Primeiro, o artigo, que nos me foi repassado em 6/10/2005 por Regina Caldas (mas ele se refere, na verdade, a matéria publicada, ao que parece, em 1996):
Repasso, para reflexão, a experiência vivida pela Geremia, uma empresa de São Leopoldo. Foi multada por pagar escola para os seus funcionários.
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Por Silvino Geremia
EXAME
Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam este país: investir em educação é contra a lei. Vocês não acreditam? Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa. Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá. Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando comigo. Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico.
Este ano um fiscal do INSS visitou a empresa e entendeu que educação é salário indireto. Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS. Tenho que pagar 26 000 reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários? Eu acho que não. Por isso recorri à Justiça. Não é pelo valor, é porque acho essa tributação um atentado. Estou revoltado. Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1 000 vezes.
O Estado brasileiro está falido. Mais da metade das crianças que iniciam a 1a série não conclui o ciclo básico. A Constituição diz que educação é direito do cidadão e dever do Estado. E quem é o Estado? Somos todos nós. Se a União não tem recursos e eu tenho, eu acho que devo pagar a escola dos meus funcionários. Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado. Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz. Se a moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar.
Não temos mais tempo a perder. As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas. A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos. Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz. Vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum.
Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo. Completei o 1o grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica. Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo. Eu precisava fazer minha empresa crescer. Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar. Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo. A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade.
O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais. Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe. Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça. Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer. E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade. O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na Geremia. No mínimo, ele trabalhará mais feliz.
Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz. Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados. Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado duas Mercedes. Teria mandado dinheiro para fora do país e não estaria me incomodando com leis absurdas. Mas não consigo fazer isso. Sou um teimoso.
No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta. Quem vai fazer no seu lugar? Até agora, tem sido a iniciativa privada. Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado. As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais. Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários. Não é o meu objetivo. Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso: as pessoas. Eu sou mesmo teimoso.
*Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul
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Agora meus comentários pessoais (PRA):
Um triste retrato do Brasil.
O pior, é que não é necessariamente é o "Estado" que está fazendo isso. São os agentes do Estado, que parecem agir em total impunidade.
Provavelmente, o fiscal possuia intenções puramente privadas: ameaça com multa para extorquir um dinheiro do pobre empresario, que muitas vezes prefere pagar a metade, antes do que a multa inteira, "arbitrada" pelo fiscal.
Inacreditável.
Ser empresario no Brasil é uma luta insana: eles são uns heróis incompreendidos.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 7 de outubro de 2006
terça-feira, 3 de outubro de 2006
626) Aprendizado...
(O copyright não me pertence)
"Aprendi que se aprende errando,
Que crescer não significa fazer aniversário,
Que o silencio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem,
Que trabalhar não significa ganhar dinheiro,
Que sonhos estão aí para serem alcançados,
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos,
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim,
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face,
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela,
Que a natureza é a coisa mais bela da vida,
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos,
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada."
(O autor se revelará um dia, por sua própria iniciativa...)
"Aprendi que se aprende errando,
Que crescer não significa fazer aniversário,
Que o silencio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem,
Que trabalhar não significa ganhar dinheiro,
Que sonhos estão aí para serem alcançados,
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos,
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim,
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face,
Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela,
Que a natureza é a coisa mais bela da vida,
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos,
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada."
(O autor se revelará um dia, por sua própria iniciativa...)
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
625) Dez obras fundamentais para um diplomata
Dez obras fundamentais para um diplomata
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)
Fui consultado, no final de setembro de 2006, por um candidato à carreira diplomática, sobre as dez obras que eu julgava fundamentais para um diplomata. Interpreto esse tipo de consulta como uma demanda típica de quem pretende ler, ou pelo menos conhecer, as dez obras mais importantes que poderiam integrar a cultura geral de todo diplomata ou que permitiriam a um “paisano” preparar-se para a carreira.
Não tenho certeza de conseguir satisfazer tal curiosidade, uma vez que toda lista restritiva é sempre um pouco subjetiva, denotando mais as preferências pessoais do seu autor do que, necessariamente, as obras “funcionalmente” mais importantes ou aquelas “culturalmente” relevantes, que deveriam integrar a bagagem cultural de todo ser humano medianamente bem informado ou razoavelmente bem formado. Como, entretanto, não se trata de “cultura de salão”, vou tentar traçar uma lista indicativa dos livros que considero importantes para uma boa cultura clássica ou para uma formação adequada no quadro da cultura brasileira.
Como, adicionalmente, se trata de selecionar obras “operacionalmente” relevantes do ponto de vista do diplomata, permito-me indicar aqui aquelas que apresentam uma inclinação especial para os temas de relações internacionais do Brasil. Esta lista, segundo minhas preferências pessoais, seria composta das seguintes obras:
1) Heródoto: História (440 a.C.)
Trata-se, obviamente, do nascimento da história, tal como vista por um grego refinado que interpreta os acontecimentos contemporâneos – as chamadas guerras pérsicas – do ponto de vista de uma pequena comunidade de homens livres que consegue derrotar as tropas de um poderoso império, aliás o mais poderoso então existente; Heródoto faz descrições dos povos habitantes do Mediterrâneo. Existem muitas traduções desta obra clássica, inclusive em português, mas uma boa tradução em inglês pode ser vista neste link: http://classics.mit.edu/Herodotus/history.html; para uma introdução rápida ao conjunto da obra e um útil sumário dos nove livros, consultar este outro link: http://mcgoodwin.net/pages/otherbooks/herodotus.html.
2) Maquiavel: O Príncipe (1513; divulgado pela primeira vez em 1532)
A mais famosa obra de “política prática” conhecida na tradição ocidental – existe um Maquiavel indiano, chamado Kautilya, que escreveu um guia de “administração” do Estado, conhecido como Arthashastra – e que tem servido de referência a incontáveis oportunistas da dominação política, interessados em justificar suas ações nem sempre fundamentadas na moralidade ou na ética. Existem inúmeras traduções em português, com prefácios de cientistas políticos ou de filósofos – um das mais famosos é o de Isaiah Berlin – assim como arquivos eletrônicos livremente disponíveis, em diversas línguas. O mais famoso estudioso da vida e da obra de Maquiavel é o italiano Pasquale Villari, em seus três volumes de Niccolò Machiavelli e i suoi tempi (consultei a 3ª edição, “riveduta e corretta dall’autore”: Milano: Ulrico Hoepli, 1912; a primeira edição foi publicada em Florença, em 1877). Ver um arquivo eletrônico da obra, entre muitos outros, no original italiano (mas modernizado, obviamente) no seguinte link: http://metalibri.incubadora.fapesp.br/portal/authors/m/machiavelli-niccolo-di-bernardo-dei/il-principe/.
