Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
domingo, 6 de abril de 2014
Jacques Le Goff: um grande historiador da Idade Media (e nao apenas...) - Gilles Lapouge
O golpe e o regime militar: minha visao de 1964, reproduzida nas Colunas Dom Total
O Brasil na crise de 1964 e a oposição armada ao regime militar
1. Antecedentes e contexto do golpe militar de 1964
2. A reação dos perdedores: resistência política e luta armada
3. A passagem à luta armada: a insensatez em ação
4. A derrota da luta armada e suas consequências: uma história a ser escrita
5. O que foi a luta armada no Brasil: uma interpretação pessoal
6. Quando a luta armada se desenvolveu no Brasil?
7. Onde a luta armada se desenvolveu no Brasil?
8. Como a luta armada se desenvolveu?
9. Por que houve luta armada no Brasil?
10. Uma avaliação pessoal da luta armada e suas consequências atuais
1. Antecedentes e contexto do golpe militar de 1964
O Brasil do início dos anos 1960 enfrentava uma típica crise de instabilidade do sistema político, não muito diferente de dezenas de outras, que surgem, se desenvolvem e desaparecem em quaisquer outros sistemas políticos, especialmente na América Latina. Desde meados dos anos 1950, a classe política, extremamente dividida quanto a soluções consensuais típicas de países em crescimento – inflação, gastos do governo, tributação, reformas estruturais e administrativas, etc. – não conseguia encontrar mecanismos democráticos para encaminhar as pressões do crescimento e das demandas por participação popular. Daí o velho recurso e o apelo dos políticos aos militares, como “pesos decisivos” na balança política, para “corrigir os problemas”.
De fato, os militares tinham uma longa tradição de intervenção nos assuntos políticos, desde o próprio golpe de derrocada da monarquia e de proclamação da República, até as crises político-militares dos governos JK e Jânio Quadros, passando pelas revoltas tenentistas dos anos 1920, pela revolução que derrubou a Velha República, pelo golpe que instaurou a ditadura do Estado Novo, em 1937, e também pelo que determinou sua extinção, em outubro de 1945. Depois, eles foram ativos participantes dos diversos episódios de turbulência da República de 1946, em especial em meados dos anos 1950, até culminar na implantação do parlamentarismo, em 1961, no bojo de nova crise, e na derrubada dessa República, menos de três anos depois.
Desde meados da década anterior, nos estertores do segundo governo Vargas, o Brasil vivia em permanente crise político-militar, agravando-se as turbulências no início dos anos 1960 em função do comportamento bizarro do presidente eleito Jânio Quadros e da momentosa posse do vice-presidente (eleito pela chapa concorrente) João Goulart. A situação, durante os seus três anos de mandato (primeiro em regime parlamentarista, depois no retorno ao presidencialismo), se caracterizava por constantes greves, inflação crescente, quebra de autoridade em diversas instâncias do poder estatal, inclusive no âmbito das Forças Armadas, e intensa radicalização política por parte dos movimentos que pretendiam para o Brasil opção semelhante à dos países comunistas, indo até, em certos meios, à preparação para a guerrilha rural, em moldes cubanos ou chineses.
O movimento civil-militar – não lhe cabe o nome de golpe, nem de revolução – que derrocou o regime da República de 1946 representou apenas o ponto culminante dessa fase de crise aguda, não sendo nem o resultado de uma conspiração organizada pela direita e pelas elites – como pretende a esquerda – nem o acabamento de algum desígnio imperial no contexto da Guerra Fria – como pretendem os paranoicos anti-imperialistas e antiamericanos das mesmas correntes. Ele ocorreu porque grande parte da sociedade, representada majoritariamente pela classe média, demandava uma solução aos descalabros administrativos, à corrosão do poder de compra, ao clima de desordem política, à percepção do aumento da corrupção que caracterizavam o governo Goulart.
