O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador agências de classificação de riscos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador agências de classificação de riscos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Divida EUA: ja nao se fazem mais Triple-As como antigamente (WSJ)

Extending Debt Ceiling Doesn’t Remove Market Uncertainty

By Erin McCarthy
The Wall Street Journal, October 16, 2013
A deal to fund the U.S. government and extend the country’s borrowing authority through early 2014 isn’t enough to alleviate market uncertainty, credit-ratings firm DBRS Inc. said Wednesday.
Nor does it change the firm’s negative outlook on the U.S. debt rating, Fergus McCormick, head of the sovereign ratings team at DBRS, said in an interview with The Wall Street Journal. Last week DBRS placed the U.S. debt rating under review for potential downgrade, citing the “growing risk of a selective default.”
Senate leaders Wednesday struck an 11th-hour agreement to avoid a U.S. debt crisis and fully reopen the federal government. The Senate plan would fund federal agencies at current spending levels through Jan. 15 and extend the nation’s borrowing authority through Feb. 7. Under those conditions, DBRS would likely keep the U.S. rating under review with negative implications, and would likely maintain that status in early 2014 when the next set of deadlines approach.
“What we’ve seen so far does not change the outlook,” Mr. McCormick said. “If they kick the can down the road for a few weeks or a few months, it doesn’t really remove the uncertainty prevailing in the market.”
The firm, however, has had discussions regarding whether the U.S. is worthy of its triple-A status, he said.
“There are some people on the rating committee of DBRS who believe that the triple-A rating of the United States should no longer be triple-A,” he said.
Mr. McCormick, however, believes the world’s largest economy still deserves the top-notch rating because its capacity to pay, outside of the debt ceiling issue, is “unparalleled.”
But he warned that the U.S. needs to resolve these fiscal and structural problems in the longer term to maintain investor confidence.
“If these [issues] aren’t addressed in the coming years then the United States’ creditworthiness would severely be affected.”

sexta-feira, 22 de março de 2013

Rebaixando os padroes, aumentando os riscos...

Ou seja, tudo o que os companheiros sempre quiseram, desejaram, souberam fazer, sem se preocupar em quem paga a conta.
Como disse alguém, o socialismo dura enquanto durar o dinheiro dos outros. No caso, é o nosso mesmo, já que o Tesouro joga a conta para toda a sociedade, sob a forma de aumento do endividamento público, maiores taxas de juros e encargos para as futuras (ou presentes) gerações...
Paulo Roberto de Almeida
Celso Ming
Início do conteúdo

