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domingo, 26 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: Aecio, candidato dos banqueiros? (como querem os petistas...)

Direto de Brasília:

LINK DO EDITOR

Protegido: COLUNA DE DOMINGO, 26


De: Coluna Esplanada <site@colunaesplanada.com.br>
Data: 26 de outubro de 2014 10:02:38 GMT+1
Para:  <xxxxxxxxxx@xxxxx.com>
Assunto: Boletim Coluna Esplanada - Domingo

Para bancos, Aécio está eleito
Três grandes bancos encomendaram pesquisas não registradas, e não divulgadas, cujos resultados saíram na sexta à noite. Ao contrário do que divulgam os grandes institutos, Aécio Neves (PSDB) será eleito hoje presidente do Brasil, com 5% de vantagem sobre a presidente Dilma. Por isso as bolsas e ações se valorizaram na sexta.


Pronto: os petistas vão retomar sua campanha viciada e viciosa...
Paulo Roberto de Almeida

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: pesquisa ISTOE/Sensus ainda coloca Aecio na frente da candidata oficial

Apenas transcrevendo...
Paulo Roberto de Almeida

Aécio lidera com nove pontos de vantagem sobre Dilma

Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra que o candidato do PSDB chega à reta final da campanha com 54,6% das intenções de voto, enquanto a petista soma 45,4%

Da redação, 24/10/2014
 

 Pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada a partir da terça-feira 21 reafirma a liderança de Aécio Neves (PSDB) sobre a petista Dilma Rousseff nos últimos dias da disputa pela sucessão presidencial. Segundo o levantamento que entrevistou 2 mil eleitores de 24 Estados, o tucano soma 54,6% dos votos válidos, contra 45,4% obtidos pela presidenta Dilma Rousseff. Uma diferença de 9,2 pontos percentuais, o que equivale a aproximadamente 12,8 milhões de votos. A pesquisa também constatou que a dois dias das eleições 11,9% do eleitorado ainda não decidiu em quem votar. “Como no primeiro turno, deverá haver uma grande movimentação do eleitor no próprio dia da votação”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Se for considerado o número total de votos, a pesquisa indica que Aécio conta com o apoio de 48,1% do eleitorado e a candidata do PT 40%.
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Aécio Neves seria eleito presidente do Brasil se a eleição fosse hoje, afirma Sensus
 
De acordo com Guedes, a pesquisa realizada em cinco regiões do País e em 136 municípios  revela que o índice de rejeição à candidatura de Dilma Rousseff se mantém bastante elevado para quem disputa. 44,2% dos eleitores afirmaram que não votariam na presidenta de forma alguma. A rejeição contra o tucano Aécio Neves é de 33,7%. Segundo o diretor do Sensus, a taxa de rejeição pode indicar a capacidade de crescimento de cada um dos candidatos. Quanto maior a rejeição, menor a possibilidade de crescimento. Outro indicador apurado pela pesquisa Istoé/Sensus diz respeito á votação espontânea, quando nenhum nome é apresentado para o entrevistado. Nessa situação, Aécio também está à frente de Dilma, embora a petista esteja ocupando a Presidência da República desde janeiro de 2011. O tucano é citado espontaneamente por 47,8% dos eleitores e a petista por 39,4%. 0,2% citaram outros nomes e 12,8% disseram estar indecisos ou dispostos a votar em branco.
 
Para conquistar os indecisos as duas campanhas apostam as últimas fichas nos principais colégios eleitorais do País: São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. O objetivo do PSDB e ampliar a vantagem obtida em São Paulo no primeiro turno e procurar virar o jogo em Minas e no Rio. Em São Paulo, Aécio intensificou a campanha de rua, com a participação constante do governador reeleito, Geraldo Alckmin, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De acordo com as pesquisas realizadas pelo comando da campanha de Aécio, em Minas o tucano já estaria na frente de Dilma e a vantagem veio aumentando dia a dia na última semana. Processo semelhante ocorreu em Pernambuco, depois de Aécio receber o apoio explícito da família de Eduardo Campos e do governador eleito, Paulo Câmara. Os mesmos levantamentos indicam que no Rio de Janeiro a candidatura do senador mineiro vem crescendo, mas ainda não ultrapassou a presidenta. Para reverter esse quadro, Aécio aposta no apoio de lideranças locais, basicamente de Romário, senador eleito pelo PSB, que deverá acompanhá-lo nos últimos atos de campanha. Para consolidar a liderança, Aécio tem usado os últimos programas no horário eleitoral gratuito para apresentar-se ao eleitor como o candidato da mudança contra o PT. Isso porque, as pesquisas internas mostram a maior parte do eleitor brasileiro se manifesta com o desejo de tirar o partido do governo.
 
No comando petista, embora não haja um consenso sobre qual a melhor opção a ser colocada em prática nos dois últimos dias de campanha, a ordem inicial é a de continuar a apostar na estratégia de desconstrução do adversário. Nas duas últimas semanas, o que se constatou é que, ao invés de usar parlamentares eleitos para esse tipo de ação – como costumava fazer o partido em eleições passadas -- os petistas escalaram suas principais lideranças para a missão, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a própria candidata. Os petistas apostam no problema da falta d’água para tirar votos de Aécio em São Paulo e numa maior presença de Dilma em Minas para procurar se manter á frente do tucano no Estado.   
 
PESQUISA ISTOÉ/Sensus
Realização – Sensus
Registro na Justiça Eleitoral – BR-01166/2014
Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – De 21 a 24 de outubro
Margem de erro - +/- 2,2%
Confiança – 95%

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Addrndum:
Observação de um facebookiano:

Caras, o Datafolha e o IBOPE usam os pesos do Censo do IBGE de 2010 para ponderar os votos por faixa de renda. 

Se você usar os pesos da PNAD 2013 (que retrata com maior precisão a situação atual), o Aécio está na frente em AMBAS as pesquisas IBOPE e Datafolha.

Aécio vai ganhar. Acreditem.

Eleicoes 2014: pesquisas Datafolha e Ibope, com toneladas de sal

Transcrevo apenas postagem do conhecido economista Mansueto Almeida, que por sua vez transcreve nota de colega economista não identificado -- provavelmente trabalha para o governo, ou para algum banco, e não quer sofrer retaliações, como outros, anteriormente -- com observações muito pertinentes sobre a "fiabilidade"das duas pesquisas que colocam a candidata oficial na frente.
Resumindo: esses institutos realizaram uma distorção na amostragem para obter um resultado que satisfaça a candidatura oficial.
Outras pesquisas provavelmente teriam respeitado os critérios metodológicos corretos.
Paulo Roberto de Almeida

Eleição apertada a ser definida nas urnas

Ontem recebi de um amigo uma análise muito boa dos últimos resultados das pesquisas de intenção de voto. Esse amigo é um excelente economista com larga experiência na análise cuidadosa de dados.
Ele explica que os números das pesquisas recém divulgadas são muito próximos e sinalizam para uma eleição muito apertada. É verdade que, na margem, as intenções de voto na presidente Dilma cresceram. Mas não dá para falar absolutamente nada além disso em uma eleição tão competiria como esta. Segue a análise.

“…. os números tanto IBOPE quanto Datafolha não podem ser levados ao pé da letra. Tenho analisado a amostra de ambas pesquisas, nos dois casos encontrei uma amostra com muito mais pobres do que no mundo real. A diferença é inexplicável.
Na PNAD são 26% das pessoas em idade de votar que pertencem a famílias com mais de 5 salários mínimos de renda. Em uma das pesquisas essa fração é de apenas 12 por cento. Uma discrepância similar ocorre com o sinal trocado entre as famílias pobres. Corrigindo por esse erro, até 3 por cento dos votos saem da coluna do PT para a coluna do Aécio (o que empataria a pesquisa do Datafolha e cortaria a vantagem do PT no IBOPE para 2pp).

Existem outros fatores que favorecem Aécio e tornam a eleição mais apertada e competitiva. Tanto Datafolha quanto IBOPE não controlam para o efeito da abstenção, que é historicamente correlacionada com IDH (municipios mais pobres tendem a ter maior abstinência, nulos e brancos). Mais que isso, o aumento na abstinência no segundo turno tende a ser correlacionado com o IDH. Esse efeito não é grande, mas em uma eleição apertada pode fazer a diferença….”
 [Nota PRA: o economista quis dizer abstenção, e não abstinência, que costuma estar ligada a abstinência de alimentos ou de sexo...]

Esta é uma eleição muito competitiva e quem ganha são os brasileiros que têm a chance de escolher projetos diferentes. A grande diferença de propostas entre os candidatos, do meu ponto de vista , não é o social, pois gastos sociais são serão prioritários quem quer que seja o presidente da República. A grande diferença é a política econômica – os meios para  a retomada do crescimento econômico e progresso social do Brasil- e a capacidade de administração do governo federal e da coalização política.
Bos sorte a todos no domingo e vamos ajudar o próximo presidente eleito, seja o Senador Aécio Neves ou a atual presidente Dilma Rouseff, a cumprir com suas promessas de campanha.
No caso do senador Aécio, acho que ficou claro que será necessário um ajuste corretivo na economia brasileira. No caso da presidente candidata Dilma, a sua campanha negou a necessidade de um ajuste pós eleições, mas uma das primeiras medidas do seu governo, independente do resultado das urnas, será comunicar para o mercado que a meta do resultado primário para este ano de 1,9% do PIB não será cumprida.
Adicionalmente, se a presidente for reeleita, não e claro como a sua promessa de campanha de manutenção e ampliação dos subsídios do BNDES e de outros bancos públicos será cumprida. De onde vem o dinheiro eu não sei.
Boo final de semana a todos, boa votação e vamos torcer para que o próximo presidente consiga avançar nas reformas estruturais e no ajuste macroeconômico que precisamos para retomarmos o crescimento econômico com progresso social. Não é normal uma economia com a brasileira crescer apenas 1,6% ao ano (média do governo Dilma). Podemos mais!!!

