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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Codex Diplomaticus Brasiliensis (3): Apresentacao - Paulo Roberto de Almeida

Hartford, Edição de Autor, 2 novembro 2014, 326 p. 

Livro digital, em edição de autor, composto de resenhas de livros de diplomatas, já publicadas no Prata da Casa
Disponível na plataforma Academia.edu:
Link:
https://www.academia.edu/9084111/24_Codex_Diplomaticus_Brasiliensis_livros_de_diplomatas_brasileiros_2014_

 
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Apresentação 

Codex Diplomaticus era o título em latim que muitas chancelarias de antiga tradição usavam para designar a sua coleção, ou códice, de atos internacionais: tratados solenes, acordos de cooperação, convenções setoriais ou simples memorandos de entendimentos, assinados com potências estrangeiras e, de modo geral, mais entre soberanos que trocavam embaixadas ad hoc, do que entre dois Estados nacionais. Esses grossos volumes, que na Idade Média tardia eram feitos em pergaminho, e muitos deles encadernados com madeira e couro, passaram também a conter, na era do papel, atos multilaterais assinados ao cabo de alguma conferência diplomática reunindo diversas dessas potências, geralmente na sequência de grandes conflitos militares, como foi o caso dos tratados de Westfália (1648). Foi a partir desse doloroso despertar da era moderna que se deu início ao costume de repertoriar os documentos que faziam parte dos tratados de aliança e de convivência entre Estados nacionais, quando o latim ainda era a língua por excelência das relações internacionais e consolidava, como tal, o registro dos atos mais importantes da política externa dos seus soberanos.
O Brasil, obviamente, não é parte original dessa tradição: não esteve na conferência que restabeleceu a paz europeia, depois da guerra de Trinta Anos, nem jamais usou o latim como sua língua diplomática. Na primeira grande conferência em que esteve representado – mas indiretamente, como Reino Unido, em Viena –, a língua usada já era o francês, que continuou muito em voga na diplomacia brasileira até depois do final da Segunda Guerra Mundial. Mas, à diferença do suporte dialetal e diplomático que presidiu ao final do último grande conflito militar da era napoleônica, a Primeira Guerra Mundial, e ao tratado de Versalhes, o inglês suplantou rapidamente o francês como a língua de trabalho e de referência das conferências multilaterais e dos grandes atos internacionais, provavelmente desde a primeira “declaração das nações unidas,” de 1942, ainda com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha unicamente. Nem se mencione o latim, que o próprio Vaticano pensa abandonar como língua oficial de seus documentos mais importantes; parece que nem nos seminários se estuda latim convenientemente.
  Pode parecer estranho, assim, alguém pretender apresentar um simulacro de Codex Diplomaticus Brasiliensis, que sequer é assemelhado a um repertório dos atos internacionais do país, que devem estar devidamente registrados na sua chancelaria diplomática. Não seja por isso: eu estava tentando achar um nome para esta minha segunda coleção especializada de resenhas de livros ligados às relações internacionais e à política externa do Brasil e como o nome me era simpático, e estava disponível, resolvi me apropriar dele, sem pedir licença a ninguém. Sem falsas analogias, portanto, segue aqui um dos derivativos do meu primeiro “códice” de leituras diplomáticas, que veio a lume com o título mais ou menos nobiliárquico de Prata da Casa. A despeito de ser enorme, esse livro ainda está disponível aos curiosos na plataforma Academia.edu, mas ele vem sendo esquartejado aos poucos em volumes mais modestos.
Separei, em primeiro lugar, a verdadeira “prata da casa”, que eram as centenas de mini-resenhas de livros de diplomatas que publiquei nos últimos dez anos no boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros, a ADB; ele já se encontra disponível na mesma plataforma (e vem sendo regularmente acessado, como posso constatar). Faço agora o mesmo com as resenhas mais longas dos livros escritos e publicados por colegas de carreira. Mas também pretendo fazer o mesmo com os de não diplomatas.
Comparecem, portanto, aqui mais de 40 autores identificados nominalmente, com a particularidade de que existem livros com mais de dois autores, mas também obras coletivas, com muitos autores, alguns deles diplomatas, São quase seis dezenas de livros, embora alguns títulos se repitam devido ao fato de terem sido objeto de novas edições, como é o caso de alguns do próprio autor desta coleção. Se ela é o equivalente de um Codex, ou códice, eu não sei, mas ela certamente comporta os mais importantes, ainda que não todos, os títulos produzidos dentro da carreira nas duas últimas décadas. Como se pode constatar, os diplomatas também escrevem e publicam, o que é um sinal de que a Casa não está fechada sobre si mesma, como muitos querem fazer acreditar.
