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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Minhas faltas “injustificadas” segundo o Itamaraty - Paulo Roberto de Almeida

Minhas faltas “injustificadas” segundo o Itamaraty

 

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata de carreira, professor no Uniceub

 

Em 28 de novembro de 2019 fui surpreendido com uma publicação nominal, no Boletim de Serviço do Itamaraty, lido por todos os funcionários do Serviço Exterior, em qualquer lugar do mundo, tal como reproduzo abaixo: 


Boletim de Serviço n. 228 do Itamaraty, de 28/11/2019, seção 3: Atos do chefe da Divisão do Pessoal): REGISTRO DE FALTAS INJUSTIFICADAS

Nos termos do artigo 44, inciso I, da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de dezembro de 1990. PAULO ROBERTO DE ALMEIDA, diplomata, SIAPE n. 0403909, faltou injustificadamente ao serviço no dia 21/05/2019, de 24/05/2019 a 31/05/2019, nos dias 07/06/2019, 11/06/2019, 13/06/2019, 24/06/2019, 25/06/2019, 28/06/2019, de 07/08/2019 a 09/08/2019, em 14/08/2019 e no dia 23/08/2019 (20 dias).

 

Como eu estava lotado, a partir do mês maio de 2019, na Divisão do Arquivo, mas “apenas formalmente”, e sem atribuição de funções, como me foi dito no momento da lotação, depois de ter sido exonerado do cargo de Diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, em plena segunda-feira de Carnaval, não imaginei que minha frequência estivesse sendo escrupulosamente registrada pelas implacáveis catracas eletrônicas da Administração. O que fiz imediatamente foi apresentar minhas justificativas para cada um dos dias anotados, entre as quais as seguintes: 

1) dia 21/05: Seleção das melhores teses de mestrado e doutorado relativamente ao ano de 2018; reunião de banca de avaliação dos professores do Uniceub; seguido de reunião do Grupo de Pesquisa Brasil Global, e aula no Mestrado em Direito;

2) dias 24 a 31/05 (menos dias 25 e 26 que correspondem ao final da semana): viagem a Curitiba para cumprir programa de palestras e cursos em nível de graduação e pós-graduação em Direito e em Comércio Exterior, na Universidade Técnica do Paraná; 

5) dia 13/06: participação, a convite do Ministério da Defesa, no 5o. Simpósio sobre Segurança Regional Europa-América do Sul, organizado pelo Instituto Pandiá Calógeras, IPRI e Funag, Delegação da União Europeia, do qual participou, aliás, o próprio Ministro de Estado, realizado no Comando Militar do Planalto;

8) dia 28/06: participação por vídeo-conferência na “Peace Making After the First World War, 1919-1923 Conference”, realizada nos dias 27 e 28/06 (National Archives e Lancaster House, Londres, sob direção do Intelligence and Security Records do National Archives), com apresentação do trabalho “Brazil and 1919 peace negotiations: a newcomer among the greats”, disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/d498fd2bfa/brazil-and-the-1919-peace-negotiations-a-newcomer-among- the-greats-2019);

9) dia 7 a 9/08: viagem a São Paulo, para participação no 6o. Workshop de História Econômica, como debatedor dos papers apresentados, a convite do presidente do INSPER, economista Marcos Lisboa, realizado no INSPER; 

10) dia 14/08: posse como novo membro no Instituto Histórico e Geográfico do DF, na cadeira Tobias Barreto, com apresentação de ensaio sobre o patrono: “Tobias Barreto: um intelectual em sua própria escola de inteligência”; Academia.edu (link: https://www.academia.edu/40050575/Tobias_Barreto_um_intelectual_em_sua_propria_escola_de_inteligencia).

 

Todos os demais dias correspondem a bancas de mestrado ou doutorado no Uniceub, todas elas incluídas em meu CV Lattes, onde fui buscar as informações para responder às alegações do Itamaraty: http://lattes.cnpq.br/9470963765065128. Não é preciso dizer que todas essas justificativas foram sumariamente indeferidas, a dois dias de meu formulário de justificação, inclusive esta do item 5), um evento oficial no Comando Militar do Planalto, onde compareci a convite do Ministério da Defesa, por ter sido um dos organizadores desses eventos nos dois anos anteriores; o mais curioso é que nele se encontrava o próprio chanceler, que deve ter ficado muito irritado ao me ver na sala VIP, conversando com generais, almirantes e brigadeiros, como professor convidado na ESG.