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Addendum:
Observação de um facebookiano:

Caras, o Datafolha e o IBOPE usam os pesos do Censo do IBGE de 2010 para ponderar os votos por faixa de renda. 

Se você usar os pesos da PNAD 2013 (que retrata com maior precisão a situação atual), o Aécio está na frente em AMBAS as pesquisas IBOPE e Datafolha.

Aécio vai ganhar. Acreditem.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: pesquisa da Sensus coloca Aecio com 13 pontos na frente

Bye-bye companheiros neobolcheviques? Não sei dizer, mas tudo indica que vamos ter de administrar uma série crise de abstinência...
Como no caso desses alcoolatras compulsivos, os companheiros não conseguem viver sem as tetas do Estado. Antes até que sobreviviam, mas depois de 12 anos de lambanças, estão mal acostumados...
Eles já devem ter uma desculpa pronta:
"A despeito de todos os benefícios concedidos por nós, a população preferiu o candidato adversário, o representante da direita reacionária, do neoliberalismo, o homem que vai fazer o Brasil recuar para a submissão ao império e às regras do Consenso de Washington, total alinhamento com o capitalo financeiro internacional, blá, blá, blá. Isso porque, vamos ser sinceros aqui minha gente, a nossa candidata foi muito ruim na campanha, não soube explicar bem ao povo onde estavam os seus verdadeiros interesses, blá, blá, blá."
Enfim, mais ou menos isso, não é?
Acho que vou ficar com uma frase do Aécio: Já deu PT!
E uma outra que eu mesmo adaptei a partir de uma famosa publicidade de presunto: Nem a pau Juvenal!
Pois é minha gente, todo mundo deve ter um petista amigo para consolar.
Sejam generosos, não tripudiem...
Paulo Roberto de Almeida

Brasil/Eleições 2014
ISTOÉ/Sensus  N° Edição:  2343 |  17.Out.14
Aécio está 13 pontos à frente de Dilma
Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra o candidato tucano com 56,4% das intenções de voto e a petista com 43,6%

Pesquisa ISTOÉ/Sensus realizada entre a terça-feira 14 e a sexta-feira 17 mostra a consolidação da liderança de Aécio Neves (PSDB) sobre a petista Dilma Rousseff no segundo turno da sucessão presidencial. De acordo com o levantamento, o tucano soma 56,4% dos votos válidos, contra 43,6% da presidenta. Uma diferença de 12,8 pontos percentuais, que representa cerca de 19,5 milhões de votos. Se fossem considerados os votos totais, Aécio teria 49,7%; Dilma, 38,4%; e 12% dos eleitores ainda se manifestam indecisos ou dispostos a votar em branco. A pesquisa indica que nessa reta final da disputa os dois candidatos já são bastante conhecidos pelos eleitores. O índice de conhecimento de Dilma é de 94,4% e de Aécio, de 93,3%. “Com os candidatos mais conhecidos, a tendência é a de que o voto fique mais consolidado”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. O levantamento, que ouviu 2.000 eleitores de 24 Estados, revela também a liderança de Aécio Neves quando não é apresentado ao eleitor nenhum candidato. Trata-se da chamada resposta espontânea. Nesse quesito, o tucano foi citado por 48,7% dos entrevistados e a petista, que governa o País desde janeiro de 2011, por 37,8%.

Realizada em 136 municípios, a pesquisa ISTOÉ/Sensus também constatou que a campanha petista não conseguiu reduzir o índice de rejeição à candidata Dilma Rousseff. Quase metade do eleitorado, 45,4%, afirma que não admite votar na presidenta de maneira alguma. Com relação ao tucano, segundo o levantamento, a rejeição é de 29,9%. “Isso significa que a margem de crescimento da candidata Dilma é menor do que a de Aécio”, avalia Guedes. Os números mostram, segundo a pesquisa, uma forte migração para o senador tucano dos votos que foram dados a Marina Silva (PSB) no primeiro turno. “Hoje estamos juntos em torno de um programa para mudar o Brasil”, disse Marina na sexta-feira 17, ao se encontrar com Aécio em evento público na zona oeste de São Paulo.

Desde 1989, quando o Brasil voltou a eleger diretamente o presidente da República, é a primeira vez que um candidato que terminou o primeiro turno em segundo lugar começa a última etapa da disputa na liderança. A pesquisa Istoé/Sensus divulgada no sábado 11 já apontava esse movimento, quando revelou que Aécio estava com 52,4% das intenções de voto. Na última semana, os levantamentos que são feitos diariamente pelo comando das duas campanhas também mostraram a liderança de Aécio. É com base nessas consultas que tanto o PT como o PSDB planejam a última semana de campanha. E tudo indica que o tom será cada vez mais quente. No PT há uma divisão. Um grupo sustenta que a campanha deve aumentar o tom dos ataques contra Aécio e outro avalia que a presidenta deva imprimir um ritmo mais propositivo à campanha. O mais provável, no entanto, é que a campanha de Dilma continue a jogar pesado contra o tucano. Segundo Humberto Costa, líder do PT no Senado, o partido vai insistir na tese de que é necessário “desconstruir a candidatura tucana”. “Não basta ficar defendendo nosso governo”, disse o senador na sexta-feira 17. Claro, trata-se de um indicativo de que a campanha de Dilma vai continuar usando do terrorismo eleitoral. “Se deu certo contra Marina, deverá dar certo contra Aécio”, afirmou Costa.

No QG dos tucanos, a ordem é não deixar nada sem resposta e continuar mostrando ao eleitor os inúmeros casos de corrupção que marcam as gestões petistas, particularmente os quatro anos do governo de Dilma. “Não podemos nos colocar como vítimas. O que precisamos é mostrar nossas propostas, mas em nenhum momento deixar de nos defender com veemência das armações feitas pelos adversários”, disse um dos coordenadores da campanha de Aécio Neves. “Marina tentou apenas fazer a campanha propositiva e acabou atropelada pela máquina de calúnias do PT.” Nessa última semana de campanha, Aécio vai intensificar a agenda em Minas e no Nordeste, principalmente na Bahia, em Pernambuco e no Ceará. Não está descartada a possibilidade de que os nomes de novos ministros venham a ser divulgados pelo candidato.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: pesquisas eleitorais (alguem confia?), apenas para registro, segundo turno

Nem vou comentar, sequer ler todas elas, pois seria perda de tempo, mas meu amigo Maurício David coletou várias e faz o comentário inicial.
A serviço de quem gosta desse tipo de coisa. Prefiro debates, que aliás tem sido miseráveis.
Paulo Roberto de Almeida

Assustada com avanço de Aécio, campanha de Dilma pede socorro ao Bispo Macedo (dono da Igreja Universal e da Rede Record de Televisão) para apresentar pesquisa "montada" para favorecê-la. A Igreja Universal, como se sabe, vive de fazer milagres... Aparece então uma misteriosa "pesquisa" da Vox Populi encomendada pela TV Record ( Vox Populi é a empresa que fez a campanha do Collor em 1989 e que hoje trabalha com exclusividade contratada pelo PT e pele revista CartaCapital, porta-voz extra-oficial do governo e mantida com verbas das empresas estatais).
Maurício David

Pesquisas Eleitorais para Presidente
14/10/2014
Tal como no filme famoso do Román Polanski 'A Dança dos Vampiros", quanto mais a eleição se aproxima da reta final, mas as campanhas "providenciam" pesquisas favoráveis para segurar os militantes.
Agora, o Vox Populi ( que trabalha para a campanha da Dilma via contratos com o PT e com a publicação pró-governo CartaCapital), providenciou uma para negar as evidências de que o Aecio está com  vários pontos à frente da Dilma, depois do apoio da Marina, do PSB e demais partidos, e do super-escândalo da Petrobrás...
Vejamos o tira-teima com o Ibope e a DataFolha amanhã, quarta-feira...

Vox Populi - Pesquisa Presidente 2º Turno
A última pesquisa Vox Populi encomendada pela TV Record, Record News e Portal R7, referente ao segundo turno da eleição presidencial em 2014, divulgada dia 13 de outubro, mostra Dilma numericamente na primeira posição, mas empatada tecnicamente com Aécio Neves.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Dilma (PT) -  51%
Aécio Neves (PSDB) - 49%

A Justiça Eleitoral chega aos resultados oficiais da eleição através dos votos válidos, procedimento que retira da amostra os votos em branco, nulos e os votos dos eleitores indecisos. Para um candidato ser eleito no segundo turno, ele precisa atingir a maioria dos votos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Dilma (PT) - 45%
Aécio Neves (PSDB) - 44%
Branco/Nulo -  5%
Indecisos - 5%
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 12 de outubro de 2014 com 2.000 eleitores em 147 cidades brasileiras de todas as regiões. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01079/2014 e foi divulgada no site r7.com.

Sensus - Pesquisa Presidente 2º Turno
Na mais recente pesquisa Sensus/Istoé sobre o segundo turno da eleição para presidente em 2014, divulgada dia 11 de outubro, Aécio Neves aparece com 17,6 pontos percentuais a mais que a presidente Dilma, no que se refere aos votos válidos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 58,8%
Dilma (PT) - 41,2%
Nos votos válidos, são retirados os votos em branco, os nulos e os eleitores indecisos, este é o procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral para alcançar o resultado oficial da eleição. O candidato precisa atingir 50% dos votos válidos mais um para ser eleito no segundo turno.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato -  Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 52,4%
Dilma (PT) - 36,7%
Indeciso/Branco/Nulo - 11%
Quando os nomes dos candidatos não foram exibidos, Aécio Neves foi mencionado por 52,1%, Dilma por 35,4% e os indecisos totalizaram 12,6%.

Os entrevistados também foram questionados sobre qual candidato não votariam de forma alguma, neste cenário, Dilma foi a mais rejeitada com 46,3% das citações, enquanto Aécio Neves foi mencionado por 29,2%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 07 e 10 de outubro de 2014 com 2.000 eleitores em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios brasileiros. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01076/2014 e foi divulgada no site istoe.com.br.