Que os diplomatas escrevam, isso é um truísmo pleonástico, se me permitem a redundância. Entre telegramas e outros atos de ofício, os diplomatas passam a vida na palavra escrita, o que é complementado pela oralidade das conferências multilaterais e das muitas reuniões bilaterais ou regionais, sem mencionar os encontros informais, que constituem, provavelmente, o essencial da carreira: prepara-se tudo de antemão, se possível com entendimentos preliminares em torno de algum acordo geral ou setorial, e depois se passa à finalização, sob a forma de algum acordo ou tratado internacional. Tudo isso fazia – deve ainda fazer – objeto de notas detalhadas que vão parar nos arquivos da nossa diplomacia, embora eu mantenha fundadas suspeitas de que alguns episódios recentes não tenham recebido o mesmo tratamento meticuloso.
Mas eu não quero me referir aqui aos expedientes oficiais, geralmente redigidos num diplomatês insosso que nunca me agradou particularmente. Aliás, os poucos diplomatas que se distinguiram na vida pública do país, o fizeram como artistas ou intelectuais, não especificamente como diplomatas, e os que o fizeram possuíam uma escrita elegante e refinada, não necessariamente conforme aos cânones da diplomacia. Desafio qualquer um de meus colegas a me apontar um burocrata que tenha entrado para a história – do país ou mesmo de sua diplomacia – apenas porfiando o diplomatês que somos obrigados a usar na chancelaria: talvez o Visconde de Cabo Frio, mas ele não seria um candidato à Academia Brasileira de Letras, não é mesmo? Quem o fez, por exemplo, foram Oliveira Lima e o Barão do Rio Branco, nessa sequência, e não precisamente por seus escritos “diplomáticos”, e sim pela pesquisa histórica ou os artigos de atualidade internacional que produziram no contexto da atuação política do Brasil no cenário internacional. Todos os demais contemplados ao longo de mais de um século se distinguiram nas letras e no labor das diversas áreas das humanidades.
Mas, ainda que muitos não acreditem, diplomatas também escrevem coisas diferentes dos telegramas e ofícios de chancelaria, e isso merece registro e comentários. Pois foi exatamente essa virtude que me motivou a sempre buscar resenhar as obras de colegas contemporâneos – e alguns de tempos outros também – não apenas como mero registro burocrático, o que seria o dever e a obrigação de algum encarregado de códices de sua chancelaria, mas por simples empatia com essas obras, que me foram dadas conhecer através de uma leitura atenta, mas não por isso menos crítica. Não sou adepto do elogio hipócrita, nem dos adjetivos grandiloquentes: o que tenho a dizer, eu escrevo, tout simplement. Talvez seja por isso que algumas das minhas mini-resenhas ficaram naquele espaço que a própria Igreja extinguiu, e que antigamente se chamava limbo.
Estão aqui organizados, portanto, segundo uma estruturação temática mais conforme o caráter geral de cada obra, todos os livros que integravam a segunda parte do Prata da Casa, ou seja, as resenhas mais longas de livros de diplomatas. Ficaram ainda de fora todas as demais obras que também pertencem ao mesmo universo, ou seja, às relações internacionais, em geral, e à política externa do Brasil, em particular, mas que foram escritas por “paisanos”, ou autores não diplomatas, alguns até estrangeiros. A esses dedicarei um terceiro volume, provavelmente agregando à coleção alguns livros de caráter geral, mas que interessam à cultura diplomática em seu sentido amplo.
Como parece inevitável numa Casa que tem o seu “santo protetor”, o Barão comparece aqui diversas vezes e, como não poderia deixar de ser, na primeira parte da coletânea, voltada para o cenário histórico da diplomacia brasileira. Talvez seja uma deformação acadêmica desde resenhista, que sequer é historiador de formação, mas o fato é que quase a metade das obras resenhadas foram inseridas nessa categoria, embora muitas delas também o pudessem ser na de multilateralismo ou na de regionalismo. A decisão por dividir as resenhas nessas cinco grandes seções, me deixa na incômoda posição de exibir apenas duas humildes resenhas para obras puramente literárias, embora muitas outras tenham sido objeto de mini-resenhas no volume Polindo a Prata da Casa. Numa outra encarnação, quem sabe?, eu possa voltar como um grande leitor de novelas, romances e poesia, mas, nesta aqui, a deformação já parece incontornável: sou um incurável viciado em literatura especializada nas humanidades e nas ciências sociais aplicadas (e com incompetência manifesta em várias delas).
Como já disse em outra ocasião, artigos de resenhas, ou review-articles, ao estilo da New York Review of Books – e a maior parte dos textos aqui inseridos se enquadra nessa categoria –, têm mais a virtude de destacar mais as preferências e as inclinações intelectuais do próprio resenhista do que, talvez, o espírito da obra e as motivações de seus autores, mas não vejo nisso um problema maior na confecção e publicação destes textos de “bibliomania”. Afinal de contas, todos têm o direito de exibir, a qualquer título, suas afinidades eletivas e seus gostos pessoais em matéria de artes, culinária e intelecto. As minhas estão claramente expressas nas revisões críticas que elaborei a respeito das obras que busquei ler de forma atenta e anotada.