Essas foram as faltas publicadas sob o meu nome. O que eu não sabia era que, nos escaninhos da burocracia, estavam escondidas algumas dezenas de horas a título de “atrasos e saídas antecipadas”, publicadas unicamente sob o número do SIAPE, que é a identidade do funcionário público. Faltas e atrasos foram computados no contracheque de dezembro; no dia 1/01/2020 fui contemplado com a fabulosa quantia de R$ 210,16, ou seja, menos de um quinto de um salário mínimo. A sanha persecutória continuou, sob uma ou outra forma: assim, no dia 13/03/2020, o Boletim de Serviço atacou de novo: 


Boletim de Serviço n. 50 do Itamaraty, de 23/03/2020, seção 2: Atos do chefe da Divisão do Pessoal): REGISTRO DE FALTAS INJUSTIFICADAS

Nos termos do artigo 44, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PAULO ROBERTO DE ALMEIDA, ministro de primeira classe, matrícula SIAPE 0460584, faltou injustificadamente ao serviço em 04/09/2019, de 09/09/2019 a 12/09/2019, de 18/09/2019 a 20/09/2019, em 09/10/2019 e em 19/11/2019 (10 dias).

 

Novamente dediquei-me a justificar cada uma delas, como segue: 

1) 04/09/2019: Posse do embaixador Carlos Henrique Cardim no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, quando fui apresentador do novo membro;

2) 09 a 12/09/2019: Participação no seminário “Oliveira Lima e a (Longa) História da Independência”, organizado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, realizado na Biblioteca Mindlin da IEB-USP, nos dias 10 e 11/09/2029, com apresentação do trabalho “Um “imenso Portugal”? A hipótese de um império luso-brasileiro no contexto internacional do início do século XIX”, a ser publicado em volume coletivo pela Editora da USP (disponível nos links: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/09/um-imenso-portugal-hipotese-de-um.html e https://www.academia.edu/s/085e1aeea0/um-imenso-portugal-a-hipotese-de-um-imperio-luso-brasileiro-no-contexto-internacional-do-inicio-do-seculo-xix).

3) 18-20/09/2019: Curso oferecido no quadro do Mestrado Profissional Internacional Conjunto em Direito das Migrações Transnacionais, promovido pela UNIVALI (SC) e Università degli Studi di Perugia, nos dias 19 e 20/09/2019, sob os títulos: “Migrações transnacionais: história, economia, geopolítica” e “Problemas contemporâneos das migrações transnacionais”; plataforma Academia.edu (links: https://www.academia.edu/40411463/Migracoes_Humanas_em_Perspectiva_Historica_-_Aula_1_Univali e https://www.academia.edu/40411470/Migracoes_internacionais_no_seculo_XXI_-_Aula_2_na_Univali).

4) 09/10/2019: Participação no seminário “O Programa Jean Monnet da União Europeia: Oportunidades para a Academia Brasileira”, a convite da Delegação da União Europeia no Brasil e da coordenação dos programas de mestrado e doutorado em Direito do Uniceub, do qual sou professor, realizado no dia 9/10/2019, com avaliação dos trabalhos apresentados pelos alunos selecionados pela coordenação do Programa Jean Monnet, a cargo da Delegação da União Europeia, como etapa para viagem à Comissão Europeia, em Bruxelas;

5) 19/11/2019: Aniversário do servidor; ausência autorizada pelo chefe da DCA.

 

Como eu já era um “diplomata escaldado”, em vista do indeferimento imediato das faltas anteriores, tratei pelo menos de oferecer compensação, ainda em dezembro; assim, indiquei no mesmo formulário: “Dez dias compensados pelo comparecimento ao trabalho na SERE nos dez dias de férias legalmente registradas entre os dias 4 e 13 de dezembro de 2019, como pode ser aferido pelo sistema de catraca eletrônica.” O zelo persecutório continuou se manifestando sob a forma clandestina de publicações não nominativas em outros boletins de serviço, com tantas e tantas horas de “atrasos e saídas antecipadas” unicamente computadas unicamente via número de SIAPE. 

 

Apenas uma observação quanto à meticulosidade burocrática desse sistema de registro de faltas: ela é seletiva, ou propriamente míope. Nenhum dos vários outros embaixadores colocados em disponibilidade pelo esforço de “saneamento etário” empreendido pelo chanceler Ernest Araújo foi jamais contemplado com tal distinção honorífica de ter o seu nome publicado no Boletim de Serviço como sendo um reles funcionário “relapso”, passível, portanto, de sofrer todo o furor da Lei. Antigamente, nos tempos em que os animais falavam, como gosta de lembrar o ex-chanceler Celso Lafer, os intelectuais que se exerciam nas lides intelectuais eram até admirados e encorajados pelo Itamaraty, como registrado na belíssima obra que ele publicou em 2001, sob a direção do acadêmico diplomata Alberto da Costa e Silva: O Itamaraty na Cultura Brasileira, uma coleção de ensaios cobrindo a vida e a obra de algumas dezenas de representantes das letras e das humanidades que eram ou se tornaram diplomatas, desde o século XIX até o grande intelectual José Guilherme Merquior. 

