Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Falklands-Malvinas: um imbroglio eterno?
On Nov 22, 2012, at 02:25 PM, [fulano] <fulano@gmail.com> wrote:
Boa tarde
Dr. Paulo, gostaria de tirar uma dúvida sobre as Malvinas.
Eu acredito que a situação política das Malvinas, está mais para uma posição geográfica estratégica militar em relação a América do Sul do que simplesmente uma situação isolada para benefícios para a Argentina.
No entanto, caso a Argentina obtenha direitos sobre as Malvinas, após análise da ONU, e a Inglaterra não concordar, esgotados todos os direitos legais, poderá a Argentina ter o direito de expulsar a Inglaterra por uso da força?
Grato
[Fulano]
Eis o que respondi, muito improvisadamente e de forma rápida:
Ilhas no meio do oceano sempre são interessantes, para países costeiros, ainda que um pouco longe da linha territorial: elas ampliam tanto o conceito e a realidade do mar territorial (12 milhas reconhecidas internacionalmente, 200 milhas requeridas por muitos países), como a da Zona Econômica Exclusiva, também de 200 milhas segnudo a Convenção do Direito do Mar. Estamos falando de recursos econômicos: petróleo e outros nódulos metálicos, além dos recursos pesqueiros.
Quando Grã-Bretanha se apossou do antigo território espanhol das Malvinas, reivindicado pela Argentina então nascente, se tratava apenas de uma etapa de apoio na longa viagem entre o Atlântico norte e o Pacífico, passando pelo canal de Magalhães para alcancar o Oriente, cujo outro acesso seria pelo Indico, antes da abertura dos canais do Panamá e de Suez.
No plano militar tinha pouca importãncia, mas a Royal Navy, como todo grande império, gostava de ter bases em todos os mares. Hoje sua importância é basicamente econômica.
Não sei como a ONU poderia conceder direito sobre as Malvinas à Argentina, pois isso dependeria, basicamente, de um laudo da Corte Internacional de Justiça, caso as duas partes aceitassem tal procedimento e se comprometessem a cumprir um veredito (que imagino não ocorrerá por objeção da GB), ou de uma resolução do CSNU, o que também não ocorrerá, uma vez que a GB também possui direito de veto, mesmo que todos os demais, e os quatro outros permanentes, assim o desejem.
Não haverá, portanto, mas se por acaso houvesse, a Argentina ainda assim não teria como conduzir sozinha uma operação de "desalojo", pois não estaria se defendendo de uma agressão contra si, e não teria nenhuma resolução do CSNU autorizando medidas retorsivas. A única operação desse tipo ocorrida foi a primeira guerra do Golfo, depois que o Iraque invadiu o Kwait.
Ou seja, o tema vai permanecer na agenda, mas não haverá solução política, diplomática ou militar, até que a GB decida, sozinha, unilateralmente, por vontade própria, retirar seus cidadãos das Malvinas e entregar o território à Argentina.
Isso, se ocorrer, deve demorar pelo menos mais 50 anos, até que estejam mortos todos os protagonistas da guerra de 1982.
Paulo Roberto de Almeida
Licoes nao solicitadas de economia: a falsa versao e a verdadeira - Rolf Kuntz
As lições de Tia Dilma
Em seus comentários mais sensatos, a presidente defendeu uma combinação de austeridade e crescimento como a fórmula mais eficiente para o ajuste europeu. A arrumação fiscal, ponderou, será muito mais difícil, penosa e pouco frutífera, se depender apenas do corte de gastos e do aumento de impostos. Mas esse comentário foi mera repetição do discurso apresentado muitas vezes por dirigentes do Fundo Monetário Internacional (FMI), por economistas de várias nacionalidades e por alguns governantes europeus. Sem acrescentar a mínima novidade em relação a esse ponto, a presidente permitiu-se, no entanto, reescrever a história econômica à sua maneira. Para reforçar sua argumentação, citou a experiência latino-americana dos anos 80 e 90, quando os governos do Brasil e de outros países foram, segundo o seu relato, orientados pelo FMI a adotar políticas de ajuste sem espaço para crescimento.