Desde já esclareço que estas resenhas não são, nem de longe, as de todas as obras de diplomatas que me chegaram às mãos e que integram a minha biblioteca. Como poderão constatar, poucas das obras que aqui comparecem foram publicadas pelo próprio Itamaraty, e as que o foram não fazem parte daquilo que se poderia chamar de “corveia diplomática”, ou seja, os trabalhos de final de curso, na etapa inicial do Rio Branco, ou naquela intermediária do Curso de Altos Estudos. Talvez apenas três ou quatro, dentre as quase 60 obras lidas e resenhadas, pertencem a essa categoria dos trabalhos “oficialmente encomendados”, mas as dessa vertente que eu escolhi resenhar se situavam, de certa forma, num outro terreno que não o do “longo memorando” interno à carreira, que geralmente são aqueles trabalhos que ficam marcados pela adesão à, e pelo conformismo com a doutrina do momento. Não que eu tenha qualquer hostilidade contra obras “de carreira” – tanto porque quase todas elas foram objeto de leitura e de uma mini-resenha de minha parte – mas é que elas não expressam, por assim dizer, aquela característica que é inerente ao artista ou ao  verdadeiro intelectual, que é a liberdade de pensamento.
Creio já ter dito que o Itamaraty é uma espécie de Vaticano da diplomacia, que tem a sua própria, por sinal uma das melhores do mundo; é que ele também cultiva esses valores essenciais ao seu funcionamento, que são a hierarquia, a disciplina e a adesão ao dogma do momento. Tudo isso combina mal com essa qualidade que eu tanto prezo, que é a capacidade de dizer o que se pensa, no mais puro exercício dessa faculdade humana que é o livre arbítrio, sem mestre, sem patrão, sem verdades reveladas. Nunca fui adepto do conformismo ambiente, e por isso mesmo preciso terminar e publicar o meu Dicionário dos Disparates Diplomáticos que pretende, à la Bouvard e Pécuchet, compilar as mais belas pérolas destes tempos não convencionais.
Enquanto ele não vem, permito-me oferecer aos curiosos, aos necessitados, aos que praticam o hábito saudável da leitura – sem contra indicações, a não ser a de despertar o ceticismo sadio em quem aprecia um mundo de certezas – esta coletânea de leituras já feitas, em torno de um pequeno universo que é tão diverso quanto o próprio, com a vantagem de não necessitar buscar em bibliotecas ou em sebos aquele livro de que se tinha ouvido falar mas não estava ao alcance da mão, ou da tela de e-reader ou de computador. Se eu reunisse todas as resenhas feitas ao longo de uma vida dedicada aos livros, construída por eles e na companhia desses singelos objetos de prazer intelectual, elas provavelmente ocupariam vários volumes, centenas de páginas e teriam aquele aspecto de gabinete de curiosidades que também caracteriza a busca incessante dos dois personagens de Flaubert.
Livros, pelo menos os impressos, apresentam esse incômodo de natureza material de ocuparem muito espaço e de demandarem certa organização, sob o risco de não encontrar algum específico, depois de certo tempo (o que já me levou, algumas vezes, a comprar duas vezes a mesma obra, ou ir buscar em bibliotecas o que eu já não mais encontrava no patrimônio privado), e de acabar descobrindo para sua surpresa que a biblioteca particular já se converteu num labirinto à la Borges, relido por Eco, ou num cemitério dos livros esquecidos, à la Carlos Ruiz Zafón. Depois das resenhas dos que estão aqui presentes, ainda penso reproduzir num volume adicional aqueles que integravam a Terceira Parte do Prata da Casa, com uma nova organização e, provavelmente, mais algumas adições.
Os leitores deste volume não precisam ser necessariamente os pesquisadores de temas da diplomacia brasileira ou jovens candidatos à carreira. Qualquer um que encontre prazer na leitura terá, nas páginas que se seguem, a curiosidade de consultar, ou até de comprar os próprios, pelo menos assim espero. Quanto aos diplomatas autores que ficaram “esquecidos” na minha seleção de leituras, apresento minhas humildes desculpas pela discriminação involuntária, que foi unicamente motivada por falta de oportunidade, ou, mais frequentemente, de tempo. Como também já disse em outras ocasiões, vou necessitar de mais ou menos 150 anos adicionais para conseguir ler os livros que me esperam em minha biblioteca, nas que frequento habitualmente, em todas as livrarias que percorro, e agora nas ofertas digitais que pululam todos os dias na minha tela ou se oferecem nos book-reviews que leio regularmente.
Na verdade, meu projeto secreto é o de ler e resenhar tudo o que de mais importante, na minha área, se publicou 150 anos para trás, aproximadamente, o que oferece, como se pode ver, um bom pedaço de história da cultura contemporânea, mas que seja intelectualmente relevante. Entre essas leituras, certamente aparecerão vários livros de colegas diplomatas, do Brasil atual e do passado, o que justificaria, talvez, o início de um outro projeto, um de “Leituras Diplomáticas”, se a nossa Casa fosse racional em suas loucuras. Mas isso é conversa para uma outra oportunidade. Por enquanto, fiquem com a meia centena de livros que se oferecem a todos os que aqui adentrarem.