O embaixador Rubens Ricupero, por sua vez, a quem comuniquei a nova postura do Itamaraty, transformado em bedel severo de diplomatas pertencentes a certas “tribos”, escreveu-me o seguinte: “estou de fato convencido de que uma administração que se recusa a empregar o funcionário em trabalho útil implicitamente reconhece que abriu mão dos serviços que ele poderia prestar. Em tais condições, não parece admissível que essa administração exija presença física como se se tratasse do cumprimento de pena de reclusão em regime fechado. E veja, hoje em dia em direito penitenciário, se considera que a administração penal tem o dever de oferecer trabalho até aos condenados! Desejo a Você muita sorte nesta luta pelo Itamaraty e em defesa de sua própria dignidade.”

A julgar pela imagem da diplomacia brasileira no exterior, atualmente, as piores faltas não estão exatamente com o seu corpo profissional.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 2 de abril de 2020

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EUA propõe novo plano para a transição democrática na Venezuela - El Pais, New York Times

Falta a nota brasileira de apoio a esse plano...


El País, Madri – 1.4.2020

EE UU propone un plan de transición política en Venezuela sin Maduro ni Guaidó

Washington se compromete a levantar las sanciones contra el régimen si se llevan a cabo elecciones presidenciales libres y se retiran del país las fuerzas de seguridad extranjeras

Antonia Laborde

 

El secretario de Estado estadounidense, Mike Pompeo, ha presentado este martes un plan para la salida de la crisis política de Venezuela. El “Marco Democrático para Venezuela” que defiende el Gobierno de Donald Trump consiste en que tanto Nicolás Maduro como Juan Guaidó, el presidente interino reconocido por una cincuentena de países, “se hagan a un lado” para que la Asamblea Nacional nombre un Consejo de Gobierno de transición, que se encargue de organizar a unas elecciones presidenciales en los próximo seis a ocho meses. A su vez, Washington levantará todas las sanciones contra el régimen si las fuerzas de seguridad extranjeras se retiran del país sudamericano. “Esperemos que Maduro tome esta propuesta como algo serio”, sostuvo Pompeo.

El enviado especial para Venezuela del Departamento de Estado, Elliott Abrams, explicó que la caída de los precios del petróleo y el coronavirus “han profundizado” la crisis venezolana, y por eso es necesario poner en marcha el plan, según publicó en una columna de opinión en The Wall Street Journal. Además, aclaró que Estados Unidos "no apoya a ningún partido político en particular” en Venezuela, y que reconocerá los resultados de las elecciones, sin importar la formación que gane. "Debido a que no se puede confiar en el señor Maduro para organizar los comicios, establecer el Consejo de Estado es un paso esencial”, agregó. También reiterò la necesidad de establecer un nuevo Consejo Nacional Electoral y una nueva Corte Suprema, ambos independientes.

El plan hacia una “transición democrática” presentado por Washington fue coordinado conjuntamente con Guaidó, “el político más popular de Venezuela”, según lo describió Pompeo. La agenda de la propuesta se divide en 14 puntos, en los que se detallan qué sanciones levantará Estados Unidos a medida que se vaya cumpliendo el cornograma. El primer paso es el retorno de los miembros de la Asamblea Nacional y del Tribunal Supremo de Justicia, devolver la inmunidad de los diputados y disolver la Asamblea Nacional Constituyente. Con esto cumplido, EE UU retirará las sanciones a los miembros de la ANC.

Hace menos de una semana el Gobierno estadounidense presentó una acusación penal contra Maduro, responsabilizándolo de tráfico internacional de drogas. El fiscal general, William Barr, anunció “recompensas por información que pueda llevar a la detención y al arresto” de Maduro y otros miembros destacados del régimen. Washington ofrece 15 millones de dólares a cambio de información sobre el líder chavista, y 10 millones por información que conduzca a la detención de los otros dirigentes chavistas. “Espero que vean esta oportunidad como una salida”, dijo este martes el secretario de Estado.

Venezuela afronta el coronavirus con un sistema sanitario precario, mientras millones no pueden permitirse cumplir la cuarentena decretada por las autoridades porque sus ingresos dependen de la economía informal. La urgencia generada por la pandemia instó a Guaidó a proponer el fin de semana la conformación de un Gobierno de unidad nacional sin la presencia de Maduro. “Para que sea posible y para que sea sostenible, un Gobierno de emergencia nacional no puede estar conformado sólo por quienes piensan como nosotros. Y tampoco puede estar conformado sólo por nosotros y quienes hoy sostienen a la dictadura; debe ser amplio e incluir a todos los sectores políticos y sociales necesarios para afrontar esta grave emergencia que se nos viene”, dijo.

