sexta-feira, 13 de novembro de 2009

1502) O maior show da Terra: a seleção natural



Capa - The greatest show on Earth
O novo livro de Richard Dawkins, “O maior espetáculo da Terra”, lançado há menos de um mês, já ocupa o 17º lugar na lista de best-sellers não-ficção do jornal 'The New York Times'. Ele é rigorosamente científico, informativo, convincente e muito bem escrito
Em sua coluna de novembro, Sergio Pena comenta o último livro do biólogo e divulgador britânico Richard Dawkins e elogia sua defesa da evolução como fato, e não como teoria.

Nota PRA: Não sou necessariamente darwinista, pois eu me bato por idéias, não por pessoas. Mas certamente sou adepto da teoria da seleção natural, até aqui a melhor explicação disponível para a evolução da vida na Terra (e em outros planetas também). Por isso reconheço como importante esta coluna de Sergio Pena sobre o grande evolucionista (e ultra-darwinista) contemporâneo Richard Dawkins, ainda que eu reconheço que o seu zelo militante, quase "fundamentalista", contra as religiões (que são explicações ingênuas ou equivocadas do mundo), pode fazer mais mal do que bem à causa do evolucionismo e do darwinismo. Em todo caso, esta coluna deve ser lida com atenção.

O evangelista evolucionário
Sergio Danilo Pena
13/11/2009

Richard Dawkins, evangelista evolucionário, grande defensor e divulgador do fato da evolução (foto).

Neste ano que em que se comemoram 200 anos do nascimento de Charles Darwin (1809-1882) e 150 anos da publicação da Origem das espécies, é muito fácil cair na tentação de fazer um culto à personalidade. De fato, já discuti em uma coluna anterior o fato de que a narrativa da vida de Darwin que se tornou padrão na imprensa e na literatura popular é suspeitosamente similar à descrição da “trajetória do herói” popularizada pelo mitologista americano Joseph Campbell.

Sob esse prisma é interessante examinar a relação que há entre os escritos de Charles Darwin, na Origem e em seus livros posteriores, e a evolução tal como ela é concebida pela genética moderna. Nos últimos 150 anos, a seleção natural foi primeiro extensivamente modificada (e fortalecida) pela compatibilização com a genética mendeliana, na chamada Nova Síntese. Mais recentemente, foi enriquecida pelos avanços da genômica, passando a incluir a evolução neutralista por deriva genética como parte fundamental de seu cânone.

Metaforicamente, podemos comparar a evolução por seleção natural apresentada por Darwin a um avião equivalente ao 14-Bis de Santos Dumont (1873-1932), enquanto a evolução como conceituada hoje, lastreada em estudos diretos do DNA, seria um supersônico Concorde ou, melhor ainda, um bombardeiro Stealth.
A visão moderna da evolução descende de Darwin, mas com considerável modificação

É possível dizer que a visão moderna do processo evolucionário descende de Darwin, mas com considerável modificação. Ele não pode de forma alguma ser visto como a personificação da evolução, como ocasionalmente é retratado na imprensa.

Não chamamos a teoria da relatividade de “einsteinianismo”. Da mesma maneira, sugiro que a expressão “darwinismo”, muito usada e abusada por evolucionistas e especialmente por criacionistas, seja empregada exclusivamente para se referir ao que ele escreveu e abandonada de uma vez por todas como representação do todo da evolução.

Richard Dawkins
A evolução por seleção natural teve vários defensores e divulgadores nos últimos 150 anos. O primeiro foi Thomas Huxley (1825-1895), fundamental na propagação das idéias de Darwin, incapacitado de viajar e apregoar sua própria teoria por causa da doença que o aprisionava em sua residência rural em Kent, na Inglaterra. Por isso, Huxley recebeu o apelido de “Buldogue de Darwin”. Outro grande paladino da seleção natural no continente europeu foi o controverso Ernst Haeckel (1834-1919), ocasionalmente chamado, por analogia e origem natal, de “Dobermann de Darwin”.

Pois bem, a atual grande face pública da evolução natural é certamente o britânico Richard Dawkins (1941-). Tenho algumas restrições a Dawkins, principalmente pela sua posição ultrasselecionista. Mas é mister reconhecer o valor e a importância dessa grande figura humana. De fato, Dawkins e eu temos muito em comum: somos ambos racionalistas militantes e evolucionistas “roxos” (independentemente, nós dois sempre falamos sobre “o fato” da evolução).