Paulo Roberto de Almeida
(o mesmo bibliomaníaco incurável, sempre...)
Hartford, 2 de novembro de 2014

https://www.academia.edu/9084111/24_Codex_Diplomaticus_Brasiliensis_livros_de_diplomatas_brasileiros_2014_ 

Codex Diplomaticus Brasiliensis (2): Indice completo - Paulo Roberto de Almeida

Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros 
Hartford, Edição de Autor, 2 novembro 2014, 326 p. 

Livro digital, em edição de autor, composto de resenhas de livros de diplomatas, já publicadas no Prata da Casa
Disponível na plataforma Academia.edu:
Link:  https://www.academia.edu/9084111/24_Codex_Diplomaticus_Brasiliensis_livros_de_diplomatas_brasileiros_2014_
 
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Índice Geral 

Primeira Parte, 21
A diplomacia brasileira na História
José Vicente Pimentel (org.): Pensamento Diplomático Brasileiro, 1750-1964
Paulo Roberto de Almeida: O estudo das relações internacionais do Brasil
Paulo Roberto de Almeida: O estudo das relações internacionais do Brasil (2a. edição)
José Manoel Cardoso de Oliveira: Atos Diplomáticos do Brasil, 1492-1912
Paulo Roberto de Almeida, Katia de Queiroz Mattoso: Une Histoire du Brésil
Luís Valente de Oliveira e Rubens Ricupero (orgs.): A Abertura dos Portos
Evaldo Cabral de Mello: A outra Independência
Paulo Roberto de Almeida: Formação da diplomacia econômica no Brasil
Paulo Roberto de Almeida: Formação da diplomacia econômica no Brasil (2a. edição)
Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos, O Império e as repúblicas do Pacífico
Manoel de Oliveira Lima: Nos Estados Unidos, Impressões políticas e sociais
Álvaro da Costa Franco (org.): Visconde do Rio Branco: A política exterior no Parlamento
Secretaria dos Estrangeiros: O Conselho de Estado e a política externa do Império, 1858-62
J. A. Pimenta Bueno: Consultores do Ministério dos Negócios Estrangeiros, 1859-1864
Suely Braga da Silva: Paulo Nogueira Batista: o diplomata através de seu arquivo
Carlos Henrique Cardim: A Raiz das Coisas: Rui Barbosa, o Brasil no Mundo
Marcelo Raffaelli: As relações entre Brasil e Estados Unidos durante o Império
R. Ricupero; João H. Pereira de Araújo (org.): Rio Branco: Biografia Fotográfica,1845-1995
Manoel Gomes Pereira (ed.): Obras do Barão do Rio Branco
Manoel Gomes Pereira (org.). Barão do Rio Branco: 100 Anos de Memória
Luís Cláudio Villafañe Gomes Santos (curador): Rio Branco: 100 anos de memória
Ângela Porto (organizadora): Barão do Rio Branco e a caricatura
Fernando de Mello Barreto Filho: Sucessores do Barão: relações exteriores, 1912-1964
Fernando de Mello Barreto: Sucessores do Barão, 2: relações exteriores, 1964-1985
Eugênio Vargas Garcia: Entre América e Europa: a política externa na década de 1920
Valdemar Carneiro Leão: A Crise da Imigração Japonesa no Brasil (1930 - 1934)
Carlos Alberto Leite Barbosa: Desafio Inacabado: a política externa de Jânio Quadros
Paulo Almeida, Rubens Barbosa e Francisco Rogido (orgs.): Guia dos Arquivos Americanos 