Washington aclaró que los equipos médicos e insumos no se ven afectados por las sanciones impuestas contra el régimen. Tampoco existe alguna prohibición para mover ayuda humanitaria hacia el país sudamericano. Lo que “no pueden decir que no tienen dinero para alimentar al pueblo cuando siguen comprando armas”, sostuvo Pompeo.

 

*

 

The New York Times – 1.4.2020

U.S. Counts on Global Crises to Press Again for Power Shift in Venezuela

Yet there is no indication Nicolás Maduro will step down, despite little assistance to confront the coronavirus and losing an economic lifeline during an oil spat between Russia and Saudi Arabia.

Lara Jakes

 

Washington -  The United States is seizing on Venezuela’s economic pain and the coronavirus threat to push a new plan for a power-sharing government in Caracas until presidential elections can be held this year.

The proposal offers to ease American sanctions intended to pressure President Nicolás Maduro and his loyalists over the past year.

But it also demands that Mr. Maduro relinquish power as officials from his administration and the main opposition party, led by Juan Guaidó, create a short-term government that the United States hopes can ensure fair elections.

There is no indication that Mr. Maduro is prepared to step down. He has resisted Trump administration threats and entreaties to do so since a January 2019 revolt against his self-declared victory in widely disputed presidential elections in 2018.

On Monday night, Mr. Maduro attempted to head off any wavering in his ranks by threatening more repression.

“Justice will reach everyone,” he said in a national address, dressed in an unusual white suit reminiscent of mid-20th century Latin American strongmen and flanked by his closest lieutenants in face masks.

But the United States is counting on an energy dispute between Russia and Saudi Arabia that has resulted in plummeting prices of oil — a lifeline export for Venezuela’s cratering economy — and the International Monetary Fund’s rejection of a $5 billion coronavirus response loan to convince Mr. Maduro that his time is up. 

“If any good can come out of those, maybe it is the combination of pressures on the regime that leads them to negotiate seriously,” Elliott Abrams, the State Department’s envoy for Venezuela policy, said in an interview.

He said the Trump administration had for several months been discussing with allies how to break the stalemate in Venezuela, and “we would have gone forward with this anyway.”

In Venezuela over the weekend, Mr. Guaidó also called for a power-sharing government to address the coronavirus threat after the monetary fund refused a loan two weeks ago when its member states split over the legitimacy of Mr. Maduro’s presidency. The United States and most of the West recognize Mr. Guaidó, the head of the Venezuelan Parliament, as the country’s interim president, while Russia, Iran, China and Cuba are steadfast allies of Mr. Maduro’s.

Mr. Guaidó said the temporary government “must be broad and include all the political and social sectors necessary to confront this grave emergency that is coming to us.” However, he maintained that it could not include Mr. Maduro or those of his supporters who, like the embattled president, were charged with drug trafficking last week by the United States.

With a power-sharing government, Mr. Guaidó said in a statement, international organizations may consider loaning Venezuela at least $1.2 billion to counter the pandemic, which he said could force people to “choose between dying from the virus or from hunger.”

In his speech on Monday night, Mr. Maduro appeared to threaten “all the plotters” to his rule with a brief reference to “Operation Knock-Knock” — raids by government security forces, beginning in 2017, that yanked political opponents from their houses at night. Several of Mr. Guaidó’s top officials, opposition lawmakers and a journalist have been detained in the past two weeks in the latest wave of the roundups.

The United States’ plan is based on proposals that were discussed last year between the sitting government and the opposition before negotiations broke down over whether Mr. Maduro would leave power. At the time, Mr. Maduro’s negotiators had also insisted that the United States lift sanctions against the government that have sought to cut off its oil exports and estrange it from the rest of the world.

Mr. Abrams said some sanctions against specific people in Mr. Maduro’s administration could be lifted as their roles in a power-sharing government shifted. But he said the most bruising financial penalties — including those that freeze the sitting administration’s assets and properties — would remain until Mr. Maduro steps down and the temporary government is empowered.

 “Until that objective is achieved, our pressure will continue, and it will build steadily,” concluded a 12-point summary of the plan that the State Department shared with The New York Times.

In February, the Trump administration imposed sanctions on Russia’s Rosneft oil company, which is Mr. Maduro’s biggest economic backer.

On Saturday, Rosneft announced that it was pulling out of Venezuela. While the company appears to maintain its presence in the country through other entities, it has drastically reduced its oil trading business with Venezuela over the last month, which has contributed to severe gasoline shortages in the country.

On Monday, President Trump described circumstances in Venezuela as “dire” during a conversation with President Vladimir V. Putin of Russia, according to a White House statement. It said Mr. Trump told Mr. Putin that “we all have an interest in seeing a democratic transition to end the ongoing crisis.”

