O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 14 de junho de 2016

Grandes Desafios ao Brasil: video da sessao sobre politica - Paulo Kramer e Paulo Roberto de Almeida

Presidida pelo membro do Instituto Liberal do Centro Oeste, Rafael de Pavão, organizamos, no dia 12 de maio, o mesmo dia da votação da admissibilidade do processo de impeachment da Afastada (que nome!) na Câmara dos Deputados, o primeiro de dois eventos realizados no Uniceub, sob o signo comum de:

"Desafios ao Brasil: Política e Economia"

sendo que este primeiro foi dedicado à Política, com a participação do cientista político, professor da UnB, assessor legislativo no Senado Federal e consultor político, Paulo Kramer, e minha própria, em substituição ao palestrante original, professor Carlos Pio, retido em São Paulo por razões familiares.
Foi uma excelente noite de exposições e debates, com o Auditório 1 do Uniceub completamente cheio, todas as cadeiras ocupadas, e espectadores infelizmente impedidos de assistir de maneira confortável.
Agora, com a disponibilidade do vídeo pelo Núcleo de Marketing Digital do Uniceub -- e aproveito para agradecer ao professor Roberto Lemos pela prestimosa ajuda -- podemos contemplar todos os que não puderam estar em Brasília ou, estando em Brasília, não conseguiram aceder ao auditório, ao disponibilizar este vídeo, que pode ser acessado neste link:

https://youtu.be/3A3PJxsHLIU

Aproveito para transcrever novamente a parte inicial de meu pronunciamento, lido de maneira imperfeita na minha exposição inicial, elaborado previamente ao evento, uma vez que ele expressa o estado de espírito sob o qual eu e Rafael Pavão concebemos e dirigimos estes dois eventos que deveriam marcar a passagem do Brasil a uma nova etapa de seu itinerário político e seu processo de desenvolvimento (ainda não é exatamente o caso) econômico.
Paulo Roberto de Almeida 


Desafios ao Brasil na política e na economia numa fase de transição

Paulo Roberto de Almeida
 [Notas compilando elementos de informação, para orientar debates na realização dos dois eventos no Uniceub, previstos para os dias 12 e 13 de maio] 
1ro. dia: Política
Por iniciativa do Instituto Liberal do Centro-Oeste, que encontra-se justamente comemorando dois anos de sua recriação em Brasília, a partir de um pequeno grupo anterior de adeptos incondicionais das liberdades econômicas e da mais ampla democracia política, e por sugestão do internacionalista Rafael de Pavão, aqui presente, com a minha colaboração acessória, estamos organizando duas noites de debates prospectivos sobre a situação atual do Brasil e sobre as tarefas à nossa frente.
Digo prospectivos porque a intenção é menos a de repisar os atrozes equívocos de política e de economia dos últimos treze anos e meio sob o signo do Nunca Antes, ou seja, a era dos companheiros, e bem mais examinar e discutir o conjunto de reformas postas à nossa frente, se de fato queremos que o Brasil se converta num país normal.
Digo “à nossa frente” porque não considero que as tarefas que precisam ser empreendidas para conquistar essa normalidade não incumbem tão somente, ou menos ainda exclusivamente, aos dirigentes executivos e aos representantes eleitos, mas também, e talvez essencialmente, à cidadania ativa, todos nós, coxinhas ou não, que saímos às ruas, nos últimos dois anos, para exigir não apenas o fim da corrupção, mas também o fim da impunidade.
Digo coxinhas, mas também poderia dizer mortadelas – se por acaso existem aqui, deve existir, partidários e apoiadores dos mortadelas, o que é totalmente legítimo do ponto de vista da democracia – embora eu não acredite que mesmo mortadelas possam apoiar a corrupção e a impunidade, ainda que eles possam apoiar, o que também é legítimo, o projeto político do partido e dos personagens que estiveram e estão envolvidos no mais gigantesco caso de corrupção jamais visto em nosso país, talvez no hemisfério, quem sabe no planeta.
O que justamente parece distinguir o Brasil de outros países deste nosso planetinha redondo (como disse alguém), que também exibem corrupção nos meios políticos e nos negócios empresariais, é precisamente o grau inaceitável de impunidade que sempre campeou entre nós, pelo menos até aqui, antes que a República de Curitiba começasse a colocar um fim a essa sensação de desesperança ao ver tantos Malufs da vida pública escapar sorridentes entre as malhas da lei. E se me refiro ao Maluf, um político na lista da Interpol, é porque ele se tinha convertido numa espécie de modelo, um benchmark, como se diz na linguagem das comparações de mercado, um exemplo do famoso “rouba mas faz”, embora não tenha feito grande coisa e tenha sido amplamente superado desde então: já se disse que, na escala atual, ele não passa de um reles trombadinha de periferia, ultrapassado que foi por poderes mais altos que no horizonte despontaram. E como...
Disse também que queremos que o Brasil se converta em um país “normal”, pois não considero que seja normal viver no país da meia entrada, do foro privilegiado, do “dez vezes sem juros”, o que não existe em nenhum outro país do mundo, não, pelo menos, nos países normais. Foi com esses objetivos que concebemos e montamos estes dois seminários, que pretendem oferecer algumas indicações sobre essas tarefas e sobre as dificuldades imensas à frente.

