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sábado, 15 de dezembro de 2012

Industria brasileira: competitividade e abertura (as piores possíveis) - CNI-Funcex

COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL, JULHO-SETEMBRO/2012
CNI. FUNCEX. (14/12/2012) 
COEFIENTE. A publicação Coeficientes de Abertura Comercial acompanha o grau de integração da economia brasileira com a economia mundial. Os indicadores medem a importância das vendas externas para a indústria brasileira e participação das importações no consumo doméstico. Os coeficientes são apresentados como dados anuais, estimados trimestralmente, a partir de estatísticas de produção do IBGE e de comércio exterior da Secex/MDIC. Os coeficientes de abertura comercial são elaborados em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior – Funcex.
 
Participação de importados no consumo dos brasileiros cai pela primeira vez desde 2009. Maiores quedas foram registradas nos setores farmoquímico e farmacêutico e de petróleo e biocombustíveis.  O Coeficiente de Exportação ficou estável em 18% no terceiro trimestre. Depois de 10 trimestres consecutivos de alta, a participação de produtos industriais importados no consumo dos brasileiros  caiu para 22,1%  no terceiro trimestre deste ano.  A queda foi de 0,2 ponto percentual em relação ao segundo trimestre, informa o estudo Coeficientes de Abertura Comercial. Apesar das medidas de estímulo à indústria brasileira adotadas pelo governo, não é possível afirmar ainda que as importações continuarão caindo, enquanto os mercados desenvolvidos estiverem em baixa, a produção dos países asiáticos serão desviadas para economias em crescimento como a brasileira. Dos 27 setores avaliados pelo estudo, 12 importaram menos que no trimestre anterior.  As indústrias de petróleo e biocombustíveis e as de farmoquímicos e farmacêuticos  foram as que tiveram as maiores quedas. No setor de petróleo e biocombustíveis, a queda foi de 2,4 pontos percentuais. No de farmoquímicos e farmacêuticos, a retração foi de 0,7 ponto porcentual. Nos setores em que se registram quedas, as variações podem ser atribuídas à alta na taxa de câmbio ocorrida no início do ano e às medidas adotadas pelo governo para a desoneração dos setores industriais, conforme estudo elaborado em conjunto com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex). As exportações da indústria em relação ao total da produção se mantiveram  em 18% no terceiro trimestre. A estabilidade do Coeficiente de Exportação também é resultado das medidas de desoneração da folha de pagamento de alguns setores e à desvalorização do real desde o início do ano. O Coeficiente de Exportações, porém, ainda está bem abaixo da máxima histórica de 20,7% registrada no segundo trimestre de 2007. O mercado externo está muito ruim,  por isso as exportações não decolam. A maioria dos setores da indústria de transformação aumentou as exportações no terceiro semestre de 2012 em relação período imediatamente anterior. Os que mais ampliaram as vendas ao exterior foram o de fumo, couros e calçados e máquinas e materiais elétricos.
CNI (14/12/2012) – ECONOMIA BRASILEIRA. COMPETITIVIDADE
Brasil ocupa penúltimo lugar em ranking de competitividade da CNI. Brasil perde apenas para Argentina entre 14 países. Canadá é o grupo melhor posicionado no levantamento.  
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou estudo que informa que, dentre 14 países pesquisados, o Brasil se encontra em penúltimo lugar no chamado "ranking" da competitividade, ficando à frente apenas da Argentina. O aumento da competitividade é o maior desafio do Brasil. A baixa competitividade do país é registrada por diferentes indicadores e estudos, nacionais e internacionais. Ao comparar a situação do Brasil com um conjunto de países mais próximos, este relatório deixa mais evidente os desafios do país. No estudo, a CNI considerou os seguintes países: Brasil, Argentina, México, Colômbia, Rússia, Polônia, África do Sul, Chile, Índia, Espanha, China, Austrália, Coreia do Sul e Canadá. A maior parte dos países da lista representa economias em desenvolvimento. O Canadá é o país melhor posicionado. Esse país só não aparece no terço superior no fator 'ambiente macroeconômico', onde divide as últimas posições com Brasil, Austrália e Rússia. Ainda compondo o grupo de quatro países do terço superior, têm-se Coreia do Sul, Austrália e China. O potencial competitivo de uma economia pode ser avaliado a partir do exame dos fatores que condicionam a capacidade de suas empresas para o manejo eficaz de mecanismos de competição.
Entre os fatores avaliados estão: disponibilidade e custo de mão de obra; disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística e carga tributária. E estas variáveis afetam o ambiente macro e microeconômico, além do nível educacional da população e da tecnologia e inovação.
Fonte das informações. Para fazer o estudo, a CNI informou que foram consolidadas informações de vários estudos feitos ao redor do mundo. Segundo a entidade, foram utilizados os documentos mais recentes para cada indicador, o que, em alguns casos, ainda têm dados relativos ao ano de 2009 e, também, de 2011. Entre as fontes de informações, a CNI utilizou dados do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional (FMI), da OCDE, da Unesco e do Fórum Econômico Mundial.
 
Medidas recentes do governo não foram consideradas.  
A entidade informou, porém, que o estudo não considera as novas medidas anunciadas pelo governo no decorrer deste ano para aumentar a competitividade da economia brasileira. No decorrer de 2012, o BC seguiu baixando os juros, fixando a taxa básica em 7,25% ao ano, na mínimia histórica, além de o governo ter estimulado um aumento no preço do dólar - favorecendo exportações e tornando as compras do exterior mais caras. Também ampliou o processo de desoneração da folha de pagamentos e reduziu tributos para estimular o consumo, como o IPI da linha branca e de automóveis, e renovou o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), implementado via BNDES, que oferece juros mais baratos para investimentos.

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