Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Recomendacoes de leituras, para curiosos...
Itamaraty vai 'a caca de chefes de Estado (no bom sentido da expressao...)
Plateia cheia
Entre os países vizinhos, a vinda dos presidentes é mais provável, até por ser tradição na região.
Difícil será atrair algum governante de outro continente, principalmente considerando que se trata de uma reeleição – e mais ainda por se tratar do inglório dia 1º de janeiro, feriado mundial.
A propósito, Dilma convidou Joe Biden por telefone, quando ele ligou no começo do mês para parabenizá-la pela vitória.
Presenças confirmadas
A propósito: além de Paraguai, até agora, só confirmaram presença na posse de Dilma Rousseff os presidentes de Uruguai, Chile, Guiné Bissau e Costa Rica. Se a lista de presença continuar baixa, será um mico, diante da expectativa do Palácio do Planalto em lotar a festa.
Por Lauro Jardim
Estatisticas de acesso: Itamaraty e corrupcao, os mais visitados (nada a ver um com outro...)
Parece que o Itamaraty tem interessado (ou preocupado) muita gente.
Da mesma forma como a corrupção.
Não que um tenha a ver com o outro; são apenas coincidências involuntárias, digamos assim.
Mas parece uma vizinhança infeliz...
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As estatísticas mais amplas estão abaixo:
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Parece que certas coisas não deveriam estar aqui, mas acabam aparecendo, mais do que deveriam.
Paulo Roberto de Almeida
Petrobras e governo: a inacao irresponsavel no limiar do crime deirresponsabilidade - Reinaldo Azevedo
A figura política é crime de responsabilidade, mas neste caso, a irresponsabilidade predomina.
A conjuntura internacional explica parte do desastre? Explica. O preço do barril do petróleo não é nada estimulante para a petroleira; a economia americana se recupera, o que provoca uma migração de papeis dos países emergentes para os EUA, parte do movimento de aversão ao risco etc. Assim, ainda que as ações da gigante brasileira estivessem nas nuvens, é justo inferir que teriam caído um pouco — quem sabe tivesse despencado.
O problema é que as ações já estavam no fundo do poço em razão de fatores que nada têm a ver com a economia mundial. O que conduziu a Petrobras à beira do colapso é a roubalheira. Juntam-se, assim, fatores que não dependem de escolhas feitas pelo governo brasileiro com outros que dependem, sim. Até quando Dilma pretende empurrar com a barriga a necessária substituição de toda a diretoria da empresa. A governanta tem alguma esperança de que Graça Foster, presidente da estatal, recupere a credibilidade? De que modo.
A mais recente notícia escabrosa saída daquele hospício de malfeitores informa que, ora vejam, a diretoria da estatal subscreveu um contrato em branco com a empresa holandesa SBM Offshore para a construção do navio-plataforma P-57. Isso aconteceu na sexta-feira, 1º de janeiro de 2008. O contrato de construção da P-57 (nº 0801.0000032.07.2), que chegou à CPMI da Petrobras, não contém “informação expressa sobre seu valor”, relataram os técnicos, por escrito, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Só para lembrar: mesmo assim, o relator, Marco Maia (PT-SP), não viu nada de errado.
Voltemos à Petrobras. Dilma está esperando o quê? A inação já beira o crime de responsabilidade, conforme o expresso na Alínea 3 do Artigo 9º: “não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição”. A melhor maneira que Dilma tem de cobrar a responsabilidade desses subordinados é substituído-os.
Os 50 melhores livros do seculo 20, reduzidos a... 12 apenas (de um ponto de vista universal)
Os próprios editores da Intercollegiate Review têm consciência desse fato, tanto é que escrevem:
"To make the task more manageable, our lists include only nonfictionbooks originally published in English, and so certain giants of the century such as Alexander Solzhenitsyn will not be found here, on two counts."
Ou seja, apenas livros de autores americanos e de expressão inglêsa (o que inclui algumas modernas colônias americanas, como Reino Unido, essas coisas...).
Bem, além disso, tem alguns livros que se referem especificamente, e eu até diria exclusivamente, ao universo mental americano.
Quem quiser, pode consultar primeiro a lista completa, transcrita in fine.
