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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Como criar uma nacao de assistidos - Paulo Roberto de Almeida (2007)


Como criar uma nação de assistidos

Paulo Roberto de Almeida

Segundo anúncios feitos por quem de direito, o Brasil comportava, em 2007, em seu programa oficial de assistência social, mais de 11,1 milhões de famílias inscritas, ou perto de 46 milhões de pessoas, formalmente dependentes da ajuda governamental. A primeira formatação do programa, nos idos de 2003, era de que se tratava de um “fome zero”, ou seja, existia um número enorme de brasileiros que não dispunham de recursos para se alimentar decentemente. Ninguém duvida que o Brasil exibisse um volume anormalmente grande de pobres e miseráveis, mas o que não se sabia, ao certo, era que esses pobres e miseráveis estavam morrendo de fome.
Dito assim, de chofre, seria difícil que alguém se opusesse a uma iniciativa que visava, ao que parece, aplacar a fome desse imenso contingente de miseráveis. Muitos desses eram visíveis, nos semáforos das grandes cidades, nas favelas das metrópoles, nos arrabaldes das aglomerações menores e, sobretudo, nas regiões rurais do imenso interior do país. Mas, salvo engano, não se tinha a impressão, de que estivessem todos morrendo de fome, inclusive porque o instinto de sobrevivência parece inato no homem, como entre os animais diga-se de passagem. Esses pobres, andrajosos que fossem, pareciam aplacar a sua fome mediante estratégias diversas: xepa nas feiras das cidades, pequena produção de subsistência nas zonas rurais, trabalhos precários aqui e ali, enfim, não se tinha notícia de que pessoas estavam morrendo de fome nas cidades e nos campos do Brasil. Claro, sempre havia o problema da insegurança e da carência alimentar, mas mesmo os mais pobres deviam ter estratégias de sobrevivência, pois os registros disponíveis não indicam um morticínio muito grande pela privação alimentar, salvo casos localizados em fases de desequilíbrio climatológico em certas regiões do país.
Como é que se pôde chegar, então, a esse número preciso de 11,1 milhões de famílias carentes que necessitavam absolutamente da ajuda governamental? Suspeito que por cálculos aproximados quanto à renda disponível dos cidadãos, renda essa que é sempre subestimada para as faixas inferiores de rendimentos. Seja como for, se montou no Brasil um imenso programa de ajuda oficial que talvez não encontre paralelo no mundo: trata-se, afinal de contas, de toda uma “Argentina” vivendo no cartão magnético, segundo um cadastro que é conduzido pelos prefeitos e pelos órgãos oficiais (federais e locais) de assistência pública. Acredito, pessoalmente, que a tentação de superestimar o número de necessitados é enorme, nas diversas pontas do processo: políticos que queiram constituir uma clientela eleitoral, intermediários que queiram incluir o maior número de “necessitados” para demonstrar “produtividade” e os próprios interessados, enfim, pessoas pobres que não teriam nada contra receber mensalmente 50 ou 80 reais, um maná dos céus em face da sua pobreza real, independentemente de a quanto se eleve a sua pobreza efetiva (ou falta de renda). Devem existir, claro, aqueles que não são exatamente “sem renda”, mas aos quais não falta a cara de pau de se inscrever num programa absolutamente generoso de distribuição de verbas públicas, aparentemente quase sem contrapartidas: basta ser pobre e, plim-plim, pinga aquela verbinha no final (ou no começo?) do mês, apta a comprar o trivial costumeiro no empório da esquina.
Em condições normais, presumo que a massa de novos consumidores – desobrigados, ao que parece, de lutar pelo seu próprio alimento – poderia provocar certa inflação sobre os preços dos alimentos, pois o movimento corresponderia a uma elevação da demanda por esses bens de primeira necessidade sem que os próprios interessados estivessem participando do processo produtivo (uma vez que suspeito que, mesmo a agricultura familiar de subsistência, ficaria “prejudicada”, dispondo-se da alternativa de compra direta dos alimentos no empório da aldeia). Não parece ter ocorrido essa pressão inflacionista, uma vez que a oferta alimentar no Brasil permanece abundante, graças, em grande medida, à pujança da agricultura de mercado.
Mas, entendo, com meus modestos conhecimentos de economia, que a pressão sobre os mercados de trabalho já estejam se exercendo com toda uma sinalização negativa para a demanda de trabalho não especializado. Colhedores de algodão, de cana, de café podem se tornar arredios a um trabalho vil e mal pago, o que obrigará os produtores – capitalistas gananciosos, por certo – seja a elevar os salários pagos, seja empreender um movimento que redundará na mecanização ampliada de suas culturas, elevando, portanto, as cifras de desemprego (se é verdade que os contemplados do programa de ajuda freqüentam essas listas, do que duvido). As conseqüências serão, de todo modo, igualmente nefastas no plano da previdência social, pois um contingente enorme de trabalhadores que poderia ser formalizado no mercado de trabalho permanecerá à margem dos registros oficiais, sem deixar, contudo, de se bater às portas da previdência, quando a ocasião se apresentar. Já nos níveis mais baixos de salário isso ocorre com grande intensidade: por que contribuir agora sobre um salário mínimo – diminuindo a renda pessoal em 10%, aproximadamente – se a aposentadoria virá inevitavelmente, no futuro, exatamente no mesmo valor da remuneração de base? Os pobres podem não ter educação formal, mas não deixam de ser espertos...
Em qualquer hipótese, um programa como esse parece fácil de ser criado, mas deve ser uma das coisas mais difíceis de terminar, ou diminuir. Ainda que os pobres não tenham acesso aos meios de comunicação e não costumam vir a Brasília reclamar “direitos”, eles votam, pelo menos a cada dois anos, e esse fator é um poderoso indutor político para a continuidade, e até a ampliação, de programas desse tipo. Finalmente, não se pode desprezar um contingente de algo como 20 milhões de votos, segundo calculo, incluindo ai os organizadores e os que capitalizam em cima da ajuda que eles não recebem, mas que ajudam a prestar.
Independentemente da existência de pobres e muito pobres no Brasil, o que não nego, tenho por mim que estamos criando um exército de assistidos que se constituirá em fator bastante negativo na conformação futura das políticas públicas, sobretudo setoriais. A nação está sendo dividida em “pagadores” e “recebedores” e isso não me parece bom no plano dos “costumes” sociais. Sempre achei que o trabalho deveria merecer remuneração adequada e que as pessoas devem encontrar uma forma de sustento pelo seu próprio trabalho, não pela benemerência pública, à exceção, obviamente, dos incapazes e necessitados absolutos. O país está assistindo à lenta elaboração de um novo tipo de apartheid, os do Bolsa-Família – um quarto, ao que parece, da população – e todos os demais, alguns até pobres, mas que não tiveram a “sorte” de entrar no programa oficial (mas que fariam algum esforço para entrar, suspeito, aumentando a pressão para a continuidade e a expansão do programa, a partir de seus níveis atuais).
Tenho por mim que ainda se aplica aquele antigo versinho de um nordestino também saído de uma região muito pobre, mas que se fez pelo seu esforço na grande cidade:
“Meu sinhô, uma esmola, para um pobre que é são,
Ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão...”