Vamos agora iniciar nossos debates; convido o professor Paulo Kramer, meu xará, querido amigo, grande especialista em temas políticos e profundo conhecedor da política brasileira, a fazer sua exposição, com tempo de 20 minutos e tolerância de mais 5 minutos, inapelavelmente, pois o microfone desligará automaticamente.
(...)
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5 maio 2016, 5 p.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Se o governo nao amenizar a miseria, quem ira'? - Cliches esquerdistas - Instituto Liberal do CO

Se o governo não amenizar a miséria, quem irá?
Clichês esquerdistas n. 24

O presidente Grover Cleveland, ao vetar uma apropriação congressional de 10 mil dólares para a compra de grãos de semente de cereais para texanos acometidos pela seca, pode nos ter dado a resposta que precisamos a este clichê:
"A amizade e a caridade de nossos conterrâneos podem ser sempre invocadas para amenizar seus concidadãos em miséria... A assistência federal em tais casos incentiva a expectativa de um cuidado paternal por parte do governo e enfraquece a robustez de nosso caráter nacional, ao mesmo tempo que impede a complacência entre nosso povo daqueles bondosos sentimentos e condutas que fortalecem os laços de uma fraternidade comum."
Sem dúvida, muitos dos deputados que votaram a favor desta apropriação estavam sinceramente perguntando: "Se o governo federal não salvar esses pobres texanos, quem irá?”. O Presidente Cleveland teve apenas que vetar a medida e escrever uma explicação. Mas nós, cidadãos comuns, não temos poderes além da razão e da persuasão. O que, então, poderíamos ter dito? Essa seria uma resposta honesta: "Eu não sou vidente e, portanto, eu não sei como amenizaremos essas pessoas. No entanto, eu sei que os texanos agindo por sua própria iniciativa e com os seus próprios recursos tomarão cuidado de si mesmos melhor do que serão cuidados por qualquer número de políticos imitando Robin Hood”.

A pergunta "Se o governo não amenizar a miséria, quem irá?” é ilógica. Ninguém é capaz de responder quem irá. Assim, o criador do clichê ganha com seu implícito argumento sem conflito, a não ser que alguém reivindique clarividência ou exponha a falsidade da questão. (Além disso, implícita na própria questão está a suposição duvidosa de que se o governo o fizer, será bem feito, de forma eficiente e sem corrupção.)