Como me pediram uma opinião sobre a lista, ofereço abaixo uma seleção que eu mesmo faria, a partir da grande lista dos 50, e ela se resumiria a apenas 12 livros, que listo a seguir. Esclarecendo que, numa perspectiva universal, eu incluiria obviamente várias outras obras europeias de língua não inglesa e provavelmente uma ou outra de nossas paragens, também (embora não o faça agora, pois teria de refletir sobre o que é universal em nosso "universo). Fica, portanto, para uma outra ocasião.
Do John Keegan eu escolheria History of Warfare, e não o listado na grande lista do Intercollegiate Review. Do George Orwell, considerado na lista maior pelo seu Hommage to Catalonia (Lutando na Espanha), eu escolheria simplesmente o Animal Farm (A Revolução dos Bichos, ou A Fazenda dos Animais, segundo as traduções). O próprio Milton Friedman, que deve ser considerado em qualquer lista, ficou ultrapassado com o tempo no desenvolvimento das ideias, e seus argumentos principais, que continuam válidos, poderiam ser melhor apresentados, sem as referências empíricas já datadas, por algum discípulo autorizado. O livro do Paul Johnson é indispensável, mas eu também reteria seu "indiciamento" dos intelectuais como grandes profetas do desastre. Winston Churchill é um pouco autocongratulatório, mas ainda deve ser lido pelo que representa de autor-ator. Junto com Friedman, é provavelmente o único da lista que não teve influência apenas na academia (embora esta influencie os decisores políticos), mas pode ser considerado um history-maker de primeiro plano em qualquer avaliação que se faça da história do século 20, Churchill como estadista de grandes conflitos globais, Friedman como um "estadista" das políticas econômicas.
No momento aqui vai a minha short list, mas sem qualquer ordem especial, apenas seguindo a grande lista:
Hannah Arendt, The Origins of Totalitarianism (1951)
Herbert Butterfield, The Whig Interpretation of History (1931)
Winston Churchill, The Second World War (1948–53)
Christopher Dawson, Religion and the Rise of Western Culture (1950)
Frederick Copleston, S.J., A History of Philosophy (1946–53)
Milton Friedman, Capitalism and Freedom (1962)
Frederick von Hayek, The Constitution of Liberty (1960)
Paul Johnson, Modern Times (1983)
John Keegan, The Face of Battle (1976)
Arthur Lovejoy, The Great Chain of Being (1936)
Leo Strauss, Natural Right and History (1953)
Eric Voegelin, The New Science of Politics (1952)
Os interessados devem encontrar todos esses livros na rede Abebooks, mas alguns não estarão a 3 dólares...
Paulo Roberto de Almeida
The 50 Best Books of the 20th Century
The Editors
Intercollegiate Review, July 13, 2014
On the eve of the new millennium, the Intercollegiate Review published a list of the 50 worst and fifty best books of the 20th century. Although now approaching fifteen years since publication, this list tells us much about our recent historical inheritance, and provides a valuable reminder of the vitality of conservatism and the errors of liberalism.
Today, we lead with the 50 best books of the 20th century.
This list was edited by Mark C. Henrie, Winfield J. C. Myers, and Jeffrey O. Nelson.
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The turn of the century is a time to take stock of the path we have followed, the better to discern where we ought to be going. Historical discernment requires coming to judgment about what has been noble, good, and beneficial in our time, but also about what has been base, bad, and harmful. In the life of the mind, what has our century produced that deserves admiration? What has it produced that deserves only contempt?
Earlier this year, the Modern Library published a list styled The Hundred Best Nonfiction Books of the Twentieth Century. A list of significant books can make a compelling statement about how we are to understand an age. In judging the quality of a book, one necessarily judges the perception and the profundity which the book displays, as well as the character of the book’s influence.
Yet many were dissatisfied with the several “Best” lists published in the past year, finding them biased, too contemporary, or simply careless. So the Intercollegiate Review (IR) set out to assemble its own critically serious roster of the Best—and the Worst—Books of the Century. To assist us in this task, we relied on the advice of a group of exceptional academics from a variety of disciplines.