Brasília, 25 de agosto de 2007

domingo, 6 de abril de 2014

Brasil: o lado ruim do distributivismo, os recursos nao bastam...

Parece que ainda vamos ter de passar por algum desastre fiscal antes de aprender que distribuir sem produzir só existe no mundo mágico dos keynesianos...
A verdade é que os recursos nunca bastam para fazer bondades sociais demagógicas como pretendem fazer políticos incompetentes, trapaceiros e mentirosos.
Não é normal que uma sociedade possa viver com um quarto de sua população -- repito: UM QUARTO -- vivendo de um mensalão estatal, dependentes do Estado assistencialista, que arranca recursos de todos os outros, dos três quartos de trabalhadores produtivos, para entregar a uma parcela da população, por mais frágil que esta possa parecer. Nunca ninguém se suicidou por falta de comida: no máximo o que acontece é roubar, mas na prática as pessoas começam a trabalhar, em qualquer coisa.
Isto é demagogia, isto é curral eleitoral, e é preciso denunciar.
Nunca o Brasil avançará por meio dessas políticas perversas, que transformam pessoas que poderiam trabalhar, e fazer a sua renda no mercado, em assistidos da caridade estatal (na verdade, do nosso dinheiro).
A deformação que o partido totalitário está fazendo no Brasil vai ser muito difícil de terminar, pois cria essa mentalidade de assistidos e de preguiçosos que fazem a massa de manobra fácil para seus propósitos eleitoreiros de monopolização do poder. Pode até não ser um valor relevante dentro do PIB brasileiro, mas os efeitos sobre o mercado de trabalho, e, sobretudo, no plano psicológico, são muito mais relevantes.
Os companheiros estão construindo a pior herança maldita que o Brasil vai ter pelos anos à frente...
Infelizmente, a oposição não conteve a maldade a tempo, aliás ela até promete continuar, oficializar, eternizar essa herança maldita.
Pobre Brasil, vai continuar pobre durante muito tempo, com sua economia e sociedade deformados por esse tipo de prática fisiológica, e detestável.
Paulo Roberto de Almeida 