Segunda Parte, 141
O Brasil e o multilateralismo
Luiz Felipe de Seixas Corrêa: A Palavra do Brasil nas Nações Unidas: 1946-1995
Paulo Roberto de Almeida: O Brasil e o multilateralismo econômico
Demétrio Magnoli e Carlos Serapião: Comércio exterior e negociações internacionais
Paulo R. de Almeida: Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais
Paulo Roberto de Almeida: Relações Internacionais e Política Externa do Brasil
Paulo R. de Almeida: Relações internacionais e política externa do Brasil (2a. edição)
Paulo R. de Almeida: Relações internacionais e política externa do Brasil (3a. edição)
  
Terceira Parte, 179
Política externa regional e integração
Rubens Antonio Barbosa: América Latina em Perspectiva: a integração regional
Paulo Roberto de Almeida: O Mercosul no contexto regional e internacional
Sérgio Abreu e Lima Florêncio e Ernesto Henrique Fraga Araújo: Mercosul Hoje
Paulo Roberto de Almeida: Mercosul: Fundamentos e Perspectivas
Paulo R. de Almeida e Yves Chaloult (orgs.): Mercosul, Nafta, Alca: a dimensão social
Paulo Roberto de Almeida: Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud
Renato L. R. Marques: Mercosul 1989-1999: depoimentos de um negociador
Leonardo Carneiro Enge: A Convergência Macroeconômica Brasil-Argentina
Otávio Augusto Drummond Cançado Trindade: O Mercosul no Direito Brasileiro
Rubens Antônio Barbosa (org.). Mercosul quinze anos
Paulo R. de Almeida; Rubens Antonio Barbosa (eds.): Relações Brasil-Estados Unidos
Paulo Roberto de Almeida: Integração Regional: uma introdução 

Quarta Parte, 243
Pensamento Político e Econômico
Sérgio Bath: Maquiavelismo: A prática política segundo Nicolau - Maquiavel
Paulo Roberto de Almeida: Velhos e novos manifestos: o socialismo na era da globalização
Rubens A. Barbosa, Marshall C. Eakin, Paulo R. Almeida (orgs.): O Brasil dos brasilianistas
Paulo R. de Almeida: A Grande Mudança: consequências econômicas da transição política
Marshall C. Eakin, Paulo R. Almeida (eds.): Guide to Brazilian Studies in the United States
Brazílio Itiberê da Cunha, Expansão Econômica Mundial
Paulo Roberto de Almeida: O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado)
Paulo Roberto de Almeida: Globalizando, ensaios sobre a globalização e a antiglobalização
Rubens Antonio Barbosa: revista Interesse Nacional




Quinta Parte, 293

Literatura 
Geraldo Holanda Cavalcanti: Encontro em Ouro Preto: contos fantásticos
Edgard Telles Ribeiro: O Punho e a Renda  

Apêndices, 303
Complemento de informação sobre outros trabalhos do autor
(A) Ensaios sobre relações internacionais e sobre política externa do Brasil, 303
(B) Livros publicados pelo autor, 321
(C) Nota sobre o autor, 325

https://www.academia.edu/9084111/24_Codex_Diplomaticus_Brasiliensis_livros_de_diplomatas_brasileiros_2014_

Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (1) - Paulo Roberto de Almeida

Codex? Sim, um códice, mas não de atos internacionais do Brasil.
Diplomaticus? Ok, foram escritos por diplomatas, daí a expressão.
Brasiliensis? Não de Brasília, mas de brasileiros, no sentido que dava Hipólito da Costa.
O subtítulo se explica não é? Só falta dizer que se trata de resenhas, e este é a sequência do meu ebook anterior, Polindo a Prata da Casa, que compilava toda a Primeira Parte  do Prata da Casa, recolhendo todas as mini-resenhas de livros de diplomatas publicadas na seção pertinente do Boletim da Associação dos Diplomatas Brasileiros-ADB.
Agora, o Codex Diplomaticus Brasiliensis recolhe toda a Segunda Parte do mesmo Prata da Casa, que são as resenhas mais longas, ou resenhas-artigos, dos livros publicados dos diplomatas.
Aqui vai a apresentação, e o conteúdo.
Paulo Roberto de Almeida

Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros
Hartford, Edição do Autor, 2 de novembro de 2014, 326 p.

 
“Todos os homens, pela sua própria natureza, aspiram a conhecer.”
Aristóteles

“Eu sou um cidadão do mundo.”
Diógenes
“As leis morais devem valer para todos os seres racionais.”
Emanuel Kant

Sumário

Apresentação
pág. 11
  
Índice Geral
pág. 17
  
Primeira Parte, 21
A diplomacia brasileira na História
  
Segunda Parte, 141
O Brasil e o multilateralismo

Terceira Parte, 179
Política externa regional e integração
  
Quarta Parte, 243
Pensamento Político e Econômico
  
Quinta Parte, 293
Literatura

Apêndices, 303
Complemento de informação sobre outros trabalhos do autor
(A) Ensaios sobre relações internacionais e sobre política externa do Brasil
(B) Livros publicados pelo autor
(C) Nota sobre o autor

 Livro disponível na plataforma do Academia.edu:
https://www.academia.edu/9084111/24_Codex_Diplomaticus_Brasiliensis_livros_de_diplomatas_brasileiros_2014_ 

Seguem, em dois posts na sequência, o índice completo e, em seguida, a apresentação do livro.