Essa versão é popular, mas a história é um pouco mais complicada e inclui detalhes mais instrutivos. Dezenas de países afundaram na crise da dívida externa, nos anos 80. O drama começou quando o Federal Reserve, o banco central americano, iniciou um drástico aumento de juros em 1979. O desastre generalizou-se em 1982, mas vários países entraram em apuros bem antes disso. A renegociação das dívidas foi vinculada a duros programas de ajuste, jamais cumpridos integralmente por alguns governos, incluído o brasileiro.
O programa inicial de ajuste adotado no Chile foi reformado e substituído, com bons resultados, depois de algum tempo. O governo coreano iniciou a arrumação em 1979. O país entrou em recessão em 1980 e em seguida voltou a crescer velozmente, com déficit fiscal reduzido, grande aumento de exportações e investimentos sempre superiores a 30% do PIB. Chile e Coreia saíram da crise com as contas públicas em ordem, inflação baixa e medidas fundamentais para competir e crescer.
Falta algo, portanto, na versão popular, repetida pela presidente Dilma Rousseff, da história da crise e dos ajustes dos anos 80. Falta explicar por que alguns países - Coreia e Chile são apenas dois dos exemplos mais notáveis - emergiram da fase de provação muito mais fortes do que antes. Outras economias da Ásia atingidas pela crise da dívida também se tornaram mais eficientes a partir da segunda metade dos anos 80. A maior parte dos países latino-americanos ficou para trás porque os governos foram incapazes, por muito tempo, de abandonar velhos vícios e de favorecer a eficiência. Não se deve atribuir esse atraso a algum excesso de austeridade, mas à insistência na prática de contemporizar em vez de enfrentar os problemas.
Quando os governantes se dispuseram, afinal, a adotar reformas e políticas sustentáveis, as contas públicas melhoraram, a inflação caiu, as contas externas se tornaram superavitárias e as reservas cresceram. Por essas mudanças, e nada mais, as ações de socorro do FMI à América Latina foram bem menos frequentes nos primeiros anos deste século do que nas três ou quatro décadas anteriores.
Nenhuma dessas conquistas é irreversível. Em alguns países, o grande risco é a tentação do populismo. No Brasil, a tentação mais perigosa é a dos controles autoritários. A intervenção nos preços dos combustíveis, as pressões para corte de juros, o jogo perigoso de tolerância à inflação e as trapalhadas na política do setor elétrico são elementos desse quadro. O atraso nos projetos da Petrobrás é uma das consequências. A presidente seria provavelmente menos propensa a dar lições se pensasse um pouco mais sobre esses fatos.
* JORNALISTA
Islandia e Irlanda: as verdadeiras causas da crise (nao as atribuidas...)
A história, obviamente, é mais complexa do que isso, e se houve especulação, cabe lembrar que nenhum banqueiro ganancioso, nenhum especulador de Wall Street, nenhum manipulador de mercado, seja ele preto, loiro, azul ou vermelho, tem a capacidade de fixar os juros de referência.
Quem faz isso são os bancos centrais, que sinalizam, portanto, para o resto do sistema financeiro, e para a sociedade em geral, quais os níveis que serão praticados nos mercados imobiliários, de créditos para consumo, investimento, etc.
Juros baixos, obviamente, são uma benção para devedores, investidores e outros inadimplentes, enquanto são uma maldição para poupadores e credores. O mundo não é o ideal, e se os mercados fossem livres, realmente, como proclamam aqueles que acreditam equivocadamente que o sistema financeiro não tem regras (quando as tem, e muitas), esses mercados jamais fixariam as taxas de juros em níveis artificialmente baixos durante tanto tempo, como fizeram o Federal Reserve (de 2002 a 2005) e diversos outros bancos centrais.
Em resumo, quem provocou verdadeiramente as crises foram os bancos centrais, não os mercados, como demonstra este articulista sobre os casos mais dramáticos da Islância e da Irlanda...