Rebaixamento

22 de março de 2013 | 2h 10

Celso Ming - O Estado de S.Paulo
O rebaixamento da qualidade dos ativos do BNDES e da Caixa Econômica por uma das maiores agências de classificação de risco, a Moody's, é uma advertência à maneira como o governo Dilma vem turbinando o crédito.
Ontem, o vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Raphael Rezende, fez pouco-caso do alerta. Disse que as operações elevaram o lucro da instituição e que a decisão da Moody's apenas alinhou os riscos da Caixa, um banco estatal, aos do próprio governo.
Meia-verdade. O maior lucro no curto prazo tende a rarear na medida em que os índices de inadimplência obrigarem esses bancos a aumentar suas provisões para cobrir o retorno duvidoso desses empréstimos. Além disso, o rebaixamento não alcançou, por exemplo, o Banco do Brasil, que vem sendo bem mais cuidadoso na concessão de créditos do que a Caixa e o BNDES.
E aí chegamos ao talo do problema. Tanto o BNDES como a Caixa se atiraram com sofreguidão à distribuição de financiamentos, mais preocupados em produzir estatísticas do que com a qualidade de serviço - veja, no gráfico, a evolução do saldo na carteira de crédito das duas instituições nos últimos três anos.
Ambos vêm atendendo à aflição do governo Dilma com o baixo nível dos investimentos. O BNDES segue elegendo os campeões do futuro e injetando-lhes créditos subsidiados, sem considerar que muitos desses seus clientes não precisariam de vitamina oficial, uma vez que dispõem de capital próprio ou de capacidade de endividamento para levantar recursos no mercado, tanto aqui como no exterior.
A Caixa atende especialmente ao financiamento habitacional, nem sempre disposta a conferir se a renda familiar do comprador comporta o tamanho do financiamento a que fica comprometido. E nem poderia ser diferente para um banco, como a Caixa, que expandiu sua carteira de crédito em nada menos que 40%, em cada um dos últimos três anos.
E quem está dizendo que os critérios técnicos nesses dois casos estão sendo passados para trás é a própria Moody's, que justificou o rebaixamento em dois níveis (notches) das notas do BNDES e da Caixa, pela "deterioração na qualidade de crédito intrínseca dos bancos e, particularmente, ao enfraquecimento das suas posições de capital de nível 1". Ou seja, tanto o BNDES como a Caixa estão emprestando mais do que comporta o tamanho dos seus respectivos capitais. "Os empréstimos do BNDES para os dez maiores clientes", aponta a Moody's, "subiram para mais de 4 vezes o capital de nível 1 em 2012, de 3,4 vezes em 2010. As grandes exposições da Caixa Econômica equivalem a 1,5 vez seu capital de nível 1 em 2012, vindo de 1,1 vezes em 2010". Ou seja, não é pouca coisa.
Em ambos os casos, critérios políticos vêm se sobrepondo aos técnicos, no pressuposto de que, se alguma coisa der errado, o Tesouro comparecerá pressuroso com sua UTI, sempre disponível. É a ligação direta entre o Tesouro e esses bancos oficiais, anomalia que corrobora as críticas de que o governo trouxe de volta a Conta Movimento que, até 1986, caracterizava a relação incestuosa entre o Banco do Brasil, que gastava o que os políticos mandavam, e o Tesouro (ou seja, o contribuinte), chamado a pagar a conta.
==========

Brasil Finanças

Moody’s rebaixa nota de risco de Caixa, BNDES e BNDESPar

Valor Online
São Paulo, 21 de março de 2013
A agência de classificação de risco Moody’s anunciou o rebaixamento da nota de crédito de longo prazo da Caixa Econômica Federal, do BNDES e da BNDESPar, empresa de participações do banco de fomento.
Nos três casos, as notas das entidades, como emissoras, foram reduzidas em dois degraus, de A3 para Baa2.
Quando fala das duas instituições financeiras, a Moody’s afirma que a decisão de rebaixar as notas se deve à “deterioração na qualidade de crédito intrínseca dos bancos e, particularmente, o enfraquecimento das suas posições de capital de nível 1″.
Isso significa que o nível de capital próprio está relativamente menor, tendo em vista o porte das instituições.
A agência comenta que as instituições têm sido usadas como instrumentos de política anticíclica do governo e que isso tem provocado forte aumento dos ativos, tendo como contrapartida uma redução dos indicadores de capital.
A Moody’s destaca que, em dezembro de 2012, o capital de nível 1 do BNDES chegou a 8,4%, enquanto que o da Caixa caiu para o mínimo de 6,62%, ambos significativamente abaixo da média de 12,4% registrada para o sistema financeiro em junho de 2012.
A redução da nota da BNDESPar, segundo a agência, é uma consequência do corte do rating do BNDES, seu controlador.
Mas a empresa de classificação de risco comenta também sobre a carteira de investimentos da empresa de participações. “Em 2012, os investimentos do BNDESPar foram afetados pelo fraco desempenho do mercado acionário doméstico, tendo visto que a queda de 12,5% no valor dos investimentos em participações acionárias ocasionou um declínio de 93% no lucro líquido da empresa”, escreveu a agência em nota.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Argentina: o tango das agencias de rating...

