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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Mercosul e sua clausula (nao muito) democratica: Protocolo de Ushuaia II (apenas para constar)

Bem, essas coisas não devem ser levadas muito a sério em nossos países, inclusive porque a direita vive arrumando confusão e tentativas de golpes, só para constranger os companheiros, que como todos sabem, defendem a democracia com unhas e dentes, sobretudo com os dentes. 
Paulo Roberto de Almeida 

Protocolo de Montevidéu sobre Compromisso com a Democracia 
no MERCOSUL (USHUAIA II)
A República Argentina, a Republica Federativa do Brasil, a Republica do Paraguai, a República Oriental do Uruguai, Estados Partes do MERCOSUL, e o Estado Plurinacional da Bolívia, a Republica do Chile, a Republica da Colômbia, a Republica do Equador, a Republica do Peru e a Republica Bolivariana da Venezuela, Estados Associados do MERCOSUL, doravante as Partes;        
 
CONSIDERANDO que a plena vigência das instituições democráticas e o respeito aos direitos humanos e as liberdades fundamentais são condições essenciais para a vigência e evolução do processo de integração entre as Partes;
 
REITERANDO o compromisso com a promoção, defesa e proteção da ordem democrática, do estado de direito e suas instituições, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais como condições essenciais e indispensáveis para o desenvolvimento do processo de integração e para,a,participação no MERCOSUL;
 
ACORDAM:
 
ARTIGO 1
O presente Protocolo será aplicado em caso de ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática, de uma violação da ordem constitucional ou de qualquer situação que ponha em risco o legitime exercício do poder e a vigência dos valores e princípios democráticos.
 
ARTIGO 2
Quando se produzir alguma das situações indicadas no artigo anterior, os Presidentes das Partes ou, na falta destes, os Ministros das Relações Exteriores reunir-se-ão em sessão extraordinária ampliada do Conselho do Mercado Comum, por solicitação da Parte afetada ou de qualquer outra Parte. Tal reunião será realizada no território da Parte em exercício da Presidência Pro Tempore.
 
Caso a Parte afetada se encontre em exercício da Presidência Pro Tempore, a reunião indicada no parágrafo anterior terá lugar -em principio- no território da Parte a qual corresponda o próximo turno de referida Presidência.
 
ARTIGO 3
Os Presidentes das Partes ou, na falta destes, os Ministros das Relações Exteriores em sessão ampliada do Conselho do Mercado Comum promoverão, através da Presidência Pro Tempore, consultas imediatas com as autoridades constitucionais da Parte afetada, interporão seus bens ofícios e realizarão gestões diplomáticas para promover o restabelecimento da democracia no país afetado.
 
Caso as consultas mencionadas resultem infrutíferas ou que as autoridades constitucionais da Parte afetada se vejam impedidas de mantê-las, os Presidentes das demais Partes ou, na falta destes, seus Ministros das Relações Exteriores em sessão ampliada do Conselho do Mercado Comum considerarão a natureza e o alcance das medidas a serem aplicadas de forma consensuada, com base no estabelecido no Artigo 6.
 
ARTIGO 4
Quando o Governo constitucional de uma Parte considerar que esta ocorrendo em sua jurisdição alguma das situações indicadas no artigo 1 poderá solicitar aos Presidentes das Partes ou, na falta destes, aos Ministros das Relações Exteriores em sessão ampliada do Conselho do Mercado Comum, através da Presidência Pro Tempore, colaboração para o fortalecimento e preservação da institucionalidade democrática.
 
ARTIGO 5
Com base nos requerimentos do Governo constitucional da Parte afetada e com seu consentimento, os Presidentes das Partes ou, na falta destes, os Ministros das Relações Exteriores em sessão ampliada Conselho do Mercado Comum poderão dispor, dentre outras, a constituição de:
 
a.- Comissões de apoio, cooperação e assistência técnica e especializada a Parte afetada.
 
b.- Comissões abertas para acompanhar os trabalhos de mesas de dialogo entre os atores políticos, sociais e econômicos da Parte afetada.
 
Nas comissões mencionadas nas alíneas a) e b) poderão participar, dentre outros, membros do Parlamento do MERCOSUL, do Parlamento Andino, dos Parlamentos Nacionais, o Alto Representante-Geral do MERCOSUL e representantes governamentais designados pelas Partes para tal fim.
 