No mês passado, em Nova Iorque, assisti a uma palestra de Dawkins, como parte da campanha de lançamento de seu novo livro The Greatest Show on Earth (“O maior espetáculo da Terra” – ver abaixo). Foi uma surpresa observar que o local – a Associação Hebraica (92Y), na esquina da rua 92 com a avenida Lexington – estava superprotegido pela polícia, presumivelmente para evitar qualquer tentativa de terrorismo. O quarteirão havia sido fechado ao tráfego e havia detectores de metal na entrada do auditório.

Dawkins tem uma aparência patrícia, com traços finos, personalidade suave (mas podendo em segundos se tornar duro como aço) e um sotaque inglês muito bonito, exalando cultura. Sem dúvida uma bela estampa. Com o auditório totalmente lotado, assistimos a um verdadeiro show de retórica, com explicações cristalinas e exemplos cativantes sobre a evolução.

No dia seguinte, Dawkins deu outra palestra, na Academia de Ciências de Nova York, que inclusive está disponível em um podcast, no qual ele é apresentado como “evangelista da evolução” e chamado de “Rottweiler de Darwin”. Na fala – que recomendo –, ele descreve, capítulo a capítulo, as ideias centrais do seu novo livro.

O maior espetáculo da Terra
A nova obra de Dawkins hoje ocupa o 17º lugar na lista de best-sellers não-ficção do New York Times (uma lista que raramente contém livros científicos). Em um golpe de marketing, escolheu o título “O maior espetáculo da Terra”, o mesmo usado para descrever o famoso circo de P.T. Barnum (1810-1891). Mais tarde, o título foi também usado no filme de 1952 dirigido por Cecil B. DeMille.

Entretanto, não é tudo papel machê: o texto é rigorosamente científico, informativo, convincente e muito bem escrito. Em outras palavras, motivo de admiração e inveja “positiva” deste colunista. Não vou descrever o seu conteúdo, que tem recebido dezenas de resenhas apreciativas, incluindo uma, em português, do jornalista Claudio Angelo na Folha de S. Paulo.

Entre as resenhas que vi, a mais peculiar foi a de Nicholas Wade, editor de ciências do New York Times. Wade decidiu implicar com o autor, embarcando em uma discussão epistemológica estéril sobre exatamente o ponto que eu mais concordo com Dawkins: a visão de que a evolução é um fato e não uma mera teoria.

A resenha de Wade catalisou uma carta ao editor que transcrevo aqui, pois é brilhante e resume pontos de grande importância.
A carta é do conhecido filósofo americano Philip Kitcher (1947-) , Professor da Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque. Ele escreve (minha tradução):

Na resenha do livro The Greatest Show on Earth, Nicholas Wade acusa Richard Dawkins de um erro filosófico. De acordo com Wade, os filósofos da ciência dividem proposições científicas em três tipos — fatos, leis e teorias — e, de forma contrária às afirmativas de Dawkins, a evolução, que é simplesmente uma teoria, não pode ser considerada um fato. Entretanto, a filosofia da ciência contemporânea oferece um vocabulário muito mais vasto e detalhado para o pensamento das ciências do que é pressuposto na taxonomia supersimplificada de Wade e seus confusos palpites sobre “verdade absoluta”. Embora filósofos possam discordar de aspectos dos argumentos de Dawkins em outros tópicos, ele tem uma compreensão mais firme e sutil do que sugere a resenha de Wade.

O ponto crucial é que, como Dawkins corretamente percebe, a distinção entre teoria e fato, em discussões filosóficas assim como coloquialmente, pode ser estabelecida de duas maneiras diferentes. Por um lado, teorias são concebidas como sistemas gerais de explicação e predição, enquanto fatos são relatos específicos sobre processos e eventos. Por outro lado, “teoria” é usada para sugerir que há espaço para dúvidas racionais, enquanto “fato” sugere algo que é tão amplamente confirmado pela evidência que pode ser aceito sem debate.

Os oponentes da evolução se deslocam da ideia de que a evolução é uma teoria, no primeiro sentido, para concluir que é (apenas) uma teoria, no segundo. Qualquer inferência desse tipo é falaciosa, pois muitos enfoques sistemáticos de fenômenos naturais – como a compreensão de reações químicas em termos de átomos e moléculas e o estudo da hereditariedade em termos de ácidos nucleicos – são tão bem alicerçados que contam como fatos (no segundo sentido). Muitos cientistas e filósofos que já escreveram sobre evolução têm indicado que a teoria contemporânea, que descende de Darwin, tem o mesmo status – ela também deve ser considerada um “fato”. Dawkins está plenamente justificado em segui-los.”