A classificação de risco da Argentina, já normalmente baixa, cai mais um pouco, em virtude, não de uma deterioração súbita de suas condições econômicas objetivas, mas exclusivamente em função do intervencionismo exagerado do governo na economia em geral, e na atidades das empresas em particular, tanto públicas quanto privadas.
Esse é o preço a pagar pela volatilidade induzida pelo ativismo governamental, no caso da Argentina totalmente equivocado em relação ao que se espera normalmente de um governo.
Diga-se de passagem que controle de capitais, manipulações cambiais, protecionismo comercial, indução estatal de setores favorecidos pelo governo, subsídios explícitos e implícitos a amigos da corte e distorção geral do ambiente de negócios são males, vícios, equívocos praticados igualmente, e em alto grau, pelo governo brasileiro. E tudo em nome do crescimento econômico.
O que tivemos como resposta, nos dois países: crescimento pífio, mais inflação, mais distorções nas regras do jogo, promiscuidade em geral nos negócios públicos, corrupção e incompetência. Esse é o resultado de alucinados pretenderem fazer política econômica.
Paulo Roberto de Almeida

Argentina sistema bancário

Argentina: Fitch rebaixa a qualificação das instituições financeiras

Infolatam/Efe
Buenos Aires, 2 de dezembro de 2012
Las claves
  • Fitch justificou sua decisão pela "preocupação com a contínua e crescente intervenção governamental no setor financeiro e as possíveis novas restrições no acesso à moeda estrangeira por parte das entidades privadas”.
  • A Fitch decidiu rebaixar a qualificação da emissão em moeda local (LC IDR, por sua sigla em inglês) do BBVA Banco Francês e do Banco Santander Rio, filiais argentinas dos bancos espanhóis BBVA e Santander, assim como do Banco Macro de B+/b+” a “B-/b-”.
A agência qualificadora de risco Fitch baixou a nota de vinte instituições financeiras argentinas, três dias após reavaliar para baixo a dívida soberana do país sul-americano, que passou de “B” para “CC”.
Em um comunicado, a Fitch justificou sua decisão pela “preocupação com a contínua e crescente intervenção governamental no setor financeiro e as possíveis novas restrições no acesso à moeda estrangeira por parte das entidades privadas”.
Por esse motivo, decidiu rebaixar a qualificação da emissão em moeda local (LC IDR, por sua sigla em inglês) do BBVA Banco Francês e do Banco Santander Rio, filiais argentinas dos bancos espanhóis BBVA e Santander, assim como do Banco Macro de B+/b+” a “B-/b-”.
A agência de qualificação também diminuiu a nota para “AA(arg)” das filiais argentinas do estrangeiros Banco Itaú, HSBC Bank Argentina, Mercedes-Benz Companhia Financeira Argentina e Standard Bank ao considerar que “apesar da sua fortaleza financeira, sua vontade de apoiar suas filiais argentinas pode ser vista reduzida pelo aumento da intervenção governamental”.
Por último, a Fitch explicou que mantém a boa qualificação “AA(arg)/A1+(arg)” ao Banco da Nação Argentina e ao Banco de Investimento e Comércio Exterior pelo convencimento de que “devido a sua natureza estatal, receberão apoio do Estado se for necessário”.
A seguradora rebaixou na terça-feira a nota da dívida argentina em moeda estrangeira em longo prazo até a qualificação “CC”, enquanto a dívida em curto prazo ficou em “C”; partindo ambas de uma qualificação “B”, como uma suspensão de pagamentos é “provável”, segundo Fitch.
A agência também apontou a uma “brusca desaceleração” da economia argentina devido a um “aumento da intervenção estatal”, com o “estreitamento dos controles aos capitais”, a nacionalização de 51% da petroleira YPF propriedade da espanhola Repsol ou a dificuldade de suas províncias para pagar sua dívida.
O ministro de Economia argentino, Hernán Lorenzino, assegurou depois da queda da nota que a “Fitch castiga a Argentina por ter autonomia para fazer política econômica”.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Classificacao de risco: Argentina em nivel de... lixo