Paulo Roberto de Almeida
Ire and Ice: A Tale of Two PIIIGS
by Frank Shostak
Mises Daily, November 22, 2012
There were a lot of commentaries regarding the Ireland and Iceland 2008–2012 financial crises. Most of the commentaries were confined to the description of the events without addressing the essential causes of the crises. We suggest that providing a detailed description of events cannot be a substitute for economic analysis, which should be based on the essential causes behind a crisis. The essential cause is the primary driving force that gives rise to various events such as reckless bank lending (blamed by most commentators as the key cause behind the crisis) and a so-called overheated economy. Now, in terms of real GDP, both Ireland and Iceland displayed strong performance prior to the onset of the crisis in 2008. During 2000–2007, the average growth in Ireland stood at 5.9 percent versus 4.6 percent in Iceland. So what triggered the sudden collapse of these economies?
Central-Bank Policy the Key Trigger for Economic Boom
What set in motion the economic boom (i.e., a strong real GDP rate of growth) in both Ireland and Iceland was an aggressive lowering of interest rates by the respective central banks of Ireland and Iceland. In Ireland, the policy rate was lowered from 13.75 percent in November 1992 to 2 percent by November 2005. In Iceland, the policy rate was lowered from 10.8 percent in November 2000 to 5.2 percent by April 2004.
In response to this, bank lending showed a visible strengthening with the yearly rate of growth of Irish bank assets rising from 7.4 percent in June 2002 to 31 percent by November 2005. In Iceland, the yearly rate of growth of bank lending to residents climbed from 26.5 percent in September 2004 to 57.8 percent by April 2006.
The growth momentum of the money supply strengthened visibly in both Ireland and Iceland. The yearly rate of growth of our measure of money supply (AMS) for Ireland jumped from minus 6.7 percent in March 2003 to 22 percent by March 2006. In Iceland, the yearly rate of growth of AMS climbed from minus 1.6 percent in January 2003 to 61.6 percent by June 2004 before closing at 47.7 percent by July 2004.
The aggressive lowering of interest rates, coupled with strong increases in the money-supply rate of growth, gave rise to various bubble activities. (The central banks' loose monetary stance set in motion the transfer of wealth from wealth-generating activities to nonproductive bubble activities.)
Central-Bank Policies Trigger Economic Bust
Because of strong increases in the money-supply rate of growth, a visible strengthening in price inflation took place in Ireland and Iceland. In Ireland, the yearly rate of growth of the consumer price index (CPI) rose from 2.9 percent in January 2006 to 5.1 percent by March 2007. In Iceland, the yearly rate of growth of the CPI jumped from 1.4 percent in January 2003 to 18.6 percent by January 2009.
To counter the acceleration in price inflation, the central banks of Ireland and Iceland subsequently tightened their stance. The policy interest rate in Ireland rose from 2.25 percent in January 2006 to 4.25 percent by July 2008. In Iceland, the rate shot up from 10.2 percent in January 2006 to 18 percent by February 2009. Furthermore, the pace of money pumping by the central bank of Ireland fell to minus 8.2 percent by July 2007 from 25 percent in January 2007. The pace of pumping by the Iceland's central bank fell to 43 percent by February 2008 from 123 percent in July 2006.
The yearly rate of growth of AMS in Ireland plunged from 32 percent in August 2009 to minus 30 percent by November 2011. In Iceland, the yearly rate of growth of AMS fell from 96 percent in October 2007 to minus 18 percent by September 2009.
The sharp fall in the growth momentum of the money supply, coupled with a tighter interest-rate stance, put pressure on various bubble activities that emerged on the back of the previous loose-monetary-policy stance.
Consequently, various key economic indicators came under pressure. For instance, the unemployment rate in Ireland rose from 4.4 percent in January 2006 to 14.9 percent by July 2012. In Iceland, the unemployment rate climbed from 2 percent in January 2006 to 9.2 percent by September 2010. Year on year, the rate of growth of Irish real retail sales fell from 3.8 percent in January 2008 to minus 25 percent by September 2009. In Iceland, the yearly rate of growth of real retail sales fell from 11.9 percent in Q1 2008 to minus 31 percent by Q1 2009.
Most commentators blame the crisis on the conduct of banks that allowed the massive expansion of credit. It is held that this was responsible for the massive property boom in Ireland and overheated economic activity in Iceland.