3) Tocqueville: A Democracia na América (1835)
Uma “enquête” sobre o sistema carcerário americano, feito a pedido do governo francês, redundou no mais famoso livro sobre a formação política da maior nação do hemisfério ocidental. Depois de entregar seu relatório sobre o sistema prisional dos EUA, Tocqueville aprofundou a análise do sistema representativo republicano, até então inédito no plano mundial, bem como se estendeu sobre outros aspectos – políticos, sociais e econômicos – da ex-colônia inglesa, na qual ele viu a semente do gigante americano. Um site da universidade do Québec, no Canadá, é o mais acessível para a versão completa, em francês, desta obra legitimamente clássica: http://classiques.uqac.ca/classiques/De_tocqueville_alexis/democratie_1/democratie_tome1.html.
4) Pierre Renouvin (org.): Histoire des relations internationales (1953-58)
O grande historiador francês dirigiu a edição original, em oito volumes, com quatro autores. Apesar de démodée, em vários aspectos, historicamente datada, ainda é uma obra de referência, sobretudo por conter uma história abrangente, inserida no contexto da civilização ocidental. Existe um nova edição, em três volumes encadernados, publicados em 1994 pela mesma editora da primeira edição: a Hachette, de Paris. Fiz uma resenha desta obra, destacando as (poucas) partes que se referem ao Brasil, neste trabalho: “Contribuições à História Diplomática: Pierre Renouvin, ou a aspiração do total”, Paris, 8 agosto 1994, 15 p. Resenha crítica de Pierre Renouvin (ed): Histoire des Relations Internationales (Paris: Hachette, 1994, 3 vols: I: Du Moyen Âge à 1789 (876 pp.); II: De 1789 à 1871 (706 pp.); III: De 1871 à 1945 (998 pp.); publicada na seção Livros da revista Política Externa (São Paulo: vol 3, nº 3, dezembro-janeiro-fevereiro 1994/1995, pp. 183-194); disponível em, sua versão integral, no site Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=21.
5) Henry Kissinger: Diplomacy (1994; várias edições posteriores)
Três séculos de história diplomática, desde Westfália até o final do século XX, por um dos mais conhecidos adeptos da teoria realista (mas com enorme conhecimento da história). Sua tese de doutoramento, sobre o Congresso de Viena, ainda hoje é uma referência em história diplomática. O autor é, evidentemente, kissingeriano, e não se cansa de dar seus conselhos sobre como os EUA devem tratar com os demais gigantes da política mundial, sendo meramente condescendente com “lesser actors”. Ainda assim, uma grande e indispensável leitura a todos aqueles que desejam conhecer o “inner functionning” da política externa da grandes potências. O autor se estende nos movimentos da própria diplomacia americana, dividida entre o idealismo wilsoniano e o pragmatismo realista que ele mesmo sempre buscou imprimir à condução dos assuntos externos quando foi conselheiro de segurança nacional do presidente Nixon e depois Secretário de Estado de Nixon e de Gerald Ford. Tem quem deteste Kissinger, por sua ação “imperial”, mas nem por isto este livro deixa de ser indispensável.
6) Manuel de Oliveira Lima: Formação histórica da nacionalidade brasileira (1912; nova edição: Rio de Janeiro: Topbooks, 1997)
Oriundo de conferências que o historiador-diplomata realizou na Sorbonne, em 1911, quando era ministro em Bruxelas, a obra foi concebida em francês, depois traduzida e publicada no Brasil. Trata-se de um vasto panorama da formação histórica, inclusive comparativa, do Brasil, por um dos nossos maiores historiadores sociológicos. Não conheço análises de uma das obras menos referidas de Oliveira Lima, a não ser os prefácios de José Veríssimo e de Gilberto Freyre para a edição brasileira de 1944. A nova edição deste clássico sobre a formação do Brasil foi enriquecida, na edição da Topbooks, pelo acréscimo de conferência do autor sobre o Brasil e os estrangeiros.
7) Pandiá Calógeras: A política exterior do Império (3 volumes, 1927-1933; reedição fac-similar, 1989; Brasília: Câmara dos Deputados)
Alguns dizem que esta obra é excessiva e, de fato, para tratar da diplomacia brasileira da época imperial, ela recua um pouco demais: começa na formação da nacionalidade portuguesa e se estende até a queda de Rosas (1852), apenas. Efetuei uma análise dessa obra no seguinte trabalho: “Contribuições à História Diplomática do Brasil: Pandiá Calógeras, ou o Clausewitz da política externa”, Brasília: 21 março 1993, 13 pp., revisto em 22 maio 1993. Artigo-resenha dos livros de João Pandiá Calógeras, A Política Exterior do Império (vol. I: As Origens; vol. II: O Primeiro Reinado; vol. III: Da Regência à Queda de Rosas; edição fac-similar: Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, Câmara dos Deputados, Companhia Editora Nacional, coleção “Brasiliana, 1989, xl + 490, 568 e 620 pp.). Publicado na revista Estudos Ibero-Americanos (Porto Alegre, PUCRS, v. XVIII, n. 2, dezembro 1992, pp. 93-103). Disponível neste link do site Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=22.