ARTIGO 6
Em caso de ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática em uma Parte do presente Protocolo, os Presidentes das demais Partes ou, na falta destes, seus Ministros das Relações Exteriores em sessão ampliada do Conselho do Mercado Comum poderão estabelecer, dentre outras, as medidas que se detalham a seguir:
 
a.- Suspender o direito de participar nos diferentes 6rgaos da estrutura institucional do
MERCOSUL.
 
b.- Fechar de forma total ou parcial as fronteiras terrestres. Suspender ou limitar o comercio, o trafego aéreo e marítima, as comunicações e o fornecimento de energia, serviços e abastecimento.
 
c.- Suspender a Parte afetada do gozo dos direitos e benefícios emergentes do Tratado de Assunção e seus Protocolos e dos Acordos de integração celebrados entre as Partes, conforme couber.
 
d.- Promover a suspensão da Parte afetada no âmbito de outras organizações regionais e internacionais. Promover junto a terceiros países ou grupos de países a suspensão da Parte afetada de direitos e/ou benefícios derivados dos acordos de cooperação dos quais seja parte.
 
e.- Respaldar os esforços regionais e internacionais, em particular no âmbito das Nações Unidas, encaminhados a resolver e a encontrar uma solução pacifica e democrática para a situaçao ocorrida na Parte afetada.
 
f.- Adotar sançoes políticas e diplomáticas adicionais.
 
As medidas guardarão a devida proporcionalidade com a gravidade da situação existente; não deverão per em risco o bem-estar da população e o gozo efetivo dos direitos humanos e liberdades fundamentais ria Parte afetada; respeitarão a soberania e integridade territorial da Parte afetada, a situação dos países sem literal marítimo e os tratados vigentes.
 
ARTIGO 7
Na aplicação das medidas indicadas no Artigo 6, as Presidentes das demais Partes ou, na falta destes, seus Ministros das Relações Exteriores em sessão ampliada do Conselho do Mercado Comum zelarão, através dos meios apropriados, pelo cumprimento pela Parte afetada de suas obrigações no âmbito dos acordos de integração celebrados entre as Partes.
 
ARTIGO 8
Conjuntamente com a adoção das medidas assinaladas no Artigo 6, os Presidentes das Partes ou, na falta destes, os Ministros das Relações Exteriores em sessão ampliada do Conselho do Mercado Comum interporão seus bons ofícios e realizarão gestões diplomáticas para promover o restabelecimento da ordem democrática e constitucional, o legitime exercício do poder e a plena vigência dos valores e princípios democráticos no pais afetado. Tais ações serão levadas a cabo em coordenação com aquelas que se realizem em aplicação de outros instrumentos internacionais sabre a defesa da democracia e o respeito aos direitos humanos.
 
ARTIGO 9
As medidas a que se refere o Artigo 6 aplicadas a Parte afetada entrarão em vigor na data em que se adote a respectiva decisão. As mesmas cessarão a partir da data em que se comunique a Parte afetada a decisão das demais Partes nesse sentido, uma vez que as causas que motivaram sua adoção tenham sido plenamente reparadas.
 
ARTIGO 10

O presente Protocolo é parte integrante do Tratado de Assunção e dos respectivos
Acordos de integração celebrados entre o MERCOSUL e seus Estados Associados.
 
ARTIGO 11
O presente Protocolo estará aberto a assinatura das Partes ate 1° de março de 2012.
 
O presente Protocolo entrara em vigor trinta (30) dias após o deposito do instrumento de ratificação pelo quarto Estado Parte do MERCOSUL. Na mesma data entrara em vigor para os Estados Associados que o tiverem ratificado anteriormente.
 
Para os Estados Associados que não o t verem ratificado anteriormente a essa data, entrara em vigor no mesmo dia em que for depositado o respectivo instrumento de ratificação.                     
 
Os direitos e obrigações derivados do Protocolo somente aplicam-se aos Estados que o tenham ratificado.                                        
 
Nas matérias reguladas pelo presente Protocolo, as relações entre as Partes que o tenham ratificado e aqueles que ainda não o tiverem ratificado e destes últimos entre si continuarão regendo-se pelo Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL, Bolívia e Chile.
 