Datafolha - Pesquisa Presidente 2º Turno
O Datafolha divulgou dia 09 de outubro a primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da disputa presidencial em 2014. Sob encomenda da TV Globo e do jornal "Folha de S.Paulo", a pesquisa revela Aécio Neves na liderança, mas empatado tecnicamente com Dilma, que vem na sequência com dois pontos percentuais de diferença.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato  - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 51%
Dilma (PT) - 49%
Para chegar aos votos válidos, é retirado da amostra os votos em branco, os nulos e os eleitores indecisos. Este método, é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para determinar o resultado oficial da eleição. O candidato para ser considerado eleito no segundo turno, deverá alcançar 50% dos votos válidos mais um.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 46%
Dilma (PT) - 44%
Branco/Nulo - 4%
Não Sabe/Não Respondeu - 6%
A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 09 de outubro de 2014 com 2.879 eleitores. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01068/2014 e foi divulgada no site Globo.com.

Ibope - Pesquisa Presidente 2º Turno
No levantamento referente ao segundo turno da eleição para presidente em 2014 realizada pelo Ibope, encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", divulgada dia 09 de outubro, Aécio Neves aparece numericamente na primeira posição, mas empatado tecnicamente com a presidente Dilma.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 51%
Dilma (PT) - 49%
Para a obtenção dos votos válidos, procedimento usado pela Justiça Eleitoral para chegar aos resultados oficiais da eleição, é realizado ao excluir os votos em branco, nulos e os votos dos eleitores indecisos. Para um candidato ser eleito no segundo turno, é necessário que obter a maioria dos votos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 46%
Dilma (PT) - 44%
Branco/Nulo/Nenhum - 6%
Não Sabe/Não Respondeu - 4%
Em relação a rejeição dos candidatos, quando os eleitores são questionados sobre qual candidato não votariam de forma alguma, Dilma foi a mais rejeitada com 41% das menções, enquanto Aécio Neves obteve 33%.

Perguntaram ainda aos entrevistados quem eles achariam que venceria a eleição, independentemente da intenção do voto. Neste cenário, 49% acham que Dilma será reeleita, enquanto 40% acreditam que Aécio vencerá e 11% não sabem ou não responderam.

A pesquisa foi realizada entre os dias 07 e 08 de outubro de 2014 com 3.010 eleitores. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01071/2014 e foi divulgada no site Globo.com.

Veritá - Pesquisa Presidente 2º Turno
A pesquisa eleitoral sobre o segundo turno para presidente em 2014 do Instituto Veritá, realizada com recursos próprios e divulgada dia 09 de outubro, mostra Aécio Neves na frente da disputa com 9,6 pontos percentuais de diferença para a presidente Dilma.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 54,8%
Dilma (PT) - 45,2%
O cálculo dos votos válidos é feito retirando os votos em branco, nulos e os votos dos eleitores indecisos. Este é o mesmo procedimento usado pela Justiça Eleitoral para revelar os resultados oficiais da eleição. A vitória no segundo turno é alcançada pelo candidato que alcançar a maioria dos votos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 47,8%
Dilma (PT) - 39,4%
Branco/Nulo - 7%
Não Sabe/Não Respondeu - 5,8%
Quando os nomes dos candidatos não foram apresentados, Aécio Neves recebeu 42% das menções dos entrevistados, enquanto Dilma obteve 36,1%. Os votos em branco ou nulo somaram 4,5% e os que não sabem ou não responderam 17,4%.

Neste levantamento os eleitores foram questionados sobre qual candidatos eles acreditam que irá vencer, onde Aécio Neves foi citado por 53,1% e Dilma por 46,9% dos inquiridos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 06 e 08 de outubro de 2014 com 5.165 eleitores nas 27 Unidades da Federação. A margem de erro é 1,4 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01067/2014 e foi divulgada no site brasil247.com.

Paraná Pesquisas - Pesquisa Presidente 2º Turno
O Instituto Paraná Pesquisas, sob encomenda da Revista Época, divulgou dia 08 de outubro o primeiro levantamento eleitoral para o segundo turno da disputa para presidente em 2014, onde Aécio Neves apareceu com oito pontos percentuais a frente de Dilma, no que se refere aos votos válidos.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Válidos)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 54%
Dilma (PT) - 46%
A Justiça Eleitoral utiliza apenas os votos válidos para a obtenção do resultado oficial da eleição, excluindo os votos em branco e os nulos. Para ser considerado eleito no segundo turno, o candidato precisa alcançar 50% dos votos válidos mais um.

Pesquisa para Presidente da República (Votos Totais)
Candidato - Intenções de Voto (%)
Aécio Neves (PSDB) - 49%
Dilma (PT) - 41%
Nenhum - 5%
Não Sabe - 5%
Na pesquisa espontânea, onde os nomes dos candidatos não são exibidos, Aécio Neves foi citado por 45% dos entrevistados, enquanto Dilma recebeu 39% das menções.

Os eleitores também foram questionados sobre qual dos candidatos não votariam de forma alguma, onde Dilma foi rejeitada por 41%, enquanto Aécio Neves não seria votado por 32%. Os que declararam que poderia votar em qualquer um dos candidatos totalizaram 16% e os que não souberam ou não responderam 8%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 06 e 08 de outubro de 2014 com 2.080 eleitores de 19 Estados e 152 municípios. A margem de erro é 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada do TSE sob o protocolo nº BR-01065/2014 e foi divulgada no site epoca.globo.com.

sábado, 11 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: Aecio dispara em pesquisa pos-divulgacao das patifarias petistas

O que será que eles vão fazer? Recrudescer nos golpes baixos ou tentar ganhar novamente terreno com base em comportamento aceitável?
Não sei: agora eles vão revelar sua verdadeira natureza...
Paulo Roberto de Almeida

Revista ISTOÉ Brasil
Política
|  ISTOÉ Online |  11.Out.14 - 17:12 |  Atualizado em 11.Out.14 - 20:02

Falta muito pouco para liquidar a fatura...
Aécio dispara e abre 17 pontos de vantagem sobre Dilma, mostra pesquisa Istoé/Sensus

Primeiro levantamento após divulgação de áudios da Petrobrás mostra que escândalo atingiu em cheio campanha da petista
Mário Simas Filho

Primeira pesquisa ISTOÉ\Sensus realizada depois do primeiro turno da sucessão presidencial mostra o candidato Aécio Neves (PSDB) com 58,8% dos votos válidos e a petista Dilma Rousseff com 41,2%. Uma diferença de 17,6 pontos percentuais. O levantamento feito entre a quarta-feira 7 e a sexta 10 é o primeiro a captar parte dos efeitos provocados pelas revelações feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre o detalhamento do esquema de corrupção na estatal. “Além do crescimento da candidatura de Aécio Neves, observa-se um forte aumento na rejeição da presidenta Dilma Rousseff”, afirma Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus. Segundo a pesquisa, o índice de eleitores que afirmam não votar em Dilma de forma alguma é de 46,3%. A rejeição de Aécio Neves é de 29,2%. “O tamanho da rejeição à candidatura de Dilma, torna praticamente impossível a reeleição da presidenta”, diz Guedes. A pesquisa também capta, segundo o diretor do Sensus, os apoios políticos que Aécio recebeu durante a semana, entre eles o do PSB, PV e PPS.

As 2000 entrevistas feitas em 24 Estados e 136 municípios mostra que houve uma migração do eleitorado à candidatura tucana mais rápida do que as manifestações oficiais dos líderes políticos. No levantamento sobre o total dos votos, Aécio soma 52,4%, Dilma 36,7% e os indecisos, brancos e nulos são 11%, tudo com margem de erro de 2,2% e índice de confiança de 95%. Nos votos espontâneos, quando nenhum nome é apresentado ao eleitor, Aécio soma 52,1%, Dilma fica 35,4% e os indecisos são 12,6%. “A analise de todos esses dados permite afirmar que onda a favor de Aécio detectada nas duas semanas que antecederam o primeiro turno continua muito forte”, diz Guedes. O tucano, segundo a pesquisa ISTOÉ\Sensus, vence em todas as regiões do País, menos no Nordeste. No PSDB, a espectativa é a de que a diferença a favor de Dilma no Nordeste caia nas próximas pesquisas, principalmente em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Em Pernambuco devido o engajamento da família de Eduardo Campos na campanha, oficializado na manhã do sábado 10. Na Bahia em função da presença mais forte do prefeito de Salvador, ACM Neto, no palanque tucano. E, no Ceará, com a participação do senador eleito Tasso Jereissati.

Além da vantagem regional, Aécio, de acordo com o levantamento, supera Dilma em todas as categorias socioeconômicas, o que, segudo a análise de Guedes, indica que a estratégia petista de apostar na divisão do País entre pobres e ricos não tem dado resultado.