To make the task more manageable, our lists include only nonfictionbooks originally published in English, and so certain giants of the century such as Alexander Solzhenitsyn will not be found here, on two counts. We left the definition of “Best” up to our consultants, but we defined “Worst” for them as books which were widely celebrated in their day but which upon reflection can be seen as foolish, wrong-headed, or even pernicious.
There was broad agreement about a majority of titles, but there were also fierce disagreements. Several titles appeared on both “Best” and “Worst” lists. We have tried to be faithful to the contributions of our consultants, but the responsibility for final composition of the list lay with the editors of the IR.
What, then, do these lists reveal about the character of the Twentieth Century?
Our “Worst” list reveals a remarkable number of volumes of sham social science of every kind. The attempt to understand human action as an epiphenomenon of “hidden” and purportedly “deeper” motives such as sex, economics, or the Laws of History is a powerful yet hardly salutary trend in our century. The presumed “breakthrough” insight that professes to reveal the shape of some inevitable future has time and again proven to be profoundly misguided. And with human life reduced in these theories to a matter for technological manipulation, our century also reveals a persistent attraction to a dehumanizing statist administration of society.
Prominent on the “Best” list, on the other hand, are many volumes of extraordinary reflection and creativity in a traditional form, which heartens us with the knowledge that fine writing and clear-mindedness are perennially possible.
1. Henry Adams, The Education of Henry Adams (1907)
Pessimism and nostalgia at the bright dawn of the twentieth century must have seemed bizarre to contemporaries. After a century of war, mass murder, and fanaticism, we know that Adams’s insight was keen indeed.
2. C. S. Lewis, The Abolition of Man (1947)
Preferable to Lewis’s other remarkable books simply because of the title, which reveals the true intent of liberalism.
3. Whittaker Chambers, Witness (1952)
The haunting, lyrical testament to truth and humanity in a century of lies (and worse). Chambers achieves immortality recounting his spiritual journey from the dark side (Soviet Communism) to the—in his eyes—doomed West. One of the great autobiographies of the millennium.
4. T. S. Eliot, Selected Essays, 1917–1932 (1932, 1950)
Here, one of the century’s foremost literary innovators insists that innovation is only possible through an intense engagement of tradition. Every line of Eliot’s prose bristles with intelligence and extreme deliberation.
5. Arnold Toynbee, A Study of History (1934–61)
Made the possibility of a divine role in history respectable among serious historians. Though ignored by academic careerists, Toynbee is still read by those whose intellectual horizons extend beyond present fashions.
. . . and the rest of the best
Hannah Arendt, The Origins of Totalitarianism (1951)
A very big brain and not without flaws. Still, her account of the peculiarly modern phenomenon of “totalitarianism” forced many liberals to consider the sins of communism in the same category as those of fascism, and that is no small achievement.
Jacques Barzun, Teacher in America (1945)
Barzun fought a heroic struggle against the Germanization of the American university.
Walter Jackson Bate, Samuel Johnson (1975)
The most psychologically astute biography of one of the most psychologically astute writers who ever lived. In an age of debunking and trivializing biographies, Bate’s beautifully written book stands out as a happy exception.
Cleanth Brooks & Robert Penn Warren, Understanding Poetry (1938)
Interpreting literature in the style of the New Criticism was the vehicle by which a half century of Americans gained access to the intellectual life. This textbook by two of the brightest lights of the most important literary group in America this century—the Vanderbilt agrarians—has never been out of print.
Herbert Butterfield, The Whig Interpretation of History (1931)
Every day, in every way, things are getting better and better? No, and Butterfield provides the intellectually mature antidote to that premise of liberal historiography.
G. K. Chesterton, Orthodoxy (1908)
The master of paradox demonstrates that nothing is more “original” and “new” than Christian tradition.
Winston Churchill, The Second World War (1948–53)
A work comprehensive in scope and intimate in detail by a master of English prose whose talents as an historian have been vastly underrated. Indispensable for understanding the twentieth century.
Frederick Copleston, S.J., A History of Philosophy (1946–53)
The most comprehensive, accurate, and readable history of philosophy, written by a philosopher who believed that the purpose of philosophy is the search for Truth.