Cada leitor destas linhas pode provar a si mesmo, pela reflexão sobre suas experiências pessoais, que a amenização da miséria é um evento imprevisível. Seguidas vezes, cada um de nós, sem nenhum preconceito, observou a miséria e, em seguida, tomou medidas para amenizá-la, com a sua própria renda! (Nota do Editor: O autor Marvin Olasky em seu livro de 1999, “The American Leadership Tradition“, observou que as doações privadas voluntárias que afluíram para auxiliar o Texas após o veto de Cleveland totalizaram ao menos dez vezes o valor vetado pelo presidente.)
Antes da década de 1930, antes do governo federal assumir a responsabilidade de “amenizar”, ninguém poderia ter previsto quem seriam aqueles que viriam ao resgate; no entanto, desde 1623, não há registro de morte por fome nos Estados Unidos. Entre um povo onde os princípios da liberdade foram mais amplamente praticadas e o governo mais limitado do que em outros lugares, têm havido menos sofrimento e mais bem-estar geral do que jamais foi registrado na história. Sociedades sobrecarregadas com burocracia não têm qualquer registro de terem ido ao auxílio das sociedades livres; sempre foi o contrário.
A caridade é uma virtude pessoal. Quando o governo não toma bolsas assistência coercitivamente financiadas (“amenização”), milhões de adultos se levantam como guardiões contra a miséria. Suas energias de caridade disponíveis estão totalmente empregadas observando a miséria em sua vizinhança detalhando, julgando e vindo ao resgate com os frutos do trabalho de cada pessoa caridosa. E em ocasiões de grande catástrofe, houveram agrupamento voluntário de recursos individuais, muitas vezes extravagantes.
O que acontece quando o governo assume o controle? Fundos coercitivamente recolhidos são distribuídos para os indivíduos de acordo com grupo, classe ou categoria ocupacional. Isto não tem aparência de caridade; é roubo de Pedro para pagar Paulo. Além disso, quando o governo constrói uma manjedoura e a preenche com frutas extorquidas dos cidadãos, ele cria novos requerentes e agrava o problema que se propôs a resolver.
Não são apenas os chamados projetos de “amenização” que são baseados neste desgastante clichê, mas a maioria dos demais casos de intervenção do governo em nossa sociedade: "Se o governo não fizer este trabalho, quem o fará?” Se o governo não nivelar as montanhas e preencher os vales, drenar os pântanos e levar água aos desertos, construir estradas sobre os rios e vias marítimas, subsidiar o fracasso e penalizar a produtividade e a poupança, enviar homens à lua e a prometer à humanidade, e mil e outros projetos - se o governo não fizer estas coisas, isto é, forçar os contribuintes para realizá-los, quem irá? E, na maioria das vezes, a resposta é que, provavelmente, ninguém em sã consciência pensaria em fazer tais coisas, por seu próprio risco, com seu próprio dinheiro. Eventualmente, uma época poderá vir quando alguma pessoa engenhosa irá observar uma maneira de fazer um ou mais destes trabalhos, na esperança de lucro, e tomarão tal risco.
Mas não há nenhuma maneira de determinar com antecedência quem será este pioneiro. O máximo que pode ser feito é deixar os homens livres, pois, somente entre homens livres, pioneiros emergem. Liberdade oferece todas as oportunidades, em empresas de caridade ou no mercado, para o melhor - e não o pior - alcançar o topo.
Leonard E. Read
http://fee.org/…/25-if-government-doesnt-relieve-distress-w…
Tradução: Pedro Magalhães Batista
— Resumo —
- Ninguém pode citar os nomes com antecedência daqueles que poderão vir ao auxílio de cidadãos em miséria. A questão é ilógica.
- Sem ajuda do governo, uma enorme quantidade de ajuda voluntária privada tem sido derramado por cidadãos norte-americanos desde o primeiro assentamento estabelecido por lá. Existe alguma razão para supor que os políticos são mais solidários, compassivos ou eficazes na amenização utilizando o dinheiro de outras pessoas do que os indivíduos que se envolvem pessoalmente na amenização dos cidadãos em suas proximidades?
- O governo não é a verdadeira caridade.

- Para mais informações, consulte:
“Government and Disaster Relief” por Lawrence W. Reed: http://tinyurl.com/nk8k6a3
“Disaster Relief Then and Now” por Janet Sharp Hermann: http://tinyurl.com/q5ze6d8
“Saying No to Federal Disaster Relief” por William B. Irvine: http://tinyurl.com/nbpg5wa
“Lessons from the Chicago Fire” por Daniel Oliver: http://tinyurl.com/lmxuwop
“Government, Poverty and Self-Reliance: Wisdom From 19th Century Presidents” por Lawrence W. Reed: http://www.mackinac.org/7050
“Uncle Sam’s Flood Machine” por James Bovard: http://tinyurl.com/orua82l
“Disaster Response Restores Confidence in Government?” por Tyler Watts: http://tinyurl.com/nghljrv