PESQUISA ISTOÉ|Sensus
Realização – Sensus

Registro na Justiça Eleitoral – BR-01076/2014
Entrevistas – 2.000, em cinco regiões, 24 Estados e 136 municípios do País
Metodologia – Cotas para sexo, idade, escolaridade, renda e urbano e rural
Campo – de 07 a 10 de Outubro de 2014
Margem de erro - +/- 2,2%
Confiança – 95%

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: primeira pesquisa para o 2. turno: inversao das tendencias

Sem comentários, pois tudo é preliminar, e muitas surpresas vão ainda aparecer (sobretudo as mais desagradáveis, sabe-se lá de onde virão, não é mesmo?).
Paulo Roberto de Almeida

Primeira pesquisa de segundo turno mostra Aécio com 54% e Dilma com 46%

InfoMoney. 8/10/2014

Pesquisa foi feita pelo Instituto Paraná, encomendada pela revista Época; em relação a rejeição, Dilma tem 41%, enquanto outros 32% afirmaram que não votariam em Aécio “de jeito nenhum”

SÃO PAULO - Pesquisa do Instituto Paraná, encomendada pela revista Época, divulgada na tarde desta quarta-feira (8) mostrou o candidato do PSDB, Aécio Neves, à frente nas intenções de voto com 54%, enquanto Dilma Rousseff (PT) apresenta 46% dos votos válidos. Considerando os eleitores indecisos e votos em branco - que somaram 10% -, Aécio tem 49% e Dilma 41%.
Na pesquisa espontânea, em que não são citados os nomes de cada candidato, Aécio tem 45%, e Dilma, 39%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O instituto Paraná Pesquisas entrevistou, entre a segunda-feira (6) e esta quarta-feira (8), 2.080 eleitores. Foram feitas entrevistas pessoais com eleitores maiores de 16 anos em 19 Estados e 152 municípios.
“Podemos afirmar que Aécio Neves inicia o segundo turno com uma boa vantagem, porque herdou mais votos de Marina Silva (a terceira colocada). Vamos ver como o eleitor se comportará após o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão”, afirmou o economista Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas, para a revista Época.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: metodo que acertou 100% nas eleicoes dos EUA mostra vitoria de Aecio


Método que acertou 100% nas eleições dos EUA mostra vitória de Aécio

Consultoria analisou um possível segundo turno entre Dilma e Aécio usando como base a última pesquisa Ibope e mostrou que o candidato tucano venceria a atual presidente
Por Felipe MorenoRodrigo Tolotti Umpieres  
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SÃO PAULO - A consultoria Macrométrica realizou um estudo baseado na última pesquisa Ibope e mostrou que com a eleição indo para o segundo turno o candidato do PSDB, Aécio Neves deve ganhar da atual presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo a consultoria, a vitória ocorreria por uma vantagem de 2 a 3,6 pontos percentuais, apertada, portanto.
A Macrométrica é uma consultoria que mantém públicos os seus métodos de análise. Para esta pesquisa em especial, ela utilizou o esquema de Nate Silver, editor-chefe do site “FiveThirtyEight”. Na eleição presidencial americana de 2012, Silver acertou o vencedor em todos os 50 Estados.
No último Ibope, apresentado pelo Jornal Nacional na semana passada, Dilma apareceu com 38% das intenções de voto no 1º turno e Aécio contava 23%. Já no 2º turno, a presidente teria 42% e o senador 36%, com 22% dos entrevistados não optando por nenhum dos dois. Segundo o estudo, este último valor deve fazer a diferença, com os eleitores migrando para um dos candidatos - o que deve fortalecer, principalmente, o candidato oposicionista, que por enquanto apresenta um movimento ascendente.

Estudo feito pela consultoria Macrométrica mostrou que Aécio venceria Dilma em um segundo turno (George Gianni/ PSDB)
Estudo feito pela consultoria Macrométrica mostrou que Aécio venceria Dilma em um segundo turno (George Gianni/ PSDB)
A Macrométrica diz que dos 17 pontos percentuais de eleitores que devem migrar para um dos candidatos na disputa de segundo turno, 23,5%, ou 4 pontos percentuais, irão para Dilma e 76,5%, ou 13 pontos percentuais, vão para Aécio. A rejeição à continuidade do governo petista, deve falar mais alto neste caso. 
“O resultado é a vitória de Aécio com 49,8% dos votos, contra 46,2% para Dilma e 4% de VNC (votantes não comprometidos). Como os VNC nunca são considerados na apuração do resultado final, a vitória de Aécio seria com 51,8% contra 48,2% de Dilma, ou seja, por diferença de 3,6 pontos percentuais”, afirma o estudo.
Eleição deve ser definida somente no segundo turnoEm termos de exposição, a candidata do PT possui muito mais tempo de rádio e televisão que o do PSDB, mas especialistas apontam que esta questão vale cada vez menos em uma eleição de um mundo cada vez mais conectado à internet. O plano de Aécio para as eleições é focar no sudeste, onde a rejeição a Dilma é alta e o PSDB é historicamente forte. 
Pode haver, porém, uma migração significativa de votos de Eduardo Campos para Dilma, dada a força do PT no nordeste, reduto do candidato do PSB. Em termos de apoios, a coligação petista é muito mais forte que a do PSDB, mas Aécio atribuiu isso ao fisiologismo dos partidos em um dos piores momentos de sua campanha, ao afirmar que eles deveriam sugar mais um pouco e depois ir para o seu lado.
Além disso, Dilma e o PT possuem a maior central sindical, mas pela primeira vez uma delas, a Força Sindical, apoia um candidato do PSDB. Além disso, a popularidade de Dilma é muito menor de que a de seu antecessor, que não conseguiu escapar de disputar segundo turnos em 2002 e 2006.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: pesquisas com base nas mentiras companheiras surtem efeito

A pancadaria atingiu Marina
G1, 9/09/2014

A pancadaria contra Marina Silva surtiu efeito nos dois principais colégios eleitorais do país, os Estados do Rio e de São Paulo que, juntos, somam 32% do eleitorado brasileiro (ou 44 milhões de votos). No período de uma semana, Marina perdeu o favoritismo no Rio para Dilma Rousseff (caiu de 38% para 34% das intenções de voto enquanto Dilma subiu de 32% para 37%) e também oscilou para baixo em São Paulo ( de 39% para 38% enquanto Dilma recuperou dois pontos, indo de 23% para 25% das intenções de voto). Isso é o que revela pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (9).

Foi justamente nesses dois Estados onde Marina Silva apresentou o primeiro e mais rápido crescimento nesta corrida eleitoral. Os adversários Dilma e Aécio miraram nela, e Dilma levou a melhor. Aécio perdeu dois pontos percentuais no Rio e dois em São Paulo. O PT tem feito programas com críticas muito fortes a Marina e, no caso do Rio, afirmando que ela é contra a exploração do pré-sal e, por isso, iria abrir caminho para a privatização da Petrobras.

O Rio é o Estado que mais se beneficia dos recursos dos royalties do petróleo, e a reação foi imediata, com o recuo de quatro pontos percentuais. Marina já acusou o golpe e programou para a próxima quinta-feira um "abraço à Petrobras", uma manifestação em favor da empresa.

O ataque a Marina em São Paulo também já começou. Nesta semana, um comercial do PT tenta mostrar que, ao defender a independência do Banco Central, Marina Silva é a favor da privatização dos bancos públicos, como Banco do Brasil, e, ao mesmo tempo, repassaria poder aos bancos que poderiam subir juros. No programa de 30 segundos, imagens que são associadas a banqueiros sorridentes, enquanto os alimentos vão saindo da mesa do trabalhador – a mesma tática usada no começo da campanha para falar de "medo da volta ao passado".

Os aliados de Marina reconhecem que as críticas têm sido muito pesadas e estão afetando a aprovação da candidata do PSB. Eles avaliam que, como Dilma tem direito a 11 minutos diariamente no programa eleitoral, ela pode usar parte desse tempo para criticar Marina. Já Marina, com apenas dois minutos, teria de optar entre responder às críticas ou apresentar propostas. Este é o dilema que vive a candidatura do PSB neste momento.

A pesquisa Ibope sobre as disputas no Rio e São Paulo, onde estão as informações sobre a disputa presidencial, revela que o PSB terá de fazer ajustes na campanha. Já o PT, está convencido de que a fórmula está correta: esquecer a disputa com Aécio Neves e mirar exclusivamente em Marina Silva.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: companheiros em pleno ataque de nervos (coitados, foram tao arrogantes...)

Os companheiros até alguns dias atrás estavam à beira de um ataque de nervos, com as primeiras revelações das pesquisas eleitorais.
Esperavam ainda que a situação amainasse ou até revertesse, mas ela só se agrava, para eles, claro...
Coitadinhos nada: foram bastante arrogantes, ao querer transformar estas eleições em um novo confronto com os tucanos, insistindo em comparar seus resultados com a situação deixada pelos tucanos, 12 anos atrás, como se eles não mentissem sobre aquela herança e mentissem ainda mais sobre os seus próprios resultados.
Agora eles vão precisar inventar muitas maldades, falsidades e revelações escandalosas sobre a beata da floresta, para ver se conseguem desmantelar sua irresistível ascensão.
Correm o risco de dar mais uma vez errado, e a vítima posar de vítima justamente, e eles de algozes mentirosos, como aliás são, justamente.
Justamente, os companheiros já estão em pleno ataque de nervos, e imagino que as reuniões de planejamento eleitoral sejam curiosas, cada um propondo uma maldade maior do que a outra para expelir, por meio do exército de mercenários que controlam e pagam para justamente fazer esse tipo de maldade.
Os companheiros são cheios de justamente, e de maldades.
Como é mesmo aquele dito cristão? O Bem com o Bem se paga? Pois é, a maldade também...
Paulo Roberto de Almeida

Marina será eleita presidente, dizem grandes consultorias
Fabio Alves
O Estado de S.Paulo, 1/09/2014

Arko Advice, uma das maiories consultorias do País, diz que candidata do PSB tem 60% de chance de vencer. Para a Tendências, probabilidade de vitória de Marina é de 50%, contra 40% de Dilma e 10% de Aécio.

A Arko Advice e a Tendências – duas importantes consultorias com uma carteira grande de clientes no setor privado, em particular no mercado financeiro – acabaram de mudar suas apostas em relação ao resultado da eleição presidencial e agora preveem a vitória da candidata do PSB, Marina Silva.

Em relatório enviado na noite de domingo aos seus clientes, a Arko Advice agora atribui 60% de probabilidade de vitória de Marina num eventual segundo turno com a presidente Dilma Rousseff. Até a trágica morte de Eduardo Campos, no dia 13 de agosto, a Arko Advice dizia aos seus clientes que Dilma tinha 60% de probabilidade de ser reeleita.