Assim, com palavras sábias e cristalinas, Kitcher, a meu ver, sacramenta irreversivelmente a evolução como fato.

E o New York Times dá uma demonstração de integridade jornalística ao publicar uma carta de crítica a um de seus editores, em contraste com algumas publicações brasileiras que só divulgam cartas elogiosas.

Sergio Danilo Pena
Departamento de Bioquímica e Imunologia
Universidade Federal de Minas Gerais
Evolução Darwin Genética Deriva genética

1501) Frases memoráveis: o mundo gira...

Da série, "frases para entrar para a história":

Do presidente Lula, às vésperas da reunião de Copenhague sobre o meio-ambiente:

Então, essa questão do clima é delicada por quê? Porque o mundo é redondo. Se o mundo fosse quadrado ou retangular, e a gente soubesse que o nosso território está a 14 mil quilômetros de distância dos centros mais poluidores, ótimo, vai ficar só lá. Mas, como o mundo gira, e a gente também passa lá embaixo onde está mais poluído, a responsabilidade é de todos.


PS.: Eu, na verdade, não estou esperando nenhum comentário a esta frase memorável sob todos os aspectos... (PRA)
PS2: Para que não digam que estou inventando algo, eis o link para a declaracão ao vivo: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1377432-16021,00-DESMATAMENTO+NA+AMAZONIA+E+O+MENOR+EM+ANOS.html
PS3: Me pergunto se não é a famosa cangebrina, aquela sugestão do jornalista americano...
PS4: E tem mais uma:
"Eu já disse várias vezes: Freud dizia que tinha algumas coisas que a humanidade não controlaria. Uma delas eram as intempéries".

Desisto...

1500) O apagao no Brasil: iluminando as mentes e turvando as consciencias

Depois do ministro Edison (não, não é o Thomas Alva) Lobão e a ministra Dilma Roussef terem determinado o "fim da discussão" em torno do apagão, o presidente Lula criticou o "achismo" sobre causas do apagão: "Tenho notado algumas pessoas falando do apagão com o mesmo prazer com que falavam da queda do avião da TAM', afirmou presidente.

O botão que apagou a luz
Carlos Brickmann
13 de novembro de 2009

Assunto encerrado? A ministra Dilma que nos desculpe, mas o apagão só é assunto encerrado para quem vive na Ilha da Fantasia e tem geradores e ar condicionado. Dezoito Estados no escuro, nenhuma explicação oficial (a não ser a fantasia da tempestade, que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, órgão do Governo, já desmentiu), e assunto encerrado? Encerrado para quem, cara-pálida?

O começo do apagão está aqui: a verba do Ministério das Minas e Energia, que cuida da luz nossa de cada noite, é a mais bloqueada do Governo. Dos gastos previstos, 23% não podem ser usados. Da verba que sobra, a parte referente a salários, royalties de petróleo e gás não pode ser comprimida. Quem sofre é a parte de manutenção e investimento. Em vez de R$ 9,6 bilhões, ficam R$ 3,8 bilhões.

De acordo com os pesquisadores do site Contas Abertas, esta situação vem-se repetindo ao longo dos anos, de 2006 para cá. As verbas da Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, também estão de dieta: quase 60% estão congeladas. Todos os números estão aqui.

Como disse a ministra Dilma Rousseff, garantir o fornecimento de eletricidade exige investimentos. Ocorre o oposto: o corte de verbas (uma boa análise dos cuidados com a rede, pelo especialista Saade Hillal, está aqui.

E os terríveis raios, ventos, tempestades, os formidandos fenômenos naturais nunca vistos neste país, citados pelo Governo? São como o raio de Bauru, lembra? O apagão do Governo Fernando Henrique foi atribuído a um raio que atingiu um ponto vital do sistema, num dia de sol claro, sem nuvens, sem chuva.

1499) Visita do presidente de Israel ao Brasil: discurso do governador de SP, José Serra

Este blog é livre, ou seja, não se submete a nenhuma autoridade, que não seja a da razão, da dignidade humana, da tolerância. Não tenho nada contra ninguém, mas tenho sim contra certas ideias, contra certos conceitos, que me parecem enviesados a favor de certos valores ou princípios que não compartilho.
Quando encontro algum texto que me parece memorável, transcrevo-o, para meu registro e para informação dos visitantes.

