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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Venezuela chavista-Brasil companheiro: grandes alegrias, grandes tristezas, com turismo politico...

O voo em avião da FAB estava excelente, e o serviço de bordo não deixava nada a desejar às melhores companhias do Oriente Médio e da Ásia, mas a sobremesa é que não se pode digerir...
Aliás, não deu tempo: o trânsito estava um pouco rebelde...

Brasil-Venezuela

Senadores brasileños regresan al aeropuerto al no poder llegar a Caracas

Tintori Neves
Los senadores fueron recibidos por Lilian Tintori y Patricia Gutiérrez, esposas de los políticos presos Leopoldo López y Daniel Ceballos. Foto: Twitter Lilian Tintori.
Infolatam/Efe
Caracas, 18 de junio de 2015
Las claves
  • Los senadores no pudieron trasladarse hasta Caracas y tuvieron que volver a la terminal cuando varios autobuses situados en medio de la carretera supuestamente puestos para impedir el paso por unos túneles que estaban siendo limpiados, les impidieron el paso.
  • Los senadores esperaban, con este viaje, poder visitar a los políticos presos, así como a algunos de los de los opositores que se encuentran en huelga de hambre, dentro y fuera de internados judiciales, incluyendo a Leopoldo López que ya ha cumplido 25 días sin comer.
El grupo de senadores brasileños que llegó este jueves a Venezuela para solidarizarse con los opositores venezolanos presos no pudo trasladarse desde el aeropuerto a Caracas debido a que se encontraron con varios obstáculos, por lo que tuvieron que volver a la terminal.
Los senadores llegaron a las 12.30 hora local (17.00 GMT) al aeropuerto internacional de Maiquetía, a unos 20 kilómetros de Caracas, y fueron recibidos por Lilian Tintori y Patricia Gutiérrez, esposas de los políticos presos Leopoldo López y Daniel Ceballos, respectivamente, así como por otras opositoras.
Sin embargo, los senadores no pudieron trasladarse hasta Caracas y tuvieron que volver a la terminal cuando varios autobuses situados en medio de la carretera supuestamente puestos para impedir el paso por unos túneles que estaban siendo limpiados, les impidieron el paso.
“#ALERTA Accesos a #Caracas desde Maiquetía totalmente trancados que impiden desplazamiento de senadores brasileños”, señaló el partido opositor Voluntad Popular en su cuenta de Twitter.
Por su parte, la dirigente opositora María Corina Machado, que también formó parte del grupo que recibió a los senadores en el aeropuerto escribió en la misma red social: “Totalmente trancada la autopista (…) porque “están limpiando los túneles” y por “protesta” carretera vieja”.
Machado también opinó: “Si (el) régimen creyó que trancando todas las vías (…) impedirían que los Senadores constataran la situación DDHH en Venezuela, lograron lo contrario” y agregó que “en menos de tres horas los Senadores brasileros ya saben lo que significa vivir en dictadura hoy en Venezuela”.
El senador y excandidato presidencial brasileño Aécio Neves, que encabezó el grupo de parlamentarios que viajó a Venezuela, dijo antes de partir al país petróleo que llevaría “solidaridad a los presos políticos” y difundió en Twitter una foto en la que le observa subiendo al avión de la Fuerza Aérea Brasileña que trasladó al grupo.
Los senadores esperaban, con este viaje, poder visitar a los políticos presos, así como a algunos de los de los opositores que se encuentran en huelga de hambre, dentro y fuera de internados judiciales, incluyendo a Leopoldo López que ya ha cumplido 25 días sin comer.
Tintori mantenía la expectativa, además, de que los senadores vieran “las colas para comprar alimentos” y “la inseguridad” que se vive en Venezuela.
La esposa de Ceballos también reaccionó ante el hecho de que los senadores se vieran impedidos de llegar a Caracas y escribió, también en Twitter: “Un hombre que tiene 25 días en huelga de hambre por la libertad ha hecho que el régimen tranque vías para impedir visita de senadores del Brasil”.

domingo, 9 de novembro de 2014

Eleicoes 2014: oposicao derrotada vai formar governo paralelo - entrevista Aecio Neves

Trata-se de uma providência óbvia, mas que parece que não foi tão óbvia nos últimos 12 anos. Acordaram tarde, mas acordaram: os líderes da oposição vão formar uma espécie de shadow cabinet, mas não com os 39 monstrengos do governo esquizofrênico, e sim com dez grupos de trabalho em áreas mais prioritárias.
Eu sugeriria, além das áres tradicionais -- tipo economia, política, relações exteriores, infraestrutura, educação -- duas fora do padrão, mas essenciais, no Brasil atual, sobretudo quando se tem um partido mafioso roubando empresas públicas e contaminando o governo com suas negociatas sujas.
Um dos "ministérios" se chamaraia simplesmente "Corrupção", e trataria de todos os aspectos ligados ao imenso mar de lama que é o governo e os partidos a ele associados. Teria de seguir todos os aspectos de um governo corrupto formado por gente corrupta, e exigir punição, independentemente do que possa fazer o Congresso, sempre suscetível de... mais corrupção, justamente.
A outra área, também estratégica nos tempos não convencionais sob os quais vivemos, se chamaria "Reformas", e trataria das várias reformas de que o Brasil precisa, e não apenas da política.
Quanto a esta, se ouso a sugestão, eu adotaria um critério muito simples e muito claro, que eu chamaria "critério Rui Falcão", não para homenagear esse tenebroso e stalinista personagem, ao contrário. Mas se trata disto: tudo o que ele propuser, em nome de sua horda de degenerados, caberia ser contra, pois certamente não serve ao povo brasileiro, e não serve ao sistema político.
Quanto ao líder do "governo paralelo", imagino que ele deva manter líderes dos partidos da coalizão para cada uma das dez áreas que ele ainda precisa anunciar. E deve manter contato com a imprensa e com o parlamento com uma frequência pelo menos quinzenal,
Vamos ver se funciona desta vez...
Paulo Roberto de Almeida


Aécio Neves: ‘Para a direita não adianta me empurrar que eu não vou’
Senador tucano reafirma que não irá abdicar do papel de oposição e que PT enfrentará “oposição conectada com a sociedade”
por Maria Lima, Lydia Medeiros e Silvia Fonseca
O Globo, 09/11/2014 7:00


Aécio diz que vai ser oposição vigilante e fiscalizadora para que os escândalos não sejam “varridos para debaixo do tapete - O Globo / Pablo Jacob
RIO - Aécio Neves chega caminhando sozinho pela rua. Vem do pediatra e entra na casa do amigo onde daria entrevista, em Ipanema, contando que os filhos gêmeos, nascidos prematuros, engordaram. Diz que depois de olhar tanto no olho da adversária que o derrotou na campanha mais acirrada da História não abdicará de seu papel de fazer oposição. Admite erros. Mas diz que, pela primeira vez, o PT enfrentará uma “oposição conectada com a sociedade, e isso os assusta”. 