The State Department is also demanding a resolution to legal protections for opposition officials whose immunity was stripped by Mr. Maduro’s administration, and that foreign security forces leave Venezuela so that a power-sharing government is not influenced by any threat they may pose. Mr. Abrams said there were an estimated 2,500 Cuban intelligence officials in Venezuela to support Mr. Maduro and called it “simply impossible” for democratic efforts to succeed while they remain.

But Mr. Abrams was careful to say that the plan was an opening offer for talks between the two sides, “not a take-it-or-leave-it proposition,” and that no single issue was a deal breaker — except the demand for Mr. Maduro’s departure.

He said he presented the plan on Monday to allies among the about 60 countries that recognized Mr. Guaidó’s presidency, in Europe and Latin America.

But perhaps the only opinion of the plan that matters is that of Mr. Maduro, who has already weathered mass domestic protests, obliterated revenues that have rebounded in some places and broad condemnation for creating one of the world’s largest refugee populations.

Mr. Abrams insisted that the proposal was not a desperate attempt to dislodge Mr. Maduro, after more than a year without any progress.

“Even Maduro must recognize that he has no solutions for Venezuela,” Mr. Abrams said.

He said the plan was intended to persuade the country’s military, government workers, business leaders and others “to realize that they need a solution.”

“And this is a solution,” Mr. Abrams said, “and Maduro is an obstacle.”

terça-feira, 31 de março de 2020

Cronologia diplomática em tempos não convencionais: de volta ao deserto, 2019-2020 - Paulo Roberto de Almeida

Cronologia diplomática em tempos não convencionais 

Paulo Roberto de Almeida, de volta ao deserto: 2019-2020

 

Paulo Roberto de Almeida

 

 

Na continuidade da cronologia anterior, cuja primeira parte já tinha sido tornada disponível neste mesmo espaço,

Primeira parte, de 2003 à exoneração do IPRI, em março de 2019, divulgada no blog Diplomatizzando(link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/03/uma-cronologia-diplomatica-paulo.html) e em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42377104/Cronologia_pessoal-funcional_em_tempos_nao_convencionais_Um_diplomata_do_limbo_ao_limbo_2003-2019).

 

transcrevo os eventos e processos ocorridos durante todo aquele ano e até este mês de março de 2020, uma trajetória que ainda não terminou, e cuja fase final é ainda mais incerta quanto à sua ocorrência. Eu o faço com bastante objetividade, com adesão básica aos fatos, nada mais do que os fatos, em total transparência para meus leitores.

O seguimento de nova “travessia do deserto” será informada quando a sequência dos fatos assim o determinar, como raras vezes tenho feito (uma vez que costumo, o mais das vezes, postar unicamente trabalhos temáticos, não assuntos pessoais), mas acredito que a fase atual oferece preciosos aprendizados sobre a conjuntura atual no Brasil, em especial no âmbito da sua política externa e, sobretudo, no contexto de sua diplomacia.

 

Sumário dos capítulos anteriores desta novela: 

1. Pré-história (2003-2005)

2. Início da primeira, longa, travessia do deserto (2006-2012)

3. Cargo subalterno no exterior (2013-2015)

4. Retorno ao Brasil: limbo e diretoria do IPRI (2016-2018)

 (...) 

5. De retorno a uma nova travessia do deserto?

2019, 02/01: Nova administração instruiu-me, no dia 2/01/2019, a não empreender nenhuma atividade no IPRI, até a definição de nova administração e programa de trabalho, a despeito de já estarem agendadas diversas atividades, canceladas pela chefia da Casa. Aproveitei o “ócio forçado” para compor alguns trabalhos que deveriam integrar novo livro, mantido, porém, sem título e sem decisão quanto à eventual publicação até o período posterior à exoneração; entre eles este aqui: “Auge e declínio do lulopetismo diplomático: um testemunho pessoal” (Brasília, 15 janeiro 2019, 26 p.), depois incluído como apêndice ao novo livro preparado nessa época, trabalho disponível neste link: https://www.academia.edu/41084491/Auge_e_decl%C3%ADnio_do_lulopetismo_diplom%C3%A1tico_um_testemunho_pessoal.

2019, 25/01: Composição de novo livro, relativo ao período 2014-2018 – Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018–, mas só publicado em abril, posteriormente à exoneração: Curitiba: Appris, 2019, 247 p.

2019, fevereiro-março: Elaboração de trabalho “Rubens Ferreira de Mello: o primeiro tratado brasileiro de direito diplomático” (Brasília, 3 março 2019, 20 p.), contribuição à obra coletiva dirigida pelo Consultor Jurídico do Itamaraty, George Galindo, sobre “História do direito internacional no Brasil: entre universalismo, localismo e identidades”, sobre autores de obras de Direito Internacional no Brasil (link: https://www.researchgate.net/publication/331482703_Rubens_Ferreira_de_Mello_o_primeiro_tratado_brasileiro_de_direito_diplomatico). 

