O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador clichês. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador clichês. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Se o governo nao amenizar a miseria, quem ira'? - Cliches esquerdistas - Instituto Liberal do CO

Se o governo não amenizar a miséria, quem irá?
Clichês esquerdistas n. 24

O presidente Grover Cleveland, ao vetar uma apropriação congressional de 10 mil dólares para a compra de grãos de semente de cereais para texanos acometidos pela seca, pode nos ter dado a resposta que precisamos a este clichê:
"A amizade e a caridade de nossos conterrâneos podem ser sempre invocadas para amenizar seus concidadãos em miséria... A assistência federal em tais casos incentiva a expectativa de um cuidado paternal por parte do governo e enfraquece a robustez de nosso caráter nacional, ao mesmo tempo que impede a complacência entre nosso povo daqueles bondosos sentimentos e condutas que fortalecem os laços de uma fraternidade comum."
Sem dúvida, muitos dos deputados que votaram a favor desta apropriação estavam sinceramente perguntando: "Se o governo federal não salvar esses pobres texanos, quem irá?”. O Presidente Cleveland teve apenas que vetar a medida e escrever uma explicação. Mas nós, cidadãos comuns, não temos poderes além da razão e da persuasão. O que, então, poderíamos ter dito? Essa seria uma resposta honesta: "Eu não sou vidente e, portanto, eu não sei como amenizaremos essas pessoas. No entanto, eu sei que os texanos agindo por sua própria iniciativa e com os seus próprios recursos tomarão cuidado de si mesmos melhor do que serão cuidados por qualquer número de políticos imitando Robin Hood”.

A pergunta "Se o governo não amenizar a miséria, quem irá?” é ilógica. Ninguém é capaz de responder quem irá. Assim, o criador do clichê ganha com seu implícito argumento sem conflito, a não ser que alguém reivindique clarividência ou exponha a falsidade da questão. (Além disso, implícita na própria questão está a suposição duvidosa de que se o governo o fizer, será bem feito, de forma eficiente e sem corrupção.)