Entrevista de Samuel Pessoa ao Estado de São Paulo

by mansueto
Dando continuidade à série de entrevistas com formadores de opinião, o Estado de São Paulo entrevistou hoje o economista Samuel Pessoa (clique aqui), que discorre sobre tamanho do Estado, intervenção do Estado na economia, etc.
O Estado de São Paulo tem feito um trabalho excepcional porque além das entrevistas com um número grande de economistas de visões diferentes, o jornal disponibiliza todas as entrevistas na página do jornal para assinantes e não assinantes.
Na visão de Samuel, há duas agendas bem definidas no debate sobre política econômico e tamanho do Estado. Primeiro, o crescimento do gasto do governo estaria ligado a demanda da sociedade brasileira por maior proteção. A maior prova disso é que o gasto público cresce ao longo dos mandatos de TODOS os Presidentes da República pós-1988.
No período imediatamente após a Constituição de 1988, o crescimento concentra-se em gasto com pessoal e previdência (previdência rural). Depois de 1995, o gasto com previdência continua a crescer em conjunto com outros programas de transferências de renda mais gastos com educação e saúde. Vale lembrar que, na década de 1990, o principal mecanismo de financiamento da educação foi a criação do FUNDEF pela Emenda Constitucional nº. 14, de 1996, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
No caso da Saúde, a grande revolução na área do financiamento do gasto veio com a Emenda Constitucional 29/2000, que estabeleceu a vinculação de recursos nas três esferas de governo para o financiamento mais estável do SUS e definiu, para o governo federal, que o gasto com saúde cresceria de acordo com o crescimento do PIB nominal.
No governo Lula, houve a ampliação do bolsa família, a criação do FUNDEB e a política de valorização do salario mínimo que puxou para cima o gasto social que já crescia desde a década de 1990. É esta agenda que Samuel liga ao que chama de contrato social.
Isso significa que não há o que melhorar? Claro que não. Há politicas que são mais distributivas e de custo menor do que outras. Assim, mesmo aceitando o argumento do contrato social é possível que haja espaço nesse debate para introduzir a questão da eficiência. O economista X levantou justamente este ponto no seu comentário (clique aqui). Um bom gestor pode ajudar à sociedade a entender o custo e beneficio das politicas sociais e pode até facilitar a formação de um consenso pró-mudança. Mas mudança real aqui vai exigir mudança de regras. O melhor gestor do mundo não poderá modificar as regras de pensões por medida administrativa.
O outro ponto levantado por Samuel é que a agenda nacional desenvolvimentista, imposta pelo governo desde 2009, é uma agenda top-down que não funcionou: o excesso de intervenção do governo na economia não nos trouxe maior crescimento com um agravante ainda maior: o custo das políticas setoriais fica escondido e parte dele (subsídios do PSI) está sendo postergado para o futuro. Na opinião de Samuel essa agenda é fácil de mudar. Eu vou um pouco além. Essa relação Tesouro-BNDES terá que mudar por necessidade e o governo demorou muito a perceber isso.
Leiam a entrevista e, em especial, notem que, ao contrário de muitos economistas que têm a solução para tudo, Samuel destaca muito bem que o papel de economistas não é tomar decisão do que fazer, mas explicitar o custo e benefício das escolhas para que os políticos e a sociedade tomem decisões.
Ou seja, crescer menos pode ser uma decisão legítima da sociedade. No entanto, a sociedade precisa compreender também que se a opção for crescer menos, não há como distribuir o que ainda não se tem. Ou seja, não adianta querer crescer menos e achar que poderemos gastar 10% do PIB com educação e ter um serviço de saúde com o padrão da Inglês. Os recursos são limitados.

quinta-feira, 6 de março de 2014

O 'coitadismo' - Francisco Daudt

O "coitadismo" de que trata este artigo é apenas uma pequena parte de uma estrutura bem mais ampla, que é o projeto de poder dos totalitários neobolcheviques, servos dos mestres cubanos.
O coitadismo é um curral eleitoral, certamente importante para legitimar o poder dos novos exploradores, a nomenklatura do partido leninista que pretende sufocar a todos, mas de maneira soft, sem destruir o capitalismo, já que os companheiros descobriram -- ao contrário dos idiotas dos bolivarianos, que pretendiam retornar a um socialismo primitivo, do século 19 -- que é muito melhor manter o capitalismo manietado, submeter os capitalistas, para melhor explorá-los, extorqui-los, viver as custas deles, enfim, preservar o capitalismo ambiente, para melhor defender o seu "socialismo para os pobres". Eles, eles são, como já disse alguém, a "burguesia do capital alheio", os expropriadores dos produtores de riqueza, os demagogos que mentem para a população, para conservar o seu poder.Estamos vivendo em tempos sombrios, de mentiras, de fraudes, de corrupção e de arbítrio, sobretudo de alienação dos interesses do país a uma nação estrangeira, certamente mais miserável do que o Brasil, mas bem mais poderosa, por ter o comando das cordas que movimentam os seus bonecos brasileiros.
Paulo Roberto de Almeida