8) Carlos Delgado de Carvalho: História Diplomática do Brasil (1959; reedição fac-similar, 1998; Brasília: Senado Federal)
Apesar de antiquada em sua metodologia e historicamente defasada, tendo deixado de servir de livro-texto depois da publicação da obra conjunta de Amado Luiz Cervo e Clodoaldo Bueno – História da Política Exterior do Brasil (3ª ed.; Brasília: UnB, 2006) – essa obra permanece ainda uma referência parcialmente válida para o estudo dos períodos colonial, imperial e republicano, até o final dos anos 1950. Efetuei uma análise neste trabalho (que serviu, ao mesmo tempo, de introdução à sua reedição facsimilar): “Em busca da simplicidade e da clareza perdidas: Delgado de Carvalho e a historiografia diplomática brasileira”, Brasília, 12 dezembro 1997, 25 pp.; revisão em 05.01.98. Texto introdutório à reedição de Carlos Delgado de Carvalho (1884-1980), História Diplomática do Brasil (1ª ed.: São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959; edição facsimilar: Brasília: Senado Federal, 1998; Coleção Memória brasileira n. 13, lxx, 420 p.), pp. xv-l, incorporando ainda apresentação do Emb. Rubens Ricupero (pp. iii-xiv), elaborada originalmente em 1989, em Genebra). Elaborei uma versão revista dessa introdução, com prefácio, para uma segunda edição, em 2004, mas ela foi publicada sem minhas correções e acréscimos; para a edição de 1998, ver: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/24DelgadoHistoDiplom.html; meu texto: http://www.pralmeida.org/01Livros/1NewBoooks/PrepNewEdDelg2004.pdf.
9) Marcelo de Paiva Abreu (org.). A Ordem do Progresso: cem anos de política econômica republicana, 1889-1989 (Rio de Janeiro: Campus, 1989; várias reedições)
Uma coletânea indispensável de estudos especializados, por onze diferentes autores, para conhecer a trajetória econômica e política do século republicano. O organizador assina o capítulo relativo à modernização autoritária, entre 1930 e 1945. O volume se abre por um estudo de Gustavo Franco sobre a primeira década republicana, seguido de Winston Fritsh, que se ocupa do apogeu e crise da primeira República, de 1900 a 1930. Sérgio Besserman Vianna assina dois excelentes ensaios sobre o imediato pós-guerra, de 1945 a 1954. Marcelo de Paiva Abreu volta para tratar dos conturbados anos 1961-1964, sobre a inflação, estagnação e ruptura. A estabilização e a reforma, entre 1964 e 1867, são tratadas por André Lara Rezende e as distorções do “milagre” econômico , de 1967 a 1973, por Luiz Aranha Corrêa do Lago. Dionísio Dias Carneiro vem na seqüência (1974-1980) e divide com Eduardo Modiano um capítulo sobre a primeira metade dos anos 1980. Esse último autor encerra a obra com a “ópera dos três cruzados”, uma análise das tentativas de estabilização no final da década. Um anexo estatístico cobre o longo século republicano, contendo os principais indicadores da atividade econômica e das relações externas. Este livro pode ser completado pela leitura desta outra coletânea: Fabio Giambiagi, André Villela, Lavínia Barros de Castro e Jennifer Hermann (orgs.), Economia Brasileira Contempohttp://www.blogger.com/img/gl.link.gifrânea (1945-2004) (Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, 432 p.), do qual efetuei uma resenha, neste link de Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=39.
10) Paulo Roberto de Almeida: Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (publicado em primeira edição em 2001; reedição em 2005 pela Senac-SP; ver em ).
Com a permissão dos leitores para esta demonstração de auto-indulgência, termino esta lista, narcisisticamente, por um dos meus livros. Eu poderia indicar outros livros de história diplomática do Brasil, mas disponho, aparentemente, de crédito suficiente – em matéria de pesquisa e de estudos acumulados na área da história e das relações econômicas internacionais do Brasil – para destacar minha própria investigação histórica sobre os fundamentos da nossa moderna diplomacia econômica, com a promessa de que vou continuar esse trabalho de pesquisa em dois volumes subsequentes cobrindo o longo século republicano. Uma apresentação geral da obra foi feita neste artigo: “A formação da diplomacia econômica do Brasil”, Lua Nova, revista de cultura e política, São Paulo: CEDEC, n. 46, 1999, p. 169-195; link: www.pralmeida.org/04Temas/11academia/05materiais/673FDERevLuaNova2.pdf.
Voilà: creio que os candidatos à carreira diplomática, já dispõem de leituras para os próximos meses...
Brasília, 29 de setembro de 2006
Revisão: 14 de outubro 2006.
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)
Fui consultado, no final de setembro de 2006, por um candidato à carreira diplomática, sobre as dez obras que eu julgava fundamentais para um diplomata. Interpreto esse tipo de consulta como uma demanda típica de quem pretende ler, ou pelo menos conhecer, as dez obras mais importantes que poderiam integrar a cultura geral de todo diplomata ou que permitiriam a um “paisano” preparar-se para a carreira.
Não tenho certeza de conseguir satisfazer tal curiosidade, uma vez que toda lista restritiva é sempre um pouco subjetiva, denotando mais as preferências pessoais do seu autor do que, necessariamente, as obras “funcionalmente” mais importantes ou aquelas “culturalmente” relevantes, que deveriam integrar a bagagem cultural de todo ser humano medianamente bem informado ou razoavelmente bem formado. Como, entretanto, não se trata de “cultura de salão”, vou tentar traçar uma lista indicativa dos livros que considero importantes para uma boa cultura clássica ou para uma formação adequada no quadro da cultura brasileira.
Como, adicionalmente, se trata de selecionar obras “operacionalmente” relevantes do ponto de vista do diplomata, permito-me indicar aqui aquelas que apresentam uma inclinação especial para os temas de relações internacionais do Brasil. Esta lista, segundo minhas preferências pessoais, seria composta das seguintes obras:
1) Heródoto: História (440 a.C.)
Trata-se, obviamente, do nascimento da história, tal como vista por um grego refinado que interpreta os acontecimentos contemporâneos – as chamadas guerras pérsicas – do ponto de vista de uma pequena comunidade de homens livres que consegue derrotar as tropas de um poderoso império, aliás o mais poderoso então existente; Heródoto faz descrições dos povos habitantes do Mediterrâneo. Existem muitas traduções desta obra clássica, inclusive em português, mas uma boa tradução em inglês pode ser vista neste link: http://classics.mit.edu/Herodotus/history.html; para uma introdução rápida ao conjunto da obra e um útil sumário dos nove livros, consultar este outro link: http://mcgoodwin.net/pages/otherbooks/herodotus.html.