Como o senhor viu a entrevista da presidente Dilma, que chamou de lorota o corte de ministérios e de ideia maluca sua proposta de choque de gestão?
A candidata Dilma estaria muito envergonhada da presidente Dilma. Para a candidata, aumentar juros era tirar comida da mesa dos pobres. Três dias depois da eleição, o BC aumentou os juros. Para a candidata, não havia inflação. A presidente agora admite que há e que é preciso controlá-la. A candidata dizia que as contas públicas estavam em ordem, e descobrimos que tivemos um setembro com o pior resultado da história. A candidata dizia que cumpriria o superávit fiscal, e agora se prepara para pedir a revisão da meta de 1,9%. Estamos assistindo ao maior estelionato eleitoral da História. O choque de gestão, que incomoda tanto o PT, nada mais é do que gastar menos com o Estado e mais com as políticas fins. É o contrário do que o PT pratica. O próximo mandato, que se inicia, já começa envelhecido. A presidente não se acha no dever de sequer sinalizar como será a política econômica. E é curioso vermos a presidente correndo desesperada atrás de um banqueiro para a Fazenda. Eu hoje chego na minha casa, coloco a cabeça no travesseiro e durmo com a consciência muito tranquila. Fiz uma campanha falando a verdade, não fugi dos temas áridos, sinalizei na direção da política econômica que achava correta. Não sei se a candidata eleita pode fazer o mesmo.
A oposição também não está envelhecida?
A oposição sai extremamente revigorada da eleição. A campanha teve duas marcas muito fortes. A primeira, protagonizada pelo PT e pela candidata que venceu: a utilização sem limites da máquina pública, do terrorismo eleitoral, aterrorizando beneficiários do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida. Inúmeras regiões ouviram durante meses, isso sim uma grande lorota, que, se o 45 ganhasse, seriam desfiliados dos programas. Infelizmente, essa é uma marca perversa. Mas há uma outra, extraordinária, que é um combustível para construir essa nova oposição. O Brasil acordou, foi às ruas. Minha candidatura passou a ser um movimento. Nosso e desafio é manter vivo esse sentimento de mudança, por ética.
Como atuar de forma diferente?
Pela primeira vez, o PT governará com uma oposição conectada com a sociedade. O sentimento pós-eleição foi quase como se tivéssemos ganhado. E os primeiros movimentos da presidente são de desperdiçar a oportunidade de renovar, de admitir equívocos, mudar rumos. Ela começa com o mesmo roteiro: reúne partidos para discutir um projeto de reforma política ou uma agenda de crescimento? Não! Reúnem-se em torno da divisão de ministérios, de nacos de poder. As pessoas não se sentam para ouvir da presidente: "Quero o apoio para um grande projeto de país." Era o que eu faria. A grande pergunta dos brasileiros será: para que novo mandato se não há projeto novo de país? Para continuar distribuindo cargos e espaço de poder para as pessoas fazerem negócios? A presidente corre o risco de começar o mandato com sentimento de fim de festa.
O PSDB fará um “governo paralelo”?
Vamos constituir dez grupos, de dez áreas específicas, para acompanhar as ações do governo. Comparar compromissos de campanha com o que acontece em cada área. Queremos subsidiar nossos companheiros, lideranças da sociedade, vereadores, governadores, parlamentares.
Isso não reforça o discurso de que vocês precisam desmontar o palanque?
Chega a ser risível ouvir o PT falar que é hora de descer do palanque. O PT, sempre que perdeu, nunca desceu. E quando venceu também não desceu. E quem paga a conta são os brasileiros. Cumprimentei a presidente pela vitória. Agora vou cumprir o papel que me foi determinado por praticamente metade da população. Vamos ser oposição vigilante, fiscalizadora, e não vamos deixar que varram para debaixo do tapete, como querem fazer, esses gravíssimos escândalos que estão aí.
Mas não houve acordo na CPI da Petrobras para blindar políticos, com apoio do PSDB?
Quero dizer de forma peremptória e definitiva: vamos às últimas consequências nessas investigações, não importa a quem atinjam. Até pelo nível de insegurança de setores da base do governo, o que pode estar vindo por aí é algo muito, mas muito grave. Não depende mais apenas da ação do Congresso ou da Justiça no país, porque essa organização criminosa que, segundo a PF, se institucionalizou na Petrobras, tem ramificações fora do Brasil. E outros países estão agindo. Nosso papel é não permitir, do ponto de vista político, tentativas de limitação das investigações. Se alguém pensou em algum acordo, e no caso do deputado Carlos Sampaio ele foi ingenuamente levado a isso, será corrigido.
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A desconstrução marcou a campanha. Como enfrentar isso em 2018?
O marketing petista deseduca a população porque não permite o debate. Será que vai dar certo sempre? Queremos transformar o Bolsa Família em política de Estado para que saia dessa perversa agenda eleitoral. Apresentamos o projeto, e agora ficou claro porque o PT votou contra. O PT prefere ter um programa para manipular as vésperas das eleições, como se fosse uma bondade. Há uma manipulação vergonhosa de instituições como Ipea e IBGE. A presidente usou o marketing de que tinha tirado não sei quantos milhões da miséria já sabendo que a miséria aumentara. Mais um estelionato. Setembro foi o pior mês do século em geração de emprego. Há 20 milhões de jovens sem ensino fundamental e médio. Nossa educação, comparativamente a nossos vizinhos, é péssima. E o governo acha que política social é o Bolsa Família. Não. Tem que ser saúde, educação de qualidade e geração de emprego para incorporar essas pessoas ao mercado formal.
Como o PSDB se manterá unido com uma disputa interna que se anuncia para 2018?
Antecipar uma divisão no PSDB hoje é uma bobagem. Não tenho obsessão em ser candidato a presidente. O que há hoje é um PSDB, ao lado de outras forças, conectado a setores da sociedade com os quais não estávamos vinculados. Esse é o grande fato novo. Lá na frente, o candidato será aquele que tiver melhores condições de vencer.
Há uma nova direita indo às ruas e pedindo a volta dos militares. Como fazer com que o PSDB não se confunda com esse movimento?
Com nosso DNA. Sou filho da democracia. O que houve foi a utilização de movimentos da sociedade por uma minoria nostálgica que nada tem a ver conosco e com nossa história. A agenda conservadora, antidemocrática, totalitária, é a do PT. Esse documento do PT, lançado depois das eleições, é muito grave. Fala no cerceamento da liberdade da imprensa, de um projeto hegemônico de país, sem alternância de poder. Fala de uma democracia direta que, de alguma forma, suplantaria ou diminuiria a participação do Congresso na definição das políticas públicas. Teve um momento na campanha do meu avô Tancredo, em 1984, que pregaram uns cartazes em Brasília com o símbolo do comunismo. Era um movimento da direita mais radical para dizer que ele era comunista. Tancredo disse: "Olha, para a esquerda não adianta me empurrar que eu não vou." Ele era um homem de centro. E, agora, eu digo: "Para a direita não adianta me empurrar que eu não vou".
E os erros na campanha? Faltou conexão com minorias, movimentos de base?
Faltaram poucos votos que não conseguimos por falta de estrutura. Nas eleições municipais teremos candidatos com capilaridade em segmentos muito mais amplos. Em dezembro, reuniremos a Executiva com esse foco. Faremos ampla campanha, uma semana de filiação no Brasil. Com gente nas ruas, sindicatos, universidades. Estarei em Maceió, numa grande teleconferência, para sinalizar que o Nordeste sempre será prioridade para o PSDB. As pessoas estão procurando saber como participar, como se filiar. Isso nunca acontecera. Voltamos a ser depositários da confiança de parcela importante da sociedade que nunca fez política e está querendo fazer.
Quais foram os erros em Minas? É consenso que o senhor perdeu porque foi derrotado lá.
Ainda estou tentando entender. Meus adversários tiveram ação organizada muito forte nas regiões mais pobres de Minas. Temos imagens de deputados com megafones dizendo: "Aécio vai acabar com o Bolsa Família". Os Correios não levavam nosso material, e não estávamos atentos. Houve talvez certa negligência do nosso pessoal. E nossa candidatura estadual também não foi bem. No segundo turno, a força do governador eleito acabou sendo um contraponto forte. Ninguém é invencível. Eu não sou infalível. É do jogo político. Souberam ser mais competentes do que nós. A responsabilidade é minha mesmo. Vamos recuperar esse espaço. Lançar candidato a prefeito em Belo Horizonte, onde ganhamos por 60% a 30%, e em todas a grandes cidades.
E a derrota no Rio?
Eu ter tido 45% dos votos no Rio foi um ato de heroísmo. Os dois candidatos do segundo turno estavam com Dilma. E ainda espalharam jornais apócrifos me colocando como inimigo do Rio.
A aliança de oposição será mantida?
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É bom que a oposição tenha várias caras. É um erro estratégico, além de gesto de absoluta arrogância, achar que sou o líder das oposições. Não sou. Somos um conjunto de pessoas credenciadas para falar em nome de uma parcela importante da população. Sou cioso da autonomia do Congresso. Mas gostaria de ver alguma forma essa aliança reeditada na eleição para a presidência da Câmara. Quem sabe num gesto em direção do PSB. A mim agradaria, mas é uma decisão que será tomada com absoluta autonomia pelos deputados.
O senhor sempre repete a frase de Tancredo que ser presidente, mais do que projeto, é destino. Ainda concorda?
Não é obsessão, como jamais foi. Sou hoje um homem de bem com a vida, conheci um Brasil novo, vibrante, com esperança. Não é frase de efeito. Vi coisas de emocionar. Gente que via esperança em mim. E isso é muito sério.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: pesquisa ISTOE/Sensus ainda coloca Aecio na frente da candidata oficial

Apenas transcrevendo...
Paulo Roberto de Almeida

Aécio lidera com nove pontos de vantagem sobre Dilma

Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra que o candidato do PSDB chega à reta final da campanha com 54,6% das intenções de voto, enquanto a petista soma 45,4%

Da redação, 24/10/2014
 

 Pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada a partir da terça-feira 21 reafirma a liderança de Aécio Neves (PSDB) sobre a petista Dilma Rousseff nos últimos dias da disputa pela sucessão presidencial. Segundo o levantamento que entrevistou 2 mil eleitores de 24 Estados, o tucano soma 54,6% dos votos válidos, contra 45,4% obtidos pela presidenta Dilma Rousseff. Uma diferença de 9,2 pontos percentuais, o que equivale a aproximadamente 12,8 milhões de votos. A pesquisa também constatou que a dois dias das eleições 11,9% do eleitorado ainda não decidiu em quem votar. “Como no primeiro turno, deverá haver uma grande movimentação do eleitor no próprio dia da votação”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Se for considerado o número total de votos, a pesquisa indica que Aécio conta com o apoio de 48,1% do eleitorado e a candidata do PT 40%.
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Aécio Neves seria eleito presidente do Brasil se a eleição fosse hoje, afirma Sensus
 
De acordo com Guedes, a pesquisa realizada em cinco regiões do País e em 136 municípios  revela que o índice de rejeição à candidatura de Dilma Rousseff se mantém bastante elevado para quem disputa. 44,2% dos eleitores afirmaram que não votariam na presidenta de forma alguma. A rejeição contra o tucano Aécio Neves é de 33,7%. Segundo o diretor do Sensus, a taxa de rejeição pode indicar a capacidade de crescimento de cada um dos candidatos. Quanto maior a rejeição, menor a possibilidade de crescimento. Outro indicador apurado pela pesquisa Istoé/Sensus diz respeito á votação espontânea, quando nenhum nome é apresentado para o entrevistado. Nessa situação, Aécio também está à frente de Dilma, embora a petista esteja ocupando a Presidência da República desde janeiro de 2011. O tucano é citado espontaneamente por 47,8% dos eleitores e a petista por 39,4%. 0,2% citaram outros nomes e 12,8% disseram estar indecisos ou dispostos a votar em branco.
 