Discurso do governador José Serra ao receber a visita do presidente de Israel, Shimon Peres, a São Paulo
12 de novembro de 2009

Governador José Serrra: Tenho a honra de dar as boas vindas a Sua Excelência Shimon Peres, Presidente do Estado de Israel, em nome do Estado de São Paulo e em meu nome pessoal. Não é todos os dias que uma cerimônia tão simples como esta vai além das formalidades e permite homenagear um estadista que personifica toda a história política de seu próprio país e que teve uma presença ativa em alguns dos principais momentos do século 20 e deste século.

Seu envolvimento com a política e com a história do Oriente Médio começou em 1940, há quase 70 anos, com menos de vinte anos de idade, recém-chegado à Palestina, então sob mandato britânico. Naquele ano, Shimon Peres foi um dos fundadores do Kibbutz Alumot e eleito secretário de um movimento de juventude.

Estamos na presença de um estadista que dedicou toda a sua vida a construir, defender e desenvolver o seu país, empenhando-se, ao mesmo tempo, em romper as barreiras que as diferenças étnicas e religiosas, e as sucessivas guerras, não cessaram de reerguer. Shimon Peres foi o inspirador e participante de importantes iniciativas em benefício da paz.

Já em 1975, como ministro da Defesa, negociou o Acordo Provisório com o Egito que pôs fim à guerra, e estabeleceu a política de boa vizinhança com o Líbano.

No governo de União Nacional entre a Aliança de esquerda e o Likud, a partir de 1984, como primeiro-ministro, iniciou as conversações que levariam, já na condição de Ministro do Exterior, em 1987, ao Acordo de Londres com a Jordânia. Esse acordo previa uma Conferência de Paz do Oriente Médio, com a participação direta de Israel, Jordânia e Egito, mas o gabinete liderado pelo Likud, do premiê Yitzhak Shamir, recusou-se a assinar.

Seu maior feito, que lhe proporcionou o Prêmio Nobel da Paz de 1994, juntamente com o premiê Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, foi a assinatura dos Acordos de Oslo, que levaram ao reconhecimento de uma Autoridade Palestina na faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. As conversações com a OLP de Arafat haviam começado secretamente desde que o Presidente Peres havia assumido o cargo de vice-primeiro ministro e ministro do Exterior do premiê Yitzhak Rabin.

Mais tarde, depois de suceder a Rabin como primeiro-ministro, após seu assassinato por um fundamentalista judeu, em 1995, criou o Centro Peres para a Paz, dedicado a avançar o processo de negociações por meio de acordos econômicos e sociais com os palestinos.

Quero expressar alguns dos meus sentimentos e convicções pessoais suscitados por sua visita, presidente Shimon Peres, à sede do governo de São Paulo.

1 - Tenho enorme admiração por Israel. A terra que abriga relíquias sagradas de três religiões mantém vivo o que eu ousaria chamar de um milagre dos homens: o regime democrático.

2 - Quem nega o Holocausto dos judeus agride de modo indelével a memória de um povo. E agride toda a humanidade.

3 - O estado de Israel foi criado para que, dos escombros do horror, florescesse, como floresceu, a esperança de paz e segurança para o povo judeu. Ao nascer, Israel mostrou logo que não era uma promessa a mais, e sim um fato. Não é uma peça negociável e permutável no concerto das nações. Cumpriu-se, com justiça, um destino. Falta agora que se cumpra a paz.

4 - Paradoxalmente, a história de Israel é, a um só tempo, muito curta e muito longa, confundindo-se com os tempos imemoriais, quando a humanidade começou a plasmar valores éticos que ainda hoje nos guiam. De sua história recente, lembro da penosa decisão de Ben Gurion, no começo do começo de Israel, de afundar o navio Altalena, carregado de armas, porque radicais do seu próprio povo haviam feito a opção errada pelo confronto, e não pelo entendimento. Ben Gurion demonstrou ali que queria, de verdade, a paz. E, empregando o termo “navio” como uma metáfora, observo, senhor presidente: “Aqueles que querem a paz têm de ter a coragem de afundar o próprio navio do terror”.

5. Entendo que o terrorismo significa a negação da política, e aqueles que o praticam ou promovem não são nossos interlocutores: têm de ser duramente combatidos.

6 - Acreditamos na coexistência pacífica dos povos; acreditamos que Israel e seus vizinhos árabes podem trilhar o caminho da paz; apoiamos, como apóia a maioria dos israelenses, a criação de um estado palestino desde que garantida a segurança de Israel. E, por isso mesmo, entendemos que só acontecerá o melhor se o terreno dos confrontos e das diferenças for a política. Para que possamos reconhecer o “outro”, é preciso que este “outro” também nos reconheça.

