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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

O "Farewell Address" de Joe Biden: ameaças vindas de uma oligarquia que quer dominar o país (CNN)

Joe Biden se despede da presidência e dos "fellow Americans" alertando sobre as ameaças representadas pela oligarquia que pretende dominar seu país. 


quarta-feira, 5 de junho de 2024

Joe Biden e a imigração: limitações justificam postura de Trump

 CNN While in America

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Sobre o significado histórico do atual momento - Joe Biden, Paulo Roberto de Almeida, Anton Gerashchenko

De manhã bem cedo, ao ler um resumo do mais recente pronunciamento público do presidente Joe Biden, eu postei no FB a seguinte observação: 

"Seria justo equiparar a guerra de agressão de Putin contra a Ucrânia aos atentados terroristas do Hamas contra Israel? Biden tem razão em colocar ambos fatos no mesmo plano?

A História estaria mesmo em um de seus momentos decisivos?
"Biden argued that the world was at yet another “inflection point in history,” with the decisions made by global leaders now likely “to determine the future for decades to come.”
Biden por acaso tem razão?
Ucrânia e Gaza na balança?
Qual o significado de um e outro evento?
A retaliação de Israel contra a população civil seria justificável como resposta no plano moral?
Considerações para "filósofos" da História, ou até mesmo historiadores curiosos..."
(Segunda-feira, 23 de outubro de 2023, 7:50hs: 1 h )

Mais tarde, leio na versão estendida do X, a atual feição do antigo Twitter, os seguintes argumentos para reflexão continuada sobre nosso atual momento decisivo na História:

Anton Gerashchenko

Putin has set off a global chain reaction of violence and war. The world is beginning to realize that it will not be possible to "wait it out" until better times, because it is the waiting and prolongation of wars that delays peace and "better times". Moreover, the situation of waiting and unpunished evil worsens the situation around the world. In Ukraine, we have realized a long time ago that we will not return to the state of "before February 24, 2022". And this is not just about Ukraine. It's about the whole world. Now the world is beginning to realize that global, tectonic changes are taking place. A return to the pre-war status quo is impossible. The future of the world in the coming millennia is being decided right now. However, there is no clear understanding of what comes next. If not "as before," then how? What should be the model of the future system? What values will be fundamental? What and who will provide guarantees? We see that emotions prevail now, boosted by social media, which in recent years have become the main source of information and a call to action. Emotions also prevail now because a new cycle of electoral elections in Europe and the United States is approaching, and voters are used to talking to them not in the language of facts but in the language of emotions. Russia is more monolithic here, because Putin has been in power for decades and does not care about domestic voters. He controls the media, social networks, and not only in Russia. Information wars are waged through anonymous accounts that are trusted by readers who are not interested in facts, reputation, or expertise. This is maximized by propaganda, which allocates huge amounts of money to manipulate and distort reality. Manipulated, distorted, unverified, anonymous and irresponsibly disseminated information can be more dangerous than nuclear weapons. We don't go to doctors on an emotional and impulsive basis. We carefully choose the best expert. A professional who has a real long-term reputation. Unfortunately, this is not the case with information. Therefore, the basis of our decisions should be a critical mind. Critical doubt. Common sense. Information hygiene. These times are a test of modern democracy. It is a test of people's maturity and values. It is a test of opinion leaders and politicians. How will this crisis end? Will autocracies and tyrannies win? What will the world look like in the future? Whether we want it or not, it depends on us, among other things. It depends on our actions and our choices. Right here and right now.

quinta-feira, 30 de março de 2023

Brasil se distancia de Declaração sobre democracia para amenizar a acusação comtra a Rússia - Janaina Figueiredo (O Globo)

 Por divergências sobre Rússia, Brasil não assinará declaração da Cúpula pela Democracia de Biden

Fontes do governo Lula confirmaram que a razão principal é o foco dado à guerra na Ucrânia e defesa que ONU é melhor local para debater tema

Por Janaína Figueiredo — Buenos Aires
O Globo, 30/03/2023 12h30

O governo brasileiro decidiu não aderir à declaração final da Cúpula pela Democracia, evento promovido pelo governo americano pelo terceiro ano seguido e que se encerra nesta quinta-feira. Segundo confirmaram fontes diplomáticas, o governo Lula não concorda com o foco dado à guerra na Ucrânia e com a "utilização" da cúpula para condenar a Rússia.