Christopher Dawson, Religion and the Rise of Western Culture (1950)
An essential work of European history that shows how the rise of Christianity altered civilization in the West. Credits the Roman Catholic Church with keeping civilization alive after the fall of Rome and during the barbarian invasions.
Eamon Duffy, The Stripping of the Altars (1992)
Revisionist history as it was meant to be written: as a correction to centuries of Whig historiography. Demonstrates that the brute force of the state can destroy even the most beloved institutions. What do you know . . . Belloc was right.
Shelby Foote, The Civil War: A Narrative (1958–74)
The American Iliad.
Douglas Southall Freeman, R. E. Lee (1934–35)
The tragic life of a great Southern traditionalist beautifully chronicled by a great Southern traditionalist.
Milton Friedman, Capitalism and Freedom (1962)
They are connected, after all—a great anti-communist book.
Eugene Genovese, Roll, Jordan, Roll (1972)
The finest analysis of slave life and culture, the complexities of the master-slave relation, and the impact of slavery on American history that we are likely ever to have.
Frederick von Hayek, The Constitution of Liberty (1960)
Thoughtful reflections on the conditions and limitations of liberty in the modern world, written by a deeply cultured Austrian who found his home in the Anglo-Saxon world. The Summa of classical political economy in our century.
Will Herberg, Protestant, Catholic, Jew (1955)
The first sociologist to take religion in America seriously.
Jane Jacobs, The Death and Life of Great American Cities (1961)
Jacobs was the first to see that modernist architects and urban planners were creating not simply ugly buildings but entire urban environments unsuited to human communities.
Paul Johnson, Modern Times (1983)
Somehow the most personal, yet the most objective, history of our time.
John Keegan, The Face of Battle (1976)
A tour de force of military history that often explains strategy and tactics in terms of culture.
Russell Kirk, The Conservative Mind (1953)
Did the impossible: showed a self-satisfied liberalism that conservatism in America could be intellectually respectable. A book that named a major political movement.
Arthur Lovejoy, The Great Chain of Being (1936)
The classic historical narrative of the coherent and complex worldview that lies at the foundation of the West.
Alasdair MacIntyre, After Virtue (1981)
Won a new hearing for virtue ethics after nearly two centuries of intellectual domination by Kantian morals. We live today in the time “After MacIntyre.”
Dumas Malone, Jefferson and His Time (1948–81)
A masterpiece of monumental historical biography. Malone’s prose, narrative, and analysis are wonderfully eighteenth-century in their balance and restraint.
H. L. Mencken, Prejudices (1919–27)
This century’s greatest exhibition of satire in nonfiction, demonstrating extraordinary aesthetic and literary taste. The author had street smarts too. Ah, the glory that was Mencken.
Thomas Merton, The Seven-Storey Mountain (1948)
A Catholic convert and Trappist monk, Merton’s natural gifts as a writer enabled him to introduce tens of thousands of readers to the spiritual fulfillment of contemplative life—a stunning achievement for an American.
Reinhold Niebuhr, The Nature and Destiny of Man (1941)
A biting critique of secular thought and a persuasive and inspiring exposition of man’s Christian destiny.
Robert Nisbet, The Quest for Community (1953)
Anticipated all the concerns of contemporary communitarians and did so with the sophistication of the century’s premier sociological imagination.
Flannery O’Connor, The Habit of Being (1978)
The beautiful letters of America’s most profound writer this century. The best imaginable bedtime reading.
George Orwell, Homage to Catalonia (1952)
The savagely incisive song of a great writer’s disillusionment with the bloody inhumanity of the Left.
Walker Percy, Lost in the Cosmos (1983)
True therapy for the therapeutic age. Percy shows that the best human life is being at home with our homelessness, not to mention that modern science, properly understood, need not have atheistic and materialist implications.
Richard Rhodes, The Making of the Atomic Bomb (1986)
This magisterial, balanced account of the world’s most ambitious scientific project serves as a vigorous retort to those who make much of American naiveté—or who would deny the American century.
Philip Rieff, The Triumph of the Therapeutic (1966)
A neglected classic. Rieff shows that the real danger to humanity in our time is not socialism but therapy.
George Santayana, Persons and Places: Fragments of Autobiography (1944)
Like everything else from the pen of George Santayana, Persons and Places is elegant, witty, perspicacious, and profound—a distinguished autobiography relating the tangled transatlantic life of one of the century’s most original minds.