7. Exatamente por isso, e porque é preciso reconhecer o outro para ser, por sua vez, reconhecido, quero prestar aqui um tributo a V. Excia., presidente Peres, pela coragem de elogiar publicamente o espírito democrático e a disposição para negociar de Mahamoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, e pelo apelo que tem feito para que ele não renuncie a candidatar-se à reeleição.

8. O Brasil foi um ator relevante na criação do Estado de Israel. Sob a presidência de Oswaldo Aranha, a 49ª Sessão da 2ª Assembléia-Geral da ONU aprovou, no dia 29 de novembro de 1947, a partilha da Palestina com o povo judeu. Não há circunstância que abale o que é um traço do nosso povo: a defesa da paz e do direito que têm os povos de conduzir o próprio destino. Esteja certo, pois, de que a população brasileira reconhece o direito que Israel tem de viver em paz e em segurança. Não vive em paz quem está inseguro; não vive seguro quem não está em paz. Não pode haver segurança onde não há paz. Mas não pode haver paz onde não há segurança.

Saiba, senhor presidente, que Israel tem neste governador de Estado um amigo. Mais do que isto: Alberto Goldman, vice-governador do Estado, é judeu. Felizmente, os judeus estão em todos os cantos do Brasil, deixando sempre as marcas do humanismo, do seu trabalho, dos seus valores culturais, de sua solidariedade.

Presidente Shimon Peres: esperamos que permaneça ainda por longos anos empenhando-se na defesa no seu país e na luta pela paz entre os povos do Oriente Médio.

Benvindo a São Paulo!

1498) Ativistas ecologicos produzem fome no mundo...

Sou decididamente a favor da biotecnologia para resolver o problema da fome no mundo. Os ecologistas e outros ativistas ambientais ajudam a manter a fome no mundo.

Cenários: Cientistas e "naturalistas" se distanciam no combate à fome
As disputas em torno do futuro dos alimentos
Valor Econômico – pág. B11, 13/11/2009
Claudia Parsons, Russell Blinch e Svetlana Kovalyova, Reuters

(foto) Ativista destrói plantações de milho transgênico em Tolouse, na França: solução para elevar a oferta mundial de alimentos ainda suscita debates e disputas

À primeira vista, a fazenda de Giuseppe Oglio, perto de Milão, parece negligenciada. Ervas daninhas proliferam em meio aos campos de arroz e trevos crescem incontrolados em sua colheita de painço. Terceira geração na agricultura, Oglio foge das técnicas modernas de cultivo - produtos químicos, fertilizantes, maquinaria pesada - em favor de uma abordagem puramente natural. Não é apenas ecológico, diz ele, mas rentável. E ele acredita que seu sistema pode ser replicado em regiões do mundo onde há fome.

Há quase 8 mil quilômetros dali, em laboratórios em Saint Louis, Missouri, centenas de cientistas da maior empresa mundial de sementes, a Monsanto, também querem alimentar o mundo, mas as ferramentas escolhidas são raios laser e placas de Petri. A empresa, líder em biotecnologia agrícola, gasta cerca de US$ 2 milhões por dia em pesquisas com o objetivo de aperfeiçoar a Mãe Natureza e posiciona-se como um dos principais nomes na luta contra a fome.

O agricultor italiano e a multinacional americana representam os dois extremos de um debate cada vez mais ácido sobre o futuro dos alimentos. Todos querem acabar com a fome. Como fazê-lo é a questão desagregadora, que confronta ambientalistas com grandes empresas e consumidores; e países ricos contra os pobres.

A luta sobre os alimentos ocorre em um momento no qual especialistas dos dois lados concordam em uma coisa: o número de barrigas vazias no mundo aumentará, a menos que aconteça alguma grande intervenção agora. A combinação de crise alimentar e desaceleração econômica mundial catapultou o número de pessoas que passam fome no mundo para mais de 1 bilhão. A Organização das Nações Unidas (ONU) sustenta que a produção mundial de alimentos precisa crescer 70% nos próximos 40 anos para alimentar uma projeção de 2,3 bilhões de pessoas a mais no mundo em 2050.

Na próxima semana, líderes globais participarão do Encontro Mundial sobre Segurança Alimentar, da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês), em Roma, onde ouvirão argumentos concorrentes sobre as melhores formas para combater o problema. Uma das disputas mais acirradas será a importância relativa da ciência em comparação às reformas sociais e econômicas, para possibilitar que pequenos agricultores plantem mais com a tecnologia atual.