Já a Tendências Consultoria Integradas enviou um relatório aos seus clientes na sexta-feira prevendo a vitória de Marina num eventual segundo turno com a candidata do PT. A Tendências atribui 50% de probabilidade da eleição de Marina à Presidência da República, contra 40% de chances de Dilma e 10% de chances do tucano Aécio Neves.

Até a quinta-feira passada, antes da divulgação da pesquisa Datafolha que mostrou Marina e Dilma empatadas tecnicamente no primeiro turno e a vitória da ex-ministra do meio ambiente no segundo turno com dez pontos porcentuais de vantagem, a Tendências atribuía 55% de probabilidade de reeleição de Dilma num eventual segundo turno com Aécio.

Segundo o sócio e chefe do Departamento de Análise Política da Arko Advice, Cristiano Noronha, a mudança na sua aposta para o desfecho da eleição presidencial de outubro foi baseada em três fatores: elevado índice de rejeição de Dilma Rousseff junto aos eleitores; a nova queda na aprovação do governo Dilma na última pesquisa de opinião; e a alta elasticidade de Marina nas intenções de voto, indicando uma capacidade da candidata do PSB de atrair a migração de votos de outros candidatos na passagem do primeiro para o segundo turno.

“Apesar de uma recuperação da aprovação do governo nas pesquisas anteriores, uma nova piora no último levantamento do Datafolha mostrou que aquela melhora não representou uma tendência, mas sim algo pontual”, explicou Noronha.

Sobre a elasticidade de Marina nas intenções de voto, Noronha argumenta que isso ficou evidente no forte crescimento da candidata do PSB – 13 pontos porcentuais em apenas duas semanas entre as recentes pesquisas do Datafolha. “Essa elasticidade não é percebida em relação à intenção de voto de Dilma e isso é importante por apontar até onde uma candidata pode eventualmente conseguir chegar na passagem do primeiro para o segundo turno”.

Já o cientista político da Tendências, Rafael Cortez, argumenta que Marina capta com maior facilidade o eleitorado decepcionado com o desempenho do governo Dilma. “Assim, ela quebra a polarização PT-PSDB ao tomar o protagonismo oposicionista dos tucanos”, explicou Cortez, em relatório a clientes. “A corrida eleitoral pode reservar novas surpresas, mas na ausência de choque negativo, a figura de Marina deve confirmar a troca do partido presidencial.”

Segundo Cortez, o cenário anterior, de favoritismo de Dilma, com 55% de chances de vitória, tinha como pressuposto o crescimento da popularidade do governo ao longo da campanha e a manutenção do segundo turno entre PT e PSDB.

E qual a probabilidade de Aécio ainda conseguir reverter a sua forte queda nas intenções de voto e ir ao segundo turno?

Na opinião de Cristiano Noronha, da Arko Advice, com base nas últimas pesquisas de opinião, o candidato tucano provavelmente ficará de fora de um segundo turno.

Todavia, lembra Noronha, isso pode depender de qual será o desgaste, se houver, de assuntos polêmicos envolvendo a candidatura de Marina, tirando-lhe eventualmente apoio entre eleitores.

Ele cita, entre esses fatos, as acusações de caixa dois envolvendo o jato que transportava Eduardo Campos; as erratas no programa de governo de Marina, em particular nos trechos afetando os direitos do movimento LGBT; e as explicações sobre os ganhos da candidata do PSB com palestras nos últimos três anos.

“Mesmo que houver um estrago na imagem dela, é preciso ver a magnitude disso, isto é, se será na mesma magnitude do ganho avassalador que Marina teve nas pesquisas”, afirmou.

As teses da Arko Advice e da Tendências poderão ser comprovadas ou não na próxima pesquisa Ibope de intenção de voto para presidente da República, de abrangência nacional, que será divulgada às 18 horas da quarta-feira, dia 3.

* Fábio Alves é jornalista do Broadcast

domingo, 24 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: o poste cai, a Bolsa sobe...; E agora? Os companheiros vao censurar todos os investidores?

Na verdade, os companheiros gostariam de poder eliminar todas as matérias, notícias, informações desse tipo: basta que uma pesquisa qualquer aponte a possibilidade da derrota da candidata-poste (como já foi dito pelo próprio chefe da máfia), para que os investidores fiquem eufóricos, sobretudo os estrangeiros.
Os companheiros censórios conseguiram bloquear temporariamente o site "O Fim do Brasil", ação totalitária depois inviabilizada pelo TSE (não sei como votou o seu presidente, notório menino de recados do PT), mas eles não desistirão, nunca, pois sua natureza totalitária os obriga a isso.
Não sei quando vão pretender censurar ou perturbar este blog, mas continuarei colocando todas as matérias relevantes para informação de todos, investidores ou não.
Aliás, acho esse movimento de sobre e desce em função das pesquisas eleitorais tão especulativos, e idiotas, quanto todos os demais. Bolsa, ninguém controla, pois os humores do mercado são sempre imprevisíveis, embora todos eles apontem na mesma direção: dá para ganhar dinheiro?, lá vamos nós; ameaça perder?, retirada rápida, o que obviamente faz a festa dos verdadeiros especuladores.
Uma coisa é certa: a continuidade da política econômica atual é garantia de deterioração da situação econômica. Normal, assim, que investidores, especuladores, simples curiosos, procurem se adequar a essa perspectiva.
Se dependesse do mercado, os companheiros já estariam na lata de lixo da história, e da economia.
O mercado eleitoral, no entanto, é um pouco, ou muito, diferente: eleitores ingênuos, ou simplesmente oportunistas, ficam com quem lhe promete (e dá) mais: os petistas, controlando o imenso curral eleitoral do Bolsa Família, partem com uma grande vantagem nessa disputa.
São os novos coronéis da política brasileira, aqueles que vão garantir a continuidade do atraso.
E a beata da floresta? Ainda mais atraso, apenas que por vias diferentes, mais confusas.
Mas como tenho, dito, o essencial agora é retirar a máfia do poder, depois se vê o resto.
Paulo Roberto de Almeida

Investidores estrangeiros despejam dólares na Bovespa e apostam contra Dilma  
Até a quarta-feira, o saldo de agosto dos investimentos externos em ações estava positivo em US$ 537 milhões

Paulo Silva Pinto
Correio Braziliense, 23/08/2014

Depois de seis dias seguidos de alta, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) encerrou o pregão de ontem em queda de 0,99%. Na semana, a alta acumulada foi de 2,50%. Desde 14 de março, quando as ações das empresas começaram a se valorizar, a bolsa subiu 29,9%. Papéis de estatais se destacaram no período, com o avanço de 68,8% da ação ordinária da Petrobras. Neste mês, boa parte da ajuda está vindo de fora. Até a quarta-feira, o saldo de agosto dos investimentos externos em ações estava positivo em US$ 537 milhões, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). No mês passado, foi negativo em US$ 62 milhões, mas os estrangeiros representaram 47% dos negócios.

Segundo analistas, os investidores do Brasil e do exterior estão apostando no aumento das chances de uma vitória da oposição na eleição presidencial. “Quando a percepção do mercado de que a presidente Dilma Rousseff (PT) não será reeleita cresce, as ações se valorizam”, notou o economista Bruno Lavieri, da consultoria Tendências.

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, a expectativa do mercado não reflete ganhos da oposição em geral. “A candidatura de Marina Silva (PSB) ampliou as chances de haver segundo turno. Mas, se ficar configurado que as chances de ela vencer são muito maiores do que as de Aécio Neves (PSDB), a reação não será boa. Há muitas restrições dos investidores a Marina”, disse. Ele explicou que, embora o quadro eleitoral venha influenciando a bolsa, ainda há outros fatores. “As bolsas de todos mercados emergentes têm subido. Há um fluxo de investimentos para esses países, que, como o Brasil, estão baratos”, explicou.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: pesquisas eleitorais

Estudo aponta vitória de Aécio no segundo turno. Resta ver como a eventual entrada de Marina diretamente como candidata à Presidência poderia alterar radicalmente o panorama eleitoral.
Maurício David

MACROMÉTRICA PROJETA PROBABILIDADE ELEITORAL COM MODELO ESTATÍSTICO USADO NOS EUA
Valor Econômico, 12/08/2014

1. Para fazer a projeção, a Macrométrica usou o esquema de análise de Nate Silver, o editor-chefe do site "FiveThirtyEight". Silver ficou famoso por ter acertado o resultado de todos os 50 Estados na eleição presidencial americana de 2012, quando Barack Obama se reelegeu, ao vencer Mitt Romney.  O relatório pede cautela. Segundo o texto da consultoria do ex-presidente do Banco Central Francisco Lopes, ela "corre riscos em função de eventual repúdio do eleitorado à política em geral e de uma eventual perda de competitividade de Aécio, afetando seu fator de conversão (o percentual de eleitores que não votou no tucano no 1º turno e o faz no 2º)".
       
2. Aí entra "a única hipótese arbitrária nesse exercício de projeção, que não sai diretamente da pesquisa eleitoral", segundo a Macrométrica - o percentual de eleitores não comprometidos com nenhum dos dois candidatos que vai permanecer assim até o fim da eleição. Na primeira simulação, esse percentual é fixado em 4%, próximo aos 4,2% registrados na eleição de 2006. Números do TSE, porém, mostram que o total de votos em branco e nulos naquela disputa foi de 6%.
           
3. Para chegar à previsão sobre o 2º turno, a consultoria calcula os fatores de conversão para estimar como seriam distribuídos para Aécio e Dilma os votos que no 1º turno não foram para nenhum dos dois. No Ibope, dos 17 pontos percentuais que migram para ambos, 23,5% - ou 4 pontos percentuais - vão para Dilma e 76,5% - ou 13 pontos percentuais - para Aécio.  "Esses fatores de conversão são parâmetros-chave para a projeção", destaca a Macrométrica, notando que, na sua hipótese, os 39% eleitores não comprometidos vão cair para 4% no 2º turno, um recuo de 35 pontos percentuais. Mantido o mesmo fator de conversão no Ibope, Dilma ficaria com 8,2 pontos percentuais dos 35 pontos e Aécio, com 26,8.
           