Para o Brasil, o âmbito para tratar do conflito são as Nações Unidas, tanto a Assembleia Geral como o Conselho de Segurança, nos quais o país ocupa atualmente uma vaga rotativa. Em carta enviada aos organizadores da cúpula em Washington, à qual O GLOBO teve acesso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que "atravessamos um momento de ameaça de uma nova guerra fria e da inevitabilidade de um conflito armado. Todos sabem os custos que a primeira guerra teve em gastos com armas em detrimento de investimentos sociais. A bandeira da defesa da democracia não pode ser utilizada para erguer muros nem criar divisões. Defender a democracia é lutar pela paz. O diálogo político é o melhor caminho para a construção de consensos”.

Lula não gravou um vídeo pelo quadro de pneumonia, e, anteriormente, informaram que não poderia participar virtualmente, como a grande maioria dos chefes de Estado, porque a data coincidia com a viagem à China.

Já a declaração final da cúpula lamenta "as consequências humanitárias da agressão da Federação Russa contra a Ucrânia, incluindo os ataques contínuos contra infra-estrutura crítica em toda a Ucrânia com consequências devastadoras para os civis, e expressamos nossa grande preocupação com o alto número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, o número de deslocados internos e refugiados que precisam de ajuda humanitária assistência e violações e abusos cometidos contra crianças. Estamos profundamente preocupados com o impacto adverso da guerra na segurança alimentar global, energia, segurança e proteção nuclear e o ambiente".

Num trecho destinado diretamente ao presidente russo, Vladimir Putin, a declaração diz apoiar "fortemente a responsabilização pelos crimes mais graves sob o direito internacional cometidos no território da Ucrânia através de investigações apropriadas, justas e independentes e processos penais em nível nacional ou internacional, e garantir justiça para todas as vítimas e prevenção de crimes futuros".

Outros países, como a Índia, sócio do Brasil e da Rússia nos Brics (grupo também integrado por China e África do Sul), vão assinar a declaração, mas fazendo uma reserva sobre os pontos em que se menciona a guerra na Ucrânia. Apesar das pressões de americanos e europeus, o Brasil, afirmaram fontes diplomáticas, mantém sua decisão e sua tradição histórica de sustentar suas posições no direito internacional e, neste caso, na Carta das Nações Unidas.

Na ONU, o Brasil condenou o ataque da Rússia à Ucrânia, que violou o princípio da integridade territorial. Mas, também na ONU, o governo brasileiro se opôs a medidas unilaterais, como sanções e envios de armas à Ucrânia, pois considera que este tipo de decisões deve ser adotada por votação no Conselho de Segurança, do qual Rússia faz parte. O Brasil também foi contra a expulsão da Rússia de organismos internacionais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre outros, promovida por americanos e europeus.

Esta semana, os aliados do governo de Volodymyr Zelensky se irritaram pela decisão do Brasil de apoiar uma proposta da Rússia no Conselho de Segurança, na qual era defendida a abertura de uma investigação sobre a explosão, em setembro do ano passado, nos oleodutos Nord Stream 1 e 2, no Mar Báltico, construídos para transportar gás russo para a Europa. A proposta foi apoiada apenas por Rússia, China e Brasil, e outros 12 países se abstiveram. Segundo fontes brasileiras, o texto apresentado pela Rússia pedida apenas a abertura de uma investigação no âmbito da ONU, algo que o Brasil não teria por que não respaldar. Outras investigações estão sendo realizadas por países de forma individual, mas o governo de Vladimir Putin pede uma apuração que possa ser considerada imparcial.

Em sua participação na cúpula, Zelensky assegurou que “deveríamos nos desfazer da ilusão de que nos associar-mos ao mal pode trazer algo de liberdade”.

— Os inimigos da democracia devem perder, e somente isso pode ser a verdadeira base da segurança da democracia — disse o presidente ucraniano.

Na mesma carta enviada ao governo americano, Lula diz que "as instituições democráticas precisam ser capazes de resistir a atentados violentos, a campanhas de desinformação e a discursos de ódio, que frequentemente se valem das redes sociais. Estamos diante de um desafio civilizatório, da mesma forma que a superação das guerras, da crise climática, da fome e da desigualdade no planeta”.

A Cúpula liderada por Biden gera controvérsias, entre outros motivos, por excluir países da região, entre eles Venezuela, Nicarágua e Cuba, e temas considerados importantes pelo Brasil, como a situação da Palestina. O presidente americano prometeu um fundo de US$ 690 milhões para promover a democracia no mundo, e afirmou que “a História mundial está diante de um ponto de inflexão, no qual as decisões que forem tomadas afetarão as décadas seguintes”.

Procurado no fim da manhã desta quinta-feira, o Itamaraty não respondeu oficialmente aos questionamentos do GLOBO até o momento.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Joe Biden, State of the Union: déjà vu all over again - Stephen Collinson, Caitlin Hu and Shelby Rose (CNN)