O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador pobreza mundial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pobreza mundial. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Contra a Corrente: pobreza e riqueza no contexto mundial e brasileiro - Gustavo Maia Gomes

 CONTRA A CORRENTE

Gustavo Maia Gomes
Postagem no Facebook, 28/12/2020
Link: 4 h

O Brasil tinha, em 2019, quase 52 milhões de pobres, definidos como as pessoas com renda mensal de até R$ 436. (Esse é um parâmetro usado pelo Banco Mundial.) Muita gente, sem dúvida. Temos esse problema.
Acontece que a nossa população, no mesmo ano, era de 210 milhões. Se quem não é pobre é rico, existiam, naquele ano, 158 milhões de ricos no Brasil. Três vezes mais. Apesar disso, legiões de economistas estudam a pobreza no país. Identificam os seus problemas, fazem medições sofisticadas, propõem soluções, das mais burras às mais inteligentes. Muito justo que o façam. Mas, não conheço ninguém que estude a riqueza.
Fiz um teste. Fui ao Ipeadata, site de estatísticas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Escrevi “pobreza” no lugar destinado às buscas. Apareceram 28 tabelas, cada uma com suas ramificações. Escrevi “riqueza”. Zero resposta. Zerinho da Silva. Será que os brasileiros não-pobres não têm nenhum problema? Que sua existência e felicidade eternas estão garantidas por decreto divino?
Vivemos a repetir que um objetivo nacional é reduzir a pobreza. Temos conseguido. Portanto, a quantidade de ricos tem aumentado. Ninguém parece notar. Até quando as questões teóricas e empíricas, macro e microeconômicas, associadas à riqueza irão permanecer indiscutidas?
Não é só no Brasil que o número de pobres tem diminuído. É no mundo todo, com uma ou outra exceção irrelevantes e excluídos das estatísticas anos loucos como foi 2020 e, tudo indica, também o será 2021. Na verdade, nas últimas quinze décadas, como mostra a figura abaixo, o produto interno bruto por habitante no mundo e em todas as suas regiões (umas mais, outras menos) tem crescido muito.
É líquido e certo que esse processo continuará a existir indefinidamente, ou ele será interrompido pela própria riqueza que tem criado? Não sei. Para contingentes cada vez maiores da população mundial o “problema econômico” já não é como conseguir comida, mas em que gastar a parte de seus rendimentos que sobra após a feira. Essas pessoas podem escolher se preferem trabalhar menos e ter mais lazer ou trabalhar mais e consumir bens e serviços com que seus pais jamais teriam sonhado. E ninguém quer saber disso? (No Brasil, pelo menos.)
Pois decidi quebrar o tabu. Pretendo apenas levantar algumas questões. "Bater o centro" (iniciar a partida), como se dizia no jargão futebolístico. Alguma coisa resultará da empreitada. Outros economistas que continuem o jogo, se o desejarem. Eu virei historiador, desde algum tempo.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A globalizacao e a pobreza no mundo - The Globalist

Contrariamente às equivocadas afirmações dos altermundialistas, como gostam de se chamar os antiglobalizadores, a pobreza tem diminuido no mundo e nao foi' exatamente graças à ajuda externa, ou à assistência publica internacional, e sim em virtude da globalização.
Já escrevi alguns artigos sobre a redução da pobreza em nível mundial, apoiando-me nos trabalhos do economista catalão da Columbia University, Xavier Sala-i-Martin. Os interessados nesses meus trabalhos podem buscar no meu site (www.pralmeida.org) pelas palavras-chave "pobreza", "redução", ou pelo nome do economista, creio.
Paulo Roberto de Almeida

The Globalist Quiz > Global Economy
Marketplace Globalist Quiz: How Poverty Shrinks Globally
By The Globalist | Thursday, January 31, 2013

The developed world's attention seems to shift all too briefly to the fight against poverty in the developing world. There are signs of progress in this fight, but there are also concerns about the impact of the global financial crisis. We wonder: What is the share of the population of developing countries that now lives in extreme poverty?

Answers:
A. Over half
B. About one-third
C. About one-fifth

A. Over half is not correct.
As recently a 1981, 52.2% of the population living in developing countries lived in extreme poverty. The World Bank defines this status as people living on no more than $1.25 a day (in constant dollars). Back in 1981, the total number of people living in extreme poverty was 1.94 billion.

Even today, the level of extreme poverty in Sub-Saharan Africa is still around that level, at 47% as of 2008 (the latest data available). However, many countries around the world — not just China, as is often assumed — have made big strides in reducing poverty levels.

Mexico's extreme poverty rate, for example, fell from 19% in 1999 to only 5%. And even in Ethiopia, Africa's second most-populous country, the level of extreme poverty fell by over 30 percentage points in a decade, from 86% in 1999 to 54% in 2008.

B. About one-third is not correct.
As recently a 1999, 34.7% of the population in developing countries lived in extreme poverty. That year, the total number of very poor people was 1.74 billion. The decline in percentage terms is all the more impressive, as the size of the developing world's population has increased by about 2.3 billion people since 1981, or by 66%.

Still, in the developing world outside China, the absolute number of people in extreme poverty — at 1.1 billion — is still the same as it was in 1981. While that number was on the rise in the 1980s and 1990s, it has been falling since 1999.

In the Middle East, extreme poverty is down to 2.7% of the population. In East Asia, it is down to about 14%, and in South Asia 36%.

C. About one-fifth is correct.
As of 2008, 22.4% of the population in developing countries — or 1.29 billion people — lived in extreme poverty. That is roughly equivalent to the current population of China.

Indications are that the steady decline of extreme poverty in the developing world has not been halted by the global financial crisis. It is estimated that the incidence of extreme poverty in developing countries had fallen to 20% by 2010.

That would not only move another 100 million people out of extreme poverty, but also mean that the first of the UN's Millennium Development Goals — cutting extreme poverty in half from its 1990 level — can been achieved before the 2015 deadline. Moreover, the absolute number of extremely poor people in developing countries is steadily decreasing to the one-billion level.

Copyright © 2000-2013 by The Globalist. Reproduction of content on this site without The Globalist's written permission is strictly prohibited. Terms of Use | Privacy Policy
The Globalist claims full trademark rights to The Globalist name and logos.
1100 17th Street, NW, Washington, D.C. 20036