Joseph Schumpeter, Capitalism, Socialism, and Democracy (1942)
A great economist presents a dark vision of politics in a book which is accurately reasoned and brilliantly written.
Leo Strauss, Natural Right and History (1953)
Strauss revealed the philosophical nerve of the Modern Project and retrieved the political dimension of classical philosophy.
William Strunk & E. B. White, The Elements of Style (1959)
An extraordinary little book that explains with clarity the use and misuse of the written word. In it the reader will not only learn the difference between such words as “while” and “although,” and “which” and “that,” but also find demonstrated beyond a doubt that language and civilization are inextricably intertwined.
Lionel Trilling, The Liberal Imagination (1950)
Trilling shows that literature is relevant to politics not because it affirms any political doctrine but because it provides a corrective to any political ideology whatsoever.
Frederick Jackson Turner, The Frontier in American History (1920)
Using as his primary sources beliefs that earlier had been felt rather than thought, Turner made those most American characteristics—optimism, grit, unflinching determination—central to the study of American history. One of the few truly original works of history this century.
Eric Voegelin, The New Science of Politics (1952)
Here, one of this century’s most learned political philosophers powerfully critiques the modern quest for secular salvation.
Booker T. Washington, Up from Slavery (1901)
A classic of Southern autobiography describing one man’s heroic and successful efforts to overcome the legacy of slavery.
James D. Watson, The Double Helix (1968)
An eminently readable book about the unraveling of DNA, one of the most important scientific discoveries of the century. The book also offers an interesting look at English society after the Second World War.
Edmund Wilson, Patriotic Gore (1962)
A careful reader of American literature works to restore our past.
Ludwig Wittgenstein, Philosophical Investigations (1953)
In a century littered with ill-considered arguments about the linguistic “construction of reality,” this landmark of the later Wittgenstein stands in a wholly different category. At once ingenious, humane, and humble, it puts philosophy on the right track after the sins of Nietzsche, Heidegger, and others.
Tom Wolfe, The Right Stuff (1979)
The dazzling story of the test pilots and Mercury astronauts is narrated by Wolfe as a compelling affirmation of the American spirit and traditional values.
Malcolm X (with the assistance of Alex Haley), The Autobiography of Malcolm X (1965)
The spiritual journey of a sensitive and intelligent man who had to wrestle with his own demons and contradictions while battling the condescension of paternalist liberals and the enervating effects of the welfare state on his people.
Editors: Mark C. Henrie, Winfield J.C. Myers, Jeffrey O. Nelson. Consultants: Brian Domitrovic, Harvard University; Victor Davis Hanson, California State University, Fresno; E. Christian Kopff, University of Colorado; Peter Augustine Lawler, Berry College; Leonard Liggio, Atlas Educational Foundation; Mark M. Malvasi, Randolph-Macon College; Harvey C. Mansfield, Jr., Harvard University; Wilfred McClay, University of Tennessee, Chattanooga; Mark Molesky, Harvard University; George H. Nash, author; George Panichas, Modern Age; John Willson, Hillsdale College.
1998 crisis and now: differences and similarities - Ye Xie (Bloomberg News)
Why 1998 Was Different, and Same, to Emerging-Market Crisis Now
Similarities
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Itamaraty: SindItamaraty reagiu a tentativa de esvaziamento na promocao comercial
Paulo Roberto de Almeida
INFORMES SINDITAMARATY
SINDITAMARATY contesta a proposta da CNI de criação de cargos de adidos de comércio exterior
28.11.2014
A Lei nº 4.669/65 e o Decreto nº 56.702/65 atribuíram ao Ministério das Relações Exteriores atividades de promoção comercial no exterior por meio de suas missões diplomáticas e repartições consulares. Nestes quase 50 anos, o Itamaraty construiu amplo sistema de promoção comercial e de investimentos: departamentos especializados em temas econômicos e comerciais, além de extensa rede de Setores de Promoção Comercial (SECOMs), localizados em seus Postos no Exterior. Tudo em plena coordenação com instituições brasileiras, sejam elas públicas, sejam privadas, incluindo a própria CNI. São 102 SECOMs em 81 países e nos cinco continentes. E Isso não é pouco.