FRANCISCO DAUDT
O 'coitadismo'
A culpa social tornou-se a principal alavanca de poder dos que falam em nome de todos os 'desprivilegiados'
"Pai, ferida na perna leva tanto tempo assim para curar?", disse. "Não, o mendigo precisa reabri-la todos os dias, senão ela fecha. Ele precisa da ferida, já que vive dela."
Seu aspecto repugnante o transformava em alguém digno de pena, merecedor de esmola. Era um coitadinho dos anos 50.
O aleijado, a criança com bebê de colo, os mulambos (lumpen proletariat, um termo famoso do marxismo, significa "farrapo humano que produz prole") e os cadeirantes formam uma população de sinal de trânsito parente do mendigo da ferida que descobriu intuitivamente poder viver do sentimento de pena dos "bem de vida" que passam.
A pena é entendida em psicanálise como repressão da raiva ("Eu não tenho raiva dela, eu tenho é pena"), uma repressão derivada da culpa de ter raiva daquela gente que nos chantageia de maneira sutil. Ter compaixão é diferente, significa sofrer junto.
O rapaz que discursa no ônibus, "eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas estou aqui pedindo a colaboração de vocês", já é mais explícito em sua chantagem, pois alude a uma ameaça que nos produz raiva, mas "que feio sentir isso, afinal...", donde temos pena e soltamos uns trocados como alívio da culpa social.
"Culpa social". Aí mora uma crença do senso comum que afirma: os males dos pobres são causados por você, que teve dinheiro para comprar esse jornal, porque você é rico, e quem tem propriedades é necessariamente ladrão (Proudhon teorizou o lema tão caro às esquerdas: "A propriedade privada é um roubo").
Sendo assim, a culpa social tornou-se o principal ativo, a principal alavanca de poder de grupos que se tornaram seus "sacerdotes", os que falam em nome, não mais dos pedintes do sinal, mas de todos os "desprivilegiados" (em contraste conosco, não importa o quanto ralemos para viver com dignidade, que somos "privilegiados", "elites", "capitalistas", "conservadores de direita", enfim, o demônio encarnado).
Você fica intrigado com a leniência que livra os "black blocs" da cadeia? Agora já sabe: eles estão punindo os "ladrões do povo", por isso seus atos são abençoados pelo novo senso comum.
Foi se instalando a cultura do "coitadismo": demonstre que você é vítima de algo e tudo lhe será permitido --e também lhe será fonte de renda e/ou poder.
Quando Madame diz que "a Venezuela não é a Ucrânia", ela faz a síntese do "coitadismo": o povo da Venezuela não tem direito de se rebelar contra a ditadura de Nicolás Maduro porque ele é o defensor máximo do "coitadismo", e o "socialismo bolivariano" é a aspiração máxima de quem usa o sentimento de culpa "social" para manter o poder. Democracia? Imprensa livre? Esses são valores burgueses que só servem às "zelite".
Isso provoca, em quem ainda não aderiu ao "coitadismo", um estresse de raiva contida e um sentimento de injustiça impotente que resultam numa depressão ampla, chamada APATIA.
Um pequeno suspiro de revolta em junho? "Black blocs" neles, e fim.
A péssima educação pública prova que não há interesse em acabar com a miséria. Claro, os "coitadistas" precisam dela. Como o mendigo de sua ferida.

domingo, 10 de novembro de 2013

Economistas liberais criaram os programas de assistencia publica; petistas so ampliaram, eleitoralmente - Mansueto Almeida

Bem, isso a gente já sabia, mas é bom que se repita. Quem criou todos, repito TODOS, os programas de assistência pública aos pobres e desvalidos do Brasil foram economistas liberais ligados a governos tucanos ou social-democratas. Os petistas atacaram esses programas, chamando-os de "esmolas".
Depois, como é seu costume, e corresponde à natureza fraudadora fundamental de mentirosos e ladrões de ideias que são, se apropriaram dos programas, ampliaram tremendamente seu escopo e abrangência, de maneira a criar um curral eleitoral, e passaram a chamar tudo isso de seu, acusando a oposição de pretender acabar com a "esmola". Ladrões de ideias, fraudadores da verdade, desonestos fundamentais, mentirosos políticos...
Creio que certas verdades precisam ser ditas, repetidas, para que a versão mentirosa não se consagre indevidamente.
Paulo Roberto de Almeida