We hold that the key factor in the economic crisis was the boom-bust policies of the central banks of Ireland and Iceland. Loose monetary policy had significantly weakened the economies' abilities in both Ireland and Iceland to generate wealth. This resulted in the weakening of various marginal activities. Consequently, a fall in these activities, followed by a decline in the pace of lending by banks — and this, in turn, coupled with a tighter stance by central banks — set in motion an economic bust. With the emergence of a recession, banks' bad assets started to pile up and this in turn posed a threat to their solvency.
From May 2007, the banks' stock prices on the Irish stock market declined markedly — they had halved by May 2008. This had an inevitable effect on banks' capital-adequacy ratios and therefore their ability to lend the ever-higher amounts that were necessary to support property prices.
As a result, housing loans as percentage of GDP plunged from 70.5 percent in Q2 2009 to 49.2 percent by Q2 this year. At the height of the boom, a fifth of Irish workers were in the construction industry. The average price of a house in Ireland in 1997 was €102,491. In Q1 2007 the price stood at €350,242 — an increase of 242 percent. The average price of a home in Dublin had increased 500 percent from 1994 to 2006.
Now, in Iceland, at the end of Q2 2008, external debt was €50 billion, more than 80 percent of which was held by the banking sector — this value compares with Iceland's 2007 GDP of €8.5 billion. The liabilities of the three main banks were almost 10 times the size of the island's GDP.
With the emergence of the bust, Icelandic authorities allowed its banks to go belly up, while the Irish government decided to support the banks. According to estimates, the cost to the taxpayers of providing support to Irish banks stood at €63 billion. (The private debt of the failed banks was nationalized.) In Iceland, the government, by allowing Icelandic banks to fail, made foreign creditors, not Icelandic taxpayers, largely responsible for covering losses.
The fact that Iceland allowed the banks to go bankrupt was a positive step in healing the economy. Unfortunately Iceland introduced a program of safeguarding the welfare of the unemployed. Also, the collapse of the Icelandic krona was a hard hit to homeowners who borrowed in foreign currency. In response to this, the authorities orchestrated mortgage-relief schemes. Iceland has also imposed draconian capital controls. Obviously, all this curtailed the benefits of allowing the banks to go belly up.
Whether the Icelandic economy will show a healthy revival, as suggested by some experts, hinges on the monetary policy of Iceland's central bank. We suggest the same applies to Ireland. (What is required is to seal off all the loopholes for the growth of the money supply.)
However, it is clear that Iceland's economic situation is less bad than Ireland's, and that is largely due to the Iceland's allowing its banks to go bankrupt.
Bad Policies Are Coming Back
For the time being in Iceland, the yearly rate of growth of AMS jumped from minus 11.3 percent in May 2010 to 34 percent by May 2012. Also, in Ireland, the growth momentum of AMS is showing strengthening with the yearly rate of growth rising from minus 30.3 percent in November last year to 4.7 percent in September 2012.
The rising growth momentum of money supply is a major threat to sound economic recovery in both Ireland and Iceland.
Also note that the policy interest rate in Ireland fell from 1.5 percent in October 2011 to 0.75 percent at present. In Iceland, the policy rate was lowered from 18 percent in February 2009 to 4.25 percent by July 2011. All this again sets in motion a misallocation of resources and new bubble activities — and, in turn, economic impoverishment.
Summary and Conclusion
Many commentators blame reckless bank lending as the key cause behind the 2008–2012 financial crises in Ireland and Iceland. Our analysis, however, suggests that it was not the banks as such that caused the crisis but rather the boom-bust policies of the central banks of Ireland and Iceland. It is these institutions that set in motion the false economic boom and the consequent economic bust. While Iceland allowed its banks to go bankrupt, the Irish government chose to bail out its banks. So, in this sense, the Icelandic authorities did the right thing, and Iceland has consequently outperformed Ireland economically. We hold that despite this positive step, Iceland's authorities have introduced various welfare schemes that have curtailed the benefits of having let banks go belly up. Furthermore, both Ireland and Iceland have resumed aggressive money pumping, thereby setting in motion the menace of boom-bust cycles.
Frank Shostak is an adjunct scholar of the Mises Institute and a frequent contributor to Mises.org. His consulting firm, Applied Austrian School Economics, provides in-depth assessments and reports of financial markets and global economies. Send him mail. See Frank Shostak's article archives.
