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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Consequências involuntárias da tragédia bolsonarista no Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Consequências involuntárias da tragédia bolsonarista no Brasil

Diz a sabedoria popular que não há bem que sempre dure, nem há mal que nunca acabe. 
Toda e qualquer experiência humana, ou social, mesmo uma das mais horríveis e degradantes, como pode ser a delinquência política e a deterioração intelectual em nosso país, atualmente em curso, sempre pode, aliás deve, nos trazer modestos ensinamentos, e algumas infelizes lições, sobre o que deveríamos ter feito de acertado, e não fizemos, assim como sobre o que poderemos, ou que pelo menos deveríamos fazer de melhor da próxima vez.
Aprendemos uma variação do velho adágio segundo o qual o preço da liberdade é a eterna vigilância. Corrigindo: o preço da democracia é o constante esforço em não nos deixarmos arrastar em divisões sectárias em torno dessas querelas menores sustentadas em meras conquistas táticas, ao preço de uma perda de objetivos estratégicos, que significam, simplesmente, a derrocada do edifício democrático tão duramente construído contra ventos e marés ao longo das últimas três décadas.
Aprendemos a valorizar a unidade — pelo menos espero — das forças democráticas em torno de um patrimônio civilizatório que vem sendo atacado pelos novos bárbaros, que já conquistaram a praça forte, a despeito da indigência de suas propostas e das mentiras tão amplamente disseminadas (ou, mais provavelmente, por isso mesmo, a julgar pela mentalidade obtusa daqueles que os seguem de forma tão entusiasta).
Os bárbaros nos fizeram um favor — pelo menos espero — que é o de valorizar algumas pequenas coisas, que acabam sendo grandes em retrospecto: a importância da convergência de metas mais elementares que vantagens políticas secundárias, que vêm a ser a preservação do diálogo democrático entre nossas tribos até aqui desunidas e a união do conjunto de nossas forças dispersas em nome da simples sobrevivência de valores e princípios que estão na base de uma sociedade civilizada, oposta à peste negra do fascismo e do autoritarismo.
A vitória circunstancial e temporária — pelo menos espero — das forças bárbaras nos demonstra quão vã era a nossa ingênua crença na racionalidade das massas depois que o virus da divisão da nação já nos tinha sido inoculado pelos aderentes a crenças aparentemente opostas, mas inacreditavelmente similares em propósitos — a tal “revolução cultural” da reforma completa daqueles princípios e valores — e mecanismos: a promessa de um futuro melhor nas mãos de algum líder salvador que dá início a um novo ciclo de bajulação e servilismo. 
Uma das consequências involuntárias da presente tragédia  — pelo menos espero — pode ser um esforço de reflexão em torno dos nossos erros acumulados e da dolorosa busca de uma plataforma mínima de sobrevivência, até que uma nova acumulação de forças convergentes nos permita expulsar os novos bárbaros da cidadela, o que não poderá ser feito sem o convencimento de uma maioria de cidadãos complacentes com o regime danoso dos novos bárbaros.
Temos a nosso favor a bestialidade, a ignorância, a estupidez desses bárbaros, assim como a sua completa falta de visão sobre o futuro da nação. Temos de poder oferecer à cidadania — pelo menos espero — alguma razão para acreditar que um projeto iluminista e humanista passa antes, é melhor, do que o empreendimento de destruição prometido e implementado pelos novos bárbaros, ainda que estes possam contar, momentaneamente, com a ajuda da força e do dinheiro. 
Nem sempre a autoridade do argumento prevalece sobre o argumento da autoridade, mas, em princípio, ideias são mais poderosas que as armas, e em muitos casos a pluma pode vencer o poder da espada.
Pelo menos espero...
Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 10 de junho de 2020

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Se o governo nao amenizar a miseria, quem ira'? - Cliches esquerdistas - Instituto Liberal do CO