Para conquistar os indecisos as duas campanhas apostam as últimas fichas nos principais colégios eleitorais do País: São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. O objetivo do PSDB e ampliar a vantagem obtida em São Paulo no primeiro turno e procurar virar o jogo em Minas e no Rio. Em São Paulo, Aécio intensificou a campanha de rua, com a participação constante do governador reeleito, Geraldo Alckmin, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De acordo com as pesquisas realizadas pelo comando da campanha de Aécio, em Minas o tucano já estaria na frente de Dilma e a vantagem veio aumentando dia a dia na última semana. Processo semelhante ocorreu em Pernambuco, depois de Aécio receber o apoio explícito da família de Eduardo Campos e do governador eleito, Paulo Câmara. Os mesmos levantamentos indicam que no Rio de Janeiro a candidatura do senador mineiro vem crescendo, mas ainda não ultrapassou a presidenta. Para reverter esse quadro, Aécio aposta no apoio de lideranças locais, basicamente de Romário, senador eleito pelo PSB, que deverá acompanhá-lo nos últimos atos de campanha. Para consolidar a liderança, Aécio tem usado os últimos programas no horário eleitoral gratuito para apresentar-se ao eleitor como o candidato da mudança contra o PT. Isso porque, as pesquisas internas mostram a maior parte do eleitor brasileiro se manifesta com o desejo de tirar o partido do governo.
 
No comando petista, embora não haja um consenso sobre qual a melhor opção a ser colocada em prática nos dois últimos dias de campanha, a ordem inicial é a de continuar a apostar na estratégia de desconstrução do adversário. Nas duas últimas semanas, o que se constatou é que, ao invés de usar parlamentares eleitos para esse tipo de ação – como costumava fazer o partido em eleições passadas -- os petistas escalaram suas principais lideranças para a missão, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a própria candidata. Os petistas apostam no problema da falta d’água para tirar votos de Aécio em São Paulo e numa maior presença de Dilma em Minas para procurar se manter á frente do tucano no Estado.   
 
PESQUISA ISTOÉ/Sensus
Realização – Sensus
Registro na Justiça Eleitoral – BR-01166/2014
Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – De 21 a 24 de outubro
Margem de erro - +/- 2,2%
Confiança – 95%

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Addrndum:
Observação de um facebookiano:

Caras, o Datafolha e o IBOPE usam os pesos do Censo do IBGE de 2010 para ponderar os votos por faixa de renda. 

Se você usar os pesos da PNAD 2013 (que retrata com maior precisão a situação atual), o Aécio está na frente em AMBAS as pesquisas IBOPE e Datafolha.

Aécio vai ganhar. Acreditem.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: pesquisa da Sensus coloca Aecio com 13 pontos na frente

Bye-bye companheiros neobolcheviques? Não sei dizer, mas tudo indica que vamos ter de administrar uma série crise de abstinência...
Como no caso desses alcoolatras compulsivos, os companheiros não conseguem viver sem as tetas do Estado. Antes até que sobreviviam, mas depois de 12 anos de lambanças, estão mal acostumados...
Eles já devem ter uma desculpa pronta:
"A despeito de todos os benefícios concedidos por nós, a população preferiu o candidato adversário, o representante da direita reacionária, do neoliberalismo, o homem que vai fazer o Brasil recuar para a submissão ao império e às regras do Consenso de Washington, total alinhamento com o capitalo financeiro internacional, blá, blá, blá. Isso porque, vamos ser sinceros aqui minha gente, a nossa candidata foi muito ruim na campanha, não soube explicar bem ao povo onde estavam os seus verdadeiros interesses, blá, blá, blá."
Enfim, mais ou menos isso, não é?
Acho que vou ficar com uma frase do Aécio: Já deu PT!
E uma outra que eu mesmo adaptei a partir de uma famosa publicidade de presunto: Nem a pau Juvenal!
Pois é minha gente, todo mundo deve ter um petista amigo para consolar.
Sejam generosos, não tripudiem...
Paulo Roberto de Almeida

Brasil/Eleições 2014
ISTOÉ/Sensus  N° Edição:  2343 |  17.Out.14
Aécio está 13 pontos à frente de Dilma
Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra o candidato tucano com 56,4% das intenções de voto e a petista com 43,6%

Pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada entre a terça-feira 14 e a sexta-feira 17 mostra a consolidação da liderança de Aécio Neves (PSDB) sobre a petista Dilma Rousseff no segundo turno da sucessão presidencial. De acordo com o levantamento, o tucano soma 56,4% dos votos válidos, contra 43,6% da presidenta. Uma diferença de 12,8 pontos percentuais, que representa cerca de 19,5 milhões de votos. Se fossem considerados os votos totais, Aécio teria 49,7%; Dilma, 38,4%; e 12% dos eleitores ainda se manifestam indecisos ou dispostos a votar em branco. A pesquisa indica que nessa reta final da disputa os dois candidatos já são bastante conhecidos pelos eleitores. O índice de conhecimento de Dilma é de 94,4% e de Aécio, de 93,3%. “Com os candidatos mais conhecidos, a tendência é a de que o voto fique mais consolidado”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. O levantamento, que ouviu 2.000 eleitores de 24 Estados, revela também a liderança de Aécio Neves quando não é apresentado ao eleitor nenhum candidato. Trata-se da chamada resposta espontânea. Nesse quesito, o tucano foi citado por 48,7% dos entrevistados e a petista, que governa o País desde janeiro de 2011, por 37,8%.

Realizada em 136 municípios, a pesquisa ISTOÉ/Sensus também constatou que a campanha petista não conseguiu reduzir o índice de rejeição à candidata Dilma Rousseff. Quase metade do eleitorado, 45,4%, afirma que não admite votar na presidenta de maneira alguma. Com relação ao tucano, segundo o levantamento, a rejeição é de 29,9%. “Isso significa que a margem de crescimento da candidata Dilma é menor do que a de Aécio”, avalia Guedes. Os números mostram, segundo a pesquisa, uma forte migração para o senador tucano dos votos que foram dados a Marina Silva (PSB) no primeiro turno. “Hoje estamos juntos em torno de um programa para mudar o Brasil”, disse Marina na sexta-feira 17, ao se encontrar com Aécio em evento público na zona oeste de São Paulo.

Desde 1989, quando o Brasil voltou a eleger diretamente o presidente da República, é a primeira vez que um candidato que terminou o primeiro turno em segundo lugar começa a última etapa da disputa na liderança. A pesquisa Istoé/Sensus divulgada no sábado 11 já apontava esse movimento, quando revelou que Aécio estava com 52,4% das intenções de voto. Na última semana, os levantamentos que são feitos diariamente pelo comando das duas campanhas também mostraram a liderança de Aécio. É com base nessas consultas que tanto o PT como o PSDB planejam a última semana de campanha. E tudo indica que o tom será cada vez mais quente. No PT há uma divisão. Um grupo sustenta que a campanha deve aumentar o tom dos ataques contra Aécio e outro avalia que a presidenta deva imprimir um ritmo mais propositivo à campanha. O mais provável, no entanto, é que a campanha de Dilma continue a jogar pesado contra o tucano. Segundo Humberto Costa, líder do PT no Senado, o partido vai insistir na tese de que é necessário “desconstruir a candidatura tucana”. “Não basta ficar defendendo nosso governo”, disse o senador na sexta-feira 17. Claro, trata-se de um indicativo de que a campanha de Dilma vai continuar usando do terrorismo eleitoral. “Se deu certo contra Marina, deverá dar certo contra Aécio”, afirmou Costa.

No QG dos tucanos, a ordem é não deixar nada sem resposta e continuar mostrando ao eleitor os inúmeros casos de corrupção que marcam as gestões petistas, particularmente os quatro anos do governo de Dilma. “Não podemos nos colocar como vítimas. O que precisamos é mostrar nossas propostas, mas em nenhum momento deixar de nos defender com veemência das armações feitas pelos adversários”, disse um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves. “Marina tentou apenas fazer a campanha propositiva e acabou atropelada pela máquina de calúnias do PT.” Nessa última semana de campanha, Aécio vai intensificar a agenda em Minas e no Nordeste, principalmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará. Não está descartada a possibilidade de que os nomes de novos ministros venham a ser divulgados pelo candidato.

Eleicoes 2014: The Economist ja votou, e o poste nao vai gostar...

Será que o pessoalzinho do Planalto vai responder? Será que vai ser o Goebbels? Ah, mas ele não fala inglês, só alemão, e gótico ainda por cima. Esse pessoal é mesmo bárbaro, em vários sentidos, se vocês me entendem. Alguns são hunos, outros são vândalos, outros ostrogodos e tem também os godos corintianos, alguns até vascainos.
Enfim, a soberana acaba de ganhar mais uma caracterização: a Carmen Miranda das frutas podres. Temos de conhecer o nome do artista para cumprimentá-lo pela trouvaille genial.
Deve ser por isso que as frutas estão caras: os companheiros deixam apodrecer.
Eles são mesmo uns visigodos...
Paulo Roberto de Almeida 
The economist mudança
VEJA.com, 16/10/2014

Uma figura que faz lembrar Carmen Miranda, mas com ar enfadonho e que carrega sobre a cabeça frutas apodrecidas. É com essa imagem que a conceituada revista britânica The Economist acompanha a seguinte frase: por que o Brasil precisa de mudança. A edição distribuída na América Latina traz nesta sexta-feira capa que trata das eleições no Brasil. E sentencia: os eleitores brasileiros devem se livrar de Dilma Rousseff e eleger Aécio Neves.