O bolsa familia e a LOAS

by mansueto
Confesso que não entendi muito bem essa matéria em um dos blogs da Folha de São Paulo com o título: Proposta de Aécio não garante permanência do Bolsa Família (clique aqui). O post fala que o fato de estar na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) não garante que o bolsa família será mantido e nem tão pouco qual será o seu valor.
Isso é verdade. Mas o próprio post termina com a frase: " A permanência do Bolsa Família, no entanto, não depende de garantias legais. Não parece haver candidatos dispostos ao suicídio político de extinguir, ou mesmo reduzir, o programa que completou dez anos."
No final, não se sabe se o post é uma critica ou uma defesa ao candidato da oposição. Mas porque então a oposição se preocupa em sinalizar que não terminará com o bolsa família, seja Aécio ou Eduardo Campos? porque em eleições passadas essa falsa ideia foi disseminada por algumas pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores. Exatamente as mesmas pessoas que eram contra o bolsa família no seu início, já que viam o programa como uma esmola.
O bolsa família no Brasil e na América Latin foi invenção de economistas liberais lotados no Ministério da Fazenda. Leiam esse texto de uma professora canadense,  Judith Teichman, que estudou o assunto (clique aqui) e se tivereme dúvidas passem no INSPER e conversem com o Marcos Lisboa e na SAE com o Ricardo Paes de Barros.
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terça-feira, 7 de maio de 2013

Bolsa Familia: o maior programa assistencialista do mundo (e grande curral eleitoral...)


Blog do Augusto Nunes, 06/05/2013

REYNALDO ROCHA
O Bolsa Família completa em 2013 dez anos de existência nos moldes em que foi criado. Ao longo desse tempo, foi vendido como o programa de inserção social mais exitoso do mundo. O degrau para a ascensão social de classes menos assistidas. A grande obra que permitiu retirar da miséria milhões de brasileiros.
Os que ousaram criticar a falta de uma “porta de saída” eram rotulados de insensíveis ou defensores da desigualdade social ou coisas muito piores. Como sempre, demonizavam quem se dava ao trabalho de raciocinar.  Não entenderam sequer que os opositores tucanos não poderiam ser contra o programa. Afinal, foi invenção deles. Criação de Ruth Cardoso. Em outro modelo.
Há sempre uma componente que o PT não consegue falsificar nem controlar: o tempo. Que, por vezes, é mais lento do que gostaríamos. Mas é implacável.
O Bolsa Família já tem a segunda geração de dependentes! Netos de mulheres atendidas são hoje a condição para que filhas passem a receber o benefício.
São famílias dependentes. Avó, mãe e netos. Uma cadeia de horror, uma prova irrefutável da falência das políticas sociais do lulopetismo. A miséria preservada.
Foram dez anos (e haverá mais dois!) de nenhuma alteração no quadro social do Brasil. Mesmo para os dependentes dos auxílios federais.
Qual o nome que pode ser dado a isto, senão fracasso?
Lula e Dilma criaram uma classe média de fantasia. De cenário de filme, onde só existem as paredes dos sets de filmagem. Alavancada por um crédito fácil. Que se acabou. Ou pelo imenso endividamento de quem acreditou no paraíso petista ou pelo juro excessivo embutido em suaves prestações. Um novo “milagre brasileiro”. Que, como os outros, não levou ao céu. O inferno era previsível. O outro nome dele é inflação.
A imensa massa de dependentes (financeiros e eleitorais) criada pelo PT com o Bolsa Família é humilhante para o país. Não há porta de saída! Não há incentivo para que se abandone este auxílio que um dia Luiz Gonzaga chamou de esmola: “Mas doutô, uma esmola a um homem qui é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão!” O que seria um suporte para um futuro é hoje o bilhete de permanência no passado.
Não fazíamos criticas. Gritávamos alertas! E apoiamos o amparo aos menos assistidos, pobres e miseráveis. E pedíamos um passo além! O resgate da dignidade. A ajuda que não seria nunca, permanente, mas temporária. E sabíamos que este auxílio era um fim em si mesmo. Para aumentar um imenso curral de miseráveis manobrados por quem descobriu na miséria um dos eixos (o outro é a corrupção) do projeto de poder aloprado e criminoso. Mas sempre maléfico ao Brasil. E ao ser humano.
O resultado aí está. Não é opinião. São fatos.
O que dizer de um regime que por 10 anos deteve mais poder que qualquer outro (nem mesmo a ditadura militar chegou a tanto, pois lhe faltava apoio de civis engajados na loucura) e se sustenta na permanência da miséria como combustível eleitoral?
Que não teve a mínima competência para criar uma ponte e preferiu construir um muro? Com gente dentro…
Vejam este trecho de reportagem do Globo: “Grávida de seis meses, Danielle estuda à noite, no 1º ano do ensino médio, e diz que só espera a criança nascer para solicitar o benefício. – Ela está fazendo a família dela e vai ter o próprio Bolsa Família, diz a mãe”.
Não é só uma jovem que fez da maternidade o acesso ao que “vicia o cidadão”. São 50 milhões de brasileiros beneficiados. Sem porta de saída. Sem saber de onde vem o dinheiro. Sem ter a noção que a dignidade está na educação e na efetiva inclusão social.
Jamais houve um náufrago que, sobrevivendo num bote de emergência, quisesse nele permanecer.O PT criou a profissão em que não se trabalha mas se tem a paga pelo que não se fez.
Já não são só os miseráveis que se beneficiam. São brasileiros (famílias na segunda geração) que preferem receber sem produzir. São incentivadas pelo governo do PT, que prefere miseráveis dependentes a cidadãos informados e produtivos, na totalidade.
Não estou criticando quem necessita do Bolsa Família. Nem do próprio programa de amparo. Mas ACUSO o governo do PT de instrumentalizar a miséria, perder 10 anos de nossa história, usar miseráveis como combustível desta máquina de compadrios e corrupção, ignorar a educação (que nunca valorizou) como a ÚNICA porta de saída do programa assistencialista e deturpar o sentido da palavra DIGNIDADE.
Nada deu errado. Esse era o plano. Deu certo.
Para eles, uma massa eleitoral sob controle. Para nós um passo da manutenção do projeto de poder que nos envergonha!
Em 10 anos, perdemos 10 anos.