2) Maquiavel: O Príncipe (1513; divulgado pela primeira vez em 1532)
A mais famosa obra de “política prática” conhecida na tradição ocidental – existe um Maquiavel indiano, chamado Kautilya, que escreveu um guia de “administração” do Estado, conhecido como Arthashastra – e que tem servido de referência a incontáveis oportunistas da dominação política, interessados em justificar suas ações nem sempre fundamentadas na moralidade ou na ética. Existem inúmeras traduções em português, com prefácios de cientistas políticos ou de filósofos – um das mais famosos é o de Isaiah Berlin – assim como arquivos eletrônicos livremente disponíveis, em diversas línguas. O mais famoso estudioso da vida e da obra de Maquiavel é o italiano Pasquale Villari, em seus três volumes de Niccolò Machiavelli e i suoi tempi (consultei a 3ª edição, “riveduta e corretta dall’autore”: Milano: Ulrico Hoepli, 1912; a primeira edição foi publicada em Florença, em 1877). Ver um arquivo eletrônico da obra, entre muitos outros, no original italiano (mas modernizado, obviamente) no seguinte link: http://metalibri.incubadora.fapesp.br/portal/authors/m/machiavelli-niccolo-di-bernardo-dei/il-principe/.
3) Tocqueville: A Democracia na América (1835)
Uma “enquête” sobre o sistema carcerário americano, feito a pedido do governo francês, redundou no mais famoso livro sobre a formação política da maior nação do hemisfério ocidental. Depois de entregar seu relatório sobre o sistema prisional dos EUA, Tocqueville aprofundou a análise do sistema representativo republicano, até então inédito no plano mundial, bem como se estendeu sobre outros aspectos – políticos, sociais e econômicos – da ex-colônia inglesa, na qual ele viu a semente do gigante americano. Um site da universidade do Québec, no Canadá, é o mais acessível para a versão completa, em francês, desta obra legitimamente clássica: http://classiques.uqac.ca/classiques/De_tocqueville_alexis/democratie_1/democratie_tome1.html.
4) Pierre Renouvin (org.): Histoire des relations internationales (1953-58)
O grande historiador francês dirigiu a edição original, em oito volumes, com quatro autores. Apesar de démodée, em vários aspectos, historicamente datada, ainda é uma obra de referência, sobretudo por conter uma história abrangente, inserida no contexto da civilização ocidental. Existe um nova edição, em três volumes encadernados, publicados em 1994 pela mesma editora da primeira edição: a Hachette, de Paris. Fiz uma resenha desta obra, destacando as (poucas) partes que se referem ao Brasil, neste trabalho: “Contribuições à História Diplomática: Pierre Renouvin, ou a aspiração do total”, Paris, 8 agosto 1994, 15 p. Resenha crítica de Pierre Renouvin (ed): Histoire des Relations Internationales (Paris: Hachette, 1994, 3 vols: I: Du Moyen Âge à 1789 (876 pp.); II: De 1789 à 1871 (706 pp.); III: De 1871 à 1945 (998 pp.); publicada na seção Livros da revista Política Externa (São Paulo: vol 3, nº 3, dezembro-janeiro-fevereiro 1994/1995, pp. 183-194); disponível em, sua versão integral, no site Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=21.
5) Henry Kissinger: Diplomacy (1994; várias edições posteriores)
Três séculos de história diplomática, desde Westfália até o final do século XX, por um dos mais conhecidos adeptos da teoria realista (mas com enorme conhecimento da história). Sua tese de doutoramento, sobre o Congresso de Viena, ainda hoje é uma referência em história diplomática. O autor é, evidentemente, kissingeriano, e não se cansa de dar seus conselhos sobre como os EUA devem tratar com os demais gigantes da política mundial, sendo meramente condescendente com “lesser actors”. Ainda assim, uma grande e indispensável leitura a todos aqueles que desejam conhecer o “inner functionning” da política externa da grandes potências. O autor se estende nos movimentos da própria diplomacia americana, dividida entre o idealismo wilsoniano e o pragmatismo realista que ele mesmo sempre buscou imprimir à condução dos assuntos externos quando foi conselheiro de segurança nacional do presidente Nixon e depois Secretário de Estado de Nixon e de Gerald Ford. Tem quem deteste Kissinger, por sua ação “imperial”, mas nem por isto este livro deixa de ser indispensável.
6) Manuel de Oliveira Lima: Formação histórica da nacionalidade brasileira (1912; nova edição: Rio de Janeiro: Topbooks, 1997)
Oriundo de conferências que o historiador-diplomata realizou na Sorbonne, em 1911, quando era ministro em Bruxelas, a obra foi concebida em francês, depois traduzida e publicada no Brasil. Trata-se de um vasto panorama da formação histórica, inclusive comparativa, do Brasil, por um dos nossos maiores historiadores sociológicos. Não conheço análises de uma das obras menos referidas de Oliveira Lima, a não ser os prefácios de José Veríssimo e de Gilberto Freyre para a edição brasileira de 1944. A nova edição deste clássico sobre a formação do Brasil foi enriquecida, na edição da Topbooks, pelo acréscimo de conferência do autor sobre o Brasil e os estrangeiros.
7) Pandiá Calógeras: A política exterior do Império (3 volumes, 1927-1933; reedição fac-similar, 1989; Brasília: Câmara dos Deputados)
Alguns dizem que esta obra é excessiva e, de fato, para tratar da diplomacia brasileira da época imperial, ela recua um pouco demais: começa na formação da nacionalidade portuguesa e se estende até a queda de Rosas (1852), apenas. Efetuei uma análise dessa obra no seguinte trabalho: “Contribuições à História Diplomática do Brasil: Pandiá Calógeras, ou o Clausewitz da política externa”, Brasília: 21 março 1993, 13 pp., revisto em 22 maio 1993. Artigo-resenha dos livros de João Pandiá Calógeras, A Política Exterior do Império (vol. I: As Origens; vol. II: O Primeiro Reinado; vol. III: Da Regência à Queda de Rosas; edição fac-similar: Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, Câmara dos Deputados, Companhia Editora Nacional, coleção “Brasiliana, 1989, xl + 490, 568 e 620 pp.). Publicado na revista Estudos Ibero-Americanos (Porto Alegre, PUCRS, v. XVIII, n. 2, dezembro 1992, pp. 93-103). Disponível neste link do site Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=22.