Se o governo não amenizar a miséria, quem irá?
Clichês esquerdistas n. 24

O presidente Grover Cleveland, ao vetar uma apropriação congressional de 10 mil dólares para a compra de grãos de semente de cereais para texanos acometidos pela seca, pode nos ter dado a resposta que precisamos a este clichê:
"A amizade e a caridade de nossos conterrâneos podem ser sempre invocadas para amenizar seus concidadãos em miséria... A assistência federal em tais casos incentiva a expectativa de um cuidado paternal por parte do governo e enfraquece a robustez de nosso caráter nacional, ao mesmo tempo que impede a complacência entre nosso povo daqueles bondosos sentimentos e condutas que fortalecem os laços de uma fraternidade comum."
Sem dúvida, muitos dos deputados que votaram a favor desta apropriação estavam sinceramente perguntando: "Se o governo federal não salvar esses pobres texanos, quem irá?”. O Presidente Cleveland teve apenas que vetar a medida e escrever uma explicação. Mas nós, cidadãos comuns, não temos poderes além da razão e da persuasão. O que, então, poderíamos ter dito? Essa seria uma resposta honesta: "Eu não sou vidente e, portanto, eu não sei como amenizaremos essas pessoas. No entanto, eu sei que os texanos agindo por sua própria iniciativa e com os seus próprios recursos tomarão cuidado de si mesmos melhor do que serão cuidados por qualquer número de políticos imitando Robin Hood”.

A pergunta "Se o governo não amenizar a miséria, quem irá?” é ilógica. Ninguém é capaz de responder quem irá. Assim, o criador do clichê ganha com seu implícito argumento sem conflito, a não ser que alguém reivindique clarividência ou exponha a falsidade da questão. (Além disso, implícita na própria questão está a suposição duvidosa de que se o governo o fizer, será bem feito, de forma eficiente e sem corrupção.)

Cada leitor destas linhas pode provar a si mesmo, pela reflexão sobre suas experiências pessoais, que a amenização da miséria é um evento imprevisível. Seguidas vezes, cada um de nós, sem nenhum preconceito, observou a miséria e, em seguida, tomou medidas para amenizá-la, com a sua própria renda! (Nota do Editor: O autor Marvin Olasky em seu livro de 1999, “The American Leadership Tradition“, observou que as doações privadas voluntárias que afluíram para auxiliar o Texas após o veto de Cleveland totalizaram ao menos dez vezes o valor vetado pelo presidente.)
Antes da década de 1930, antes do governo federal assumir a responsabilidade de “amenizar”, ninguém poderia ter previsto quem seriam aqueles que viriam ao resgate; no entanto, desde 1623, não há registro de morte por fome nos Estados Unidos. Entre um povo onde os princípios da liberdade foram mais amplamente praticadas e o governo mais limitado do que em outros lugares, têm havido menos sofrimento e mais bem-estar geral do que jamais foi registrado na história. Sociedades sobrecarregadas com burocracia não têm qualquer registro de terem ido ao auxílio das sociedades livres; sempre foi o contrário.
A caridade é uma virtude pessoal. Quando o governo não toma bolsas assistência coercitivamente financiadas (“amenização”), milhões de adultos se levantam como guardiões contra a miséria. Suas energias de caridade disponíveis estão totalmente empregadas observando a miséria em sua vizinhança detalhando, julgando e vindo ao resgate com os frutos do trabalho de cada pessoa caridosa. E em ocasiões de grande catástrofe, houveram agrupamento voluntário de recursos individuais, muitas vezes extravagantes.
O que acontece quando o governo assume o controle? Fundos coercitivamente recolhidos são distribuídos para os indivíduos de acordo com grupo, classe ou categoria ocupacional. Isto não tem aparência de caridade; é roubo de Pedro para pagar Paulo. Além disso, quando o governo constrói uma manjedoura e a preenche com frutas extorquidas dos cidadãos, ele cria novos requerentes e agrava o problema que se propôs a resolver.
Não são apenas os chamados projetos de “amenização” que são baseados neste desgastante clichê, mas a maioria dos demais casos de intervenção do governo em nossa sociedade: "Se o governo não fizer este trabalho, quem o fará?” Se o governo não nivelar as montanhas e preencher os vales, drenar os pântanos e levar água aos desertos, construir estradas sobre os rios e vias marítimas, subsidiar o fracasso e penalizar a produtividade e a poupança, enviar homens à lua e a prometer à humanidade, e mil e outros projetos - se o governo não fizer estas coisas, isto é, forçar os contribuintes para realizá-los, quem irá? E, na maioria das vezes, a resposta é que, provavelmente, ninguém em sã consciência pensaria em fazer tais coisas, por seu próprio risco, com seu próprio dinheiro. Eventualmente, uma época poderá vir quando alguma pessoa engenhosa irá observar uma maneira de fazer um ou mais destes trabalhos, na esperança de lucro, e tomarão tal risco.
Mas não há nenhuma maneira de determinar com antecedência quem será este pioneiro. O máximo que pode ser feito é deixar os homens livres, pois, somente entre homens livres, pioneiros emergem. Liberdade oferece todas as oportunidades, em empresas de caridade ou no mercado, para o melhor - e não o pior - alcançar o topo.
Leonard E. Read
http://fee.org/…/25-if-government-doesnt-relieve-distress-w…
Tradução: Pedro Magalhães Batista
— Resumo —
- Ninguém pode citar os nomes com antecedência daqueles que poderão vir ao auxílio de cidadãos em miséria. A questão é ilógica.
- Sem ajuda do governo, uma enorme quantidade de ajuda voluntária privada tem sido derramado por cidadãos norte-americanos desde o primeiro assentamento estabelecido por lá. Existe alguma razão para supor que os políticos são mais solidários, compassivos ou eficazes na amenização utilizando o dinheiro de outras pessoas do que os indivíduos que se envolvem pessoalmente na amenização dos cidadãos em suas proximidades?
- O governo não é a verdadeira caridade.