terça-feira, 19 de março de 2013

E por falar em assistencialismo... (corrigindo a ministra da area...)

Eu reconheço que sou um iconoclasta, um anarquista teórico, um contestador barato (segundo alguns muito caro, qualquer que seja o meu salário), um cidadão sem qualquer respeito pelas autoridades, mas considero ser do meu dever lutar pela precisão conceitual, pela correção da realidade, pelo argumento preciso, ou pela simples exposição da verdade.
Segundo leio na matéria abaixo transcrita: 
"De acordo com a ministra, como o Bolsa Família atende um universo de 50 milhões de pessoas e conseguiu reduzir em 89% a extrema pobreza no País, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o programa é muito eficiente."
 Não, não é, nem eficiente, nem conseguiu eliminar sequer 1% da pobreza, e isto por uma razão muito simples: o Bolsa Família não elimina a pobreza, ele apenas subsidia o consumo dos pobres. Ele seria eficiente se ele retirasse as pessoas da pobreza, o que ele não faz, nem parece pretender fazer. Ele apenas distribuiu alguns caraminguás, que permitem aos mais pobres (não todos, apenas os inscritos no programa) comprar bens alimentares e outros, é isto e apenas isto.
E porque ele não retira ninguém da pobreza e não é eficiente?
Preciso desenhar, ou vou ser compreendido apenas com este argumento? Se o Bolsa Família acabar, voluntariamente ou por alguma catástrofe orçamentária, as mesmas pessoas voltarão para a situação de pobreza anterior, e não terão "renda" para comprar alimentos ou outros coisas. Pior: elas não voltarão para a situação anterior, pois há muito deixaram de correr atrás do alimento como faziam antes, contentando-se a partir dele em retirar o dinheiro do caixa eletrônico e ir ao empório comprar seus bens de consumo.
Se supõe, pela lei universal da sobrevivência humana -- alguém me corrija se estou errado -- que essas mesmas pessoas pobres, antes que aparecesse o guia genial dos povos, o pai dos pobres como nunca antes aconteceu neste Brasil desde Cabral, se supõe que esses pobres não estavam sendo dizimados aos lotes por alguma epidemia de fome auto-induzida. Se supõe também, se os tivessem efetivamente o mesmo instinto de sobrevivência que pertence a todos os animais, primatas ou não, e parece que até a algumas plantas, que eles estavam, antes do BF, em uma luta diária em busca do alimento, na rocinha de subsistência do interior, na xepa da feira, ou até no roubo e na busca de alimentos rejeitados. O Bolsa Família veio tirá-los dessa linha de "desconforto", ou de "insegurança alimentar", como gostam de dizer os companheiros, e colocá-los no grupo dos assistidos, um verdadeiro exército de dependentes, de 50 milhões de pessoas, segundo a ministra que, aparentemente, já não seriam mais pobres.
Erro monumental! Eles continuam pobres, apenas que dispondo de um subsídio ao consumo. Acabado hipoteticamente o programa, eles voltam a ser pobres, talvez até numa situação mais precária, e mais "desconfortável", com sua rocinha de subsistência abandonada, sua busca quotidiana de alimentos trocada pela ida regular ao empório na compra do necessário, e talvez até mais indignados do que antes, pois que seguros de sua nova condição "cidadã", adquirida por eles (mas não exatamente para eles), esses pobres estruturais se sentiriam preteridos e injustiçados se lhes faltassem os caraminguás.
Onde está o governo injusto que pretende relançá-los à miséria? De onde, aliás, eles nunca tinham saído, apenas que ostentado o status de pobres assistidos.
Como ainda não nasceu o político -- de qualquer partido, de qualquer linha ideológica, de qualquer escola econômica -- que vai acabar com o Bolsa Família, podemos prenunciar brilhantes anos pela frente do "maior programa social do mundo", exibindo com orgulho essa marca que deveria ser, na verdade, um sinal de desgosto e de desgraça para o país.
Como também já era, ainda que com atenuantes, o Bolsa Escola. Seus criadores se orgulhavam pelo fato de poder retirar as crianças das ruas e do trabalho e mantê-las na escola, ainda que à custa da "cenoura" do Bolsa Escola, do contrário seus país não estaria ligando se elas largassem a escola ou eles mesmos as obrigariam ao trabalho na roça ou nos pequenos afazeres urbanos. As pessoas não se dão conta que isso é uma confissão de fracasso, uma incapacidade monumental de se ter uma situação normal, na qual os país trabalham e os filhos estudam. Não que eu tenha algo contra o trabalho infantil, muito pelo contrário. Acho que crianças, mesmo antes dos 14 anos, podem muito bem ajudar os pais, ou a si mesmas, fazendo atividades remuneradas ou produtivas. As proibições absolutas me parecem simplesmente idiotas, e não vou argumentar agora por que...
Estou apenas corrigindo a ministra, e dizendo que eles finamente conseguiram criar o maior programa assistencialista do mundo. Parabéns ministra, vocês estão eternizando a pobreza e a miséria. 
Acho que era isso mesmo que vocês queriam, não era? Um imenso curral eleitoral sob pretexto de justiça social. Um terço, ou pelo menos um quarto, do país na assistência social. Não é uma maravilha? Quase estamos virando um país normal, sem pobreza...
Paulo Roberto de Almeida         