Bretton Woods revisited, 70 years later: proceedings of the conference

Eu até recebi o convite para ir, mas no mesmo momento estava atravessando por uma segunda vez os Estados Unidos, e já tinha estado no New Hampshire duas vezes, para ver os locais da conferência.
Aqui estão as transcrições do evento.
Permito-me informar que preparei um artigo: “O FMI e o Brasil:  encontros e desencontros em 70 anos de história” (Hartford, 30 julho 2014, 24 p.) que traça um itinerário histórico do FMI, desde Bretton Woods, e segue os acordos feitos pelo Brasil, com ênfase nas diferentes fases das políticas econômicas. Foi encaminhado para número especial da revista FGV-Direito, sob o título de “O Brasil e o FMI desde Bretton Woods: 70 anos de História”. 
Paulo Roberto de Almeida

The Center for Financial Stability (CFS) is grateful to many speakers and delegates for the success of the working conference
"Bretton Woods 2014: The Founders and the Future."

Delegates actively focused on the future of finance and the international monetary system to contemplate policies to foster global financial stability, growth, and cooperation.  We also honored and rested on the vision and leadership demonstrated 70 years ago at the historic Mount Washington Hotel.  Honorary Committee member Randy Quarles captured the spirit of the discussions by invoking an old Greek proverb:

"Society grows great when old men plant trees whose shade they know they shall never sit in."

For links to speeches, papers, videos, and images from Bretton Woods 2014, please visit
http://centerforfinancialstability.org/bw2014.php

Select remarks and speeches include:

Welcome Message
Jacques de Larosiére - Managing Director of the IMF (1978 - 1987)

Future Prospects for the World's Foreign Exchange System
Otmar Issing - Member of the Executive Board of the ECB (1998 - 2006)

Nice-Squared (Near an Internationally Cooperative Equilibrium)
John B. Taylor - Professor of Economics at Stanford University

A Few Thoughts on the Current International Monetary System
Liu Mingkang - Member, 17th Central Committee of the Communist Party of China

Bretton Woods Reconsidered: The Dollar Standard and the Role of China
Ronald I. McKinnon (***) - Professor of International Economics at Stanford University

Marriner Eccles: Father of the Modern Federal Reserve
Spencer F. Eccles - Chairman Emeritus, Wells Fargo Intermountain Banking Region

Critical Issues for the Bretton Woods Institutions
William R. Rhodes - President and CEO of William R. Rhodes Global Advisors

Ideas for Today from the British Delegation of 1944
Charles Goodhart - Member of the Bank of England's Monetary Policy Committee (1997 - 2000)

Mexico’s Role at Bretton Woods: An Assessment 70 Years Later
Francisco Suárez Dávila - Ambassador of Mexico to Canada

In Light of Recent Experiences: Is There a Future for International Cooperation?
Ernesto Zedillo - President of Mexico (1994 - 2000)

What Have We Learned about Bretton Woods from Recent Research?
Eric Helleiner - Author of "Forgotten Foundations of Bretton Woods"
Eric Rauchway - Author of "The Money-Makers: The Invention of Prosperity"
Kurt Schuler - Finder and editor of "The Bretton Woods Transcripts"

Thoughts on World War II in July 1944
Carole Brookins - U.S. Executive Director of the World Bank Group (2001 - 2005)

Summary and Next Steps
Randal K. Quarles - Under Secretary for Domestic Finance, U.S. Treasury (2005 - 2006)

We are grateful to the Marriner S. Eccles Foundation, BNY Mellon, the Citrone Foundation, and the Y.A. Istel Foundation in honor of André Istel for their vision and support of Bretton Woods 2014.

Sincerely yours,
Lawrence Goodman

(***) We are saddened by the loss of Professor Ron McKinnon, who enthusiastically shared his intelligence and humor with colleagues in New Hampshire earlier in the fall.