Talvez os militares devessem ter aguardado as eleições do ano seguinte, e ter apostado numa solução democrática em face desse quadro turbulento, mas o fato é que o agravamento da situação induziu algumas lideranças civis e militares a atuarem de imediato contra o governo, sem que a necessária coordenação de todas as forças políticas se fizesse num sentido mais consentâneo com a legalidade constitucional. Existem momentos na história de um país nos quais a população decide assumir ela mesma as atribuições de um poder constituinte originário; foi o que parece ter ocorrido em março de 1964, quando a grande maioria da população brasileira secundou e se solidarizou com as Forças Armadas que assumiram o comando involuntário daquele movimento. A história poderia ter sido outra, mas ela é o que é: incontrolável.
A historiografia brasileira ainda se divide quanto à natureza do golpe, suas origens políticas, suas raízes sociais, suas justificativas econômicas ou geopolíticas, sobre o envolvimento dos Estados Unidos no evento, segundo se é contra ou a favor em relação a esse evento decisivo no Brasil moderno. A esquerda, obviamente, interpreta o golpe militar como o avanço das forças reacionárias, alinhadas ao imperialismo, contra a ascensão dos “movimentos populares”, em favor de reformas democráticas; ela nunca mudou de opinião a esse respeito, o que denota certa incapacidade a revisar suas próprias concepções e caminhar em direção de uma interpretação mais objetiva.
Os que apoiaram e comandaram o golpe, o veem como uma reação às forças comunistas que ameaçavam tomar o poder para colocar o país na esfera do movimento comunista internacional, liderado pela URSS. No caso do Brasil, curiosamente, as forças de “direita” ganharam, mas a História foi escrita pela “esquerda”, no sentido em que todo o processo político que levou às crises político-militares dos anos 1954-1964 e ao próprio golpe e seus efeitos mediatos e imediatos foram e são interpretados segundo a ótica dos “perdedores”, que, aliás, ascenderiam ao poder em 2003. De fato, o Brasil constitui um caso único de construção de um discurso histórico – e de vários outros padrões culturais – no qual a linha condutora veio a ser quase inteiramente dominada e controlada pelas forças, basicamente socialistas, que não tiveram o apoio da sociedade, seja nos momentos de crise política aguda, ou como projeto de organização econômica e social suscetível de recolher o apoio eleitoral da grande massa da população.
(Continua...)
Alo pais: acabou o MacLanche Feliz: os companheiros acham que isso perverte as criancinhas...
Por Klauber Cristofen Pires
Libertatum: 05 Apr 2014 02:59 PM PDT
Sob as barbas de todos, a governo acaba de baixar uma medida duríssima contra a propaganda comercial e pois, contra a liberdade de expressão.
Enquanto os empresários vivem correndo atrás de cada ossinho que o governo lhes joga...
Enquanto os pais e mães vivem atrás da tela da tv assistindo a Rede Globo fazer proselitismo gaysista e "denunciar" o machismo da fraudulenta pesquisa do IPEA...
Enquanto todos os cidadãos vão pensando que a Venezuela fica muito longe daqui...
O governo do PT, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos - Conselho Nacional dos direitos da criança e do Adolescente- Conanda, acaba de instalar a censura à propaganda dirigida ao público infantil.
Conforme a RESOLUÇÃO No - 163, DE 13 DE MARÇO DE 2014, publicada no DOU de sexta-feira, 04 de abril de 2014, daqui por diante fica proibida qualquer propaganda que tenha o público infantil por alvo.
Com a supracitada resolução, não somente a propaganda é proibida, mas inclusive programas infantis, como aqueles em que crianças ganham brinquedos como prêmios por gincanas. Isto significa o fim de programas como o da Xuxa e do Gugu.
A medida do governo vem bem a calhar para tornar as empresas de comunicação mais dependentes da propaganda estatal, esta sim enganosa e danosa ao público.
Eu mesmo já tentei alertar a Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), que representa as agências brasileiras associadas à indústria de comunicação, especialmente as agências de propaganda. É da Abap a iniciativa pela realização da campanha SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS, uma campanha que ao meu ver foi boa em enaltecer o papel da responsabilidade de toda a sociedade sob a égide da liberdade liberdade de expressão e auto-regulamentação publicitária, mas miseravelmente omissa em denunciar a fonte autoritarista por trás do FNDC - Forum Nacional pela Democratização da Comunicação. Deu no que deu.