O Instituto Liberal do Centro-Oeste agradece à Foundation for Economic Education e à Young America's Foundation pela autorização de tradução e publicação deste material.
‪#‎MaisLiberdadeMenosEstado‬

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: o governo sainte entrega resultados piores do que os que recebeu - Luiz Guilherme Medeiros

Transcrevo, abaixo, curta nota de Luiz Guilherme Medeiros, do Instituto Liberal do Centro-Oeste, que faz uma breve reflexão sobre o momento eleitoral, com base nos dados econômicos disponíveis, de inflação, de crescimento e de provável aumento do desemprego.
Acredito que esses dados fornecem elementos adequados para informar o cidadão ainda indeciso sobre quais são as escolhas a serem feitas na atual conjuntura, contribuindo para um voto consciente.
Eu me permitiria acrescentar uma reflexão pessoal, que constato como qualquer outro observador do cenário político eleitoral de 2014: o Brasil se encontra dividido, talvez não tão profundamente como acreditam alguns ideólogos, ou como circunstancialmente revelam algumas sondagens eleitorais, e felizmente não tão dividido quanto outras sociedades mais infelizes do que a nossa -- a Venezuela, por exemplo -- mas ainda assim dividido, segundo linhas de clivagem que eu pretendo explorar em outro pequeno texto de reflexão. Só posso antecipar que a atual divisão -- complexa, e não apenas social e política -- terá consequências negativas para o processo político que se inicia com o novo governo, qualquer que seja ele. Essa divisão também terá consequências sobre as reformas, inevitáveis, que se impõem, em face de um quadro recessivo e de inflação ascendente.
Infelizmente, sou obrigado a constatar isto, mas não quero me antecipar sobre o que pretendo escrever em breve.
Enquanto isso fiquem com esta pequena nota informativa e reflexiva.
Paulo Roberto de Almeida

O atual governo alega que se importa com os pobres, mas não é isso que suas atitudes revelam
Luiz Guilherme Medeiros
Instituto Liberal do Centro-Oeste, 20/10/2014 (recebido: 17:00)

A gestão Dilma realizou um feito surpreendente: entregou quase todos os indicadores econômicos do Brasil piores do que pegou.

Criamos poucos empregos, nosso crescimento é baixo, a renda da população não aumenta e a inflação cada vez mais desvaloriza o Real. Um cenário ruim para o trabalhador humilde, que teme começar a ver suas oportunidades de ganhar sustento se reduzirem.

São as consequências de políticas econômicas ruins, que vem emperrando nosso desenvolvimento nos últimos quatro anos.

O que o governo faz diante disso? Cruza os braços e nega a existência do problema.

Está claro que o modelo atual fracassou. Continuar com ele é fazer o Brasil afundar em seus problemas, ver as nossas conquistas retrocederem. Não é razoável por tudo a perder simplesmente porque nossos representantes se enganam, ou tentam nos enganar.

Precisamos de mudança. Vamos renovar nosso país e começar as reformas necessárias para voltarmos a crescer com vigor, aumentando a prosperidade de todos.

Imediatismo ou compromisso com a nação. A escolha é sua.

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,mercado-projeta-crescimento-de-0-27-do-pib-neste-ano,1579580
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/10/inflacao-de-setembro-chega-675-e-estoura-o-teto-da-meta-do-governo.html

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: estudantes da UnB mandam candidata presidencial estudar mais...

Nunca vi tanto besteirol por centímetro quadrado quanto na entrevista dada por uma candidata a um programa de TV. Chega a ser constrangedor saber que uma pessoa tão despreparada, cheia de chavões mentirosos, consegue ser candidata a qualquer coisa, inclusive síndica de prédio. Eu não aceitaria uma coisa dessas.
Felizmente, estudantes atentos fizeram a devida correção, e apareceu no Huffington Post Brasil:
https://www.youtube.com/watch?v=at4FpH9PKyI&feature=youtu.be
Paulo Roberto de Almeida


Alunos da UnB lançam vídeo #EstudaLuciana para rebater argumentos de Luciana Genro pró-socialismo (VÍDEO)