--
Lawrence Goodman
President
Center for Financial Stability, Inc.
1120 Avenue of the Americas, 4th floor
New York, NY 10036

www.CenterforFinancialStability.org
The Center for Financial Stability is a nonprofit, nonpartisan, independent think tank dedicated to financial markets for the benefit of investors, officials, and the public.

domingo, 2 de novembro de 2014

Diplomacia companheira, ou: como meter os pes pelas maos e sair humilhado - livro de L.F. Lampreia

Apenas transcrevendo, sem muitos outros comentários sobre esse episódio específico. Acho que o essencial já está dito aí, pelo menos no que concerne a patética aventura iraniana dos companheiros.
Mas, existem muitos outros episódios que ainda necessitam de esclarecimentos, e duvido que existam registros escritos sobre determinadas questões controversas. Não preciso citar quais, os entendidos saberão quais são, algumas na região, outras fora dela...
Um dia a história se escreverá, e ela não os absolverá...
Paulo Roberto de Almeida

COBERTURA ESPECIAL - Nuclear - Inteligência

02 de Novembro, 2014 - 13:00 ( Brasília )

Diplomacia - Aposta em Teerã: A sombra do fracasso

Em Aposta em Teerã, o ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia revela que não foi por falta de aviso que o episódio mais humilhante da diplomacia lulista ocorreu

Presidente Luis Inacio Lula da Silva, Presidente Iraniano Mahmoud Ahmadinejad, em Teerã, 16 Maio 2010.

DIOGO SCHELP

Em Aposta em Teerã, o ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia revela que não foi por falta de aviso que o episódio mais humilhante da diplomacia lulista ocorreu
Apolítica externa no governo de Luiz Inácio Lula da Silva ficou conhecida como "diplomacia megalonanica". "Megalo" por suas pretensões de alterar o equilíbrio de poder entre países ricos e emergentes, de solucionar conflitos que se arrastam por décadas e de reivindicar para o Brasil uma liderança não apenas regional, mas global.

"Nanica" porque, na prática, o soft poder brasileiro, ou seja, o poder de influenciar nações sem o uso da ameaça militar, é insuficiente para atingir os objetivos grandiosos pretendidos pelo lulopetismo.

Em seu livro Aposta em Teerã (Objetiva; 152 páginas; 24,90 reais), que chega nesta semana às livrarias, Luiz Felipe Lampreia evita usar expressão tão irônica — e, por isso mesmo, tão eficiente em sintetizar a visão de mundo de Lula e de seus conselheiros internacionais.

Sua análise do maior fracasso da diplomacia da era Lula, a tentativa de solucionar o impasse em torno do programa nuclear iraniano, em 2010, dá mais voltas, mas chega à mesma conclusão. Escreve Lampreia: "O governo do presidente Lula sempre foi caracterizado por um forte desejo de protagonismo diplomático. No caso do Oriente Médio, demonstrou um excesso de voluntarismo, que se revelou gratuito e inútil. No caso do Irã, fez uma leitura por demais otimista do nosso papel internacional". Eis uma descrição diplomática do que é ser megalonanico.

Lampreia chefiou o Itamaraty entre 1995 e 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso, período que Celso Amorim, o chanceler de Lula, depois afirmou ter sido marcado por uma diplomacia tímida e de subordinação "aos ditames de outras potências". Na verdade, era apenas uma política externa que não se subordinava a interesses partidários.

Com os contatos que ainda mantêm no meio diplomático, Lampreia reuniu informações de bastidores que demonstram como o anseio pelo protagonismo impediu que Amorim e Lula percebessem que as negociações com o Irã, em parceria com a Turquia, eram uma armadilha.

Um pouco antes de desembarcar em Teerã, Lula esteve na Rússia, ocasião em que o presidente Dimitri Medvedev alertou o colega brasileiro em conversa reservada que "o jogo já estava jogado" e que os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, já haviam concordado em impor novas sanções econômicas ao Irã.

De nada adiantava, portanto, Lula arriscar a sua projeção externa em um acordo pífio com o Irã. Depois, durante as duras negociações em Teerã, em diversos momentos os representantes iranianos perguntavam aos brasileiros e aos turcos se os americanos aprovavam o que estava sendo discutido ali.

Afinal, sem o consentimento dos Estados Unidos, a suspensão das sanções, objetivo maior dos iranianos, jamais poderia ocorrer. Amorim garantia-lhes, enfaticamente, que sim. Ele estava se baseando em uma carta que o presidente Barack Obama escreveu para Lula, discorrendo sobre os planos do brasileiro de negociar com o Irã.

 Lampreia demonstra de maneira muito didática que Amorim fez uma interpretação equivocada da carta de Obama. Em 17 de maio de 2010, divulgou-se a Declaração de Teerã, pela qual os aiatolás entregariam 1200 quilos de urânio enriquecido para ser guardado na Turquia. No dia seguinte, Amorim recebeu uma ligação de Hillary Clinton, secretária de Estado americana, desautorizando o acordo. Lula saiu humilhado do episódio.

 Foi a última grande aventura diplomática de seu governo. A sombra do fracasso em Teerã acompanha a diplomacia petista desde então.