Cada leitor destas linhas pode provar a si mesmo, pela reflexão sobre suas experiências pessoais, que a amenização da miséria é um evento imprevisível. Seguidas vezes, cada um de nós, sem nenhum preconceito, observou a miséria e, em seguida, tomou medidas para amenizá-la, com a sua própria renda! (Nota do Editor: O autor Marvin Olasky em seu livro de 1999, “The American Leadership Tradition“, observou que as doações privadas voluntárias que afluíram para auxiliar o Texas após o veto de Cleveland totalizaram ao menos dez vezes o valor vetado pelo presidente.)
Antes da década de 1930, antes do governo federal assumir a responsabilidade de “amenizar”, ninguém poderia ter previsto quem seriam aqueles que viriam ao resgate; no entanto, desde 1623, não há registro de morte por fome nos Estados Unidos. Entre um povo onde os princípios da liberdade foram mais amplamente praticadas e o governo mais limitado do que em outros lugares, têm havido menos sofrimento e mais bem-estar geral do que jamais foi registrado na história. Sociedades sobrecarregadas com burocracia não têm qualquer registro de terem ido ao auxílio das sociedades livres; sempre foi o contrário.
A caridade é uma virtude pessoal. Quando o governo não toma bolsas assistência coercitivamente financiadas (“amenização”), milhões de adultos se levantam como guardiões contra a miséria. Suas energias de caridade disponíveis estão totalmente empregadas observando a miséria em sua vizinhança detalhando, julgando e vindo ao resgate com os frutos do trabalho de cada pessoa caridosa. E em ocasiões de grande catástrofe, houveram agrupamento voluntário de recursos individuais, muitas vezes extravagantes.
O que acontece quando o governo assume o controle? Fundos coercitivamente recolhidos são distribuídos para os indivíduos de acordo com grupo, classe ou categoria ocupacional. Isto não tem aparência de caridade; é roubo de Pedro para pagar Paulo. Além disso, quando o governo constrói uma manjedoura e a preenche com frutas extorquidas dos cidadãos, ele cria novos requerentes e agrava o problema que se propôs a resolver.
Não são apenas os chamados projetos de “amenização” que são baseados neste desgastante clichê, mas a maioria dos demais casos de intervenção do governo em nossa sociedade: "Se o governo não fizer este trabalho, quem o fará?” Se o governo não nivelar as montanhas e preencher os vales, drenar os pântanos e levar água aos desertos, construir estradas sobre os rios e vias marítimas, subsidiar o fracasso e penalizar a produtividade e a poupança, enviar homens à lua e a prometer à humanidade, e mil e outros projetos - se o governo não fizer estas coisas, isto é, forçar os contribuintes para realizá-los, quem irá? E, na maioria das vezes, a resposta é que, provavelmente, ninguém em sã consciência pensaria em fazer tais coisas, por seu próprio risco, com seu próprio dinheiro. Eventualmente, uma época poderá vir quando alguma pessoa engenhosa irá observar uma maneira de fazer um ou mais destes trabalhos, na esperança de lucro, e tomarão tal risco.
Mas não há nenhuma maneira de determinar com antecedência quem será este pioneiro. O máximo que pode ser feito é deixar os homens livres, pois, somente entre homens livres, pioneiros emergem. Liberdade oferece todas as oportunidades, em empresas de caridade ou no mercado, para o melhor - e não o pior - alcançar o topo.
Leonard E. Read
http://fee.org/…/25-if-government-doesnt-relieve-distress-w…
Tradução: Pedro Magalhães Batista
— Resumo —
- Ninguém pode citar os nomes com antecedência daqueles que poderão vir ao auxílio de cidadãos em miséria. A questão é ilógica.
- Sem ajuda do governo, uma enorme quantidade de ajuda voluntária privada tem sido derramado por cidadãos norte-americanos desde o primeiro assentamento estabelecido por lá. Existe alguma razão para supor que os políticos são mais solidários, compassivos ou eficazes na amenização utilizando o dinheiro de outras pessoas do que os indivíduos que se envolvem pessoalmente na amenização dos cidadãos em suas proximidades?
- O governo não é a verdadeira caridade.

- Para mais informações, consulte:
“Government and Disaster Relief” por Lawrence W. Reed: http://tinyurl.com/nk8k6a3
“Disaster Relief Then and Now” por Janet Sharp Hermann: http://tinyurl.com/q5ze6d8
“Saying No to Federal Disaster Relief” por William B. Irvine: http://tinyurl.com/nbpg5wa
“Lessons from the Chicago Fire” por Daniel Oliver: http://tinyurl.com/lmxuwop
“Government, Poverty and Self-Reliance: Wisdom From 19th Century Presidents” por Lawrence W. Reed: http://www.mackinac.org/7050
“Uncle Sam’s Flood Machine” por James Bovard: http://tinyurl.com/orua82l
“Disaster Response Restores Confidence in Government?” por Tyler Watts: http://tinyurl.com/nghljrv

O Instituto Liberal do Centro-Oeste agradece à Foundation for Economic Education e à Young America's Foundation pela autorização de tradução e publicação deste material.
‪#‎MaisLiberdadeMenosEstado‬

domingo, 6 de abril de 2014

UnB: um coloquio sobre cliches e lugares comuns: crise global e mudança de paradigmas

Não poderia haver maiores lugares comuns e clichês desgastados: sempre se vive em crise global, ao que parece, ou em transição para alguma coisa, e sempre se acha que estamos em busca de novos paradigmas.
Esses acadêmicos são incorrigíveis...
Paulo Roberto de Almeida