A proposta da CNI, infelizmente, não parece se preocupar em investir e contribuir para fortalecer a estrutura disponibilizada pelo MRE, o que parece ser mais econômico e logicamente viável. A proposta não cria cargos em locais onde é necessário abrir mercados e onde há carência de recursos. No continente africano, por exemplo, onde o Itamaraty já possui 47 postos e 14 SECOMs, segundo a proposta da CNI, o cargo de adido comercial seria criado na Embaixada do Brasil em Pretoria, capital onde já existe SECOM atuante e de forma expressiva. O que dizer do fato do Itamaraty hoje defender os interesses da indústria brasileira no exterior e identificar temas que afetam nossas exportações de maneira reconhecidamente eficiente e relevante, por meio de suas delegações junto às organizações internacionais como a Comissão Europeia, o MERCOSUL, a ALADI e a OMC?
A criação dos adidos comerciais, proposta pela CNI, torna-se ainda mais preocupante quando comparada à existência de adidos agrícolas. Os adidos agrícolas, regulados pelo Decreto nº 6.464, de 27 de maio de 2008, são membros da missão diplomática subordinados ao Embaixador (“...Art. 8º São deveres do adido agrícola:...II - abster-se de quaisquer manifestações públicas, escritas ou orais, sobre assuntos relativos às políticas interna e externa brasileira, sem a prévia autorização do chefe da missão diplomática;...").
Em gritante ofensa à Constituição Federal e à Convenção de Viena, os adidos de comércio exterior, conforme proposto pela CNI, seriam considerados membros da missão diplomática, porém não estariam subordinados ao Chefe da Missão. Esta situação configura tentativa de burla à competência do Ministério das Relações Exteriores em sua função de representação perante os governos estrangeiros.
Se existe um problema a ser enfrentado, esse problema é o desmonte do MRE, a desvalorização dos seus recursos humanos, o desrespeito ao seu trabalho, a suas competências e a suas capacidades, o desmantelamento de sua estrutura e o vilipêndio de seu orçamento. As vagas para o ingresso na carreira de diplomata têm sido reduzidas a níveis abaixo dos necessários para a reposição dos seus quadros. Há mais de cinco anos, não são realizados concursos públicos para as carreiras de oficial e assistente de chancelaria, os quais têm seus salários em grande defasagem em relação aos salários das demais carreiras de Estado da Esplanada, em níveis que chegam a 90% de diferença na remuneração.
Não é por acaso que o período de grande crescimento do comércio exterior brasileiro (2003-2010) tenha coincidido com o período de crescimento dos recursos humanos e financeiros do serviço exterior brasileiro, enquanto o do progressivo decréscimo de nossas exportações esteja coincidindo com o injustificável processo de desvalorização do serviço exterior e de esfacelamento do Itamaraty.
Fica então a pergunta: por que gastar mais recursos criando uma nova estrutura que vai desde a instalação de escritórios para os adidos, a contratação de pessoal local de apoio até a remoção de funcionários que estariam dispendendo energia e recursos públicos pela duplicação de esforços na execução do mesmo trabalho, há anos muito bem empreendido pelas carreiras especializadas do Serviço Exterior Brasileiro?
Sandra Nepomuceno Malta
Presidente do Sinditamaraty
Itamaraty: 'a beira de um ataque de nervos, ou em estado depressivo?
As pessoas vão passar o final de ano com a angústia da dúvida quanto ao futuro funcional, ou poderão esperar algo melhor em 2015?
Pode também acontecer situações ainda mais depressivas, se as atuais já não bastassem...
Paulo Roberto de Almeida
Itamaraty terá novo 'vendedor do Brasil'
LISANDRA PARAGUASSU
O Estado de S.Paulo, 15 Dezembro 2014
Luiz Figueiredo deve deixar Ministério por falta de afinidade com comércio exterior
BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, está prestes a sair do cargo. Nomeado há apenas um ano e meio para substituir Antonio Patriota, Figueiredo perdeu o lugar com a decisão da presidente Dilma Rousseff, influenciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de fazer o governo brasileiro retomar os caminhos do comércio exterior.