Argentina: Moody’s advierte de impacto de fallo en EEUU sobre el pago de deuda

Infolatam/Efe
Nueva York, 19 de noviembre de 2012
Las claves
  • Moody's, que otorga al país latinoamericano una nota de B3, en la categoría de bono basura, añade que por ahora esta decisión judicial no repercutirá sobre la calificación de su deuda, puesto que cualquier modificación dependerá "de los detalles de la decisión final, su ejecución y la respuesta de Argentina".
El fallo de un tribunal de Nueva York que obliga a Argentina a pagar a los acreedores que no aceptaron sus reestructuraciones de deuda en 2005 y 2010 tiene el potencial de ocasionar pérdidas a quienes sí accedieron a esos canjes, advirtió la agencia de calificación Moody’s.
“Desde el punto de vista de la calificación, la cuestión clave es si el fallo provocará pérdidas a los tenedores de bonos reestructurados”, aseguró la agencia de medición de riesgo en un informe, titulado “Dictámen legal plantea interrogantes sobre los pagos de deuda de Argentina”.
Moody’s, que otorga al país latinoamericano una nota de B3, en la categoría de bono basura, añade que por ahora esta decisión judicial no repercutirá sobre la calificación de su deuda, puesto que cualquier modificación dependerá “de los detalles de la decisión final, su ejecución y la respuesta de Argentina”.
El pasado 26 de octubre, el Tribunal de Apelaciones del Segundo Circuito de Nueva York ratificó la decisión del juez federal Thomas Griesa, quien decidió en febrero que Argentina debía pagar también a los acreedores que se negaron a participar en las reestructuraciones de deuda y no solamente a aquellos que sí accedieron al trueque.
Además, ese tribunal determinó que Argentina no podía realizar ningún pago a los acreedores que aceptaron los canjes mientras siga negándose a pagar a quienes rechazaron el acuerdo, entre los que se encuentra el fondo NML, involucrado en la retención en Ghana de la fragata “Libertad” de la Armada argentina.
La corte de apelaciones ha devuelto el caso al juez Griesa para que clarifique cuánto y cómo deberá pagar Argentina, así como cuál será el impacto de este fallo sobre las terceras partes implicadas en este proceso, como Bank of New York Mellon, encargado de transferir los pagos del Gobierno a los tenedores de deuda.
Por su parte, el país latinoamericano ha reiterado que no pagará a quienes no aceptaron las reestructuraciones pese a este fallo y argumentó en un escrito la semana pasada que las cortes de EE.UU. no tienen jurisdicción para interferir en los pagos de su deuda realizados fuera del territorio estadounidense.
“El escenario base de Moody’s es que Argentina intentará seguir pagando la deuda reestructurada sin cambios en el tipo de cambio, interés o vencimiento, sin ocasionar así pérdidas a los inversores, pero este acercamiento puede chocar con el objetivo del Gobierno de negar pagos a quienes no aceptaron los canjes”, añadió la calificadora.

Classificacao de risco: a publica e a privada (em nada diferentes)

Os franceses, que costumam se revoltar contra o termômetro, mas bem menos contra a febre, reclamam das agências de notação de riscos soberanos, que eles acreditam estar dominadas por interesses privatistas, capitalistas, neoliberais de especuladores de Wall Street, apenas interessados em ganhar dinheiro com a desgraça alheia.
Que surpresa! Uma agência pública, portanto isenta dos vieses de mercado, acaba de dar à França a mesma nota que lhe deu a Moody's, esta acusada imediatamente de viés negativo contra o país dos queijos e das greves.
Paulo Roberto de Almeida

La fondation Bertelsmann présente "sa" notation de la France

 
Le Monde.fr |
Bertelsmann souhaite créer une fondation indépendante dont les indicateurs seraient à la fois macroéconomiques mais aussi prospectifs.