2019: Publicação da 2ª edição do livro em Kindle: Volta ao Mundo em 25 ensaios: relações internacionais e economia mundial.

2019, 04/03, 01:30hs: “A política externa brasileira em debate: Ricupero, FHC e Araújo” (Brasília, 4 março 2019, 18 p.), introdução, em 2 p., à transcrição de três textos sobre a política externa, de Rubens Ricupero (25/02/2019), de Fernando Henrique Cardoso (03/03/2019), e do chanceler Ernesto Araújo (3/03/2019); postado duas vezes no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/a-politica-externa-brasileira-em-debate.html) e novamente no dia 9/03/2019 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/ricupero-fhc-e-ernesto-araujo-em-debate.html).

2019, 04/03, 08:30hs: Telefonema do chefe de Gabinete do chanceler, ministro Pedro Wolny, comunicando minha exoneração do cargo de diretor do IPRI, “com efeito imediato”.

2019, 04/03: “Nota sobre minha exoneração como diretor do IPRI”. Blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/nota-sobre-minha-exoneracao-como.html).

2019, 08/03: “Cadê a política externa?”, artigo publicado na revista Veja (edição 2625, ano 52, n. 11, 13/03/2019, p. 60-61), reproduzido no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/03/cade-politica-externa-paulo-roberto-de.html).

2019, 14/03: “A diplomacia no governo Bolsonaro”, GloboNews Miriam Leitão, com o emb. Roberto Abdenur (link: https://globosatplay.globo.com/globonews/v/7457062/). 

2019, 10/04: “Uma revolução cultural acontece na diplomacia brasileira”, artigo publicado na revista Época (link: https://epoca.globo.com/uma-revolucao-cultural-acontece-na-diplomacia-brasileira-opiniao-23588268); original postado no Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/04/uma-avaliacao-dos-cem-dias-na-politica.html).

2019, 11/04: “O chanceler do regresso: os planos de Ernesto Araújo para salvar o Brasil e o Ocidente”, matéria de Consuelo Dieguez na revista Piauí (Rio de Janeiro, n. 151, abril 2019, p. 20-29), entrevista ao bem. Luiz Felipe de Seixas Corrêa; blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/04/seixas-correa-o-paulo-roberto-nao.html).

2019, 10/05: Registro no Boletim de Serviço nº 89, 10/05/2019: 3. Atos do Secretário-Geral das Relações Exteriores: PORTARIA DE 9 DE MAIO DE 2019; O SECRETÁRIO-GERAL DAS RELAÇÕES EXTERIORES, nos termos da Portaria n.º 589, publicada no Boletim de Serviço nº 188, de 30 de setembro de 2003, resolve: Lotar, na Divisão de Comunicações e Arquivo, a partir de 8 de maio de 2019, PAULO ROBERTO DE ALMEIDA, ministro de primeira classe – Lot. 331. OTÁVIO BRANDELLI

            A lotação contraria, em princípio, disposições e normas que presidem o Serviço Exterior brasileiro, que costumam reservar os seguintes cargos para os funcionários de nível 6 (Ministro de Primeira Classe): “Atividades no Ministério das Relações Exteriores, de Secretário-Geral das Relações Exteriores, de Chefia de Missão diplomática junto a Governo estrangeiro ou Organismo Internacional de Subsecretário-Geral; de chefia de Departamento, de Assessoria, do Cerimonial e do Gabinete do Ministro de Estado; de Diretor do instituto Rio Branco; e outras de natureza equivalente.”

            O Decreto n. 9.683, de 9/01/2019, que aprovou a Estrutura Regimental do Ministério das Relações Exteriores,em seu Art. 68, explicitou que “São privativos de Ministro de Primeira ou Segunda Classe da Carreira de Diplomata os seguintes cargos: I - Secretários das Relações Exteriores; II - Chefe do Gabinete; III - Chefe de Gabinete do Secretário-Geral; IV - Corregedor do Serviço Exterior, observado o disposto no Decreto no 5.480, de 30 de junho de 2005; V - Diretor-Geral do Rio Branco; VI - Diretor da Agência Brasileira de Cooperação; e VII - Secretário de Controle Interno.”

            O Art. 69, por sua vez, determinou que “São privativos de Ministro de Primeira ou Segunda Classe ou Conselheiro da Carreira de Diplomata os seguintes cargos: I - Chefe do Cerimonial; II - Chefe de Gabinete dos Secretários das Relações Exteriores; III - Chefe da Assessoria Especial de Gestão Estratégica; IV - Chefe dos Escritórios de Representação; V - Subchefe do Gabinete; VI - Diretor de Departamento; VII - Diretor-Geral Adjunto do Rio Branco; e VIII - Subchefe de Gabinete do Secretário-Geral.”