4. "O resultado é a vitória de Aécio com 49,8% dos votos, contra 46,2% para Dilma e 4% de VNC (votantes não comprometidos). Como os VNC nunca são considerados na apuração do resultado final, a vitória de Aécio seria com 51,8% contra 48,2% de Dilma, ou seja, por diferença de 3,6 pontos percentuais."   O relatório estima ainda que, se mais de 11% dos eleitores não escolherem nenhum dos dois no 2º turno, Dilma ganhará de Aécio. Isso pode ocorrer "se a falta de empolgação dos eleitores com a campanha representar repúdio à maneira como a política é feita", diz o relatório. Nesse cenário, o total de votos em branco ou nulos será maior do que o normal.
           
5. "Outro ponto de vulnerabilidade da projeção está nos fatores de conversão", afirma a consultoria. Se o fator de conversão de Aécio ficar abaixo de 71,5%, Dilma ganharia mesmo se apenas 4% dos eleitores não votar em nenhum dos dois no segundo turno. "Aconselha-se, portanto, acompanhar as pesquisas com cuidado antes de soltar fogos para qualquer candidato."

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BRASIL - Um Novo Rumo para as Eleições
Ilan Goldfajn - Economista-Chefe
Pesquisa macroeconômica - Itaú, 14/08/2014

O Brasil lamentou nesta quarta-feira a morte de Eduardo Campos, um político de 49 anos, presidente do PSB (Partido Socialista Brasileiro), ex-governador de Pernambuco e candidato presidencial sob a coligação Unidos pelo Brasil. Eduardo Campos morreu em um acidente aéreo, saindo do Rio de Janeiro em direção a Santos, no litoral de São Paulo, onde ele participaria de uma reunião com empresários, como parte da campanha. Logo na noite anterior, Campos havia dado uma entrevista ao Jornal Nacional, o noticiário de maior audiência no país. Seu falecimento é uma grande perda para sua família, amigos, e para o Brasil, que perde um líder jovem, ativo e importante. Oferecemos nossas mais sinceras condolências e estamos profundamente entristecidos por este evento trágico.

Eduardo Campos estava em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de votos. Seu partido tem dez dias para registrar (ou não) um candidato substituto. Uma possibilidade é que Marina Silva, candidata a vice-presidente de Campos, ocupe seu lugar. Marina Silva concorreu à presidência nas eleições de 2010 e obteve 19,4% dos votos. Anteriormente, ela havia sido ministra do Meio Ambiente no governo do presidente Lula, de janeiro de 2003 a maio de 2008. Marina Silva vinha tentando formar seu próprio partido (REDE), mas não foi capaz de cumprir as exigências dentro do prazo. Ela decidiu unir-se ao PSB de Eduardo Campos.

O sucesso de Marina Silva em 2010 foi concentrado principalmente nos grandes centros urbanos. Ela não chegou a vencer em nenhum estado, com exceção do Distrito Federal, mas ficou em segundo lugar no Rio de Janeiro, Pernambuco, Amapá e Amazonas.

Em abril de 2014, Marina apareceu na pesquisa Datafolha com 27% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (38%) e à frente de Aécio Neves (16%). Na mesma pesquisa, Eduardo Campos apareceu em terceiro lugar, atrás de Aécio Neves. Logo após os protestos de junho de 2013, a pesquisa do Ibope mostrou Marina em um empate técnico com a presidente Dilma Rousseff em uma simulação de segundo turno (Dilma = 35%, Marina = 34%). Na última pesquisa Datafolha (meados de julho) Eduardo Campos apareceu com 8% dos votos, atrás de Dilma (36%) e Neves (20%). Numa votação de segundo turno entre Neves e Dilma, 55% dos eleitores de Eduardo Campos escolheriam Aécio Neves, enquanto 26% escolheriam Dilma.

Se Marina for confirmada, as chances de a eleição chegar ao segundo turno aumentam, já que é provável que ela obtenha votos daqueles que hoje estão indecisos ou disseram que votariam em branco ou nulo. Além disso, as chances de uma vitória de Dilma caem, pois Marina possui mais intenções de voto do que Campos, e sua candidatura viria após um evento trágico de grande repercussão nacional.

Um dos principais assessores econômicos de Marina, Eduardo Giannetti da Fonseca, defende a recuperação da "credibilidade e consistência do 'tripé' macroeconômico, com superávit primário, taxa de câmbio flutuante e autonomia do banco central." Ele também defende uma nova agenda de reformas microeconômicas, com o princípio básico da "horizontalidade", ou seja, políticas destinadas a todos os setores simultaneamente, ao invés de políticas específicas para setores específicos. (Entrevista ao Estado de S. Paulo, 23 de fevereiro de 2014).

O próximo passo importante no processo eleitoral será a escolha que o PSB fará sobre a manutenção ou não de um candidato presidencial. Caso decida manter um candidato na cédula de outubro, o partido terá que realizar uma convenção para ratificar o candidato, além de um candidato à vice-presidência, e a coligação. Lembrando que já na próxima terça, 19 de agosto, o horário eleitoral gratuito terá início na TV e no rádio.

sábado, 9 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: Voto Util - Merval Pereira (O Globo)

Voto útil
Merval Pereira
O Globo, 8/08/2014

Pesquisa a pesquisa vai sendo reduzida a diferença num cada vez mais provável segundo turno entre a presidente Dilma Rousseff e os dois principais candidatos oposicionistas. Nesta rodada da pesquisa Ibope Inteligência/TV Globo, a soma de votos nos adversários já empata com a da presidente no primeiro turno, 38% a 38%. Num segundo turno, reduz-se a distância que a separa tanto de Aécio Neves, do PSDB, quanto de Eduardo Campos, do PSB.
Na disputa com Aécio Neves, a candidata-incumbente venceria hoje por uma diferença de seis pontos percentuais: 42% das intenções de voto, contra 36% do candidato tucano. Essa distância entre os dois era de nove pontos percentuais na pesquisa anterior. Na disputa simulada pelo Ibope entre Dilma e Eduardo Campos, a petista continua na frente, mantendo uma diferença de doze pontos – 44% a 32%.
Isso quer dizer que o candidato do PSDB Aécio Neves agrega 13 pontos percentuais num hipotético segundo turno, enquanto Dilma acresce à sua votação apenas mais quatro pontos. Já o candidato do PSB Eduardo Campos cresce nada menos que 23 pontos, enquanto Dilma apenas seis.
À dificuldade que os dois estão tendo, especialmente Campos, de subir no primeiro turno, opõe-se todo potencial de crescimento na eventualidade de um segundo turno, quando o eleitor terá diante de si um duelo de vida ou morte entre a presidente candidata à reeleição e um oposicionista. Nesse caso, entra em ação o voto útil.
O resultado da nova pesquisa Ibope/TV Globo mostra que a campanha petista sobre o aeroporto de Cláudio, em Minas, não afetou a competitividade do candidato tucano Aécio Neves, que cresce lentamente na margem de erro. Já a resiliência da candidatura de Dilma Rousseff fica mais uma vez demonstrada, reforçada pela sensação generalizada de que ao final ela será a vencedora.
Como a avaliação do governo não mudou, e sua rejeição continua alta, o fato de a expectativa de vitória continuar sendo a seu favor pode indicar certo desânimo do eleitorado, que ainda não enxerga nos candidatos de oposição uma alternativa real à sua ânsia de mudança, que não se alterou: 69% querem que o próximo presidente mude tudo ou quase tudo no governo.
Foi perguntado aos eleitores quem acreditam será o presidente eleito em outubro, independentemente de suas intenções de voto, e o resultado continua o mesmo: 55% acreditam que a presidente Dilma será reeleita ao fim. Outra marca que também não sofreu alteração foi a rejeição, com a presidente continuando com o maior índice, citada por 36% dos eleitores brasileiros.
A presidente também não consegue sair do inferno astral da baixa avaliação de seu governo: 35% o consideram regular, enquanto 32% o avaliam como ótimo ou bom, e 31% como ruim ou péssimo. Esse nível de aprovação coloca o governo Dilma na parte inferior de uma escala de valores que permite prever uma reeleição quando o candidato tem acima de 35% de ótimo e bom na avaliação de seu governo. Abaixo disso, como se encontra a presidente há alguns meses, a reeleição fica praticamente inviabilizada.
Como ela terá uma grande exposição na propaganda eleitoral, pode ser que consiga reverter essa impressão do eleitorado. Mas a maneira com que a presidente Dilma está governando o país é desaprovada por cerca de metade (49%) dos eleitores brasileiros, contra 47% que a aprovam. O Ibope Inteligência aponta “alterações significativas” entre alguns segmentos analisados. A intenção de votar em Aécio cresce 3 pontos percentuais entre eleitores de 35 a 44 anos, ao passo que as menções a Dilma nesse segmento decrescem 10 pontos.
O segmento em que o candidato tucano tem maior percentual de intenções de voto é no ensino superior, em que cresceu de 33% para 35%, contra uma queda de cinco pontos percentuais de Dilma, que foi a 22% no segmento. A presidente Dilma cresceu de 45% para 50% entre eleitores menos escolarizados, e de 34% para 45% entre os do Norte/Centro Oeste.
O nordeste permanece o maior reduto eleitoral governista, com Dilma sendo escolhida por 51% dos eleitores, contra 11% de Aécio e 12% de Campos. Até o momento, portanto, os adversários de Dilma não conseguiram reduzir a vantagem que ela tem no norte e nordeste, onde tirou 11 milhões de votos à frente na eleição de 2010 recebendo 55% dos votos no nordeste.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Eleicoes 2014: pesquisas sobre intencoes de voto trazem preocupacao aos companheiros