Hasard du calendrier, douze heures après l'annonce de la dégradation de la France par l'agence Moody's, la fondation Bertelsmann présentait, à Berlin, mardi 20 novembre, "sa" notation de la France. Cette fondation privée, considérée comme la plus influente du pays, avait dévoilé son projet en avril en marge de l'Assemblée générale du Fonds monétaire international à New York.

Pour répondre aux critiques visant les agences de notation – un oligopole dont les membres ne sont pas indépendants et se contentent de données macro-économiques — Bertelsmann souhaite créer une fondation indépendante dont les indicateurs seraient à la fois macroéconomiques mais aussi prospectifs. Pour ce faire, Bertelsmann estime avoir besoin d'un capital de départ d'environ 310 millions d'euros (400 millions de dollars) qu'elle aimerait recueillir auprès des membres du G20 et des grandes institutions internationales.
A quoi ressembleraient ces notations ? La fondation a présenté mardi cinq pays-pilotes : l'Allemagne, le Brésil, la France, l'Italie et le Japon. Chacun a été jugé selon treize critères (eux-mêmes résultant de l'agrégat de sous-critères) : cinq critères macro-économiques et huit prospectifs.
Les fondamentaux économiques, la politique budgétaire, la politique monétaire, le risque financier, la dépendance vis-à-vis de l'étranger constituent les cinq critères classiques. Les critères prospectifs sont le respect de la loi par le gouvernement et l'administration, la transparence et la prévention de la corruption, la cohésion sociale, la qualité du système d'enseignement, la capacité du gouvernement à définir des priorités stratégiques, la mise en place des réformes annoncées, la flexibilité du gouvernement et sa capacité à innover, la capacité des gouvernements à gérer des crises.
Les critères macro-économiques représentent 40 % de la note finale dans les pays développés et 50 % chez les émergents. Les pays sont notés de 1 à 10. Ceux obtenant plus de 8 bénéficient d'un AAA, ceux ayant entre 7,70 et 7,99 d'un AA+, ceux entre 7,30 et 7,69 d'un AA, etc. La France, avec une note de 7,9 (8,2 pour la macro-économie et 7,7 pour les critères qualitatifs) obtient un solide AA+.
"PAS TROP PESSIMISTE" SUR LA FRANCE
L'Allemagne, avec son 8,1 (8,8 pour le quantitatif et 7,6 pour le qualitatif) jouit d'un AAA mais avec "perspective négative". Par ailleurs, l'Italie obtient 7,2 (AA-), le Brésil 6,8 (A+) et le Japon 6,0 (A-). "Ces notes sont des opinions qui peuvent et devraient être discutées. (...) La seule et unique question à laquelle elles répondent est : quelle est la capacité et la volonté de l'Etat à rembourser ses dettes ?" expliquent les dirigeants de la fondation.
L'expert qui a travaillé en août et en septembre sur la France est Henrik Uterwedde, un économiste allemand parfaitement francophone travaillant à l'institut franco-allemand de Ludwigsburg. Celui-ci a travaillé seul – ce qu'il déplore — mais ses appréciations ont été discutées par les permanents de la fondation Bertelsmann qui le jugeaient "un peu sévère" par rapport à ses collègues chargés de noter d'autres pays puis soumis à l'avis d'une demi-douzaine d'experts connaissant bien la France.
"Ma note est totalement dans le ton de la conférence de presse de François Hollande. Je trouve que Moody's arrive trop tard. Le gouvernement français a établi le même constat. Je ne suis pas trop pessimiste car la France a montré, notamment en 1983, qu'elle est capable de changer de cap si le pouvoir exécutif le décide", explique M. Uterwedde qui porte sur la France un avis moins sévère que nombre de ses compatriotes.