- Para mais informações, consulte:
“Government and Disaster Relief” por Lawrence W. Reed: http://tinyurl.com/nk8k6a3
“Disaster Relief Then and Now” por Janet Sharp Hermann: http://tinyurl.com/q5ze6d8
“Saying No to Federal Disaster Relief” por William B. Irvine: http://tinyurl.com/nbpg5wa
“Lessons from the Chicago Fire” por Daniel Oliver: http://tinyurl.com/lmxuwop
“Government, Poverty and Self-Reliance: Wisdom From 19th Century Presidents” por Lawrence W. Reed: http://www.mackinac.org/7050
“Uncle Sam’s Flood Machine” por James Bovard: http://tinyurl.com/orua82l
“Disaster Response Restores Confidence in Government?” por Tyler Watts: http://tinyurl.com/nghljrv

O Instituto Liberal do Centro-Oeste agradece à Foundation for Economic Education e à Young America's Foundation pela autorização de tradução e publicação deste material.
‪#‎MaisLiberdadeMenosEstado‬

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A aldeia Potemkim do socialismo do seculo 21 - Venezuela tem deimportar alimentos basicos

Em todos lugares, o socialismo significou, fome, miséria, desabastecimento, penúrias generalizadas, enfim, um completo desastre econômico. Por que na Venezuela seria diferente? Depois dos 50 milhões de rolos de papel higiênico, milhares de toneladas de milho. Paulo Roberto de Almeida 

¿Cambiará Maduro el corrupto esquema agrícola socialista?Nelson Bocaranda Sardi

16 May 2013
jojoto
Como lo he comentado recientemente, ante el desabastecimiento de harinas de maíz, el gobierno busca desesperadamente estrechar relaciones con la empresa mexicana GRUMA (Grupo Maseca, mayor productor de harina de maíz del mundo) para que maximice su producción, tal cual se lo recomendó Lorenzo Mendoza. Adicionalmente le piden a GRUMA, como mayor comprador de maíz del mundo, que los ayude a comprar maíz blanco, pues los inventarios de maíz en manos de la empresa privada y en los silos del gobierno se están acabando. Les quedan semanas me dicen mis fuentes.
Por cierto, bastó que Polar ofreciera comprar o alquilar una de las 2 plantas más improductivas y con la peor gestión que existen en el país -y que están en las manos del gobierno- como  son Demaseca o Pronutricos, para que el gobierno decidiera acto seguido al ofrecimiento de Lorenzo Mendoza, transferir estas plantas al Ministerio de Alimentación (sería valido si fuera a este ministerio) e inyectarle capital a las dos empresas para hacerlas productivas e intervenir la pésima conducción que tienen. Ha sido tal el fracaso del gobierno en la formulación de sus políticas agrícolas durante estos 14 años, en especial durante la gestión del vicepresidente Elías Jaua y del ex-ministro Juan Carlos Loyo -el de la pistola en el cinto hoy  jefe de la REDI (Región de Desarrollo Integral) para la zona central- que han destruido el campo por todo el país. Espantaron a los productores de maíz y arroz al fijar precios para sus cosechas que no incentivan la siembra, y destruyeron a Agroisleña que era el gran proveedor a nivel nacional de semillas, materiales y todo tipo de insumos que necesitan los productores. Ahora en esta etapa de rectificación que hace el gobierno también llama a los ex-dueños de esa empresa expropiada para que los ayude a sacarla a flote.
Todo esta improvisación socialista -con ejemplos de fracasos desde la URSS hasta Norcorea y Cuba- nos hizo pasar de ser productores de maíz y arroz a ser importadores. Después de ser autosuficientes por mas de 16 años, desde el 2010 estamos importando maíz. Este año estaremos importando casi el 50% del consumo de maíz blanco. Recuerdo hace un par de años haber escuchado al Presidente Chávez diciendo que el país estaba  produciendo todo el maíz que necesitábamos. La verdad, aunque Usted no lo crea, y que la  escribí en su momento en mi columna, era que lo estaban importando y lo descargaban de los barcos y se lo llevaban en gandolas que las paseaban por los estados productores de maíz para luego descargarlas en los silos del gobierno y generar la “sensación” de producción. Engaños como los de las reses y cosechas transportadas a los “Aló Presidente” en escenarios televisivos. Ahora el gobierno es el único que puede importar maíz y arroz. La empresa privada no puede importar esta materia prima como lo hace con las otras materias primas que necesita, pues solo el gobierno importa estos cereales. Muy claro, las importaciones son una de las principales fuentes de corrupción que ha enriquecido a muchos funcionarios. El modus operandi es muy sencillo: se solicita a la empresa extranjera vendedora que facture con un sobreprecio el cual se paga en divisas y se deposita en bancos fuera del país… (“sin pasar por go” como indicaba el juego de “Monopolio”). Así opera toda la importación de alimentos que ha generado riquezas extraordinarias a un grupo cada vez mayor de militares y funcionarios responsables de estos procesos de importación de alimentos. Por eso la estrategia ha sido destruir el campo y a la agroindustria (bien por Jaua y Loyo) para estimular las importaciones, la corrupción y la generación de riquezas para los enchufados”. ¿Se atreverá el nuevo presidente a ponerle coto al esquema aquí descrito?