Com um déficit nas contas externas de US$ 4 bilhões, o Brasil precisa voltar, de novo, os olhos para a promoção comercial - uma área com a qual o ministro não tem qualquer familiaridade.
Antônio Patriota (à esq.) transmite o cargo a Luiz Alberto Figueiredo, em Brasília
Fontes ouvidas pelo Estado confirmaram que Figueiredo só não sai se Dilma não conseguir nenhum substituto, o que seria improvável, apesar de nenhum nome forte circular no momento. Mais do que isso, pela primeira vez, desde que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi chanceler do governo de Itamar Franco, o cargo pode voltar às mãos de um político, se vencer a tese que está sendo defendida por Lula, de onde vem a maior pressão pela substituição de Figueiredo sem que haja, no entanto, um forte candidato.
Lula, que tem sido o principal interlocutor de Dilma na montagem do próximo governo, acha que ao ministro faltam iniciativa e preparo para lidar com questões comerciais - avaliação compartilhada por Dilma - e que um nome político forte traria ao Itamaraty o prestígio que hoje lhe falta. Dentro do próprio ministério, essa é uma vertente que ganhou força nos últimos meses. Apesar de há anos defenderem um chanceler de carreira, diplomatas vêm um nome político como uma solução para a falta de voz do ministério no governo de uma presidente que tem pouca vocação internacional.
'Caixeiro-viajante'. O ex-presidente tem afirmado a Dilma que a situação atual é semelhante à de quando ele próprio assumiu o governo, em 2003, sendo necessário mostrar ao mercado a decisão pela estabilidade econômica, como foi feito com a escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. E também de compromisso com a indústria brasileira. O ministro das Relações Exteriores precisa ser, segundo o ex-presidente, um "caixeiro-viajante" e retomar a política de "vender o Brasil" da mesma forma como ele e seu chanceler, Celso Amorim, o fizeram. É preciso também, na perspectiva de Lula, retomar cooperações com a África, Oriente Médio e América Central.
A avaliação do ex-presidente é compartilhada com outros setores, especialmente a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostra desânimo com a falta de apetite pela promoção comercial, não só no Itamaraty, mas em outros setores do governo. A confederação chegou a se unir à Associação dos Analistas de Comércio Exterior, funcionários de carreira do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) para propor a criação de uma adidância de promoção comercial nas embaixadas brasileiras - ideia já descartada pela presidente por considerá-la "desnecessária".
A contraproposta do governo, até agora, é dar mais peso aos setores de promoção e defesa comerciais das embaixadas com diplomatas experientes.
Aptidão. Desde o início de seu governo, Dilma deu pouca atenção ao lado diplomático do governo. Desde o início, avisou que não viajaria como o fez Lula. Não deu autonomia a seus chanceleres e tem dificuldade de lidar com os meandros da diplomacia, que, grosso modo, pedem investimentos de longo prazo em relacionamentos.
Sua frase mais conhecida entre os diplomatas, ao tratar de encontros internacionais é "o que nós vamos ganhar com isso". Em seu governo, o Itamaraty, pela primeira vez em mais de uma década, sofre não apenas com a falta de espaço, mas com a falta de recursos até para participar de encontros e negociações internacionais.
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ITAMARATY - Esqueceram de Nós
Helena Celestino, 15/12/2014
“Ficamos invisíveis”, diz um embaixador. “Estamos tão desprestigiados que nem fofoca sobre a gente fazem mais”, comenta outro. “Do jeito que as coisas andam, vamos virar departamento da Casa Civil”, ironiza um terceiro. Na agenda do ministro Luiz Alberto Figueiredo, só aparecem reuniões internas ou viagens para acompanhar a presidente.
Os telegramas de Brasília com instruções para embaixadas quase sempre tratam de questões burocráticas. Nesta temporada de formação do governo Dilma 2, especula-se o nome para assumir até o Ministério da Pesca, mas o Itamaraty está fora da dança das cadeiras. O outrora poderoso Ministério das Relações Exteriores saiu da agenda da presidente, e diplomatas assistem impotentes à progressiva diminuição do espaço do Brasil na cena internacional.