Publicado: Atualizado: 


A entrevista da presidenciável Luciana Genro (PSOL) concedida a Danilo Gentilina semana passada continua repercutindo. Após ser aplaudida nas redes por mandar o apresentador 'estudar mais' sobre comunismo, agora ela é alvo de deboche de um grupo de estudantes da Universidade de Brasília (UnB).
Os alunos, que participam do Instituto Liberal do Centro-Oeste, gravaram o vídeo acima para rebater um a um os argumentos de Genro pró-socialismo, apresentados no programa The Noite, de Gentili.
Para quem quer um resumo do vídeo, seguem as principais defesas do grupo em prol do #EstudaLuciana:
Taxar as grandes fortunas é pior
Luciana Genro quer a taxação das grandes fortunas — acima de R$ 50 milhões.
Segundo os estudantes, essa medida não deu certo nos países em que foi adotada.
Eles explicam que essa tributação levou à fuga de dinheiro de países como França e Estados Unidos.
Como exemplo, citaram Eduardo Saverin, ex-Facebook, e o ator Gerard Depardieu, que abriram mão das respectivas cidadanias para que o Estado não mexesse em seus cofres.
"É uma ingenuidade achar que milionários vão ficar parados esperando o Estado tomar seu dinheiro", ironiza um estudante.
Com dinheiro saindo do País, há o risco de cair o nível de empregos.
Investir na Bolsa financia a produção
Os alunos afirmam que é uma falácia Genro dizer que o dinheiro hoje vai para o mercado de capitais, em vez de ir para a produção.
Enumeram uma série de empresas de alimentos e tecnologia que têm ações na Bolsa.
E explicam que investir na Bolsa é financiar a produção dessas companhias.
Também dizem que "não existe dinheiro certo" no mercado financeiro, como defende Luciana Genro.
Ainda alfinetam o pai dela, o governador Tarso Genro (PT-RS), candidato à reeleição, que tem grana em fundo de investimentos.
Países livres e capitalistas são mais tolerantes aos gays
Os jovens do Instituto Liberal do Centro-Oeste defendem que socialismo e liberdade, substantivos que figuram no nome do PSOL, são excludentes.
Lembram que países capitalistas e livres são mais tolerantes aos gays — minoria acolhida pelo PSOL em suas bandeiras fundamentais.
LEIA MAIS:
Renda dos pobres é maior em países capitalistas
Os estudantes usam o ranking mundial de liberdade econômica para comparar como está a renda das pessoas mais pobres em países capitalistas e socialistas.
Os dados mostram que, quanto mais empreendedorismo e comércio, os pobres de um país são mais ricos.
Portanto, segundo eles, a renda das famílias pobres é maior em países mais livres.
O socialismo não deu certo
Tratado como "utopia concreta" por Luciana Genro, o socialismo não logrou êxito — defendem os jovens do vídeo.
Para eles, é praxe os militantes socialistas se referirem a ditadores comunistas pelo nome do regime do ditador, na tentativa de mascarar uma experiência de socialismo que deu errado.
É o caso do "stalinismo", na União Soviética, "castrismo", em Cuba, e "chavismo", na Venezuela.

sábado, 10 de maio de 2014

Instituto Liberal do Centro-Oeste: criacao e seminario sobre a vinda de Hayek ao Brasil, 12 e 13 de maio de 2014

Transcrevo da página do Instituto Mises Brasil, esta notícia, e convido a ouvir o podcast com o primeiro presidente do Instituto Liberal do Centro-Oeste, com o qual colaborarei na medida de minhas possibilidades, uma vez que acredito nas suas causas, muito diferentes das que estão sendo patrocinadas atualmente no Brasil.
O evento programado será filmado e depois disseminado pela internet, o que registrarei aqui.
Paulo Roberto de Almeida

INSTITUTO LIBERAL DO CENTRO-OESTE
PODCAST 123 – FÁBIO GOMES FILHO


Na segunda e terça-feira da próxima semana (dias 12 e 13 de maio), o Grupo de Estudos Lobos da Capital vai realizar um simpósio para celebrar os 33 anos da visita e palestra de F. A. Hayek na Universidade de Brasília (UnB), em maio de 1981. Estão programadas palestras do embaixador Carlos Henrique Cardim, um dos idealizadores da ida do economista Austríaco, de Helio Beltrão (presidente do Instituto Mises Brasil), e de Rodrigo Saraiva Marinho (presidente do Instituto Liberal do Nordeste).