8) Carlos Delgado de Carvalho: História Diplomática do Brasil (1959; reedição fac-similar, 1998; Brasília: Senado Federal)
Apesar de antiquada em sua metodologia e historicamente defasada, tendo deixado de servir de livro-texto depois da publicação da obra conjunta de Amado Luiz Cervo e Clodoaldo Bueno – História da Política Exterior do Brasil (3ª ed.; Brasília: UnB, 2006) – essa obra permanece ainda uma referência parcialmente válida para o estudo dos períodos colonial, imperial e republicano, até o final dos anos 1950. Efetuei uma análise neste trabalho (que serviu, ao mesmo tempo, de introdução à sua reedição facsimilar): “Em busca da simplicidade e da clareza perdidas: Delgado de Carvalho e a historiografia diplomática brasileira”, Brasília, 12 dezembro 1997, 25 pp.; revisão em 05.01.98. Texto introdutório à reedição de Carlos Delgado de Carvalho (1884-1980), História Diplomática do Brasil (1ª ed.: São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959; edição facsimilar: Brasília: Senado Federal, 1998; Coleção Memória brasileira n. 13, lxx, 420 p.), pp. xv-l, incorporando ainda apresentação do Emb. Rubens Ricupero (pp. iii-xiv), elaborada originalmente em 1989, em Genebra). Elaborei uma versão revista dessa introdução, com prefácio, para uma segunda edição, em 2004, mas ela foi publicada sem minhas correções e acréscimos; para a edição de 1998, ver: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/24DelgadoHistoDiplom.html; meu texto: http://www.pralmeida.org/01Livros/1NewBoooks/PrepNewEdDelg2004.pdf.
9) Marcelo de Paiva Abreu (org.). A Ordem do Progresso: cem anos de política econômica republicana, 1889-1989 (Rio de Janeiro: Campus, 1989; várias reedições)
Uma coletânea indispensável de estudos especializados, por onze diferentes autores, para conhecer a trajetória econômica e política do século republicano. O organizador assina o capítulo relativo à modernização autoritária, entre 1930 e 1945. O volume se abre por um estudo de Gustavo Franco sobre a primeira década republicana, seguido de Winston Fritsh, que se ocupa do apogeu e crise da primeira República, de 1900 a 1930. Sérgio Besserman Vianna assina dois excelentes ensaios sobre o imediato pós-guerra, de 1945 a 1954. Marcelo de Paiva Abreu volta para tratar dos conturbados anos 1961-1964, sobre a inflação, estagnação e ruptura. A estabilização e a reforma, entre 1964 e 1867, são tratadas por André Lara Rezende e as distorções do “milagre” econômico , de 1967 a 1973, por Luiz Aranha Corrêa do Lago. Dionísio Dias Carneiro vem na seqüência (1974-1980) e divide com Eduardo Modiano um capítulo sobre a primeira metade dos anos 1980. Esse último autor encerra a obra com a “ópera dos três cruzados”, uma análise das tentativas de estabilização no final da década. Um anexo estatístico cobre o longo século republicano, contendo os principais indicadores da atividade econômica e das relações externas. Este livro pode ser completado pela leitura desta outra coletânea: Fabio Giambiagi, André Villela, Lavínia Barros de Castro e Jennifer Hermann (orgs.), Economia Brasileira Contempohttp://www.blogger.com/img/gl.link.gifrânea (1945-2004) (Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, 432 p.), do qual efetuei uma resenha, neste link de Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=39.
10) Paulo Roberto de Almeida: Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (publicado em primeira edição em 2001; reedição em 2005 pela Senac-SP; ver em ).
Com a permissão dos leitores para esta demonstração de auto-indulgência, termino esta lista, narcisisticamente, por um dos meus livros. Eu poderia indicar outros livros de história diplomática do Brasil, mas disponho, aparentemente, de crédito suficiente – em matéria de pesquisa e de estudos acumulados na área da história e das relações econômicas internacionais do Brasil – para destacar minha própria investigação histórica sobre os fundamentos da nossa moderna diplomacia econômica, com a promessa de que vou continuar esse trabalho de pesquisa em dois volumes subsequentes cobrindo o longo século republicano. Uma apresentação geral da obra foi feita neste artigo: “A formação da diplomacia econômica do Brasil”, Lua Nova, revista de cultura e política, São Paulo: CEDEC, n. 46, 1999, p. 169-195; link: www.pralmeida.org/04Temas/11academia/05materiais/673FDERevLuaNova2.pdf.
Voilà: creio que os candidatos à carreira diplomática, já dispõem de leituras para os próximos meses...
Brasília, 29 de setembro de 2006
Revisão: 14 de outubro 2006.
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
624) Acredito...
Acredito...
Em algumas verdades simples, muito simples:
Que a palavra do homem é uma só,
que todos têm o dever social e individual da verdade, que ela é única e imutável.
que devemos, sim, assumir, nossas responsabilidades pelos cargos que ocupamos,
que não podemos descarregar sobre outros o peso dessas responsabilidades,
que devemos sempre procurar saber o que acontece, em nossa casa ou trabalho,
que não devemos jactar-nos indevidamente por grandes ou pequenas realizações,
que sempre nos beneficiamos do legado dos antepassados, sobretudo em conhecimento,
que nenhuma obra social possui paternidade única e exclusiva, sendo mais bem coletiva,
que a tentativa de excluir antecessores ou auxiliares é antipática e contraproducente,
que devemos zelar pelo dinheiro público,
que temos o dever de pensar nas próximas gerações, não na situação imediata,
que vaidade é uma coisa muito feia, além de ridícula,
que sensação de poder pode perturbar a capacidade de raciocínio,
que poder concentrado desequilibra o processo decisório,
que ouvir apenas elogios embota o senso da realidade,
que o convívio exclusivo com áulicos perturba a faculdade de julgamento,
que, enfim, não comandamos ao julgamento da história.
Eu também aprendi, que os resultados são sempre mais importantes do que as intenções, mas que os fins não justificam os meios...
Acredito, para terminar, que coisas simples assim podem ser partilhadas com outros...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25 de setembro de 2006
Em algumas verdades simples, muito simples:
Que a palavra do homem é uma só,
que todos têm o dever social e individual da verdade, que ela é única e imutável.
que devemos, sim, assumir, nossas responsabilidades pelos cargos que ocupamos,
que não podemos descarregar sobre outros o peso dessas responsabilidades,
que devemos sempre procurar saber o que acontece, em nossa casa ou trabalho,
que não devemos jactar-nos indevidamente por grandes ou pequenas realizações,
que sempre nos beneficiamos do legado dos antepassados, sobretudo em conhecimento,
que nenhuma obra social possui paternidade única e exclusiva, sendo mais bem coletiva,
que a tentativa de excluir antecessores ou auxiliares é antipática e contraproducente,
que devemos zelar pelo dinheiro público,
que temos o dever de pensar nas próximas gerações, não na situação imediata,
que vaidade é uma coisa muito feia, além de ridícula,
que sensação de poder pode perturbar a capacidade de raciocínio,
que poder concentrado desequilibra o processo decisório,
que ouvir apenas elogios embota o senso da realidade,
que o convívio exclusivo com áulicos perturba a faculdade de julgamento,
que, enfim, não comandamos ao julgamento da história.