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Da extrema miseria humana: no Afeganistao do taliban

Quando as forças ocidentais se tiverem retirado do Afeganistão (elas terão de fazê-lo algum dia, cansadas de ver soldados morrerem inutilmente), e o país tiver sido novamente "normalizado" pelos soldados talibãs, os aliados dos ocidentais terão de partir junto ou enfrentar a morte.
O país, mesmo que não volte a ser o refúgio e quartel-general da Al Quaeda, se tornará, inevitavelmente um maior produtor de ópio do que já é, atualmente. Mas, ele será também, provavelmente, o lugar mais miserável do mundo para as mulheres, como se pode ver pela amostra abaixo.
Quem vai salvar as mulheres do Afeganistão? Provavelmente ninguém...
Existe maior miséria humana do que essa?
Paulo Roberto de Almeida 

Más de 120 afganas envenenadas para evitar que reciban educación

Reuters – 23/05/2012
Niñas y niños en una clase en Afganistán. | Roberto Benito Leborans
Más de 120 alumnas y tres profesores han sido envenenados en el segundo ataque en dos meses atribuido a los radicales conservadores en el norte del país, según han declarado la policía afgana y funcionarios de educación.
El ataque se produjo en la provincia de Takhar, donde según la policía, los radicales se oponen a la educación de las mujeres y las niñas. Utilizaron un polvo tóxico no identificado para contaminar el aire en las aulas, lo que ocasionó que decenas de estudiantes quedaran inconscientes.
La agencia de inteligencia de Afganistán, la Dirección Nacional de Seguridad (NDS), ha dicho que los talibán parecen empeñados en cerrar las escuelas antes de la retirada en 2014 de las tropas de combate extranjeras.
“Una parte de la operación ofensiva de Al Faruq tiene por objetivo [...] cerrar las escuelas. El envenenamiento de niñas genera miedo. Ellos tratan de hacer que las familias no envíen a sus hijos a la escuela”, declaró el portavoz del NDS Lutfullah Mashal.
EL Ministerio de Educación de Afganistán ha asegurado que 550 escuelas en 11 provincias han cerrado por culpa de los insurgentes, sobre todo donde los talibán tienen un fuerte apoyo.
El mes pasado, 150 escolares fueron envenenadas en la provincia de Takhar después de haber bebido agua contaminada. Desde el año 2001, cuando los talibanes fueron expulsados del poder por Estados Unidos y las fuerzas afganas, las mujeres han vuelto a las escuelas, especialmente en la capital, Kabul.
Pero todavía hay ataques periódicos contra los estudiantes, maestros y centros escolares, por lo general en la parte más conservadora del país, al sur y al este, donde la insurgencia talibán tiene el mayor apoyo.