E o evento também será marcante por outra razão: será anunciada a fundação e início dos trabalhos do Instituto Liberal do Centro-Oeste (IL-CO). Para falar sobre o seminário e sobre a nova instituição, o Podcast do IMB entrevistou Fábio Gomes Filho, membro do Grupo Lobos da Capital e que será o primeiro presidente do IL-CO. Engenheiro elétrico de formação, Fábio falou sobre o seminário, acerca das atividades do Lobos da Capital e sobre o trabalho que será desenvolvido pelo IL-CO junto com os outros grupos liberais/libertários da região.





A propósito do simpósio sobre a vinda de Hayek ao Brasil, transcrevo um texto de Roberto Ellery no Liberzone: 


ECONOMIZANDO
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5 Razões para um Economista Neoclássico apreciar Hayek


Fui surpreendido com o convite da página para escrever a respeito de Hayek por ocasião de seu aniversário. Conhecendo o Liberzone e apreciador do trabalho deles não tive como recusar, porém aceitar não foi uma decisão simples. Existem excelentes economistas brasileiros que seguem a Escola Austríaca e poderiam falar de Hayek com bem mais propriedade do que eu, afinal sou um economista neoclássico. Desconfiado, é verdade, mas definitivamente neoclássico. Sou desconfiado por duas razões: desconfio dos modelos que uso e desconfio das intenções de quem diz que vai aplicar os modelos para trazer mais bem-estar à sociedade. Talvez por ser desconfiado eu tenha recebido a confiança do Liberzone.
Como sempre ocorre de ser, o convite ainda era mais complicado do que parecia. Não bastava escrever sobre Hayek, o pedido incluía listar razões que fizeram de Hayek um símbolo do liberalismo. É complicado, vejo o liberalismo como uma doutrina essencialmente individualista, no sentido que é uma doutrina que supõe cada indivíduo como muito complexo para ser enquadrado em um grupo específico. Como então listar razões para alguém ser símbolo do liberalismo se eu tenho dificuldades para definir quem são os liberais. Ao escrever esse texto me propus a superar o desafio de homenagear Hayek sem ser um seguidor da Escola Austríaca, o desafio de escrever a respeito de um grupo que não sei definir eu não vou tentar superar. Desta forma em vez de escrever as razões para Hayek ser um símbolo do liberalismo escreverei as razões que me levaram a apreciar Hayek. Fazendo isto facilito minha tarefa e de saída me mantenho fiel a uma das razões que me levaram a apreciar Hayek.
Seguem as razões:

1. Não existe liberdade política sem liberdade econômica

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Hayek sabia que a liberdade é indivisível. Não existe liberdade política sem liberdade econômica e vice-versa. Essa é uma lição fundamental para economistas que vivem na América Latina e que são constantemente confrontados com a necessidade de avaliar políticas econômicas de ditadores que periodicamente assombram o continente. Isto quando não são convidados a participar de governos autoritários. Se um dia receberem tal convite lembrem a lição de Hayek e saibam que não vão criar um livre mercado a partir de um governo autoritário. Antes que perguntem, eu aviso que recomendação é válida mesmo se Pinochet o convidar para um certo “Centro de Estudios Públicos”.

2. O Uso do Conhecimento na Sociedade

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Hayek sabia que é impossível substituir o mercado por um planejador central. Não por acaso “The Use of Knowledge in Society”, artigo publicado por Hayek em 1945 na American Economic Review, foi listado em 2011 entre os vinte melhores artigos publicados quando das comemorações dos cem anos da revista. No artigo, Hayek argumenta que um planejamento centralizado nunca poderá substituir o mercado porque cada indivíduo detém apenas uma pequena fração do conhecimento existente na sociedade.