Situação de Dilma é preocupante no Sul e no Sudeste; institutos de pesquisa estudam antídoto

dilma_rousseff_429ucho.info notícias, 30/07/2014
Descendo a ladeira – É cada vez mais complicada a situação da candidata Dilma Rousseff no Sul e no Sudeste, regiões do País que concentram o maior contingente de eleitores, os quais podem decidir a corrida ao Palácio do Planalto.
O temor que ronda o staff da campanha de Dilma é tamanho, que assessores, juntamente com a cúpula do PT, tentam costuras políticas em vários estados com o objetivo de reverter a desvantagem. É o caso de São Paulo e Paraná, onde Dilma tenta busca aproximação com os candidatos do PMDB, Paulo Skaf e Roberto Requião, respectivamente. Em ambos os estados, os candidatos do PT, Alexandre Padilha (SP) e Gleisi Hoffmann (PR), devem ser lançados ao mar pelos “companheiros”.
Nessas tentativas, a que tem mais chance de prosperar é com Requião, que já sinalizou que poderá abrir o seu palanque para a presidente. Em São Paulo, Skaf continua resistindo a essa aproximação, apesar de Michel Temer, vice-presidente da República e presidente do PMDB, já ter sido escalado por Dilma para reverter o quadro. Isso porque em São Paulo a situação de Dilma é de muita dificuldade.
O cenário eleitoral para Dilma Rousseff torna-se ainda mais complexo quando em cena surgem as análises de consultorias financeiras nacionais internacionais, que começam a apostar cada vez mais em uma vitória de Aécio Neves, presidenciável do PSDB.
Enquanto buscam lidar com os efeitos colaterais do quadro eleitoral, assessores da campanha petista aguardam os resultados de novas pesquisas de opinião, que também não são animadores. Em estados do Sul e do Sudeste, Dilma perde de forma preocupante para Aécio nas pesquisas de intenção de voto. Reverter essa situação não é fácil, mas quando tem-se nas mãos o maior dos clientes sempre há uma solução guardada no bolso do colete.
A estratégia para mascarar a verdade será promover pesquisas de opinião por telefone, pois assim perde-se a noção do todo. Essa manobra já foi decidida no Paraná, onde a desvantagem de Dilma tem tirado o sono dos palaciano.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Eleicoes 2014: diferencas entre pesquisas do Ibope e do Datafolha

Primeiro uma interpreteção dos números, que termina por uma constatação e uma pergunta, por um conhecido especialista e analista eleitoral e político:

Pesquisa Ibope: números estão no patamar dos do Datafolha; só os do 2º turno de Aécio e Campos não batem. Quem errou ou não deu sorte?
Reinaldo Azevedo, 22/07/2014

Há tantas pesquisas eleitorais nos Estados Unidos que sites especializados costumam tirar uma média entre elas para orientar os leitores. No Brasil, o procedimento seria impossível, tantas são as discrepâncias. A TV Globo acaba de levar ao ar os números da mais recente pesquisa Ibope/Rede Globo. Há quatro dias, o Datafolha divulgou os seus números. Vamos ver.

O Ibope traz a avaliação do governo Dilma: para 31%, ele é ótimo ou bom; para 33%, é ruim ou péssimo. Consideram-no regular 36%. São números praticamente coincidentes com os do Datafolha, a saber: ruim/péssimo (29%), ótimo/bom (32%) e regular (38%). São, sim, institutos diferentes. Considerando, no entanto, as respectivas margens de erro, os dois institutos acham a mesma coisa.

É o que também acontece no primeiro turno. Eis os números de agora do Ibope:
Dilma Rousseff (PT) – 38%
Aécio Neves (PSDB) – 22%
Eduardo Campos (PSB) – 8%
Pastor Everaldo (PSC) – 3%
Brancos e nulos – 16%
Não sabem – 9%
Outros candidatos – 3%

Que números encontrou o Datafolha no caso dos quatro primeiros? Estes:
Dilma – 36%
Aécio – 20%
Eduardo Campos – 8%
Pastor Everaldo – 3%

Observaram? Praticamente tudo coincide até agora, dentro da margem de erro. Quando se chega, no entanto, ao segundo turno, aí as variações são consideráveis.
Ibope
Dilma – 41%
Aécio – 33%
Comparem com o Datafolha:
Dilma – 44%
Aécio – 40%

Ou por outra: no Ibope, Dilma pode ter entre 39% e 43%; no Datafolha, entre 42% e 46%. Logo, os dois institutos chegam mais ou menos ao mesmo lugar. No que diz respeito a Aécio, no entanto, a divergência é grande: no primeiro instituto, ele teria entre 31% e 35%; no outro, entre 38% e 42%. A diferença é grande.

O mesmo se dá com Campos. No Datafolha, ele aparece no segundo turno com 38% (entre 36% e 40%); no Ibope, com apenas 29% (entre 27% e 31%): a diferença é ainda mais gritante. A petista conserva os mesmos 41%.

Coisas diferentes
“Ah, você está comparando pesquisas diferentes!” Errado! Eu não estou especulando sobre a evolução dos candidatos a partir de levantamentos distintos. Estou apenas considerando que os dois institutos falam numa margem de confiança de suas respectivas pesquisas de 95%. Segundo eles, se a pesquisa fosse repetida 100 vezes, em 95 delas, os números estariam dentro da margem de erro.

Sendo assim, convenham, ou muita coisa mudou em quatro dias ou um dos dois institutos não deu sorte no segundo turno e colheu, no segundo turno, no que respeita a Aécio e Campos, dentro daquelas cinco possibilidades em 100 de errar…

E não! Não há nenhuma falha no meu raciocínio. Ah, sim: há outra diferença importante: o Ibope ouviu 2002 pessoas; o Datafolha, 5.337.

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Agora uma observação que recebi de um amigo, Roque Callage, muito desconfiado, como estamos todos nós:

Máquina do Ibope e da Rede Globo a favor de Dilma e Lula
Fizeram acordo milionário com o PT e Governo. Já estão mascarando desde hoje no Jornal Nacional.
Escondem que Dilma tem rejeição de 43% no Sudeste e 38% no geral...
Ninguém em princípio, se elege assim.
Engordaram os numeros de preferência de Dilma, com 38% (a metodologia do ibope é muito inferior a do datafolha, não detalharei agora, mas os grupos que pesquisa não são fiéis ao IBGE)
Enfim, mascaramento não leva à vitória e não levará.
Isto foi combinado com Lula, a Globo treme de medo de perder concessões ...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Eleicoes 2014: Cesar Maia sobre as pesquisas de intencoes de votos

Uma boa análise do ex-futuro candidato ao Senado pelo Rio, infeliz com o TRE, mas muito realista e percuciente na análise dos dados de pesquisas.
Paulo Roberto de Almeida

PESQUISA PRESIDENCIAL: DILMA DERRETE, MAS INTENÇÃO DE VOTO AINDA NÃO MUDA
Cesar Maia, 21/07/2014
           
1. Curiosa situação das pesquisas presidenciais, das quais o último Datafolha é um exemplo. A intenção de voto para presidente da república, no primeiro turno, está basicamente estática há uns 3 meses, com Dilma um pouco acima dos 30%, Aécio nos 20%, Campos nos 10% e os demais somados um pouco abaixo dos 10%. Mas a intenção de voto  no segundo turno é diferente e aproxima tanto Aécio quanto Campos de Dilma. Por quê?
               
2. A avaliação de Dilma segue uma curva sistematicamente declinante, degrau a degrau. Neste momento, em nível nacional, aqueles que marcam para Dilma –ótimo+bom- se igualam àqueles que marcam ruim+péssimo, no entorno dos 30%. É assim no resultado nacional global.
               
3. Mas quando se entra nas avaliações regionais e estaduais, excluindo quase que apenas o Nordeste e ainda e alguma coisa o Norte, a avaliação de Dilma despenca verticalmente. Em alguns casos –como no Rio de Janeiro- Dilma mantém sua intenção de voto no primeiro turno, mas sua avaliação despenca e se torna negativa.
               
4. Em S. Paulo há algum paralelismo entre intenção de voto e avaliação. A intenção de voto equilibra Dilma e Aécio em torno de 25%, mas a avaliação de Dilma a lança num precipício de impossível reversão.
               
5. Como se interpretar este quadro: estável no primeiro turno, com empate ou quase no segundo turno e queda sustentável na avaliação? A resposta é simples. A rejeição a Dilma indica que nas pesquisas de segundo turno –com apenas dois nomes- a rejeição a ela caminha em direção a qualquer nome que a enfrente num segundo turno. É como se o segundo turno fosse –a favor x contra- Dilma.
               
6. A intenção de voto estável no primeiro turno nos informa que as candidaturas de oposição ainda não transformaram o NÃO a Dilma, num SIM enfático a cada uma dessas outras duas candidaturas. Quando, ao lado da rejeição a Dilma, surgir a identificação de seu opositor –hoje Aécio- como a alternativa, a rejeição a Dilma e a intenção de voto produzirão tal sinergia que as extrapolações poderão apontar até uma inversão do resultado no primeiro turno.
               
7. Essa é a tendência. Mas vêm os programas eleitorais, a ficção política na TV e o populismo eletrônico. Ao lado disso, o abuso da máquina pública e da publicidade das estatais. Estas podem continuar durante o processo eleitoral sob alegação que estão em mercado, competindo. Mas não é o conteúdo que importa e sim a distribuição de recursos na busca da “boa vontade” de uma parte da mídia espontânea. O que prevalecerá? Hoje tudo leva a crer que a ‘tendência’ terá mais força que a máquina e a TV eleitoral.

(Cesar Maia)

domingo, 20 de julho de 2014

Eleicoes 2014: entre a pesquisa e a realidade - Dora Kramer

Com bola e tudo
Dora Kramer
O Estado de S.Paulo, 20/07/2014

A última pesquisa Datafolha, primeira depois da Copa do Mundo, trouxe um alerta ao governo que serve também aos demais candidatos: definitivamente o eleitorado não é um ajuntamento de seres imaturos permeáveis a manipulações de natureza barata.