Uma vez que todos os Estados signatário (aderentes do Protocolo de Ushuaia sabre Compromisso Democrático no MERCOSUL; Bolívia e Chile, tiverem ratificado o presente Protocolo, o primeiro ficara sem efeitos.
 
ARTIGO 12
A Republica do Paraguai será Depositaria do presente Protocolo e dos respectivos instrumentos de ratificação, devendo notificar as Partes sabre as datas dos depósitos desses instrumentos e da entrada em vigor do Protocolo, bem como enviar-lhes cópia devidamente autenticada do mesmo.

Venezuela chavista-Brasil companheiro: grandes alegrias, grandes tristezas, com turismo politico...

O voo em avião da FAB estava excelente, e o serviço de bordo não deixava nada a desejar às melhores companhias do Oriente Médio e da Ásia, mas a sobremesa é que não se pode digerir...
Aliás, não deu tempo: o trânsito estava um pouco rebelde...

Brasil-Venezuela

Senadores brasileños regresan al aeropuerto al no poder llegar a Caracas

Tintori Neves
Los senadores fueron recibidos por Lilian Tintori y Patricia Gutiérrez, esposas de los políticos presos Leopoldo López y Daniel Ceballos. Foto: Twitter Lilian Tintori.
Infolatam/Efe
Caracas, 18 de junio de 2015
Las claves
  • Los senadores no pudieron trasladarse hasta Caracas y tuvieron que volver a la terminal cuando varios autobuses situados en medio de la carretera supuestamente puestos para impedir el paso por unos túneles que estaban siendo limpiados, les impidieron el paso.
  • Los senadores esperaban, con este viaje, poder visitar a los políticos presos, así como a algunos de los de los opositores que se encuentran en huelga de hambre, dentro y fuera de internados judiciales, incluyendo a Leopoldo López que ya ha cumplido 25 días sin comer.
El grupo de senadores brasileños que llegó este jueves a Venezuela para solidarizarse con los opositores venezolanos presos no pudo trasladarse desde el aeropuerto a Caracas debido a que se encontraron con varios obstáculos, por lo que tuvieron que volver a la terminal.
Los senadores llegaron a las 12.30 hora local (17.00 GMT) al aeropuerto internacional de Maiquetía, a unos 20 kilómetros de Caracas, y fueron recibidos por Lilian Tintori y Patricia Gutiérrez, esposas de los políticos presos Leopoldo López y Daniel Ceballos, respectivamente, así como por otras opositoras.
Sin embargo, los senadores no pudieron trasladarse hasta Caracas y tuvieron que volver a la terminal cuando varios autobuses situados en medio de la carretera supuestamente puestos para impedir el paso por unos túneles que estaban siendo limpiados, les impidieron el paso.
“#ALERTA Accesos a #Caracas desde Maiquetía totalmente trancados que impiden desplazamiento de senadores brasileños”, señaló el partido opositor Voluntad Popular en su cuenta de Twitter.
Por su parte, la dirigente opositora María Corina Machado, que también formó parte del grupo que recibió a los senadores en el aeropuerto escribió en la misma red social: “Totalmente trancada la autopista (…) porque “están limpiando los túneles” y por “protesta” carretera vieja”.
Machado también opinó: “Si (el) régimen creyó que trancando todas las vías (…) impedirían que los Senadores constataran la situación DDHH en Venezuela, lograron lo contrario” y agregó que “en menos de tres horas los Senadores brasileros ya saben lo que significa vivir en dictadura hoy en Venezuela”.
El senador y excandidato presidencial brasileño Aécio Neves, que encabezó el grupo de parlamentarios que viajó a Venezuela, dijo antes de partir al país petróleo que llevaría “solidaridad a los presos políticos” y difundió en Twitter una foto en la que le observa subiendo al avión de la Fuerza Aérea Brasileña que trasladó al grupo.
Los senadores esperaban, con este viaje, poder visitar a los políticos presos, así como a algunos de los de los opositores que se encuentran en huelga de hambre, dentro y fuera de internados judiciales, incluyendo a Leopoldo López que ya ha cumplido 25 días sin comer.
Tintori mantenía la expectativa, además, de que los senadores vieran “las colas para comprar alimentos” y “la inseguridad” que se vive en Venezuela.
La esposa de Ceballos también reaccionó ante el hecho de que los senadores se vieran impedidos de llegar a Caracas y escribió, también en Twitter: “Un hombre que tiene 25 días en huelga de hambre por la libertad ha hecho que el régimen tranque vías para impedir visita de senadores del Brasil”.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Trade negotiations and Fast Track: Obama will get one? - Americans For Limited Government