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Bretton Woods: present at the creation (transcripts found)
Transcript of 1944 Bretton Woods Conference Found at Treasury
By ANNIE LOWREY
The New York Times, October 25, 2012
International Monetary Fund, via Agence France-Presse — Getty Images
A version of this article appeared in print on October 26, 2012, on page B1 of the New York edition with the headline: Transcript of ’44 Bretton Woods Conference Found at Treasury.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Louis Pasteur: savant humaniste (190 ans de la naissance)
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Enquanto isso, na América Latina... paises se fecham...
Cúpula asiática vai impulsionar criação de gigantesco bloco comercial
Classificacao de risco: Argentina em nivel de... lixo
Argentina: Moody’s advierte de impacto de fallo en EEUU sobre el pago de deuda
Nueva York, 19 de noviembre de 2012
- Moody's, que otorga al país latinoamericano una nota de B3, en la categoría de bono basura, añade que por ahora esta decisión judicial no repercutirá sobre la calificación de su deuda, puesto que cualquier modificación dependerá "de los detalles de la decisión final, su ejecución y la respuesta de Argentina".
“Desde el punto de vista de la calificación, la cuestión clave es si el fallo provocará pérdidas a los tenedores de bonos reestructurados”, aseguró la agencia de medición de riesgo en un informe, titulado “Dictámen legal plantea interrogantes sobre los pagos de deuda de Argentina”.
Moody’s, que otorga al país latinoamericano una nota de B3, en la categoría de bono basura, añade que por ahora esta decisión judicial no repercutirá sobre la calificación de su deuda, puesto que cualquier modificación dependerá “de los detalles de la decisión final, su ejecución y la respuesta de Argentina”.
El pasado 26 de octubre, el Tribunal de Apelaciones del Segundo Circuito de Nueva York ratificó la decisión del juez federal Thomas Griesa, quien decidió en febrero que Argentina debía pagar también a los acreedores que se negaron a participar en las reestructuraciones de deuda y no solamente a aquellos que sí accedieron al trueque.
Además, ese tribunal determinó que Argentina no podía realizar ningún pago a los acreedores que aceptaron los canjes mientras siga negándose a pagar a quienes rechazaron el acuerdo, entre los que se encuentra el fondo NML, involucrado en la retención en Ghana de la fragata “Libertad” de la Armada argentina.
La corte de apelaciones ha devuelto el caso al juez Griesa para que clarifique cuánto y cómo deberá pagar Argentina, así como cuál será el impacto de este fallo sobre las terceras partes implicadas en este proceso, como Bank of New York Mellon, encargado de transferir los pagos del Gobierno a los tenedores de deuda.
Por su parte, el país latinoamericano ha reiterado que no pagará a quienes no aceptaron las reestructuraciones pese a este fallo y argumentó en un escrito la semana pasada que las cortes de EE.UU. no tienen jurisdicción para interferir en los pagos de su deuda realizados fuera del territorio estadounidense.
“El escenario base de Moody’s es que Argentina intentará seguir pagando la deuda reestructurada sin cambios en el tipo de cambio, interés o vencimiento, sin ocasionar así pérdidas a los inversores, pero este acercamiento puede chocar con el objetivo del Gobierno de negar pagos a quienes no aceptaron los canjes”, añadió la calificadora.
Classificacao de risco: a publica e a privada (em nada diferentes)
Que surpresa! Uma agência pública, portanto isenta dos vieses de mercado, acaba de dar à França a mesma nota que lhe deu a Moody's, esta acusada imediatamente de viés negativo contra o país dos queijos e das greves.
Paulo Roberto de Almeida
Hasard du calendrier, douze heures après l'annonce de la dégradation de la France par l'agence Moody's, la fondation Bertelsmann présentait, à Berlin, mardi 20 novembre, "sa" notation de la France. Cette fondation privée, considérée comme la plus influente du pays, avait dévoilé son projet en avril en marge de l'Assemblée générale du Fonds monétaire international à New York.
