Esse é o preço a pagar pela volatilidade induzida pelo ativismo governamental, no caso da Argentina totalmente equivocado em relação ao que se espera normalmente de um governo.
Diga-se de passagem que controle de capitais, manipulações cambiais, protecionismo comercial, indução estatal de setores favorecidos pelo governo, subsídios explícitos e implícitos a amigos da corte e distorção geral do ambiente de negócios são males, vícios, equívocos praticados igualmente, e em alto grau, pelo governo brasileiro. E tudo em nome do crescimento econômico.
O que tivemos como resposta, nos dois países: crescimento pífio, mais inflação, mais distorções nas regras do jogo, promiscuidade em geral nos negócios públicos, corrupção e incompetência. Esse é o resultado de alucinados pretenderem fazer política econômica.
Paulo Roberto de Almeida
Argentina sistema bancário
Argentina: Fitch rebaixa a qualificação das instituições financeiras
Buenos Aires, 2 de dezembro de 2012
- Fitch justificou sua decisão pela "preocupação com a contínua e crescente intervenção governamental no setor financeiro e as possíveis novas restrições no acesso à moeda estrangeira por parte das entidades privadas”.
- A Fitch decidiu rebaixar a qualificação da emissão em moeda local (LC IDR, por sua sigla em inglês) do BBVA Banco Francês e do Banco Santander Rio, filiais argentinas dos bancos espanhóis BBVA e Santander, assim como do Banco Macro de B+/b+” a “B-/b-”.
Em um comunicado, a Fitch justificou sua decisão pela “preocupação com a contínua e crescente intervenção governamental no setor financeiro e as possíveis novas restrições no acesso à moeda estrangeira por parte das entidades privadas”.
Por esse motivo, decidiu rebaixar a qualificação da emissão em moeda local (LC IDR, por sua sigla em inglês) do BBVA Banco Francês e do Banco Santander Rio, filiais argentinas dos bancos espanhóis BBVA e Santander, assim como do Banco Macro de B+/b+” a “B-/b-”.
A agência de qualificação também diminuiu a nota para “AA(arg)” das filiais argentinas do estrangeiros Banco Itaú, HSBC Bank Argentina, Mercedes-Benz Companhia Financeira Argentina e Standard Bank ao considerar que “apesar da sua fortaleza financeira, sua vontade de apoiar suas filiais argentinas pode ser vista reduzida pelo aumento da intervenção governamental”.
Por último, a Fitch explicou que mantém a boa qualificação “AA(arg)/A1+(arg)” ao Banco da Nação Argentina e ao Banco de Investimento e Comércio Exterior pelo convencimento de que “devido a sua natureza estatal, receberão apoio do Estado se for necessário”.
A seguradora rebaixou na terça-feira a nota da dívida argentina em moeda estrangeira em longo prazo até a qualificação “CC”, enquanto a dívida em curto prazo ficou em “C”; partindo ambas de uma qualificação “B”, como uma suspensão de pagamentos é “provável”, segundo Fitch.
A agência também apontou a uma “brusca desaceleração” da economia argentina devido a um “aumento da intervenção estatal”, com o “estreitamento dos controles aos capitais”, a nacionalização de 51% da petroleira YPF propriedade da espanhola Repsol ou a dificuldade de suas províncias para pagar sua dívida.
O ministro de Economia argentino, Hernán Lorenzino, assegurou depois da queda da nota que a “Fitch castiga a Argentina por ter autonomia para fazer política econômica”.
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