O pessoal do Americans For Limited Government é absolutamente contrário a concessão, pelo Congresso, de uma Trade Promotion Authority, novo nome do Fast Track, ao presidente, para que ele possa negociar e assinar um acordo comercial na região da Ásia Pacífico e depois com a UE.
Ele não precisaria disso, mas o fato é que o Congresso pode se opor a determinados dispositivos e aí seria impossível voltar a reabrir o acordo multilateral, e os EUA acabariam ficando de fora, como parece que vão ficar de fora, se o Congresso não conceder um novo fast track, ou sem ele, se não aprovar o acordo resultante.
Seria um desastre, como já está sendo, um vácuo a ser ocupado inevitavelmente pela China, mas que trabalha com outros parâmetros negociadores e outros "conteúdos" de um acordo comercial, sem todos aqueles penduricalhos que os americanos exigem, tipo regras laborais, condicionalidades ambientais, propriedade intelectual, liberalização financeir e em serviços, etc.
Ou seja, um cenário preocupante para o império, que sente que já não consegue mais impor suas regras ao mundo, mas que o mundo está estabelecendo regras que o deixarão para trás.
Assim é também com o Brasil, um país que já ficou para trás, e que tem poucas chances de recuperar tudo o que foi perdido nos anos dos governos incompetentes do lulo-petismo.
Paulo Roberto de Almeida

Vote NO on fast track trade authority for Obama

Americans for Limited Government, June 18, 2015

Fairfax, Va.—Americans for Limited Government President Rick Manning today issued the following statement in opposition to granting fast track trade authority to President Barack Obama to negotiate the Trans-Pacific Partnership:

"President Barack Obama already has all the authority he needs in the Constitution to negotiate any treaty he pleases with or without fast track — all fast track does is turn the Congressional ratification part of treaty making into a rubber stamp.  I ask those who argue that fast track asserts Congressional authority to name another time when President Obama supported legislation that reined in his power.  Anyone who believes that Obama would sign a fast track bill that limited his authority to rewrite the rules of the world simply hasn't been paying attention."

To view online: http://getliberty.org/vote-no-on-fast-track-trade-authority-for-obama/

Attachment:
Stop pretending Pacific trade deal is not a treaty, By Robert Romano, June 18, 2015 at http://netrightdaily.com/2015/04/stop-pretending-pacific-trade-deal-is-not-a-treaty/

O marxismo universitario e a cultura academica: alguns textos - Paulo Roberto de Almeida

Fui relembrado, hoje, de um comentário que fiz, em 2013, a propósito de uma polêmica que chegou aos meios de comunicação, e classificada simplistamente como sendo de oposição direita-esquerda. Não é: se trata apenas de um enfrentamento de pessoas razoáveis contra a burrice que grassa em nossas faculdades de Humanidades a propósito de questões simples, que deveriam ser resolvidas na prática, mas que continuam envelopadas na mais estúpida ideologia.
Refiro-me obviamente às teorias marxistas -- se se pode lhes dar esse qualificativo -- e sua utilização para a análise do atual capitalismo, o que só evidencia, mais uma vez a estreiteza mental desses professores incapazes de pensar com sua própria cabeça, ou de simplesmente contemplarem a realidade, e que ficam repetindo chavões idiotas e slogans infantis, para ensinar coisas simples como trabalho, eficiência, prosperidade, bem-estar, desenvolvimento, e ficam apoiando não só essas teorias anacrônicas, como esses regimes autoritários e ineficientes (quando não criminosos).
Transcrevo abaixo a mesma postagem de 2013, mas ao final, relaciono, em ordem cronologica inversa, alguns textos meus sobre o problema do marxismo cultural nas academias.