O texto lembra que em 2010, quando Dilma foi eleita, o Brasil parecia finalmente fazer jus a seu imenso potencial. A economia crescia a 7,5% ao ano. Quatro anos depois, a economia patina e os avanços sociais andam em marcha lenta. E lembra que em junho do ano passado milhões de brasileiros saíram às ruas para protestar por melhores serviços públicos e contra a corrupção.
Depois de fazer um panorama das viradas que marcaram a corrida eleitoral no Brasil, o texto trata da atual situação econômica do país. Ao citar a crise econômica mundial – apontada por Dilma como a culpada pelo atual quadro brasileiro –, a revista salienta que o país tem se saído pior do que os vizinhos latino-americanos no enfrentamento da questão. Cita ainda a intromissão constante do governo federal nas políticas macroeconômicas e as tentativas de interferir no setor privado como responsáveis pela queda nos investimentos.
Ao tratar dos problemas de infraestrutura e da burocracia que atravanca o país, a revista afirma que Dilma reforçou a mão do Estado na economia, servindo-se favores para iniciados, como incentivos fiscais e empréstimos subsidiados de bancos estatais inchados. A Economist diz ainda que Dilma prejudicou a Petrobras e a indústria de etanol, mantendo o preço da gasolina contido à força “para mitigar o impacto de sua política fiscal frouxa”. Cita ainda os sucessivos escândalos que envolvem a estatal.
A Economist trata, por fim, dos ataques perpetrados pela campanha petista contra Aécio. Classifica como infundadas as alegações de que o tucano colocaria fim ao Bolsa Família – e lembra que ao longo dos anos o PT caricaturou o PSDB como um partido “de gatos gordos sem coração”. O texto explica que as políticas propostas por Aécio, ao contrário do que quer fazer crer o PT, beneficiariam os brasileiros mais pobres. Diz que ele promete fazer o país voltar a crescer. E que sua história e a de seu partido tornam a promessa crível. Afirma que Aécio tem uma equipe impressionante de conselheiros liderados por Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, que é respeitado por investidores. Cita as promessas de retorno a políticas macroeconômicas sólidas, de redução no número de ministérios, de simplificar o sistema fiscal e aumentar o investimento privado em infraestrutura. E sentencia: Aécio merece ganhar.
“Aécio lutou de forma tenaz na campanha e já deu provas de que pode fazer funcionar suas políticas econômicas. A maior ameaça aos programas sociais no país é a forma como o PT hoje conduz a economia. Com sorte, o apoio de Marina Silva, que já foi do PT e nasceu na pobreza, deve ajudá-lo. O Brasil precisa de crescimento e de um governo melhor. Aécio é quem tem mais condições de fazê-lo”, encerra o texto.

domingo, 12 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: o fim dos embusteiros - Augusto Nunes

E isso foi antes das últimas pesquisas...
PRA

Augusto Nunes, 05/10/2014

OS 35 MILHÕES QUE LEVARAM AÉCIO AO SEGUNDO TURNO CALARAM OS CÚMPLICES DO EMBUSTE FORJADO POR UM GETÚLIO DE PICADEIRO

Aécio Neves começou a cruzar a fronteira do segundo turno no momento em que ignorou o palavrório de marqueteiros poltrões, assumiu o comando da própria campanha, declarou guerra à corrupção impune e se transformou no candidato do Brasil indignado com o clube dos cafajestes no poder. Os 35 milhões de brasileiros que votaram no candidato do PSDB desmontaram o embuste forjado por Lula e seus cúmplices para desfigurar a paisagem eleitoral enfim escancarada pelas urnas.  Confiantes no triunfo da mentira, Dilma e seus devotos estão com cara de Felipão depois daquele jogo contra a Alemanha.
Além do Getúlio Vargas de picadeiro e da protetora de bandidos que finge combater, os 34% obtidos por Aécio derrotaram os blogueiros canalhas, os parteiros de boatos infamantes, os assassinos da honra alheia, os comerciantes da base alugada, os colunistas sabujos, os analistas de araque, os milicianos da esgotosfera e os fabricantes de profecias encomendadas. Ao longo desse duelo com a tribo dos sem-vergonha, o senador mineiro também ministrou uma aula de tenacidade, coragem e altivez aos aliados pusilânimes e eleitores que se vergam a malandragens tramadas por qualquer Maquiavel de chanchada.
Candidatos confrontados com tantos reveses sucessivos costumam sucumbir ao desânimo. Aécio não parou de sonhar com a arrancada improvável ─ e sobreviveu à epidemia de descrença. Depois do índice que alcançou neste 5 de outubro, a credibilidade dos institutos de pesquisa não é superior à de uma bola de cristal. Mas os ibopes da vida são duros na queda, e os videntes de acampamento cigano não se emendam. Logo estarão de volta, prontos para ampliar o acervo de equívocos bisonhos e/ou suspeitíssimos, sempre amplificados com bandas e fanfarras  por jornais e emissoras de televisão.
Quem continuar caindo no conto da pesquisa tem o dever de acreditar que existem duendes, que Dilma é uma sumidade como oradora e que Lula está escrevendo um livro. Anotem: nas usinas de porcentagens, a candidata a mais um mandato vencerá a disputa do segundo turno do primeiro ao último minuto da campanha. Só será derrotada por Aécio no dia da eleição.

sábado, 11 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: Aecio dispara em pesquisa pos-divulgacao das patifarias petistas

O que será que eles vão fazer? Recrudescer nos golpes baixos ou tentar ganhar novamente terreno com base em comportamento aceitável?
Não sei: agora eles vão revelar sua verdadeira natureza...
Paulo Roberto de Almeida

Revista ISTOÉ Brasil
Política
|  ISTOÉ Online |  11.Out.14 - 17:12 |  Atualizado em 11.Out.14 - 20:02

Falta muito pouco para liquidar a fatura...
Aécio dispara e abre 17 pontos de vantagem sobre Dilma, mostra pesquisa Istoé/Sensus

Primeiro levantamento após divulgação de áudios da Petrobrás mostra que escândalo atingiu em cheio campanha da petista
Mário Simas Filho

Primeira pesquisa ISTOÉ\Sensus realizada depois do primeiro turno da sucessão presidencial mostra o candidato Aécio Neves (PSDB) com 58,8% dos votos válidos e a petista Dilma Rousseff com 41,2%. Uma diferença de 17,6 pontos percentuais. O levantamento feito entre a quarta-feira 7 e a sexta 10 é o primeiro a captar parte dos efeitos provocados pelas revelações feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre o detalhamento do esquema de corrupção na estatal. “Além do crescimento da candidatura de Aécio Neves, observa-se um forte aumento na rejeição da presidenta Dilma Rousseff”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Segundo a pesquisa, o índice de eleitores que afirmam não votar em Dilma de forma alguma é de 46,3%. A rejeição de Aécio Neves é de 29,2%. “O tamanho da rejeição à candidatura de Dilma, torna praticamente impossível a reeleição da presidenta”, diz Guedes. A pesquisa também capta, segundo o diretor do Sensus, os apoios políticos que Aécio recebeu durante a semana, entre eles o do PSB, PV e PPS.

As 2000 entrevistas feitas em 24 Estados e 136 municípios mostra que houve uma migração do eleitorado à candidatura tucana mais rápida do que as manifestações oficiais dos líderes políticos. No levantamento sobre o total dos votos, Aécio soma 52,4%, Dilma 36,7% e os indecisos, brancos e nulos são 11%, tudo com margem de erro de 2,2% e índice de confiança de 95%. Nos votos espontâneos, quando nenhum nome é apresentado ao eleitor, Aécio soma 52,1%, Dilma fica 35,4% e os indecisos são 12,6%. “A analise de todos esses dados permite afirmar que onda a favor de Aécio detectada nas duas semanas que antecederam o primeiro turno continua muito forte”, diz Guedes. O tucano, segundo a pesquisa ISTOÉ\Sensus, vence em todas as regiões do País, menos no Nordeste. No PSDB, a espectativa é a de que a diferença a favor de Dilma no Nordeste caia nas próximas pesquisas, principalmente em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Em Pernambuco devido o engajamento da família de Eduardo Campos na campanha, oficializado na manhã do sábado 10. Na Bahia em função da presença mais forte do prefeito de Salvador, ACM Neto, no palanque tucano. E, no Ceará, com a participação do senador eleito Tasso Jereissati.

Além da vantagem regional, Aécio, de acordo com o levantamento, supera Dilma em todas as categorias socioeconômicas, o que, segudo a análise de Guedes, indica que a estratégia petista de apostar na divisão do País entre pobres e ricos não tem dado resultado.