Eu também aprendi, que os resultados são sempre mais importantes do que as intenções, mas que os fins não justificam os meios...
Acredito, para terminar, que coisas simples assim podem ser partilhadas com outros...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25 de setembro de 2006
sábado, 23 de setembro de 2006
623) Frases daquele baixinho, o corso Napoleao...
Um amigo me enviou uma coleção de frases do pequeno caporal, aquele corso baixinho que bagunçou a história da Europa no comeco do século XIX.
Selecionei algumas mais apropriadas ao momento que estamos vivendo:
O homem menos livre é o homem de partidos.
Nada funciona num sistema político em que as palavras não combinam com os fatos.
As transações aviltam o poder .
Um governo formado de elementos heterogêneos não é durável .
A separação do Tesouro e do Ministério das Finanças é a única possível.
Um soberano deve sempre confiscar a publicidade para seu proveito.
Há patifes tão patifes que se comportam como pessoas honestas.
A expressão virtude-política é um contra-senso.
Não há leis possíveis contra o dinheiro.
O comércio une os homens. Portanto o comércio é prejudicial à autoridade.
Uma nação em que todos querem cargos importantes está vendida de antemão.
Se a grande maioria da sociedade quisesse ignorar as leis, quem haveria de impedi-la?
Tronos não se consertam.
Toda indulgência com culpados é uma conivência.
Não há roubo. Tudo se paga.
CHEFE DE ESTADO NÃO DEVE SER CHEFE DE PARTIDO.
Selecionei algumas mais apropriadas ao momento que estamos vivendo:
O homem menos livre é o homem de partidos.
Nada funciona num sistema político em que as palavras não combinam com os fatos.
As transações aviltam o poder .
Um governo formado de elementos heterogêneos não é durável .
A separação do Tesouro e do Ministério das Finanças é a única possível.
Um soberano deve sempre confiscar a publicidade para seu proveito.
Há patifes tão patifes que se comportam como pessoas honestas.
A expressão virtude-política é um contra-senso.
Não há leis possíveis contra o dinheiro.
O comércio une os homens. Portanto o comércio é prejudicial à autoridade.
Uma nação em que todos querem cargos importantes está vendida de antemão.
Se a grande maioria da sociedade quisesse ignorar as leis, quem haveria de impedi-la?
Tronos não se consertam.
Toda indulgência com culpados é uma conivência.
Não há roubo. Tudo se paga.
CHEFE DE ESTADO NÃO DEVE SER CHEFE DE PARTIDO.
622) Previsoes imprevidentes...
Do site da SBPC de PE (boletim de 18 de setembro de 2006):
VEJA AS PREVISÕES MAIS FURADAS DA HISTÓRIA DA TECNOLOGIA
Portal Terra Tecnologia
Um site chamado 2Spare compilou dezenas de previsões furadas sobre o futuro, em diversas áreas, como tecnologia, comunicação, aviação, guerra e outras. Algumas anteciparam o fracasso das "compras à distância" e da "transmissão de documentos por cabos de telefone" antes mesmo de se ouvir falar em Internet e compras online.
Nem mesmo cientistas e inventores consagrados, como Thomas Edison e Albert Einstein, escaparam de cometer as suas "gafes". Selecionamos - e traduzimos - 30 dessas previsões furadas. A página original, que tem 87 frases, pode ser acessada no endereço
www.2spare.com/item_50221.aspx.
Confira:
Computadores e tecnologia
"Não há razão para que alguém queira ter um computador em casa".
Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp. (DEC), fabricante de computadores mainframe computers, discutindo os computadores pessoais, em 1977.
"Mas... para o que serve isso?"
Robert Lloyd, executivo da IBM, sobre o microprocessador, em 1968.
"Na medida em que uma calculadora no ENIAC é equipada com 18 mil tubos de vácuo e pesa 30 toneladas, os computadores do futuro deverão ter apenas mil tubos de vácuo e pesar 1,5 mil toneladas".
Revista Popular Mechanics, em 1949.
"Eu viajei por todos os cantos deste país e conversei com as melhores pessoas, e posso assegurar a você que o processamento de dados é uma moda e não vai durar até o final do ano".
Editor responsável por livros de negócios da Prentice Hall, em 1957.
"Esta coisa de antitruste vai passar".
Bill Gates, fundador da Microsoft (data não disponível).
"O potencial mercado de máquinas de cópia é de, no máximo, cinco mil (unidades)."
IBM, para os eventuais fundadores da Xerox, dizendo que as fotocopiadoras não teriam um mercado tão grande que justificasse a sua produção, em 1959.
Internet e comunicação por satélite
"A transmissão de documentos por cabos de telefone é possível, em princípio, mas o aparato requerido é tão caro que nunca irá se tornar uma proposta prática".
Dennis Gabor, físico britânico e autor de Inventing the Future, em 1962.
"A compra à distância, apesar de ser completamente possível, irá fracassar - porque a mulher gosta de sair de casa, segurar a mercadoria, gosta de estar apta a mudar a sua intenção".
Revista Time, descartando as compras online antes mesmo de se ouvir falar nelas, em 1966.
"Não há praticamente nenhuma chance dos satélites espaciais de comunicação serem usados para prover melhores serviços de telefone, telégrafo, televisão ou rádio dentro dos Estados Unidos".
T. Craven, membro do conselho da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos, em 1961 (o primeiro satélite comercial de comunicações entrou em serviço em 1965).
Telefone
"O telefone tem muitas desvantagens para ser considerado, seriamente, um meio de comunicação. O aparelho não tem valor para nós".
Memorando da Western Union, entre 1876 e 1878.
"Os americanos têm necessidade de telefones, mas nós não. Temos um monte de mensageiros".