Paulo Roberto de Almeida

O texto desta postagem foi repescado a partir do Reino Unido, daí o endereço meio estranho (mas que funciona):
http://diplomatizzando.blogspot.co.uk/2013/10/marxismo-universitario-absolutamente.html?m=1

domingo, 6 de outubro de 2013

Marxismo universitario: absolutamente dominante, mas comecando a se esboroar - reacao em SC

O assunto já é conhecido, e teve ampla repercussão em certos meios.
O rapaz se pretende de direita, e assim é catalogado pela imprensa, mas não tenho certeza de que seja de direita, pois não expôs seus pensamentos com clareza, apenas falou de sua rejeição ao marxismo, embora de uma forma algo impressionista.
Em todo caso, é um fato que o marxismo domina amplamente os setores ditos de "humanidades" (alguns deles, pelo proselitismo explícito, deveriam ser chamados de desumanidades...).
Não pretendo comentar os pequenos equívocos do estudante, pois o que vale é a revolta, a recusa, e os argumentos contrários ao marxismo, que não são necessariamente os mesmos que valem para o comunismo real, ele sim responsável pelos crimes cometidos no século 20.
O marxismo é o pai espiritual dos horríveis crimes cometidos em seu nome pelas lideranças comunistas do século 20, embora não se possa dizer que Marx tivesse recomendado a extinção física da classe burguesa, ou dos inimigos de classe em geral, como o fizeram Lênin, Stalin, Mao e tantos outros.
O marxismo é o inspirador do confronto de classes e é responsável pelo totalitarismo comunista, embora não se possa dizer que nas teorias de Marx se encontrassem as receitas para todos os horrores e barbaridades praticados em seu nome.
Em todo caso, o jovem foi corajoso, e sua atitude deve servir como oportunidade para amplo debate a respeito desse marxismo ordinário, vulgar, estúpido, que se pratica nas universidades brasileiras.
Acredito que se possa fazer um trabalho sobre Marx, enquanto sociólogo, ou pensador, e apontar todos os seus equívocos, sem cair no panfletarismo em que incorreu o jovem, mas por motivos que encontro justificados.
Vale a atitude, menos a forma talvez.
Paulo Roberto de Almeida
EDUCAÇÃO
Jovem diz que foi uma forma de protesto por universidade sem doutrinação
G1 02 Outubro de 2013
Um estudante universitário de Santa Catarina se recusou a fazer um trabalho sobre cientista político e economista alemão Karl Marx e resolveu escrever uma carta ao professor do curso de Relações Internacionais e divulgar o conteúdo na internet.
A carta, segundo João Victor Gasparino da Silva, de 22 anos, foi uma forma de protestar. "Queria uma universidade com o mesmo espaço para todas as ideias e ideologias, sem proselitismo, sem doutrinação", explicou. A Universidade do Vale do Itajaí (Univali), na qual o jovem estuda, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Segundo João Victor, que estuda Relações Internacionais, o pedido do professor foi para que os estudantes respondessem três questões sobre a teoria de Marx. Ele contou que chegou a pensar em responder de forma neutra, mas mudou de ideia. "Algo me segurava, nem cheguei a considerar dar a minha opinião no trabalho. Até que veio a ideia da carta", disse.
Conforme o estudante, o protesto não foi contra o professor, mas foi uma forma de demonstrar descontentamento em relação à academia. "Faz tempo que estou indignado com o que vem acontecendo em nosso país. Os meios acadêmicos e culturais cada vez mais fechados, os intelectuais de direita cada vez mais lançados ao ostracismo. Resolvi ser a voz de brasileiros que não encontravam espaço para se manifestar, seja por falta de meios, seja pelo próprio medo", disse.
Ao escrever a carta, o estudante disse que já sabia que iria divulgar na internet, não seria apenas destinada ao professor da disciplina. "Uma amiga blogueira do Maranhão sugeriu divulgar na internet, ela se encarregou disso. Se nosso país realmente tivesse um meio acadêmico e cultural ideologicamente equilibrado, não seria tão necessária esta carta", argumentou.
Confira abaixo a íntegra da carta
Caro professor,
Como o senhor deve saber, eu repudio o filósofo Karl Marx e tudo o que ele representa e representou na história da humanidade, sendo um profundo exercício de resistência estomacal falar ou ouvir sobre ele por mais de meia hora. Aproveito através deste trabalho, não para seguir as questões que o senhor estipulou para a turma, mas para expor de forma livre minha crítica ao marxismo, e suas ramificações e influências mundo afora. Quero começar falando sobre a pressão psicológica que é, para uma pessoa defensora dos ideais liberais e democráticos, ter que falar sobre o teórico em questão de uma forma imparcial, sem fazer justiça com as próprias palavras.