Abaixo, segue um comunicado do Instituto Alana, do Banco Itaú, uma ONG anti-capitalista e assentada sobre os métodos de ensino marxistas de Paulo Freire, que tem agido intensamente a favor da censura dos meios de comunicação, para os leitores terem uma compreensão da extensão dos seus efeitos:
O texto completo, disponível aqui, diz que “a prática do direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica à criança com a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço” é abusiva e, portanto, ilegal segundo o Código de Defesa do Consumidor.
A resolução lista os seguintes aspectos que caracterizam a abusividade:
- linguagem infantil, efeitos especiais e excessos de cores;
- trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança;
- representação de criança;
- pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil;
- personagens ou apresentadores infantis;
- desenho animado ou de animação;
- bonecos ou similares;
- promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil;
- promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil.
Com a resolução, a partir de hoje fica proibido o direcionamento à criança de anúncios impressos, comerciais televisivos, spots de rádio, banners e sites, embalagens, promoções, merchadisings, ações em shows e apresentações e nos pontos de venda.
O texto versa também sobre a abusividade de qualquer publicidade e comunicação mercadológica no interior de creches e escolas de educação infantil e fundamental, inclusive nos uniformes escolares e materiais didáticos.
Para o Conanda, composto por entidades da sociedade civil e ministérios do governo federal, a publicidade infantil fere o que está previsto na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código de Defesa do Consumidor.
O Instituto Alana integra o Conanda, na condição de suplente, e contribuiu junto aos demais conselheiros na elaboração e aprovação desse texto.
“A partir de agora, temos que fiscalizar as empresas para que redirecionem ao público adulto toda a comunicação mercadológica que hoje tem a criança como público-alvo, cumprindo assim o que determina a resolução do Conanda e o Código de Defesa do Consumidor”, afirma Pedro Affonso Hartung, conselheiro do Conanda e advogado do Instituto Alana. “É um momento histórico. Um novo paradigma para a promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente no Brasil”, comemora Pedro.
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IZOT e ALEKS: diplomatas brasileiros agentes da KGB (ainda nao identificados...)
O mesmo ocorre e ocorreria na maior democracia do mundo: mesmo que o presidente -- digamos um bocó animado pelo gosto imoderado da transparência -- desejasse terminar com todos os programas de monitoramento da CIA, da NSA e de todos os demais serviços que pululam como champignons nesse grande continente democrático -- e não perverso, como querem fazer acreditar os esquerdistas mais bocós ainda -- ele nunca conseguiria: a lógica burocrática e kafkiana dos serviços de inteligência o impediria.
Assim, nunca saberemos quem foram os diplomatas brasileiros que serviram -- voluntariamente ou não -- como agentes soviéticos durante boa parte da Guerra Fria.
Provavelmente existem ainda alguns, não exatamente remanescentes da Guerra Fria, pois já estariam aposentados e mesmo mortos, mas alguns companheiros que ainda acham que vale a pena morrer por Cuba. Não exatamente isso, claro, mas como no caso dos agentes Izot e Aleks, o quadro é sempre o mesmo: seja por convicções ideológicas -- e portanto, por desejo pessoal de servir uma causa perdida -- seja por chantagem -- mulheres, dinheiro, trapaça, antigamente denúncia de homossexualismo (mas isso já não pega mais, embora tenha sido um motivo poderoso nos velhos tempos da moralidade hipócrita) -- ou por qualquer outro motivo, existem sempre indivíduos dispostos a trair o seu país para servir algum outro, nesse tipo de atividade, que parece ser a segunda mais antiga do mundo, assim dizem.
Pois é, os serviços cubanos, a pedido dos soviéticos, e estes mesmos, diretamente, penetraram nossos códigos em Luanda e em Brasília, e assim leram todas as nossas mensagens confidenciais, as mesmas que o NSA lê regularmente graças ao poderio de sua tecnologia (algo que os soviéticos nunca puderam igualar, por isso tendo de se apoiar nas velhas regras da espionagem, de chantagem ou afiliação ideológica), e isso muito tempo antes que os companheiros estivessem no poder.