Dados Livro

Aposta em Teerã
Editora Objetiva
152 páginas
R$ 24,90

Nota DefesaNet


A aventura diplomática de Lula, Amorim e Marco Aurélio Garcia teve e tem consequências diplomáticas muito profundas.

O Brasil, por muito pouco, não foi colocado em quarentena pela comunidade internacional devido a aproximação com o Irã.

Até o momento pairam grandes suspeitas sobre as ações diplomáticas do Brasil. Vários projetos estratégicos brasileiros são monitorados mais de perto devido a esta aventura.

Dicionário Político dos Novos Pecados Capitais (2006) - Paulo Roberto de Almeida


Um texto ainda mais antigo, da época do Mensalão, que, visto retrospectivamente, parece brincadeira de criança perto do Petrolão e de outras coisas ainda piores, das quais sequer desconfiamos.
Enquanto o castigo não vem, nossa única arma é a denúncia, a demonstração de que estamos conscientes de que eles são patifes, e sempre serão.
Paulo Roberto de Almeida
 
Dicionário Político dos Novos Pecados Capitais

Paulo Roberto de Almeida

Como todos sabem, os sete pecados capitais da tradição cristã são, sem ordem particular de prioridade, os seguintes:
1) inveja
2) avareza
3) cobiça
4) orgulho (ou soberba)
5) preguiça
6) luxúria e
7) gula

Sobre eles não precisamos nos alongar indevidamente, tendo em vista toda a exegese já registrada na história, a começar por São Tomás de Aquino até exemplos mais recentes na literatura. Pode-se questionar, inclusive se esses “pecados” continuam sendo “capitais” ou se a sua presença na vida diária já não vem sendo admitida com alguma tolerância pelos mais diversos personagens da vida pública. Afinal de contas, todos eles, com alguma discrição para a luxúria, vêm sendo exibidos por esses personagens, até mesmo com certa desfaçatez, sem que autoridades morais ou religiosas venham a público condenar atos e atores com a veemência que seria de se esperar.
Deixando de lado esses pecados da velha tradição, proponho-me agora listar alguns novos pecados da moderna vida política, da brasileira em particular. Os políticos, em geral, exibem uma penca deles, não todos os políticos, em bloco, nem todos os pecados, ao mesmo tempo, mas vários desses  personagens da vida pública ostentam alguns de forma cumulativa e, o que é pior, de maneira reincidente.
Não vou deter-me agora sobre casos concretos da vida pública brasileira, tanto porque eles estão sendo expostos de maneira recorrente, nas comissões parlamentares de inquérito e nas páginas da imprensa e em outros meios de comunicação.
Parafraseando uma frase famosa, pode-se dizer que nunca, tantos podres da vida pública foram assumidos de forma tão aberta, para o conhecimento de tantos cidadãos, estupefatos. Assistimos, desde vários meses, a uma enxurrada de denúncias, várias delas já substanciadas por provas contundentes, sem que se tenha visto, até aqui, nenhuma condenação moral, ou qualquer condenação de fato. Resta saber se velhos e novos pecados serão, de alguma forma, julgados e condenados no futuro previsível.
Esperando que chegue o “dia do julgamento final”, proponho-me, assim, a apresentar alguns novos pecados da vida política brasileira que, numa lista não exaustiva, poderiam ser identificados com os seguintes:

1) corrupção
2) hipocrisia
3) fraude
4) desfaçatez
5) volubilidade
6) inconstância
7) mentira
8) mediocridade
9) transferência de encargos para terceiros
10) ignorância deliberada de fatos de sua competência
11) irresponsabilidade quanto ao desempenho de funções
12) pretensão
13) eleitoralismo desenfreado
14) propaganda indireta, com meios públicos
15) uso da máquina estatal para fins particulares
16) populismo (velho e novo)
17) demagogia (aparentemente, uma segunda natureza)
18) arrogância
19) clientelismo
20) fisiologia
21) nepotismo
22) fuga da realidade (autismo político)
23) esquizofrenia (defesa de objetivos conflitantes na vida política)
24) ofensa à inteligência alheia (“eu não sei”, “eu não vi”, “não estou sabendo”...)

Paro provisoriamente por aqui, e não pretendo, no momento, elaborar sobre cada um desses novos pecados, esperando ao menos que eles sejam auto-explicativos. Os fatos que poderiam substanciar cada um desses verbetes do novo dicionário de costumes políticos da vida brasileira são conhecidos de todos e não requerem nova descrição.
Termino parafraseando Dante Alighieri (1265-1321), o poeta italiano autor de “A divina comédia”, que numa de suas frases memoráveis disse o seguinte: “Não menos do que saber, me agrada duvidar.”

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 26 de janeiro de 2006