            O Ar. 79 ainda explicitou: “Os Diplomatas em serviço nos órgãos no exterior e na Secretaria de Estado ocuparão privativamente cargos em comissão ou funções de chefia, assessoria e assistência correspondentes à respectiva classe, observadas as ressalvas estabelecidas nesta Estrutura Regimental.”

2019, 03/07: Publicação do livro: Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty, livremente disponível em Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/334450922_Miseria_da_diplomacia_a_destruicao_da_Inteligencia_no_Itamaraty_2019), mas também pela editora da UFRR (link: https://docs.wixstatic.com/ugd/6e2800_3e88aadf851b4b2ba4b54c6707fd9086.pdf). 

2019, 14/08: “O Senado e a diplomacia”, artigo no jornal O Estado de S. Paulo (link: https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,o-senado-e-a-diplomacia,70002966504).

2019, 14/08: Posse no Instituto Histórico e Geográfico do DF, na cadeira tendo como patrono a Tobias Barreto. Discurso de posse: “Tobias Barreto: um intelectual em sua própria escola de inteligência”, disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/40050575/Tobias_Barreto_um_intelectual_em_sua_propria_escola_de_inteligencia).

2019, 25/09: Publicação de matéria da jornalista Denise Chrispim Marin, “Os veteranos encostados no Itamaraty”, na revista VEJA (edição n. 2653, 25 de setembro de 2019), sobre diplomatas sem funções no Itamaraty; transcrita no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2019/09/embaixadores-veteranos-no-parque-dos.html).

2019, 24/11: Publicação do livro Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo: trajetória de duas parábolas da era contemporânea (Edição do Autor). Disponível livremente, em (link: https://www.academia.edu/41255795/Marxismo_e_Socialismo_2019_). 

 

6. Um ataque inesperado

2019, 28/11: Publicação no Boletim de Serviço n. do Itamaraty, de 28/11/2019, na seção 3 (Atos do chefe da Divisão do Pessoal), deste “Registro de Faltas Injustificadas”: 

“Nos termos do artigo 44, inciso I, da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de dezembro de 1990. PAULO ROBERTO DE ALMEIDA, diplomata, SIAPE n. 0403909, faltou injustificadamente ao serviço no dia 21/05/2019, de 24/05/2019 a 31/05/2019, nos dias 07/06/2019, 11/06/2019, 13/06/2019, 24/06/2019, 25/06/2019, 28/06/2019, de 07/08/2019 a 09/08/2019, em 14/08/2019 e no dia 23/08/2019 (20 dias)”.

2019, 29/11: Apresentação de formulário sobre “Faltas Injustificadas”, informando atividades em cada um dos dias das alegadas faltas, justificando cada uma delas.

2019, 05/12: Nova publicação no Boletim de Serviço n. 233, 5/12/2019, com o despacho: 

“Em face do requerimento administrativo apresentado à Divisão do Pessoal (DP), em 19/11/2019, pelo ministro de primeira classe do quadro especial PAULO ROBERTO DE ALMEIDA, no qual solicita o cancelamento dos descontos referentes a faltas injustificadas nos meses de maio, junho e agosto de 2019, foi proferida a seguinte decisão: 

INDEFIRO. Adoto, como razão de decidir, a Nota Informativa 1/2019-DP e decido pelo indeferimento do pedido, tendo em vista que o lançamento das faltas encontra fundamento no art. 44 da Lei 8.112/90. Chefe da Divisão do Pessoal”.

2019dezembro: Publicação de diversos livros em formato Kindle, vários deles em 2ª ou 3ª. edição: Pontes para o mundo no Brasil: minhas interações com a RBPIParalelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude; O panorama visto em Mundorama: ensaios irreverentes e não autorizados; Minhas colaborações a uma biblioteca eletrônica: contribuições a periódicos do sistema SciELO; Um contrarianista no limbo: artigos em Via Política, 2006-2009Vivendo com livros: uma loucura gentil; disponíveis na plataforma Academia.edu ou Research Gate. 

2019, dezembro: Preparação de novo Recurso Administrativo para ser interposto no início de 2020, apresentando argumentos em resposta à decisão da Administração do Itamaraty quanto ao indeferimento do recurso enviado por via eletrônica em 29/11; não entregue devido ao imediato desconto em Folha de Pagamento.

 

7. Início de um processo kafkiano

2020, 02/01: Recebimento de contracheque contendo quatro descontos a título de “faltas e ausências”, com descontos que, somados, reduziram o depósito em conta a apenas R$ 210,16.