Como todos sabem, uma das primeiras providências do Richelieu do Planalto, do grão-vizir do cerrado central -- sim, ele mesmo, o Stalin sem Gulag -- ao tomar posse do que ele julgava ser o Politburo do Comitê Central do aparelho do partido neobolchevique travestido em governo -- enfim, era tudo o mesma coisa para ele, mas como seus mestres cubanos ensinaram, ele precisava antes de montar um aparelho secreto, dentro do aparelho clandestino, dentro do aparelho obscuro do partido totalitário --, retomo, sua primeira providência foi tratar de fazer um acordo internacional (me pergunto se passou pelo Congresso) de cooperação (sic três ou quatro vezes) entre a ABIN, nossos pobres arapongas, e a Inteligência Cubana. Sim, nada menos do que isso, no que ele devia atender a uma ordem dos seus ex-chefes cubanos.
Bem, a pedido de alguns, ou de um, transcrevo o que já tinha postado aqui em outros tempos, mas parece que ninguém prestou atenção.
Os arapongas é que me forneceram a dica, e eu fui conferir no livro: está tudo lá.
Me surpreende que os congressistas, que possuem uma comissão especial para supervisionar o trabalho da ABIN, não tenham nunca se posicionado sobre esse acordo entre brasileiros e cubanos companheiros na mesma espionagem comunista, entre eles ao que parece.
Deixo com vocês, as dicas da publicação.
Cada um faça o que quiser...
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Para ler sem os problemas desta transcrição, basta ir neste link:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1743-soviet-penetration-of-brazil-e-o.html
quarta-feira, 3 de março de 2010
more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1743-soviet-penetration-of-brazil-e-o.html#sthash.SLDCEfQ9.dpuf
Brasil: o lado ruim do distributivismo, os recursos nao bastam...
A verdade é que os recursos nunca bastam para fazer bondades sociais demagógicas como pretendem fazer políticos incompetentes, trapaceiros e mentirosos.
Não é normal que uma sociedade possa viver com um quarto de sua população -- repito: UM QUARTO -- vivendo de um mensalão estatal, dependentes do Estado assistencialista, que arranca recursos de todos os outros, dos três quartos de trabalhadores produtivos, para entregar a uma parcela da população, por mais frágil que esta possa parecer. Nunca ninguém se suicidou por falta de comida: no máximo o que acontece é roubar, mas na prática as pessoas começam a trabalhar, em qualquer coisa.
Isto é demagogia, isto é curral eleitoral, e é preciso denunciar.
Nunca o Brasil avançará por meio dessas políticas perversas, que transformam pessoas que poderiam trabalhar, e fazer a sua renda no mercado, em assistidos da caridade estatal (na verdade, do nosso dinheiro).
A deformação que o partido totalitário está fazendo no Brasil vai ser muito difícil de terminar, pois cria essa mentalidade de assistidos e de preguiçosos que fazem a massa de manobra fácil para seus propósitos eleitoreiros de monopolização do poder. Pode até não ser um valor relevante dentro do PIB brasileiro, mas os efeitos sobre o mercado de trabalho, e, sobretudo, no plano psicológico, são muito mais relevantes.
Os companheiros estão construindo a pior herança maldita que o Brasil vai ter pelos anos à frente...
Infelizmente, a oposição não conteve a maldade a tempo, aliás ela até promete continuar, oficializar, eternizar essa herança maldita.
Pobre Brasil, vai continuar pobre durante muito tempo, com sua economia e sociedade deformados por esse tipo de prática fisiológica, e detestável.
Entrevista de Samuel Pessoa ao Estado de São Pauloby mansueto |
Venezuela-Brasil: continuarei com vergonha do pais?
A deputada Maria Corina Machado no Roda Viva da próxima segunda, 7 de abril
Augusto Nunes, 04/04/2014
Brasil, corrupcao: como sempre, companheiros nao se pejam em roubar milhoes...
Corrupção
Mensagens revelam cobrança de André Vargas a doleiro preso pela PF
Petista reclama com Alberto Youssef que 'consultores' não estavam recebendo. 'Calma, vai ser pago. Falei para você que iria cuidar disso', responde doleiro
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Esses acadêmicos são incorrigíveis...