Um pequeno exemplo: a “Economist”, na edição especial com prognósticos sobre o mundo em 2015, estampa na capa os personagens escalados para marcar o ano, e da América Latina só a presidente Michelle Bachelet entrou nesta seleção.
Cadê o Brasil? Não está na lista dos assuntos de destaque em 2015. A revista, sabemos, reflete o pensamento do establishment econômico e político; é a mesma que em outros tempos já apostou na decolagem brasileira, ao desenhar o Cristo voando para as alturas. No “Financial Times”, é Marina Silva, e não Dilma, a brasileira selecionada entre as mulheres líderes, combatentes ou lutadoras de 2014.
Pois é, prestígio a gente leva muito tempo para construir, mas perde rapidinho. O emergente da América Latina vem enfileirando notícias ruins — crescimento medíocre, inflação, descontrole das contas públicas — e , agora, a pior de todas: a avalanche de denúncias de corrupção na Petrobras, levando à abertura de processos contra a estatal brasileira nos EUA.
“A sensação é que o Brasil não consegue se viabilizar. O escândalo na Petrobras é um baque para o país”, diz uma advogada especializada na área de petróleo.
Aconteceu com o México, aconteceu com o Brasil. Desperdiçaram o capital de confiança depositado neles por investidores internacionais, o momento agora é de desalento. A presidente, até as pedras sabem, não gosta de política externa, tem pouca ou nenhuma simpatia pelos rituais da diplomacia, cortou em 30% as verbas do Itamaraty, obrigando à redução das viagens e à improvisação para tapar buracos em encontros internacionais.
Tudo isso, claro, é interpretado como desprestígio e, para evitar trombadas com o Planalto, calar-se tem sido a opção de diplomatas treinados para fazer exatamente o contrário: expressar opiniões, pensar o papel do Brasil no mundo, negociar acordos, marcar espaços.
A indefinição sobre o comando do ministério piora as coisas. O mais provável é Figueiredo continuar ministro e o embaixador do Brasil em Washington, Mauro Vieira, assumir a assessoria internacional da Presidência no lugar de Marco Aurélio Garcia. Há 12 anos no Palácio, ele vem contando a amigos que não quer continuar como interlocutor privilegiado de Dilma para assuntos externos, mas, na bolsa de apostas, Marco Aurélio também é cotado como um possível novo ministro das Relações Exteriores.
Ou o vice, Michel Temer. Nestes dois casos, Figueiredo seria deslocado para a Embaixada de Washington, voltando aos EUA, de onde saiu apressado há apenas 14 meses, para substituir o ex-ministro Antonio Patriota.
Com uma crise política — escalada para piorar com a divulgação dos nomes dos congressistas envolvidos com a corrupção da Petrobras — a preocupação com as relações externas vai, de novo, ficar para mais tarde.
É pouco provável que a presidente Dilma remarque a sua muito adiada visita aos Estados Unidos, e a normalização da relação com a superpotência não vai se concretizar logo. “Tudo isso vem levando o Brasil a não participar das grandes discussões internacionais”, diz um diplomata.
Não é por falta de assunto. O mundo se debate com o extremismo islâmico, a onda sem precedentes de imigrantes e refugiados, a devastadora epidemia de ebola na África, o desmantelamento do Oriente Médio, a tensão crescente entre Rússia e potências ocidentais, todas crises que transcendem as fronteiras e exigem a participação da comunidade internacional. “Sabe a posição do Brasil sobre esses temas? Nem eu”, diz um embaixador top.
Em janeiro, vai voltar ao debate um dos assuntos prediletos da política externa brasileira: a reforma da ONU, defendida a cada discurso presidencial na abertura da Assembleia Geral em Nova York. A organização internacional fará 70 anos e ficou combinado que se retomariam as propostas para a reforma do Conselho de Segurança.
Vai esquentar também a campanha para a escolha do novo secretário-geral, e muitos defendem que é hora de uma mulher assumir o cargo mais importante da diplomacia mundial. Quem se habilita? O momento não é bom para o Brasil, a presidente não trabalha com a ideia de que o reconhecimento no cenário internacional poderia ajudála a enfrentar a luta contra as nossas persistentes mazelas tipo corrupção, violência policial, injustiça social.