Em 2013, Bolsa Família terá quase R$ 4 bilhões a mais que no ano passado

Ministra disse que montante do orçamento para o programa subiu para R$ 23,9 bi

18 de março de 2013 | 14h 08

Ricardo Leopoldo - Agência Estado
BRASÍLIA - A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou nesta segunda-feira, 18, que, em 2012, os recursos aplicados pelo governo no programa Bolsa Família atingiram 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com dados da sua pasta, o orçamento para o programa alcançou R$ 20 bilhões no ano passado. Para 2013, esse montante deverá subir para R$ 23,9 bilhões. "É uma ninharia o que se gasta com o Bolsa Família no Brasil", comentou o diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Yoshiaki Nakano, ao lado da ministra, logo após ela ter proferido aula magna na instituição de ensino.
Ele afirmou que, em 1979, foi trabalhar no grupo Pão de Açúcar, onde foi incumbido de montar o departamento econômico. "Certo dia, o Abílio Diniz me perguntou quanto seria preciso gastar para acabar com a miséria no Brasil", relatou. "Fiz os meus cálculos, e na época seria necessário algo entre 1% e 1,5% do PIB", relatou.
De acordo com a ministra, como o Bolsa Família atende um universo de 50 milhões de pessoas e conseguiu reduzir em 89% a extrema pobreza no País, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o programa é muito eficiente. "Estamos exportando essa tecnologia social para outros países, sem contrapartidas, como compra do nosso etanol", afirmou. "Não temos problemas de verbas contingenciadas. Ao contrário, o ministério da Fazenda nos deixa à disposição caso precisemos de recursos para atender essa prioridade do governo da presidenta Dilma Rousseff", afirmou, sorrindo para o secretário de Política Econômica, Márcio Holland.
Extrema pobreza. A ministra lembrou que ainda existem cerca de 700 mil famílias no Brasil que vivem em condições de extrema pobreza, ou seja, que registram uma renda per capita inferior a R$ 70,00 por mês. "Mas temos o objetivo de, até o final do mandato da presidenta Dilma Rousseff, que esses quase 2,5 milhões de pessoas poderão ser beneficiadas pelo programa Bolsa Família", disse Tereza Campello à Agência Estado.
De acordo com a ministra, há uma grande dificuldade de encontrar as famílias que vivem na condição de extrema pobreza. "Elas não estão no interior, mas sim nas grandes cidades, em pontos tão distantes que não conseguem ter acesso às informações relativas ao programa", destacou.
Segundo o ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 22 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família viviam na situação de extrema pobreza. Esse número foi reduzido ao longo dos dois anos do governo Dilma e agora não há família vinculada ao programa que está nesta condição.
"Agora vamos buscar o fim desse problema. Se serão 700 mil, 650 mil ou 600 mil famílias somente o cadastro, o trabalho de campo vai mostrar isso", afirmou a ministra.