Presentation

It is with pleasure that we inform that the XI International Colloquium will take place in Brasília. This event is most welcome since it is a return to its original place after a long period abroad. The select theme is “Global Crisis and Changes of Paradigms: Current Issues” and the event will be in May 6-7, 2014. As is well known economics has been concerned with understanding how economies work in order to discover which policies could make them work better. Growth, distribution, inflation, trade and employment, have been some of the main concerns of macroeconomic theories. Yet few economists foresaw the scale of the financial and economic crisis from 2008, and few have been able to propose alternative economic paradigms to respond to it. The main objective of the Colloquium is to provide a platform for a productive exchange of ideas, theories and policies that might identify such paradigm shifts and better inform policies for both national and global governance. The Review of Keynesian Economics will publish up to 5 selected papers presented at the conference.
We also would like to inform that an additional meeting, associated to the Colloquium, will take place at the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq) on May 8, Thursday morning, from 09:00 to 12:00, room Almirante Álvaro Alberto. The World Academy of Art and Science (WAAS) will present its history and aims. The address of the CNPq is SHIS, QI 1, Conjunto B - Blocos A, B, C e D, Edifício Santos Dumont, Lago Sul, near to airport. 
The successful experience of the first, the1997 International Colloquium on “Money, Growth, Distribution and Structural Change: Contemporaneous Analysis”, coincided with the foundation of PhD Programme in Economics at the University of Brasilia (UnB). It was an outstanding meeting with the presence of several fine scholars from Brazil and abroad.    It was followed by the 1999 International Colloquium on “Economic Dynamics and Economic Policy” which was the result of the consolidation of our efforts to stimulate and sustain a critical dialogue. The 2001 International Colloquium on “Structural Change, Growth and Redistribution” was launched also in Brasília. The 2003 International Colloquium tackled the theme “Globalization, New Technologies and Economic Relations” and counted with the support of other institutions than UnB as well as the collaboration of scholars worldwide. The results in terms of research networks were stimulating and productive. All of these meetings had their respective proceedings edited in book format and published in Brazil.
Subsequent to this initial effort at UnB, the event took on its intercontinental projection with the organization of the 2005 Colloquium, which took place in Treviso, Italy, in a joint effort by the University of Brasilia and the PRINT-PROJECT which included several Italian universities, on the theme “Dynamic Capabilities between Firm Organization and Systems of Production”. The Routledge International Publishers published a selection of its papers in January 2008. In 2007 the VI International Colloquium was organized once again by the University of Brasilia in Brasília. The theme was “Macrodynamic Capability and Economic Development”. The emphasis of the proceedings was on socioeconomic policies towards growth and distribution, dubbed in the literature as Development with a Human Face. The 2010 International Colloquium was successfully organized under the theme of “Getting out of the Current Economic Crisis: In the Light of Alternative Development Paradigms” by CEPN of the University of Paris 13 and Department of Economics of the University of Brasilia at the Maison des Sciences de l’Homme de Paris Nord. The event attracted attention worldwide.
The VIII International Colloquium entitled “Economic Growth, Structural Change and Institutions” was organized jointly by the Department of Economics of the University of Brasilia and J. E. Cairnes School of Business and Economics of National University of Ireland in Galway in May 2011. It was a meeting which attracted an excellent group of scholars and dealt with important contemporary issues. 
In 2012 colleagues from the University of Graz, Austria accepted the invitation to organize the IX International Colloquium at the Schumpeter Centre in collaboration with University of Brasilia. The event produced contributions towards better understanding of “Inequality and its Persistence”. The main objective of the meeting was to provide a platform for productive exchanges of analysis and research results which focus on the theoretical and policy aspects of the inequality theme. The colloquium also aimed to stimulate an exchange of ideas across fields of inquiry from within the discipline of economic science, as well as between and across other related disciplines. It reinforced a multi-disciplinary approach to the study of political economy.
In Graz it was the decided that the X International Colloquium would take place in the Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) in Lisbon, Portugal, in collaboration with the University of Brasilia, in May 28-29, 2013. The theme was “Power Distribution in The World Economy: New Challenges”. We were concerned with new challenges of the world economy, the distribution of power between different groups in the national and global economies and the countries of the world. Changes in the distribution of power have arguably had a major impact on the economic performance worldwide in recent years. The event was very successful with presence of several fine scholars and both academic and public sector administrators. The Colloquium was the only scientific event supported by the programme Brazil-Portugal and a selection of papers with will be published in a especial volume(proceedings) by the journal Panaeconomics till the end of 2013.