Me é uma pressão terrível, escrever sobre Marx e sua ideologia nefasta, enquanto em nosso país o marxismo cultural, de Antonio Gramsci, encontra seu estágio mais avançado no mundo ocidental, vendo a cada dia, um governo comunista e autoritário rasgar a Constituição e destruir a democracia, sendo que foram estes os meios que chegaram ao poder, e até hoje se declararem como defensores supremos dos mesmos ideais, no Brasil. Outros reflexos disso, a criminalidade descontrolada, a epidemia das drogas cujo consumo só cresce (São aliados das FARCs), a crise de valores morais, destruição do belo como alicerce da arte (funk e outras coisas), desrespeito aos mais velhos, etc. Tudo isso sintomas da revolução gramscista em curso no Brasil. A revolução leninista está para o estupro, assim como a gramscista está para a sedução, ou seja, se no passado o comunismo chegou ao poder através de uma revolução armada, hoje ele buscar chegar por dentro da sociedade, moldando os cidadãos para pensarem como socialistas, e assim tomar o poder. Fazem isso através da educação, o velho e ‘’bom’’ Paulo Freire, que chamam de ‘’educação libertadora’’ ou ‘’pedagogia do oprimido’’, aplicando ao ensino, desde o infantil, a questão da luta de classes, sendo assim os brasileiros sofrem lavagem cerebral marxista desde os primeiros anos de vida. Em nosso país, os meios culturais, acadêmicos, midiáticos e artísticos são monopolizados pela esquerda a meio século, na universidade é quase uma luta pela sobrevivência ser de direita.
Agora gostaria de falar sobre as consequências físicas da ideologia marxista no mundo, as nações que sofreram sob regimes comunistas, todos eles genocidas, que apenas trouxeram miséria e morte para os seus povos. O professor já sabe do ocorrido em países como URSS, China, Coréia do Norte, Romênia e Cuba, dentre outros, mas gostaria de falar sobre um caso específico, o Camboja, que tive o prazer de visitar em 2010. Esta pequena nação do Sudeste Asiático talvez tenha testemunhado o maior terror que os psicopatas comunistas já foram capazes de infligir sobre a humanidade, primeiro esvaziaram os centros urbanos e transferiram toda a população para as zonas rurais. As estatísticas apontam para uma porcentagem de entre 21% a 25% da população morta por fome, doenças, cansaço, maus-tratos, desidratação e assassinadas compulsoriamente em campos de concentração no interior. Crianças também não escaparam, separadas dos pais, foram treinadas para serem ‘’vigias da Revolução’’, denunciando os próprios familiares, quando estes cometiam ‘’crimes contra a Revolução’’. Quais eram os crimes? Desde roubar uma saca de arroz para não morrer de fome, ou um pouco de água potável, até o fato de ser alfabetizado, ou usar óculos, suposto sinal de uma instrução elevada. Os castigos e formas de extermínio, mais uma vez preciso de uma resistência estomacal, incluíam lançar bebês recém-nascidos para o alto, e apanhá-los no ar, utilizando a baioneta do rifle, sim, isso mesmo, a baioneta contra um recém-nascido indefeso.
Bem, com isto, acho que meu manifesto é suficiente, para expor meu repúdio ao simples citar de Marx e tudo o que ele representa. Diante de um mundo, e particularmente o Brasil, em que comunistas são ovacionados como os verdadeiros defensores dos pobres e da liberdade, me sinto obrigado a me manifestar dessa maneira, pois ele está aí ainda, assombrando este mundo sofrido.
Para concluir gostaria de citar o decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
Obrigado, caro professor, pela compreensão.
Ass.: João Victor Gasparino da Silva

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Relacoes Brasil-EUA: os EUA devem levar a serio a relacao com o Brasil? - The National Interest

Published on The National Interest (http://nationalinterest.org), June 17, 2015

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[1] http://nationalinterest.org/feature/america-must-take-brazil-seriously-13111
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[4] http://nationalinterest.org/issue/july-august-2015
[5] https://www.flickr.com/photos/rloewenthal/5078730451/sizes/l
[6] http://nationalinterest.org/tag/brazil
[7] http://nationalinterest.org/tag/america
[8] http://nationalinterest.org/tag/foreign-relations
[9] http://nationalinterest.org/topic/diplomacy