Sir William Preece, engenheiro-chefe da Escritório Postal Britânico, em 1878.
"É uma grande invenção, mas de qualquer forma, quem iria usar isso?"
Rutherford B. Hayes, presidente norte-americano, depois da demonstração do telefone de Alexander Bell, em 1876.
Televisão e cinema
"A televisão não vai durar. É uma tempestade num copo d'água".
Mary Somerville, pioneira em radiodifusão educacional, em 1948.
"A televisão não vai durar porque, logo, as pessoas irão ficar cansadas de olhar para uma caixa de madeira todas as noites".
Darryl Zanuck, produtor de cinema da 20th Century Fox, em 1946.
"Quem diabos deseja ouvir os atores falando?"
H. M. Warner, co-fundador da Warner Brothers, em 1927.
Rádio e música
"O rádio não tem futuro"
Lord Kelvin, matemático e físico, em 1897.
"A caixa de música sem fio não tem valor comercial imaginável. Quem pagaria para uma mensagem enviada para ninguém em particular?"
Associados de David Sarnoff, respondendo a um pedido de investimento para o rádio, em 1921.
"O fonógrafo não tem nenhum valor comercial".
Thomas Edison, inventor norte-americano, nos anos 1880.
Automóveis
"O cavalo está aqui para ficar, mas o automóvel é apenas uma novidade, uma moda".
Presidente do banco de Michigan alertando o advogado de Henry Ford para não investir na montadora, em 1903.
"Que o automóvel praticamente chegou ao seu limite é confirmado pelo fato de que, nos últimos anos, nenhum aprimoramento radical foi introduzido."
Revista Scientific American, em 1909
"A 'carruagem sem cavalo' normal é, no momento, uma luxuria para os ricos, e por causa do seu preço, provavelmente vai falhar no futuro. Com certeza, jamais se tornará tão comum como a bicicleta".
Literary Digest, em 1899.
Aviação
"O homem não irá voar em 50 anos".
Wilbur Wright, pioneiro da aviação, ao irmão Orville, depois de uma tentativa fracassada de voar, em 1901 (os dois norte-americanos obtiveram sucesso em 1903).
"Máquinas de voar mais pesadas do que o ar são impossíveis".
Lord Kelvin, matemático, físico e presidente da Sociedade Real Britânica, em 1895.
"Aviões são brinquedos interessantes, mas não têm valor millitar".
Marechal Ferdinand Foch, professor de estratégia da Ecole Superieure de Guerre, em 1904.
"Jamais será construído um avião grande".
Engenheiro da Boeing, depois do primeiro vôo do modelo 247, que tinha motor duplo e transportava 10 pessoas.
Outros temas
"Tudo que pode ser inventado já foi inventado".
Charles H. Duell, oficial do escritório de patentes dos Estados Unidos, em 1899
"Qualquer um familiarizado com o assunto vai reconhecer isso como um evidente fracasso"
Henry Morton, presidente do Instituto de Tecnologia Stevens, sobre a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1880.
"Um foguete jamais será capaz de deixar a atmosfera da Terra".
Jornal New York Times, em 1936.
"A energia atômica deve ser tão boa como os explosivos de hoje, mas é improvável que produza algo muito mais perigoso".
Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, em 1939
"Não há a menor indicação de que a energia nuclear será obtida. Isso significaria que o átomo teria que ser rompido no futuro".
Albert Einstein, em 1932.
Pela transcrição:
-------------
Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
Concluindo: ainda há esperanças para a humanidade, independentemente de que certas pessoas mereçam ganhar, por exemplo, o prêmio Nobel da burrice...
VEJA AS PREVISÕES MAIS FURADAS DA HISTÓRIA DA TECNOLOGIA
Portal Terra Tecnologia
Um site chamado 2Spare compilou dezenas de previsões furadas sobre o futuro, em diversas áreas, como tecnologia, comunicação, aviação, guerra e outras. Algumas anteciparam o fracasso das "compras à distância" e da "transmissão de documentos por cabos de telefone" antes mesmo de se ouvir falar em Internet e compras online.
Nem mesmo cientistas e inventores consagrados, como Thomas Edison e Albert Einstein, escaparam de cometer as suas "gafes". Selecionamos - e traduzimos - 30 dessas previsões furadas. A página original, que tem 87 frases, pode ser acessada no endereço
www.2spare.com/item_50221.aspx.
Confira:
Computadores e tecnologia
"Não há razão para que alguém queira ter um computador em casa".
Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp. (DEC), fabricante de computadores mainframe computers, discutindo os computadores pessoais, em 1977.
"Mas... para o que serve isso?"
Robert Lloyd, executivo da IBM, sobre o microprocessador, em 1968.
"Na medida em que uma calculadora no ENIAC é equipada com 18 mil tubos de vácuo e pesa 30 toneladas, os computadores do futuro deverão ter apenas mil tubos de vácuo e pesar 1,5 mil toneladas".
Revista Popular Mechanics, em 1949.
"Eu viajei por todos os cantos deste país e conversei com as melhores pessoas, e posso assegurar a você que o processamento de dados é uma moda e não vai durar até o final do ano".
Editor responsável por livros de negócios da Prentice Hall, em 1957.
"Esta coisa de antitruste vai passar".
Bill Gates, fundador da Microsoft (data não disponível).
"O potencial mercado de máquinas de cópia é de, no máximo, cinco mil (unidades)."
IBM, para os eventuais fundadores da Xerox, dizendo que as fotocopiadoras não teriam um mercado tão grande que justificasse a sua produção, em 1959.
Internet e comunicação por satélite
"A transmissão de documentos por cabos de telefone é possível, em princípio, mas o aparato requerido é tão caro que nunca irá se tornar uma proposta prática".
Dennis Gabor, físico britânico e autor de Inventing the Future, em 1962.
"A compra à distância, apesar de ser completamente possível, irá fracassar - porque a mulher gosta de sair de casa, segurar a mercadoria, gosta de estar apta a mudar a sua intenção".
Revista Time, descartando as compras online antes mesmo de se ouvir falar nelas, em 1966.
"Não há praticamente nenhuma chance dos satélites espaciais de comunicação serem usados para prover melhores serviços de telefone, telégrafo, televisão ou rádio dentro dos Estados Unidos".
T. Craven, membro do conselho da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos, em 1961 (o primeiro satélite comercial de comunicações entrou em serviço em 1965).