3.  A ordem econômica não é resultado de um desenho consciente

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Hayek sabia que o sistema de preços, melhor dizendo, a ordem econômica não é resultado de um desenho consciente. Pelo contrário, é uma ordem espontânea resultante da ação humana, mas não de planos humanos. Willian Eaterly, no excelente livro “The Tyranny of Experts: Economists, Dictators, and the Forgotten Rights of the Poor” recupera o tema da ordem espontânea e questiona as razões e as consequências de especialistas em desenvolvimento econômico dentro e fora da academia terem abraçado a tese oposta que suponha a ordem econômica como decorrente de um desenho consciente e, portanto, passível de substituição por outro desenho consciente, talvez melhor desenhado.

4. Hayek sabia da necessidade de uma teoria do capital

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Hayek sabia da necessidade de uma teoria do capital. Até hoje capital é um tema difícil de inserir na análise econômica, basta dizer que a maioria das estimativas do estoque de capital toma o custo do investimento como a medida de capital. Hayek sabia mais do que isto, sabia que o valor do capital é o valor presente esperado do fluxo de bens ou serviços produzidos pelo capital. Não é pouca coisa. Hayek tentou construir uma teoria do capital integrada à análise macroeconômica, queria uma teoria do capital que fosse útil para analisar economias monetárias. Tenho minhas dúvidas a respeito da relação entre capital, investimento e moeda, mas a despeito destas dúvidas aprecio a teoria do capital de Hayek.

5. Hayek sabia que o governo tem papéis importantes a cumprir

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Hayek sabia que o governo tem papéis importantes a cumprir. Que me desculpem os que sonham viver em um mundo sem governo, mas eu aprecio Hayek por saber e dizer que o governo tem funções na economia. O autor de “The Road to Serfdom”, livro que apontou os perigos da intervenção, apontou a importância de existir regulações que restrinjam métodos de produção, desde que não desenhadas para favorecer alguns grupos, a prevenção de fraudes e, fundamental para o Brasil de hoje, a existência de uma rede de seguridade social não é incompatível com o sistema de competição. O perigo não está no governo ajudar os pobres, o perigo está no governo decidir quem serão os ricos.
Os seguidores da Escola Austríaca devem ter notado pelo menos duas ausências em minha lista: a teoria dos ciclos econômicos e a teoria do investimento. A primeira talvez seja a que mais incomode. Entendo a relevância da teoria austríaca dos ciclos, mas como disse sou um economista neoclássico, mais precisamente: estou entre os que acreditam no ciclo econômico como advindo de respostas ótimas de famílias e empresas a choques reais na economia. Não nego que a moeda e crédito tenham algum papel na explicação do ciclo econômico, mas não os coloco como principal razão da existência do ciclo econômico. Desta forma não sigo a teoria de Hayek que o ciclo é devido a expansões da moeda e o crédito decorrentes de ações do Banco Central.
O investimento entrou na lista de ausências para marcar posição. Quando falei da teoria do capital fiz a ressalva da relação entre capital, investimento e política monetária. Marquei o investimento como ausência para ressaltar esta ressalva. Não discordo que diferentes bens de investimento mereçam tratamentos diferentes e reconheço que a teoria neoclássica é pobre neste quesito, porém a relação entre política monetária e investimento proposta por Hayek me parece superestimar o papel da política monetária. A ideia de que juros baixos e crédito fácil levam a um excesso de investimento de longo prazo e isto é a razão dos ciclos de expansão e recessão me parece difícil de conciliar com um investidor racional que maximiza lucro esperado mesmo com informação imperfeita. Sei que para Escola Austríaca isto não é um problema, mas para mim é um problema. No fundo as duas ausências são uma só.
O leitor atento deve ter reparado que antes de fazer a lista fiz referência a uma razão para apreciar Hayek e não toquei mais no assunto, não foi esquecimento, pelo contrário, queria encerrar o texto com este tema. Hayek sabia dos perigos de dar muita autoridade a um economista, disse isto quando recebeu o prêmio Nobel e alertou a respeito de um economista com tanto reconhecimento. Só isto seria motivo para colocar Hayek na minha galeria de heróis, só isto já é suficiente para justificar minha hesitação em listar razões para colocar Hayek como símbolo do liberalismo e optar por listar apenas minhas razões para aprecia-lo.