Pour répondre aux critiques visant les agences de notation – un oligopole dont les membres ne sont pas indépendants et se contentent de données macro-économiques — Bertelsmann souhaite créer une fondation indépendante dont les indicateurs seraient à la fois macroéconomiques mais aussi prospectifs. Pour ce faire, Bertelsmann estime avoir besoin d'un capital de départ d'environ 310 millions d'euros (400 millions de dollars) qu'elle aimerait recueillir auprès des membres du G20 et des grandes institutions internationales.A quoi ressembleraient ces notations ? La fondation a présenté mardi cinq pays-pilotes : l'Allemagne, le Brésil, la France, l'Italie et le Japon. Chacun a été jugé selon treize critères (eux-mêmes résultant de l'agrégat de sous-critères) : cinq critères macro-économiques et huit prospectifs.
Les fondamentaux économiques, la politique budgétaire, la politique monétaire, le risque financier, la dépendance vis-à-vis de l'étranger constituent les cinq critères classiques. Les critères prospectifs sont le respect de la loi par le gouvernement et l'administration, la transparence et la prévention de la corruption, la cohésion sociale, la qualité du système d'enseignement, la capacité du gouvernement à définir des priorités stratégiques, la mise en place des réformes annoncées, la flexibilité du gouvernement et sa capacité à innover, la capacité des gouvernements à gérer des crises.
Les critères macro-économiques représentent 40 % de la note finale dans les pays développés et 50 % chez les émergents. Les pays sont notés de 1 à 10. Ceux obtenant plus de 8 bénéficient d'un AAA, ceux ayant entre 7,70 et 7,99 d'un AA+, ceux entre 7,30 et 7,69 d'un AA, etc. La France, avec une note de 7,9 (8,2 pour la macro-économie et 7,7 pour les critères qualitatifs) obtient un solide AA+.
"PAS TROP PESSIMISTE" SUR LA FRANCE
L'Allemagne, avec son 8,1 (8,8 pour le quantitatif et 7,6 pour le qualitatif) jouit d'un AAA mais avec "perspective négative". Par ailleurs, l'Italie obtient 7,2 (AA-), le Brésil 6,8 (A+) et le Japon 6,0 (A-). "Ces notes sont des opinions qui peuvent et devraient être discutées. (...) La seule et unique question à laquelle elles répondent est : quelle est la capacité et la volonté de l'Etat à rembourser ses dettes ?" expliquent les dirigeants de la fondation.
L'expert qui a travaillé en août et en septembre sur la France est Henrik Uterwedde, un économiste allemand parfaitement francophone travaillant à l'institut franco-allemand de Ludwigsburg. Celui-ci a travaillé seul – ce qu'il déplore — mais ses appréciations ont été discutées par les permanents de la fondation Bertelsmann qui le jugeaient "un peu sévère" par rapport à ses collègues chargés de noter d'autres pays puis soumis à l'avis d'une demi-douzaine d'experts connaissant bien la France.
"Ma note est totalement dans le ton de la conférence de presse de François Hollande. Je trouve que Moody's arrive trop tard. Le gouvernement français a établi le même constat. Je ne suis pas trop pessimiste car la France a montré, notamment en 1983, qu'elle est capable de changer de cap si le pouvoir exécutif le décide", explique M. Uterwedde qui porte sur la France un avis moins sévère que nombre de ses compatriotes.
Newcomer to Ratings Game Gives France a Dim View
By JACK EWING and DAVID JOLLY
The New York Times, November 20, 2012
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Moody’s Lowers France’s Sovereign Debt Rating (November 20, 2012)
A version of this article appeared in print on November 21, 2012, in The International Herald Tribune
O ceu carrtelizado (nos EUA); no Brasil, oligopolizado...
Paulo Roberto de Almeida
Op-Ed Contributor
A Free Market in the Sky
By CLIFFORD WINSTON
The New York Times, November 20, 2012
A version of this op-ed appeared in print on November 21, 2012, on page A27 of the New York edition with the headline: A Free Market in the Sky.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Livro PRIVATIZE JA': Hoje (20/11) e todos os demais dias do ano...
TUDO O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER SOBRE AS PRIVATIZAÇÕES E NUNCA TEVE A QUEM PERGUNTAR...
Paulo Roberto de Almeida
ASEAN e EUA: uma relacao mutuamente benefica; e o Mercosul?
Paulo Roberto de Almeida