Telefone
"O telefone tem muitas desvantagens para ser considerado, seriamente, um meio de comunicação. O aparelho não tem valor para nós".
Memorando da Western Union, entre 1876 e 1878.
"Os americanos têm necessidade de telefones, mas nós não. Temos um monte de mensageiros".
Sir William Preece, engenheiro-chefe da Escritório Postal Britânico, em 1878.
"É uma grande invenção, mas de qualquer forma, quem iria usar isso?"
Rutherford B. Hayes, presidente norte-americano, depois da demonstração do telefone de Alexander Bell, em 1876.
Televisão e cinema
"A televisão não vai durar. É uma tempestade num copo d'água".
Mary Somerville, pioneira em radiodifusão educacional, em 1948.
"A televisão não vai durar porque, logo, as pessoas irão ficar cansadas de olhar para uma caixa de madeira todas as noites".
Darryl Zanuck, produtor de cinema da 20th Century Fox, em 1946.
"Quem diabos deseja ouvir os atores falando?"
H. M. Warner, co-fundador da Warner Brothers, em 1927.
Rádio e música
"O rádio não tem futuro"
Lord Kelvin, matemático e físico, em 1897.
"A caixa de música sem fio não tem valor comercial imaginável. Quem pagaria para uma mensagem enviada para ninguém em particular?"
Associados de David Sarnoff, respondendo a um pedido de investimento para o rádio, em 1921.
"O fonógrafo não tem nenhum valor comercial".
Thomas Edison, inventor norte-americano, nos anos 1880.
Automóveis
"O cavalo está aqui para ficar, mas o automóvel é apenas uma novidade, uma moda".
Presidente do banco de Michigan alertando o advogado de Henry Ford para não investir na montadora, em 1903.
"Que o automóvel praticamente chegou ao seu limite é confirmado pelo fato de que, nos últimos anos, nenhum aprimoramento radical foi introduzido."
Revista Scientific American, em 1909
"A 'carruagem sem cavalo' normal é, no momento, uma luxuria para os ricos, e por causa do seu preço, provavelmente vai falhar no futuro. Com certeza, jamais se tornará tão comum como a bicicleta".
Literary Digest, em 1899.
Aviação
"O homem não irá voar em 50 anos".
Wilbur Wright, pioneiro da aviação, ao irmão Orville, depois de uma tentativa fracassada de voar, em 1901 (os dois norte-americanos obtiveram sucesso em 1903).
"Máquinas de voar mais pesadas do que o ar são impossíveis".
Lord Kelvin, matemático, físico e presidente da Sociedade Real Britânica, em 1895.
"Aviões são brinquedos interessantes, mas não têm valor millitar".
Marechal Ferdinand Foch, professor de estratégia da Ecole Superieure de Guerre, em 1904.
"Jamais será construído um avião grande".
Engenheiro da Boeing, depois do primeiro vôo do modelo 247, que tinha motor duplo e transportava 10 pessoas.
Outros temas
"Tudo que pode ser inventado já foi inventado".
Charles H. Duell, oficial do escritório de patentes dos Estados Unidos, em 1899
"Qualquer um familiarizado com o assunto vai reconhecer isso como um evidente fracasso"
Henry Morton, presidente do Instituto de Tecnologia Stevens, sobre a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1880.
"Um foguete jamais será capaz de deixar a atmosfera da Terra".
Jornal New York Times, em 1936.
"A energia atômica deve ser tão boa como os explosivos de hoje, mas é improvável que produza algo muito mais perigoso".
Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, em 1939
"Não há a menor indicação de que a energia nuclear será obtida. Isso significaria que o átomo teria que ser rompido no futuro".
Albert Einstein, em 1932.
Pela transcrição:
-------------
Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
Concluindo: ainda há esperanças para a humanidade, independentemente de que certas pessoas mereçam ganhar, por exemplo, o prêmio Nobel da burrice...
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
621) Em tempos bicudos, um pouco de poesia nao pode fazer mal: Sete nafagafinhos
Sete nafagafinhos
Num ninho de nafagafos
há sete nafagafinhos.
Quando a nafagafa sai
ficam os nafagafinhos sozinhos.
E é um rodopio, uma roda viva,
os nafagafinhos nafagafam
com ruído tal que acordam
todos os não-nafagafinhos.
O nafagafinho mais novo
rebola feito bola,
gira que gira ao sol
feito girassol.
O segundo nafagafinho
quer montar uma burra que ali trota
mas torta lhe troca as voltas,
e lá cai o nafagafinho.
O terceiro nafagafinho
brinca com o eco que lá há:
mão-ão, mar-ar, nafagafinho-finho.
Há lá eco há!
Dois nafagafinhos palram sem parar
com o pequeno pardal pardo.
Outro nafagafinho ri até chorar
das boas graças da garça.
Um nafagafinho pergunta ao sábio mocho
quanto tempo o tempo tem.
O mocho responde-lhe que o tempo
tem tanto tempo quanto o tempo tem.
Há quem diga que nafagafos
é coisa que não há.
Mas como poderia isso ser,
se tudo isto pôde acontecer,
com sete nafagafinhos sozinhos?
Sofia Vilarigues
Num ninho de nafagafos
há sete nafagafinhos.
Quando a nafagafa sai
ficam os nafagafinhos sozinhos.
E é um rodopio, uma roda viva,
os nafagafinhos nafagafam
com ruído tal que acordam
todos os não-nafagafinhos.
O nafagafinho mais novo
rebola feito bola,
gira que gira ao sol
feito girassol.
O segundo nafagafinho
quer montar uma burra que ali trota
mas torta lhe troca as voltas,
e lá cai o nafagafinho.
O terceiro nafagafinho
brinca com o eco que lá há:
mão-ão, mar-ar, nafagafinho-finho.
Há lá eco há!
Dois nafagafinhos palram sem parar
com o pequeno pardal pardo.
Outro nafagafinho ri até chorar
das boas graças da garça.
Um nafagafinho pergunta ao sábio mocho
quanto tempo o tempo tem.
O mocho responde-lhe que o tempo
tem tanto tempo quanto o tempo tem.
Há quem diga que nafagafos
é coisa que não há.
Mas como poderia isso ser,
se tudo isto pôde acontecer,
com sete nafagafinhos sozinhos?
Sofia Vilarigues
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