PESQUISA ISTOÉ|Sensus
Realização – Sensus

Registro na Justiça Eleitoral – BR-01076/2014
Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – de 07 a 10 de Outubro de 2014
Margem de erro - +/- 2,2%
Confiança – 95%

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: primeira pesquisa para o 2. turno: inversao das tendencias

Sem comentários, pois tudo é preliminar, e muitas surpresas vão ainda aparecer (sobretudo as mais desagradáveis, sabe-se lá de onde virão, não é mesmo?).
Paulo Roberto de Almeida

Primeira pesquisa de segundo turno mostra Aécio com 54% e Dilma com 46%

InfoMoney. 8/10/2014

Pesquisa foi feita pelo Instituto Paraná, encomendada pela revista Época; em relação a rejeição, Dilma tem 41%, enquanto outros 32% afirmaram que não votariam em Aécio “de jeito nenhum”

SÃO PAULO - Pesquisa do Instituto Paraná, encomendada pela revista Época, divulgada na tarde desta quarta-feira (8) mostrou o candidato do PSDB, Aécio Neves, à frente nas intenções de voto com 54%, enquanto Dilma Rousseff (PT) apresenta 46% dos votos válidos. Considerando os eleitores indecisos e votos em branco - que somaram 10% -, Aécio tem 49% e Dilma 41%.
Na pesquisa espontânea, em que não são citados os nomes de cada candidato, Aécio tem 45%, e Dilma, 39%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O instituto Paraná Pesquisas entrevistou, entre a segunda-feira (6) e esta quarta-feira (8), 2.080 eleitores. Foram feitas entrevistas pessoais com eleitores maiores de 16 anos em 19 Estados e 152 municípios.
“Podemos afirmar que Aécio Neves inicia o segundo turno com uma boa vantagem, porque herdou mais votos de Marina Silva (a terceira colocada). Vamos ver como o eleitor se comportará após o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão”, afirmou o economista Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas, para a revista Época.

Eleicoes 2014: um Itamaraty verde? Marina Silva como "chancelera" de Aecio? A ver...

Já ouvi todos os tipos de boatos sobre um futuro governo Aécio Neves, inclusive que Joaquim Barbosa seria seu ministro da Justiça.
Esta ainda não tinha ouvido, e penso que não tem fundamento, a acreditar na falta de crédito do jornalista (ops!), mas para cada notícia, ou fofoca, tem de haver algum fundamento, sob risco de perda de crédito total...
Paulo Roberto de Almeida

TERÇA, 07/10/2014, 09:15

Por apoio no segundo turno, PSDB sinaliza convite a Marina ao Ministério das Relações Exteriores

Kennedy Alencar, CBN
 
Se eleito, a ideia de Aécio Neves é que a ex-senadora seja uma espécie de chanceler verde do Brasil. Além disso, o Itamaraty daria menos foco ao Mercosul para negociar mais com os EUA e a União Europeia, diferentemente do PT.
A ideia do PSDB é que Marina lidere a diplomacia verde do Brasil no mundo. Com Aécio e Marina, o Itamaraty daria menos foco ao Mercosul e mais a tentativas de negociar em blocos com os Estados Unidos e a União Europeia.
No entanto, Aécio e Marina ainda decidem sobre fim da reeleição, proposta da candidata do PSB que seria condição para apoio a Aécio.
Já Dilma se reúne com políticos aliados em Brasília e tenta reforçar sua candidatura na região Sudeste, que reúne os maiores colégios eleitorais do país. No Rio de Janeiro, Michel Temer conversou com Pezão e pediu apoio a Dilma, numa tentativa de evitar a chapa “Aezão”. Em São Paulo, a situação é mais complicada. Haverá uma reunião de prefeitos do PMDB e do PT – partidos adversários na eleição estadual - para tentar afinar parceria. Em Minas Gerais, a responsabilidade vai ficar com Fernando Pimentel (PT), governador eleito no primeiro turno, já que Aécio tenta virar o jogo em seu estado.
Marina Silva durante debate da TV Globo (Crédito: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)Marina Silva durante debate da TV Globo
(Crédito: Marcelo Carnaval / Agência O Globo)
duração: 03:50

Leia mais: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/kennedy-alencar/2014/10/07/POR-APOIO-NO-SEGUNDO-TURNO-PSDB-SINALIZA-CONVITE-A-MARINA-AO-MINISTERIO-DAS-RELACOES-E.htm#ixzz3FWRJtIhc

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: o Brasil em ritmo de desenho animado, no abismo - Mansueto Almeida

A atual situação brasileira me lembra aqueles desenhos animados de antigamente -- não sei se ainda fazem assim -- nos quais um personagem qualquer corre freneticamente para a frente de um precipício e, por um momento, continua a correr no ar, tranquilamente, até que se dá conta de que já saiu da terra firme e vai abaixo pelo precipício.
Assim me parecem os milhões de eleitores que vão votar na Marina Silva: embevecidos com o que querem deixar para trás, não percebem que talvez estejam caminhando no ar, antes da queda, que pode ser brutal. Pode ser, ou não. Não sabemos, exatamente, mas pelo que conheço da personagem, ela é a própria inconsciente, a sonâmbula econômica, que promete maravilhas, sem ter condições de cumprir.
Não tenho nada a dizer aos eleitores da soberana, pois eles se dividem em poucas categorias: os assistidos, e que pretendem continuar a sê-lo, e acreditam que só a soberana pode garantir isto; os militantes da causa, que não gostam, visivelmente, da candidata, mas se sacrificam pela causal; e os oportunistas, aqueles que estão sempre com o governo, qualquer que seja ele, e que podem trocar de time, se sentirem o precipício eleitoral chegando.
Finalmente, aos eleitores do Aécio, creio que posso repetir as palavras do meu amigo, economista Mansueto Almeida: eles querem o melhor para o país, mas parece que não vão conseguir, pelo menos não desta vez.
Enfim, o Brasil parece condenado a ficar nas mãos dos mafiosos ou dos sonháticos, e assim vamos caminhando para o precipício...
Paulo Roberto de Almeida

O senador Aécio está bem, mas o Brasil?

Vejo nos jornais muita especulação e uma excessiva preocupação com o futuro do senador Aécio. Algumas analistas colocam a candidatura do senador Aécio nos seguintes termos: “se o senador quiser ganhar……” ; “o senador estuda como descontruir sua oponente….”, etc.
Algumas vezes, da forma que alguns analistas colocam a disputa eleitoral, tenho a impressão que se trata de uma disputa entre candidatos cujo o grande vencedor é “o candidato” e não os seus eleitores. Quem perde em não eleger o senador Aécio Neves presidente da república não é ele, mas sim os eleitores que acreditam no seu projeto e a população brasileira que deixará de contar, na minha opinião que conheço o candidato, com um homem público com vasta experiência política e de gestão.
É o único candidato com uma experiência nas duas casas do legislativo e no executivo como governador de Minas Gerais por oito anos. O senador Aécio tem uma experiência comprovada na costura de alianças políticas que serão necessárias para quebrar a letargia da falta de reformas no Brasil, algumas bastantes complexas que ainda não foram postas à mesa por nenhum dos candidatos.
A impressão que tenho é que o senador Aécio está muito bem. Está empolgado com a sua campanha, nos últimos dois anos vem participando ativamente de debates no Brasil e, independente do resultado das eleições, continuará como um político influente no cenário nacional, seja como Presidente da República ou como Senador da República. Aqui vejo um cenário ganha-ganha para o PSDB qualquer que seja o resultado das eleições.
Depois de quatro anos, o PSDB poderá ter o seu time reforçado no Senado Federal com um conjunto de políticos que são formadores de opinião e com forte inserção na mídia nacional. Alguém já parou para pensar o que poderá ser o novo senado com nomes como Tasso Jereissati (PSDB-CE), Anastasia (PSDB-MG), José Serra (PSDB-SP) e, ainda, com Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) no Senado Federal ou no Palácio do Planalto? São nomes com experiência de governo e com forte inserção no meio empresarial e na imprensa brasileira.
Em um governo do PSDB, eles fariam a diferença e, em um governo da oposição, esse grupo será motivo de alegria ou de dor de cabeça para o executivo. Motivo de alegria porque o grupo não será um obstáculo à provação de reformas que o país precisa. Mas poderá trazer dor de cabeça porque esse grupo conhece muito bem como funciona a máquina pública e não será empulhado por falsas promessas.
Ainda é muito cedo para se definir o resultado das eleições pelas pesquisas. Se pesquisa eleitoral definisse eleição, vários dos candidatos hoje a governador deveriam renunciar suas candidaturas, pois alguns deles não alcançam nem 10% das intenções de voto. O mesmo valeria para aqueles candidatos com elevada taxa de rejeição em um segundo turno. Mas alguém no seu pleno juízo acha que pesquisa eleitoral com pouco mais de dois mil eleitores define eleição? Não. Mostra tendência é claro, mas não define eleição.
Uma coisa, no entanto, é possível afirmar. O próximo presidente não terá três meses para definir o que irá fazer para recuperar o tripé macroeconômico. A situação fiscal hoje está muito ruim e enganam-se aqueles que acham que será fácil recuperar o superávit primário de forma rápida. Não será possível termos um choque fiscal na magnitude que se fez em 1998-1999 e 2003. Adicionalmente, o cenário fiscal para os próximos anos vem se deteriorando muito rápido devido as despesas e programas já contratados.
O próximo presidente não terá muito tempo para definir sua equipe econômica, um plano consistente para recuperar o superávit primário e controlar o crescimento do gasto público no pós-eleição. Acho até que a construção de uma acordo multipartidário com os lideres dos partidos imediatamente após a eleição seria um boa opção para acalmar o nervosíssimo do mercado.
É claro que, como analista, não acredito nesse cenário para o atual governo que, por quatro anos sucessivos, tentou “enganar” analistas de mercado, jornalistas e a população quanto a real dimensão da piora fiscal. Ademais,  tem atuado de forma consistente e não transparente para esconder o custo de suas políticas, vide o caso da política de subsídios.
A presidenta Dilma, corretamente, questionou a candidata Marina ontem em debate do custo dos programas do PSB, que não cabem no PIB. A conta que fiz é que seria necessário um crescimento da despesa primária do Governo Central perto de 2,5 pontos do PIB até 2018 para cumprir com as várias promessas (ou compromissos) do programa do PSB. As três mais caras seriam: (i) passe livre para os estudantes; (ii) 10% da receita bruta da União para saúde; e (iii) antecipação do cronograma de aumento do gasto com educação (% do PIB) do Plano Nacional de Educação.
Um crescimento da despesa primária de 2,5 pontos do PIB em quatro anos é maior do que o crescimento da despesa primária do Governo Central (governo federal, previdência e banco central) de 1998 a 2010 – 12 anos de governo FHC-1, LULA-1 e LULA-2. Como o superávit primário hoje está próximo de “zero”, um crescimento tão grande em quatro anos só seria possível com um violento aumento da carga tributária. Mas a presidenta Dilma e o seu governo tem “zero” de credibilidade para falar de responsabilidade fiscal. Repito: “zero”.
Eu já falei isso diversas vezes e torno a repetir. No início do governo Dilma tínhamos um superávit primário de 3,1% do PIB. Ao longo de quatro anos, o governo perdeu 1% do PIB com desonerações que fez, sem ter criado o espaço fiscal para essa política, e a despesa primária (não financeira do Governo Central) crescerá um pouco acima de 2 pontos do PIB. Assim, o superávit primário de 3,1% do PIB foi transformado em praticamente “zero”. O que “sustenta” o superávit primário um pouco acima de 1% do PIB são truques contábeis e receitas não recorrentes.
Não é comum ter refinanciamento de divida (Refis) em anos sucessivos, não é comum a ciranda financeira que se faz com o BNDES para gerar um falso lucro pelo carregamento de títulos públicos, não é comum os atrasos de repasses para a Caixa Econômica Federal pagar os benefícios sociais e previdência, não é comum a crescente dívida do Tesouro com bancos públicos (subsídios do PSI e do crédito agrícola) e não é comum tanto desprezo pela transparência na execução do orçamento.
No sábado falei com o senador Aécio Neves por telefone e ele vai muito bem e, como sempre, empolgado com as eleições. Nós eleitores que deveríamos estar muito preocupados com o futuro do Brasil, pois estamos a um mês das eleições e tenho a sensação que o eleitor espera soluções mágicas do próximo governo. Sonhar é preciso, mas é também necessário maior realismo com a nossa situação econômica atual. Um realismo que não virá do atual governo, que encara os truques fiscais como uma “estratégia” de crescimento, e nem tão pouco do compromisso com maiores gastos.
Assim, vamos nos preocupar um pouco mais com as propostas dos candidatos e com o debate mais profundo que deveria estar ocorrendo nesta campanha eleitoral e não está. O senador Aécio Neves vai muito bem e cada vez mais empolgado em debater os rumos do Brasil. Mas o Brasil está bem?