2020, 27/01: Solicitação de informação detalhada quanto à natureza, distribuição, procedimentos adotados para contagem e quantificação monetária de todos os descontos efetuados no contracheque de 2/01/2020 (relativo ao mês de dezembro de 2019), a título de “Faltas e ausências”, em valores diferenciados para quatro inserções a essa finalidade, com vistas a plena informação do servidor.

2020, 28/01Despacho da DP

“Os lançamentos financeiros observados referem-se a: a) faltas injustificadas do servidor, publicadas no Boletim de Serviço nº 228, de 28/11/19, que totalizaram 20 dias; 

b) atrasos e saídas antecipadas, publicados no Boletim de Serviço nº 217, de 08/11/2019. Mês de junho: 49 horas e 57 minutos. Com relação ao mês de agosto, ainda não houve cobrança referente às 69 horas e 21 minutos (no mesmo Boletim).

2020, 05/03: Publicação no Boletim de Serviço n. 44, de “Registro de Atrasos e Saídas Antecipadas”, identificando unicamente o registro SIAPE (PRA n. 0460584),”: Mês de setembro/2019: 69 horas e 00 minutos; Mês de outubro/2019: 70 horas e 23 minutos; Mês de novembro/2019: 63 horas e 27 minutos; assinado: JOÃO AUGUSTO COSTA VARGAS (chefe da DP).

2020, 13/03: Boletim de Serviço n. 50 publica o seguinte “REGISTRO DE FALTAS INJUSTIFICADAS (...) Nos termos do artigo 44, inciso I, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PAULO ROBERTO DE ALMEIDA, ministro de primeira classe, matrícula SIAPE 0460584, faltou injustificadamente ao serviço em 04/09/2019, de 09/09/2019 a 12/09/2019, de 18/09/2019 a 20/09/2019, em 09/10/2019 e em 19/11/2019 (10 dias).

2020, 13/03: Notificação da Divisão de Pagamentos na qual se solicita “reposição ao Erário”, a título de “não frequência ao trabalho”, na qual se indica que “o servidor deverá restituir ao Erário o valor pago a maior”, por “não compensação de atrasos e/ou saídas antecipadas”, com desconto subsequente “na Folha de Pagamento”.

2020, 17/03: Atestado médico, concomitante a Norma 21/2020 do Ministério da Economia, determinando teletrabalho para sexagenários, solicitando não comparecimento presencial ao local de trabalho, pelos motivos expostos: diabetes e idade avançada, em vista do surto epidêmico em curso. Neste sentido, pede deferimento.

2020, 19/03: Despacho da DP: “Sua solicitação está sendo cancelada. Conforme os Informativos Coronavírus da DP, informo que pedidos de abono em decorrência do surto de coronavírus deverão ser pedidos diretamente à chefia imediata por meio do sistema Catraca, e não à DP. Sem providências por parte da DP”.

2020, 30/03: Apresentação de formulário sobre “Faltas Injustificadas”, informando sobre atividades em cada um dos dez dias das alegadas “faltas injustificadas”, publicadas no Boletim de Serviço n. 50, de 13/03, justificando cada uma delas.

2010, 30/03: Apresentação de Recurso à Divisão de Pagamentos a propósito de notificação de “Reposição ao Erário”, ao mesmo tempo em que se acusa recebimento do documento.

 

8. Reação ao processo de intimidação

(...)

Vai vir, tenham certeza...

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 31 de março de 2020

 

Miséria da Diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty - Paulo Roberto de Almeida (livre download)


Este livro vai ter continuidade, dentro em breve, mas para compreender a sequência de atos absolutamente inéditos que estão marcando a diplomacia brasileira desde o início de 2019, eu me permiti fazer um depoimento pessoal sobre as novidades que estamos contemplando – o termo correto seria sofrendo – desde então. Aguardem...

O sumário do livro é este aqui: 

Prefácio: onde está a política externa do Brasil?

1. Miséria da diplomacia, ou sistema de contradições filosóficas

2. O Ocidente e seus salvadores: um debate de ideias  

3. O marxismo cultural: um útil espantalho?  

4. A destruição da inteligência no Itamaraty: dialética da obscuridade

5. O globalismo e seus descontentes: notas de um contrarianista  

6. A revolução cultural na diplomacia brasileira: um exercício demolidor 


O miolo do livro pode ser descarregado no link seguinte:

https://www.academia.edu/40000881/A_Destruicao_da_Inteligencia_no_Itamaraty_Edição_do_Autor_2019_ 

Posteriormente, a Universidade Federal de Roraima decidiu incluiu-lo em uma das coleções de sua editora, neste link: 
https://docs.wixstatic.com/ugd/6e2800_3e88aadf851b4b2ba4b54c6707fd9086.pdf

Aqui as informações visuais da edição de autor.