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Governo FRAUDA os seus proprios dados: assistencialismo populista (e mentiroso)

Sempre fui contra o assistencialismo governamental, em qualquer época, de qualquer governo, sob qualquer circunstância.
Sob o lulopetismo, o assistencialismo governamental expandiu-se exagerada e deliberadamente e converteu-se num imenso curral eleitoral. Foi feito expressamente para isso mesmo: faz parte do projeto de dominação permanente, monopólica e totalitária de seus autores.
Agora se descobre que é tambem mais um foco de fraude e de mentiras oficiais.
Eles sempre foram assim, se voces querem saber...
Como conviver com essa nova vergonha governamental?
Paulo Roberto de Almeida

Miséria publicitária
Editorial da Folha de S. Paulo de 10/2/2013

Ao distorcer dados da emancipação de miseráveis, governo solapa a seriedade necessária para discutir os rumos da política social

A área econômica do governo Dilma Rousseff faz escola. O malabarismo estatístico, ou "contabilidade criativa", difunde-se também para outros setores da administração federal.

O Planalto alardeia ter tirado da miséria quase 20 milhões de pessoas. São 10% da população brasileira, e isso em apenas dois anos.

O segredo da prestidigitação, no caso, está em manipular os dois aspectos cruciais da contabilidade: a definição do que vem a ser pobreza extrema (ou miséria), de um lado, e o cadastro das famílias declaradas miseráveis, do outro.

Desde 2009 está fixado em R$ 70 o teto da renda mensal familiar per capita que define a miséria para fins do Bolsa Família e de outros programas federais de assistência.

Já o rendimento dos mais pobres no mercado de trabalho veio aumentando, nesse período, mais depressa que a inflação.

Trata-se de uma emancipação social independente da ação do governo. Mas ela seria menor que a alegada na propaganda oficial superlativa, e mais corretamente medida, se o Planalto reajustasse a linha da indigência pelos índices de preço.

Corrigidos pelo IPCA, os R$ 70 de 2009 correspondem a quase R$ 90 hoje.

A alquimia para simular tamanha progressão social instantânea envolve outro sortilégio. Em 2010, o Censo do IBGE apontava cerca de 16 milhões de brasileiros com rendimento inferior a R$ 70 mensais.

Abaixo, portanto, dos 19,5 milhões que o governo anuncia terem saído da miséria nos dois anos seguintes.

Em vez de fiar-se no IBGE, o governo passou a contabilizar os indigentes de acordo com seu próprio cadastro, realizado em parceria com os mais de 5.500 municípios brasileiros. Daí surgiu o milagre da multiplicação dos miseráveis, dois anos atrás.

Não é preciso muita reflexão para atribuir ao cadastro dos beneficiários do governo um grau de vulnerabilidade técnica - para não falar das brechas a fraudes- bem mais elevado que o do Censo do IBGE.

A discussão sobre a pobreza e as formas de enfrentá-la está pronta para subir de patamar. Sabe-se hoje, por exemplo, que as condições de moradia e instrução dos mais pobres evoluíram bem mais lentamente que a renda.
Deveriam ganhar mais destaque na política social e originar novos indicadores.

Os reiterados lances de pirotecnia estatística do governo federal, porém, chamuscam sua seriedade e sua credibilidade nesse debate.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Estado assistencialista do Brasil: so' faz crescer...

Os brasileiros, sobretudo os que estão, estarão ou poderão ser beneficiados com esse tipo de medida, não se dão conta de que já estão pagando, pagarão mais e continuarão pagando cada vez mais por essas prebendas estatais feitas com o seu dinheiro, justamente...
Paulo Roberto de Almeida

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Brasil: um pais de assistidos? Trigemeos?

O Brasil, sem dúvida, está sendo transformado, ou melhor, dividido, em dois países: o dos que pagam e o dos que recebem...
O que acontece com esses políticos demagogos que todos os dias criam um benefício qualquer com o dinheiro dos outros?
Pensam que somos idiotas?
Ou que metade dos brasileiros são seres apáticos e dependentes?
Paulo Roberto de Almeida 


PARA TODAS AS CLASSES

Santa Catarina cria auxílio-trigêmeos

Benefício será pago até as crianças completarem seis anos de idade

A partir desta segunda-feira, 27, famílias de Santa Catarina que tiverem trigêmeos passarão a receber um auxílio do governo do estado no valor de R$ 357 mensais por bebê.O auxílio-trigêmeos será pago até as crianças completarem seis anos de idade. O pagamento do benefício está previsto em uma lei aprovada em 2010 e regulamentada em abril deste ano. Oitenta famílias já estão cadastradas na Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST) para receber o auxílio.

Equívoco na lei?

O pagamento será feito a famílias de todas as classes sociais, o que, segundo João José Cândido da Silva, secretário da SST, não é compatível com a Política de Assistência Social. “O benefício extrapola o direito à assistência social, que deve ser dirigida a quem dela precisar. Vamos trabalhar para direcionar a aplicação da lei para as pessoas necessitadas”, disse em entrevista ao portal G1.

Para receber o benefício, as crianças precisam ter nascido em Santa Catarina e seus pais precisam ter residência no estado há pelo menos dois anos, de forma ininterrupta. O auxílio também está condicionado à permanência no estado.