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: as propostas de politica economica dos tres principais candidatos - Rafael Hotz


Saiba o que pensam os 11 candidatos à presidência sobre economia
Rafael Hotz 
1 de setembro de 2014

Nesse texto iremos analisar as propostas macroeconômicas de todos os candidatos, mostrando quais são seus erros e virtudes. [NOTA PRA: só consideramos aqui os três primeiros, pois os demais são irrelevantes.]
As análises tomam como base os programas arquivados no site do TSE, exceto no caso de Marina Silva, para a qual consideramos o programa liberado em seu site de campanha no dia 29/08.
Focamos apenas nas propostas macroeconômicas por conveniência prática, uma vez que precisaríamos de um livro para cobrir todas as propostas econômicas (e as demais propostas). Os resultados da análise dizem respeito somente a esse tópico específico.
Fornecemos ainda um quadro resumo geral de cada candidato e um gráfico mostrando quão pró-empreendedorismo ou anti-empreendedorismo ele é.
As análises não representam preferência nem intenção de voto do analista (mesmo porque se trata de um único tópico dentre os demais relevantes para uma decisão). A ordem dos candidatos no texto é a mesma da pesquisa IBOPE de 27/8.
Gráfico Resumo
A escala do gráfico varia de “0” (status-quo = candidata do PT = Dilma) até “5” e –“5”.
Temos que “5” é igual ao candidato percebido na análise como o mais pró-empreendedorismo, e todos os candidatos percebidos como mais pró-empreendedorismo do que o status quo são comparados na escala de “0” a “5” com o candidato “5”. O procedimento análogo é feito com o candidato percebido como mais anti-empreendeorismo (igual a –“5”).
As escalas são subjetivas e deste analista unicamente. O “5” e o “-5” não possuem a mesma intensidade (são comparadas separadamente em relação ao “0”). O “5” e o “-5” não representam nem se comparam a um pró ou anti-empreendedorismo ideal. O gráfico não é um Diagrama de Nolan.
Percebemos que o candidato mais pró-empreendedorismo, dentre aqueles considerados mais pró-empreendedorismo do que o status quo, é o candidato Pastor Everaldo. Sua diferença percebida para os demais candidatos é grande somente em relação ao candidato Eymael.
Do outro lado, três candidatos anti-empreendeorismo são considerados do mesmo calibre no extremo, com pequena diferença para a candidata mais próxima. O candidato Levy Fidelix foi considerado do status quo.
Quadro Resumo



Análise das Políticas Macroeconômicas

1) PT – Dilma Rousseff
Começamos com o programa do PT. O documento arquivado na página do TSE não é um programa de governo dividido em tópicos, mas na verdade uma sopa de estatísticas, aspirações e louvores aos feitos de 12 anos de governo PT (sim, os marqueteiros do próprio PT consideraram estritamente necessário vincular Dilma a uma continuação do governo Lula da Silva).
O documento torna até difícil a comparação com as ideias e propostas dos demais, uma vez que o mesmo é majoritariamente escrito no tempo verbal passado e com diversos temas distintos intercalados. Ou seja, bagunçados como as contas públicas federais da gestão Rousseff. Assim sendo, um aperitivo:
“A política macroeconômica defendida nas campanhas eleitorais e executada nos governos do PT e dos partidos aliados é baseada na construção de condições para redução sustentável das taxas de juros; na flexibilidade da taxa de câmbio em patamares compatíveis com as condições estruturais do País; na inflação baixa e estável; no rigor da gestão fiscal; na ampliação do investimento público; no incentivo ao investimento privado e no fortalecimento das parcerias entre Estado e iniciativa privada.”
Olhando o retrovisor, conforme a equipe da Sra. Rousseff deseja, não nos surpreende a debandada de aliados propondo políticas econômicas agora opostas, como Pastor Everaldo e Marina Silva.
A taxa de juros nominal (SELIC) foi reduzida na canetada. Mas justamente pela falta de construção de condições (dentre elas, a redução dos gastos públicos), a mesma teve que ser elevada a patamares praticamente idênticos ao do início da gestão. E ainda sim a inflação supostamente baixa precisa ser manipulada com política tributária para bater no teto da meta…
O câmbio flutuante foi jogado fora. Os dizeres “patamares compatíveis com as condições estruturais do país” reforçam a tese de que o alto escalão do governo acredita que o câmbio deva ser desvalorizado para que supostamente a indústria nacional não quebre – como se a presença de diversos setores industriais em nossa área geográfica fosse o melhor para os consumidores. Ou então para que não haja um bicho papão chamado “doença holandesa”.
Só esqueceram-se de perguntar a qualquer indivíduo consumidor dentro das linhas imaginárias que compõem o Brasil se ele se incomoda ou não com a apreciação cambial, ou se ele se importa com as linhas imaginárias dentro das quais os produtos que ele consome foram produzidos.
O investimento público continua pífio, mesmo tendo havido a Copa (suposta desculpa para diversas obras urbanas superfaturadas) e a inclusão do Minha Casa Minha Vida nas rubricas. O investimento privado foi totalmente desincentivado com a incerteza regulatória gerada no governo Rousseff (vide setor elétrico).
As maravilhosas parcerias entre Estado e iniciativa privada nos brindaram, dentre outras dádivas, com os incríveis campeões nacionais que apenas perdem, além da crise do grupo X. Enfim, o parágrafo é um completo nonsense.
O parágrafo a seguir é o único que menciona a política macroeconômica no tempo verbal futuro.
“Um dos alicerces deste novo ciclo é o fortalecimento de uma política macroeconômica sólida, intransigente no combate à inflação e que proporcione um crescimento econômico e social robusto e sustentável. Crescimento econômico estimulado pelo aumento da taxa de investimento da economia e pela ampliação de um mercado doméstico sólido e dinâmico, e que ocorra sem obstáculos, graças à expansão dos investimentos em infraestrutura. Prosperidade social que seja acompanhada pela geração de oportunidades para todos, por meio dos programas de inclusão dos historicamente excluídos e da educação para elevar a formação e a qualificação científica e técnica de nosso povo.”
Os assessores de Dilma continuam sem entender que, tudo mais constante, há um dilema econômico entre presente e futuro, entre mais consumo e mais investimento.
Mais consumo (“pela ampliação de um mercado doméstico”) significa menos recursos para financiar investimentos. Significa menos crescimento e, por consequência, menos consumo no futuro. Fazem isso há 12 anos (com maior intensidade nos últimos 6) e ainda não perceberam a ineficácia.
Como nada mais é dito no programa, podemos inferir que a proposta do PT se trata de mais do mesmo: o teto da meta de inflação é o alvo, o superávit primário foi descartado, as contas públicas são um labirinto e o câmbio flutuante foi banido.