Newcomer to Ratings Game Gives France a Dim View

FRANKFURT — Hours after the French government suffered a debt downgrade by the ratings agency Moody’s Investors Service, a new nonprofit agency offered a similar critique Tuesday.
The criticism came from the International Nonprofit Credit Rating Agency, or Incra, a pilot project intended to show the feasibility of a nonprofit agency that would provide an alternative to the three main ratings agencies: Moody’s, Standard & Poor’s and Fitch Ratings.
Those agencies have come under fire for failing to warn of the financial crisis and overlooking huge risks in the debt market, including loans for subprime real estate as well as the Greek government’s debt pile. The agencies usually get their funding from the creditors whose debt they assess. In the case of sovereign debt, the agencies have been accused of timidity for fear of provoking officials whose governments would probably have to pay higher borrowing costs.
French officials played down the Moody’s decision, issued late Monday, and sought to blame the country’s previous rightist governments for the economic challenges.
“This rating change doesn’t call into question either our economic fundamentals or the reforms engaged in by the government, nor the high standard of our credit,” Finance Minister Pierre Moscovici said at a news conference.
The downgrade, he added, “is punishment for the situation we have inherited, which hasn’t stopped deteriorating for 10 years.”
President François Hollande, a Socialist, took office in May. For the previous decade, France was led by Jacques Chirac and Nicolas Sarkozy, both from the right.
Incra is an attempt by the Bertelsmann Foundation, financed by a German media conglomerate, to show how a ratings agency could be structured without the potential conflicts of interest the commercial agencies face.
The European Commission has stepped up regulation of ratings agencies while also requiring banks and bond funds to take more responsibility for analyzing the creditworthiness of the governments and companies they invest in. There has also been talk of creating a European credit ratings agency.
Annette Heuser, executive director of the Bertelsmann Foundation in Washington, said the organization hoped that the Group of 20 countries, which have also expressed concern about the current debt rating system, would take the lead in creating a nonprofit ratings agency.
“We need an international solution that brings in the emerging economies,” Ms. Heuser said.
It was the first report on France by Incra, so there were no previous ratings to compare to. The agency gave France a score of 7.9 out of 10, or AA+. Incra had given Germany a rating of 8.1, or AAA–; and 7.2 for Italy, or AA–.
On Tuesday, Incra also rated Brazil, which received a score of 6.8, or A+; and Japan, which received a score of 6.0, or A–, because of its high debt and stagnant economy.
Incra cited what it said was France’s slow growth, heavily regulated labor market and a pension system that could become unaffordable over time. France could also be required to help pay for the bailout of other euro zone countries as well as its own banks, Incra said.
Moody’s cited some of the same factors in its decision to downgrade France. But Ms. Heuser said that Incra’s methodology looked not only at economic data but also at indicators of how well society functions, including the efficiency of the court system and the level of corruption.
“Even if we come to a similar conclusion, the underlying analysis is completely different,” Ms. Heuser said.
She said that Incra also believed that the French educational system had been declining, which hurt the country’s score.
In its decision to downgrade French debt, Moody’s cited a worse outlook for government finances as a result of France’s fading competitiveness and “the longstanding rigidities of its labor, goods and service markets.” It also warned that the country’s resilience to shocks from the euro crisis was declining. At the same time, Moody’s said, France faces greater fiscal obligations from developments including the bailouts of other euro zone countries.
Moody’s decision came as no surprise, as Standard & Poor’s had stripped France of its triple-A rating in January. The French economy has stagnated for most of this year, growing just 0.2 percent in the third quarter from the second quarter. The euro zone as a whole has fallen back into recession.
Fitch still rates France as AAA, and Mr. Moscovici pointed out that investors had largely ignored the S.&P. downgrade: the country’s borrowing costs remain near record lows.
The United States, which lost its triple-A rating from S.&P. in August 2011, has also been able to borrow at historically low rates.
David Jolly reported from Paris.
A version of this article appeared in print on November 21, 2012, in The International Herald Tribune