Situação e oposição tentaram cada qual ao seu modo tirar proveito do Mundial. A presidente Dilma Rousseff tripudiando sobre as previsões dos "pessimistas" quis se beneficiar do sucesso fora do campo.

Seus principais adversários, Aécio Neves e Eduardo Campos, ensaiaram capitalizar o repúdio da plateia à governante nos estádios. Movimentos inúteis, conforme mostrou a pesquisa.

Com toda a euforia da Copa e o êxito da organização, Dilma viu suas intenções de votos oscilarem para baixo (de 38% para 36%), a rejeição subir de 32% para 35% e a avaliação negativa do governo aumentar de 26% para 29%.

A conclusão é óbvia e simplesinha: a eleição não depende de truques e o eleitorado não está disposto a transitar pelo terreno das realidades paralelas.

Há um dado objetivo que é o cenário do segundo turno, este sim muito preocupante para o governo. Em 15 dias a diferença entre a presidente Dilma e o candidato do PSDB se reduziu em sete pontos porcentuais. Período em tese bom para a presidente, pois estava todo mundo vivendo o encantamento dos turistas com o Brasil meio de fantasia.

No início de julho Dilma tinha 46% contra 39% de Aécio. Duas semanas depois, o quadro era de 44% contra 40%, praticamente um empate indicando possibilidade de ultrapassagem pelo candidato da oposição.

Uma questão de lógica, porque a candidata à reeleição não para de cair e seu oponente mais próximo sustenta a posição. Note-se ainda o seguinte: do primeiro para o segundo turno ela vai de 36% para 44%; acrescenta oito pontos ao seu capital enquanto ele dobra o patrimônio, subindo de 20% para 40%.

O terceiro colocado, com 8%, vai para 38% no segundo turno. De onde Eduardo Campos arrumou 30 pontos porcentuais? Da rejeição à presidente, claro. Um sentimento que aumenta e se consolida a cada pesquisa. A campanha do PT tem dois desafios, de imediato: estancar e inverter a tendência.

Não há uma fórmula mágica à vista e por enquanto a aposta é tradicional, a exposição no horário da propaganda de rádio e televisão, cujo tempo reservado à presidente é quase o triplo do segundo colocado. Não deixa de ser uma vantagem, mas a eficácia pode ser relativa.

Dilma já conta com exposição total nos veículos de comunicação e fica difícil perceber como a aplicação de novas e altas doses do mesmo remédio poderia resolver o problema. Ou seja, liquidar a eleição no primeiro turno.

Já para os oponentes, muito menos conhecidos, qualquer acréscimo de ocupação de espaço é vantajoso, porque têm margem para crescer, o que não ocorre com a presidente conhecida por 99% e rejeitada por 35% do eleitorado.

A disputa no segundo turno ocorre na base do mano a mano: há obrigação de comparecer aos debates, os tempos de televisão são divididos de forma igualitária entre um e outro e é na etapa final que a rejeição tem um peso fatal. Daí a urgência de vencer no primeiro turno, o que não parece uma hipótese à disposição de Dilma Rousseff.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Eleicoes 2014: Ibope traz decepcoes a quem mais precisava de uma inversao de curva declinante

Ibope mostra piora da avaliação do governo Dilma Rousseff

• Índice de eleitores que consideram gestão boa ou ótima cai de 35%, em maio, para 31%

Letícia Sorg - Agência Estado/11Jun14

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira, 10, mostra que a avaliação dos eleitores sobre o governo Dilma Rousseff piorou de maio para cá. Segundo o levantamento, 31% dos eleitores avaliam o governo atual como ótimo ou bom. Na mostra anterior, esse índice era de 35%. A avaliação regular oscilou de 30% em maio para 32% agora. Já a avaliação ruim ou péssima oscilou de 33% para 35%.

A pesquisa também perguntou aos eleitores se eles aprovam ou desaprovam a maneira como Dilma vem administrando o País. De acordo com o levantamento, 44% aprovam a atual gestão, ante 47% em maio. Já 51% desaprovam a maneira de Dilma governar, uma alta de 3 pontos porcentuais em relação à pesquisa anterior.

A pesquisa foi contratada pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp) e entrevistou 2.002 pessoas em 142 municípios do País entre 4 e 7 de junho. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-00154/2014 no Tribunal Superior Eleitoral.

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Ibope: Dilma cai dois pontos e adversários sobem

• Dilma (38%), Aécio (22%) e Campos (13%)

Letícia Sorg - Agência Estado

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que a presidente Dilma Rousseff oscilou negativamente em relação ao último levantamento. No cenário mais provável, que inclui candidaturas de partidos nanicos, a presidente saiu de 37% das intenções de voto em abril para 40% em maio e voltou a 38% em junho. O pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, saiu de 14% em abril para 20% em maio e agora alcança 22%. Já o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, soma 13% das intenções de voto ante 11% em maio e 6% em abril.

No mesmo cenário, o pastor Everaldo (PSC) manteve 3% das intenções de voto. José Maria (PSTU), Magno Malta (PR) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada. Outros nanicos somam 1%. Brancos e nulos são 13% e indecisos, 7%. No levantamento de maio, brancos e nulos somavam 14% e indecisos, 10%.

A pesquisa foi contratada pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo e entrevistou 2002 pessoas em 142 municípios do País entre 4 e 7 de junho. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-00154/2014 no Tribunal Superior Eleitoral.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Eleicoes 2014: O momento infernal de Dilma - Revista IstoE

O momento infernal de Dilma

Pesquisa feita por instituto americano e confirmada por levantamento encomendado pelo PT provoca mau humor nos principais auxiliares da presidenta e obriga o partido a mudar os rumos da campanha

Revista IstoÉ, N° Edição:  2324 |  06.Jun.14 - 20:50 |  Atualizado em 10.Jun.14 - 02:40
Coube ao marqueteiro João Santana, que há poucas semanas insistia em profetizar uma acachapante vitória da presidenta Dilma Rousseff sobre “os anões da oposição” ainda no primeiro turno da disputa presidencial, jogar um balde de água fria no comando da pré-campanha petista. Na segunda-feira 2, durante jantar no Palácio da Alvorada, Santana foi rápido e objetivo. Tendo em mãos os dados de uma pesquisa contratada pelo PT, ele afirmou: “Está diminuindo de forma considerável e rápida a confiança do eleitor na capacidade do governo para realizar mudanças.” A constatação azedou o humor do ex-presidente Lula, do presidente do PT, Rui Falcão, do ex-ministro Franklin Martins e dos ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), que dividiam a mesa com Dilma. O que todos ali já sabiam é que a pesquisa reportada por Santana confirmava outra enquete realizada entre os dias 10 e 30 de abril pelo Pew Research Center, um instituto americano que rastreia os ânimos dos cidadãos em 82 países. O resultado desse estudo é arrasador para a campanha de Dilma. Ele mostra, entre outras coisas, que apenas 26% dos brasileiros estão satisfeitos com o País, 86% desaprovam a maneira como a presidenta lida com a corrupção, 85% criticam a maneira de Dilma enfrentar questões como segurança e saúde. E, o que é mais surpreendente, o número de insatisfeitos saltou de 49% para 72% de 2010 para cá. “Essa frustração só tem paralelo com a de países que enfrentam convulsões sociais, rupturas institucionais e crises como a do Egito”, disse Juliana Horowitz, responsável pela pesquisa americana.
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NOVA POSTURA
Lula pediu a Dilma para mudar de atitude em relação aos aliados
Diante de dados tão negativos, Lula e Santana trataram de sugerir mudanças imediatas no comportamento da presidenta e nos rumos da pré-campanha. O primeiro objetivo é o de evitar que o desgaste da administração acabe favorecendo uma debandada entre os partidos aliados – que poderão fornecer preciosos minutos ao tempo de propaganda para a presidenta durante a campanha – em busca de alternativas de poder na oposição. Para tanto, Lula aconselhou Dilma a comparecer às convenções de cada um desses partidos. Também ficou definido que a presidenta precisa tentar reconstruir a imagem de gerente competente, fortemente abalada durante os três anos de um governo que não entregou sequer uma grande obra, não conseguiu evitar o aparelhamento do Estado que vem dilapidando empresas públicas e que não consegue romper a equação que junta crescimento pífio, juros elevados e inflação em alta. Para isso, mesmo durante os jogos da Copa, Dilma deverá percorrer o Brasil inaugurando tudo o que for possível. Também foi recomendado que a presidenta passasse a dar entrevistas diárias para as redes de tevê, promovendo a defesa do governo.
Na quinta-feira 5, uma pesquisa do DataFolha confirmou a tendência de queda da presidenta. Segundo o instituto, Dilma conta com 34% das intenções de voto, uma queda de dez pontos em relação à pesquisa realizada em fevereiro. Os principais candidatos da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), também, segundo a pesquisa, perderam votos. O primeiro caiu um ponto, dentro da margem de erro, e Campos perdeu quatro pontos. O que aumentou foi o número de eleitores indecisos. Um cenário muito pior para quem está no governo do que para a oposição.
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SANTANA
O marqueteiro que preconizava uma eleição fácil já fala em segundo turno
Durante o jantar no Palácio da Alvorada, sobrou conselhos para o presidente do PT, deputado Rui Falcão. A ele, Lula e Santana sugeriram que seja abandonado definitivamente o discurso de vitória no primeiro turno, como forma de melhor acolher os aliados. Também foi pedido que o PT seja rápido e incisivo no tratamento de seus quadros que estiverem envolvidos em casos de corrupção ou falta de decoro. Foi por isso que o deputado estadual paulista Luiz Moura acabou abandonado pelo partido, dias depois de ser acusado de se reunir com membros do crime organizado. A ideia é embasar um discurso de que o mensalão foi um divisor de águas dentro da legenda. 
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