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2) PSB – Marina Silva
O tardio documento da candidata relâmpago é aquele com o layout mais trabalhado, tendo 124 páginas, cores e divisão em seis eixos. Considerando ainda que a fonte é pequena e as folhas são duplas, é de dar medo: é muita vontade de criar novas regras e exercer poder!
Sua seção sobre economia ocupa 25 dessas páginas. O estilo de escrita, utilizando até gráficos, deixa clara a influência dos economistas associados, mais notadamente Eduardo Giannetti e André Lara Resende. E não só a escrita, como o diagnóstico dado para os problemas econômicos atuais e algumas frases em “economês” e de efeito, como por exemplo:
“Devidamente regulamentados, esses mercados promovem a alocação eficiente de recursos, a diversificação dos riscos, a redução dos custos de transação e a melhora dos padrões de governança corporativa.”
“O governo deixará de ser controlador dos cidadãos, para se tornar seu servidor. Deixará de ver o setor público como o criador da sociedade. O Estado tem de servir à sociedade, e não dela se servir.”
Legal, mas lembremos: falar até papagaio fala! E quem muito fala uma hora se enrola. Aliás, esse lembrete é o mais importante quando lemos o programa da Sra. Silva.
Parte do programa econômico versa sobre questões macroeconômicas, parte sobre questões microeconômicas, como por exemplo, política energética, e parte sobre coisas como economia de baixo carbono, preservação ambiental, desigualdade de renda e coisas do gênero. Comentaremos a parte macroeconômica, assim como algum outro tópico relevante.
“• Recuperar o tripé macroeconômico básico, que implica:
1) trabalhar com metas de inflação críveis e respeitadas, sem recorrer a controle de preços que possam gerar resultados artificiais, e criar um cronograma de convergência da inflação para o centro da meta atual;
2) gerar o superávit fiscal necessário para assegurar o controle da inflação − a médio prazo, os superávits devem ser não só suficientes como também incorporados na estrutura de operação do setor público, de tal maneira que possam ser gerados sem contingenciamentos.
3) manter a taxa de câmbio livre, sem intervenção do Banco Central, salvo as ocasionalmente necessárias para eliminar excessos pontuais de volatilidade, com vistas a sinalizar para o mercado que políticas fiscais e monetárias serão os instrumentos de controle de inflação de curto prazo.”
Ok, metas críveis e respeitadas, mas qual é a meta? Ao que parece é a meta atual de 4,5% mesmo… Nesse quesito é válida e Lei de Tiririca, pior que está não fica. Menos mal.
Ok, os superávits supostamente serão feitos, e mais para frente não haverá mais o golpe do contingenciamento de recursos, finalmente havendo um orçamento crível logo quando de sua elaboração? Ótimo, queremos ver.
Câmbio flutuante… Pera, câmbio que flutua, mas que quando eu quiser ele não flutua mais? Bom, a Lei de Tiririca é válida novamente, menos mal.
“• Assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação. Como em todos os países que adotam o regime de metas, haverá regras definidas, acordadas em lei, estabelecendo mandato fixo para o presidente, normas para sua nomeação e a de diretores, regras de destituição de membros da diretoria, dentre outras deliberações. O modelo será mais detalhado após as eleições, com base em debates já avançados sobre o tema.”                                                                                                                                        
Um limite efetivo e real sobre o poder de atuação do Banco Central, no entanto, é muito mais importante do que independência operacional.
Um Banco Central comandado por analfabetos econômicos de forma operacionalmente independente, com poucas restrições à sua atuação, é muito pior do que um Banco Central cuja emissão de moeda é proibida por seu estatuto ou fixada a uma taxa muito baixa.
No mais, a equipe da Sra. Silva se esquivou. Possuem a desculpa da pressa de elaboração do documento e a candidatura inesperada.
“• Acabar com a maquiagem das contas, a fim de que elas reflitam a realidade das finanças do setor público.
• Reduzir a dívida modificada − definida como dívida bruta menos reservas −, evitando-se artifícios que contribuam para realizar gastos sem elevar o déficit primário ou o endividamento líquido do setor público.”
Contas públicas transparentes e sem truques é o bê-á-bá. Reduzir dívida bruta? Ok, mas como? Aumento de impostos? Ou corte de gastos? Ficamos esperando mais dicas…
“• Corrigir os preços administrados que foram represados pelo governo atual, definindo regras claras quando não existirem.
• Reduzir o nível de indexação da economia.”
A correção de preços administrados é algo que deve ser feito imediatamente, para que tenhamos noção do estrago feito por tal intervenção. Os setores afetados (principalmente gasolina e energia) precisam saber quanto vale seu produto e quanto se descapitalizaram com o experimento da gestão Rousseff. E de quebra precisamos saber qual foi a conta que deverá ser paga.
Quanto à indexação, ela será reduzida assim que o mercado passar a acreditar em cenários macroeconômicos mais previsíveis e com inflação mais baixa. Indexação nada mais é do que um hedge contra a inflação – qualquer pessoa racional irá utilizá-la enquanto houver inflação.
“• Criar o Conselho de Responsabilidade Fiscal (CRF), independente e sem vinculação a nenhuma instância de governo, que possa verificar a cada momento o cumprimento das metas fiscais e avaliar a qualidade dos gastos públicos. O propósito será acompanhar a execução do orçamento da União, aprovado pelo Congresso Nacional. Além de tratar do andamento de receitas e despesas ao longo do ano, este órgão deverá evoluir em direção à análise de horizontes mais longínquos e fornecer instrumentos para o planejamento público, de caráter transversal, a longo prazo. Os quadros desse conselho deverão ser escolhidos por critérios técnicos, com regras transparentes, estabelecidas em lei e aprovadas pelo Congresso.”
Poxa, temos TCU (Tribunal de Contas da União), CGU (Controladoria Geral da União), Ministério do Planejamento, Ministério da Fazenda e precisamos criar mais um órgão de controle fiscal para que haja controle das contas públicas? Tá de sacanagem né? É mais fácil reduzir a quantidade de dinheiro que passa por Brasília…
“Nossa coligação assume o compromisso de encaminhar ao Congresso Nacional proposta de emenda constitucional que reformule profundamente o sistema tributário orientada pelas seguintes diretrizes: não-aumento da carga, simplificação dos tributos, eliminação da regressividade, redução da taxação dos investimentos, justiça tributária, transparência e melhor repartição das receitas entre os entes federados.
Antes de tudo, cabe destacar o compromisso com a simplificação de impostos, contribuições e procedimentos das empresas. Reduzir o número de tributos e tornar mais simples seus cálculos e os procedimentos para recolhimento são princípios essenciais da reforma.”
Mais acima notamos que a equipe da Sra. Silva quer reduzir a dívida bruta (aumentar o superávit primário). Agora diz que não pretende aumentar impostos. Só não li em parte alguma que pretendem reduzir gastos! Redução no programa, apenas de emissões de carbono… Quem muito fala acaba se entregando…
Eliminar regressividade combinada com a redução de taxação de investimentos (pessoa jurídica) e manutenção da carga tributária só pode significar uma coisa: as alíquotas mais altas do IRPF subirão e tributos indiretos cairão! E não se surpreendam se um “imposto sobre grandes fortunas” aparecer…
Sim, poderia ser pior: todos poderiam pagar mais os impostos para fazer superávit primário. Mas também poderia ser melhor: os impostos poderiam cair para todos, assim como a regressividade, caso os gastos públicos caíssem. Mas o programa não prevê explicitamente corte de gastos…
No mais, simplificação de tributos é bom, todos prometem, mas ninguém nunca consegue fazer. Menos mal.
“Resumidamente, alguns problemas do mercado de crédito atual devem ser resolvidos em nosso governo. São eles: 1) subsídios não transparentes ao crédito; 2) acesso discricionário para as grandes empresas a partir de bancos públicos; 3) custo do crédito muito elevado, especialmente para a população mais pobre.
O último item merece análise mais detida. O Brasil trabalha com elevados spreads bancários – spread é diferença entre as taxas de juros cobradas de tomadores de crédito e as pagas a quem investe dinheiro no banco. Os motivos principais disso são: impostos altos, regulação inadequada, taxa básica de juros quase sempre elevada e baixo nível de informação sobre potenciais tomadores de crédito.”
Um adendo: a equipe de economistas da Sra. Silva está errada quando diz que a taxa básica elevada é causa do spread alto, quando o próprio spread é a diferença entre a taxa básica paga e a taxa cobrada na ponta.
Por regulação inadequada espero que a equipe da Sra. Silva lembre das regulações bancárias de Basiléia, que isentam os títulos públicos de requerimentos de capital e oneram o crédito ao setor privado. Além disso, eu acrescentaria falta de competição: mas para isso é necessário políticas macroeconômicas estáveis que permitam vinda de recursos do exterior…
“Diante desses problemas, devemos caminhar gradualmente para um sistema no qual o crédito público para empresas seja complementar, e não inibidor do sistema de crédito privado, focando em negócios com as seguintes características: 1) empresas pequenas e nascentes; 2) projetos inovadores ou com alto impacto social; 3) projetos de maturação muito longa que exijam alto volume de recursos, como obras de infraestrutura.”
Em outra oportunidade, criticamos justamente um bem intencionado economista mainstream que defendia direcionamento de crédito público para estas atividades. Repetindo, falar em subsídios para a “inovação” ignora o fato básico de que os recursos são escassos, e um dado nível de renda e consumo demanda uma determinada previsibilidade de oferta.
No mais, a atividade empresarial nada mais é do que inovação constante. O combustível para essa inovação consiste nos lucros potenciais gerados ao atender eficientemente demandas de consumidores até então não atendidas ou demandas sequer concebidas.
A inovação pode vir de qualquer empresa, nova ou velha, pequena ou grande. Para haver inovação, basta haver ausência de barreiras legais para empreender. Se a gestão Rousseff errava para um lado, a equipe da Sra. Silva parece querer errar para outro. Small not always is beautiful.
“Os subsídios ao crédito agropecuário e aos programas de habitação popular deverão continuar, mas com maior participação dos bancos privados, evitando subsídios não computados e ineficiências na alocação. A transição deve ser gradual, para que não se provoque redução de investimentos, quando o objetivo é ampliá-los. Nessa perspectiva, pretendemos desenhar um sistema de incentivos para investimentos em debêntures, propiciando mais fontes de crédito acessíveis ao setor privado (por exemplo, alterando a regulação de fundos de pensão), e para empréstimos de longo prazo dos bancos privados para empresas.”
Mais do mesmo? Ademais, como se quer evitar ineficiências na alocação de recursos quando está se fazendo algo que por si só é ineficiente – dando um subsídio?
“Quanto ao custo do crédito, é possível reduzi-lo, especialmente para as camadas mais pobres da população, atuando ao mesmo tempo sobre as várias causas do alto spread. Propomos a redução de impostos, em particular a eliminação do IOF sobre empréstimos, e do nível de reservas compulsórias. Além disso, reformularemos o mercado de crédito de tal forma que, gradualmente, se eliminem os direcionamentos obrigatórios, e regulamentaremos a garantia guarda-chuva (na qual um mesmo bem garante todas as operações de crédito de um cliente, o que gera impacto importante nos juros do cartão de crédito e do cheque especial) e o cadastro positivo.”
A equipe da Sra. Silva quer reduzir os depósitos compulsórios sobre que tipo de depósito? Depósitos à vista são contratos de custódia e deveriam possuir compulsório de 100%, para que não houvesse reservas fracionárias. Já os depósitos a prazo e depósitos em poupança não deveriam ter compulsório, uma vez que consistem em contratos de empréstimo, ao menos em teoria [1].
No mais, o fim dos direcionamentos obrigatórios é um must e afetará diretamente as taxas de juro livre. Mais sobre isso ao comentar outros candidatos…
Em linhas gerais, podemos ver o programa da candidata Sra. Silva como uma tentativa de volta ao primeiro governo Lula, adicionando uma disposição para reformas microeconômicas… A ela resta o benefício da dúvida…

