional de Justiça, “ocorre em defesa das sucessivas e constantes violações aos direitos e prerrogativas constitucionais”.


Addendum 25/10/2011: 
Um membro do CNJ apoia a greve dos magistrados

Por Frederico Vasconcelos, na Folha:
O juiz Fernando Tourinho Neto (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), membro do Conselho Nacional de Justiça, enviou mensagem a uma lista de discussão na internet conclamando juízes federais a represarem ações contra a União e a paralisarem os trabalhos em 30 de novembro. Tourinho assina o texto como vice-presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e sugere que os magistrados se inspirem “na coragem e no destemor” da presidente Dilma Rousseff.
“A presidente Dilma, guerreira admirável, na época dos governos militares foi, com seus bravos companheiros, à luta, pegou em armas, para restabelecimento do Estado democrático de Direito”, diz. Sua posição colide com a do presidente do CNJ, Cezar Peluso, que considerou inadequada a manifestação. Tourinho diz que se algum processo sobre a greve for levado ao CNJ, ele não participará do julgamento.  Segundo ele, o presidente do CNJ “não poderia proibir a paralisação, justo direito de todo servidor”. Tourinho avalia que Peluso, também presidente do STF, somente alertou para consequências.
(…)