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3) PSDB – Aécio Neves
O programa do candidato Sr. Neves também é um documento dividido em tópicos, facilitando o trabalho do leitor. O programa ainda é claro no que diz respeito às propostas. Vamos a elas.
“1. Autonomia operacional ao Banco Central, que irá levar a taxa de inflação à meta de 4,5% ao ano. Uma vez atingida, a meta será reduzida gradualmente, assim como a banda de flutuação, atualmente em mais ou menos 2%. O Banco Central deverá também suavizar as flutuações do ciclo econômico e zelar pela estabilidade financeira.”
O PSDB ao menos se compromete formalmente em restaurar os pilares macroeconômicos básicos que foram utilizados no período de estabilidade (2003 até 2010). Reduzir a tolerância à inflação de preços é algo positivo, bem como a redução da banda de flutuação do regime de metas.
Ainda sim, o programa é muito tímido do ponto de vista da Escola Austríaca. Considerando tudo mais constante, a inflação de preços é causada pelo aumento na oferta monetária, esta efetuada pelo Banco Central e pelo sistema de reservas fracionárias nos bancos comerciais, o qual o primeiro é capaz de influir.
Um programa que realmente quisesse promover estabilidade macroeconômica deveria inicialmente congelar a base monetária, o que implicaria no fim da emissão de moeda pelo Banco Central. Isto implicaria no fim da compra de dívida pública por parte do Banco Central (calote inflacionário).
Numa economia que cresce, os preços caem conforme as coisas se tornam mais abundantes. Não deveria haver piso positivo para a meta de inflação de preços – de fato, sequer deveria haver uma meta de inflação de preços!
Tudo mais constante, como consequência, teríamos um câmbio continuamente em apreciação, uma vez que os demais governos continuam a imprimir moeda e desvalorizar seu câmbio. O ganhador seria o brasileiro comum, que veria cada vez mais ampliado seu acesso a bens e serviços importados, melhorando seu padrão de vida.
As indústrias teriam acesso a insumos baratos advindos do exterior. Os setores mais eficientes seriam os que sobreviveriam. Os setores não competitivos iriam à falência, porém isto é algo positivo: os insumos até então utilizados por eles ficariam à disposição de outros setores, possibilitando um aumento de produção sem pressão nos custos.
“2. Geração de um superávit primário suficiente para, gradualmente, reduzir as dívidas líquida e bruta em comparação ao PIB. Este superávit poderá ser ajustado para refletir o movimento cíclico da economia.”
Aos leigos: superávit primário é quanto o setor público poupou para pagar dívida. Sem ele, caso o governo arrecade menos do que gasta (a norma), o governo terá que confiscar recursos via emissão de moeda (inflação) ou postergar o problema via emissão de mais dívida pública.
O programa é bem vindo no sentido de que propõe reduzir a divida bruta em relação ao PIB. No entanto, o programa é muito tímido e pouco claro caso seja criticado do ponto de vista da Escola Austríaca.
O suposto gradualismo confere uma discricionariedade muito grande ao governo. Ele pode aumentar pouco ou até mesmo não aumentar o superávit caso julgue adequado.
Uma “adequação cíclica” do superávit implica duas coisas. A primeira é não entender como se dão os ciclos econômicos. Os mesmos são iniciados com a emissão de moeda por parte do próprio sistema bancário, gerando inicialmente uma falsa sensação de prosperidade.
Com mais moeda no sistema, as taxas de juro são artificialmente deprimidas e a inflação de preços começa a aparecer. A dívida pública é monetizada, os poupadores são confiscados e o governo ganha mais acesso a recursos. O ciclo econômico é justamente a morfina que permite ao governo gastar mais e sair impune. Ou seja, confunde-se causa com consequência.
A segunda é crer que um aumento no déficit público pode ser algo bom, dependendo das circunstâncias.
Déficit público mais elevado significa drenar recursos do setor privado em direção ao governo. É simplesmente nonsense acreditar que num momento de dificuldades pode ser eficaz enviar recursos a uma entidade necessariamente ineficiente, que não efetua cálculo econômico racional (não é capaz de destinar recursos para produzir sem desperdícios aquilo que mais se demanda).
“3. Inclusão, no cálculo dos gastos públicos do governo, de todas as despesas, subsídios e desonerações, sem uso de quaisquer artifícios. Esta é uma necessidade absoluta para a construção de um regime macroeconômico robusto. Mais do que isso, é também uma condição básica para o funcionamento de uma democracia, que não admite espaços para gastos públicos extra orçamentários.”
Aqui estamos de acordo. A contabilidade criativa instaurada na gestão Rousseff gera incerteza regulatória e afasta investimentos. O próprio governo deveria entender que ao tentar “ser malandro” ele afasta compradores de sua própria dívida, tendo que pagar um prêmio adicional para captar recursos junto ao mercado.
“4. Criação de ambiente de segurança jurídica, com respeito aos contratos, e de atração de investimentos para o país.”
De acordo. A Incerteza regulatória instaurada na gestão Rousseff afasta investimentos e reduz o crescimento. Trata-se do bê-á-bá.
“5. Minucioso esforço de acompanhamento e avaliação do gasto público, que dê transparência ao processo e permita o contraditório.”
Acompanhar, avaliar, isso todo mundo faz. E quanto a cortar? Seria esse o “contraditório”? Seria medo do PSDB em falar aquilo que quer fazer? Ou eles sequer têm algo a prometer quanto a isso?
No mais, reduzir gastos públicos é essencial. Significa que o governo poderá emitir menos moeda, arrecadar menos impostos e emitir menos dívida. Significa taxas de juro mais baixas e mais dinheiro no bolso do brasileiro. Ao menos não deixam explícito que vão aumentar. Mas nunca duvide…

[NOTA PRA: o texto continua na análise das propostas econômicas dos candidatos nanicos, mas não há necessidade de considerá-las, mesmo se as propostas possam apresentar algum valor intrínseco – como por exemplo, o liberalismo de fachada do Pastor Everaldo, que acredito nem ele saiba bem o que é – pois eles não têm nenhuma chance de influenciar as políticas econômicas.]