Grande parte da Europa passou de um sistema agrícola de pequenas propriedades para a agricultura comercial de grande escala, mas a Itália ainda continua como base para agricultores familiares, que produzem de tudo, desde azeitonas até queijo mussarela. O carismático Oglio, de 40 anos, é um deles. Abandonou a escola de agricultura após se decepcionar com os métodos ensinados. Hoje, deixa a natureza fazer seu trabalho, enquanto planta cereais e legumes em sua pequena fazenda em Belcreda di Gambolo, a 30 quilômetros de Milão. Ele não usa produtos químicos nem pesticidas ou fertilizantes naturais. Não arranca as ervas daninhas de seus campos.

"Tudo que se precisa fazer é observar a natureza, ouvi-la, fazer o que a natureza sugere e ela tomará conta de tudo", afirmou. Seus campos, em planícies baixas com um longo histórico de cultivo de arroz, usado para risotos, replicam os padrões encontrados na natureza.

Os trevos e o painço crescem juntos, por exemplo, alimentando um ao outro com os minerais necessários. Oglio disse que sua fazenda é sustentável ecologicamente. Ele reduziu custos operacionais ao eliminar produtos caros, como herbicidas, e ao usar maquinário apenas para o mínimo necessário. Fazendas como essa, baratas e com cultivo de baixa manutenção, poderiam ser adotadas na África e em outras regiões atingidas pela fome e miséria, disse. "A agricultura natural não salvará o mundo, mas pode alimentar famílias pobres".

É improvável, no entanto, que possa fazê-lo na escala que a maioria dos especialistas considera necessária. E é aí que está o atrito. Os consumidores mais abastados podem preferir os Oglios às Monsantos, mas sua rejeição à agricultura de alta tecnologia dificulta lidar com a crescente crise alimentar.

A última ocasião em que o mundo deparou-se com previsões tão sombrias de fome foi antes da Revolução Verde, dos anos 60 e 70, quando países como Índia e China transformaram seus sistemas agrícolas e se tornaram autossuficientes em alimentos. Conseguiram o feito ao explorar tecnologias de melhoramento genético para elevar o rendimento das lavouras de arroz, trigo e outros itens básicos.

Por meio de investimentos maciços em arroz híbrido, a China elevou o rendimento de duas toneladas por hectare, nos anos 60, para mais de dez toneladas por hectare, em 2004. Os cientistas chineses buscam mais ganhos - 13,5 toneladas por hectare até 2015, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares (IFPRI, em inglês), que aponta esse projeto do arroz como uma das histórias genuínas de êxito no desenvolvimento agrícola, em estudo chamado "Millions Fed" (milhões alimentados, em inglês).

Certamente, a Revolução Verde teve suas desvantagens - danos ambientais, para citar uma. Na Índia, o nível dos lençóis freáticos está baixando e o solo se degradou pelo uso de pesticidas e fertilizantes. O movimento contribuiu para a ascensão das grandes fazendas comerciais à custa dos pequenos proprietários, suscitando ressentimentos que os críticos chamam de "corporatização" dos alimentos. Milhões de pessoas, porém, foram salvas da fome e o arquiteto do movimento, Norman Borlaug, recebeu o Nobel da Paz, em 1970.

Com suas populações em crescimento, Índia e China - para não mencionar a maioria da África - ainda se deparam com desafios, sobretudo com a mudança climática exacerbando os problemas ambientais que já desaceleram a expansão da produção. O IFPRI, parte de uma rede mundial de centros de pesquisa sobre agricultura, informou em outubro que a queda nos rendimentos decorrente das mudanças climáticas reduzirá em 7% a "disponibilidade de calorias" para o consumidor médio dos países em desenvolvimento até 2050, frente aos números de 2000.

O aumento de temperatura reduz o rendimento das colheitas e encoraja pestes e doenças de plantas. O sul da Ásia sofrerá as maiores quedas de rendimento, em quase todas as culturas. Segundo o IFPRI, a produção de arroz na região será 14% mais baixa do que se não houvesse mudanças climáticas. "A Índia precisa urgentemente de outra Revolução Verde", disse Kushagra Nayan Bajaj, codiretor-gerente da Bajaj Hinduthan BJHN.BO, maior produtora de açúcar da Índia, que importa açúcar mascavo depois de sua colheita local de cana-de-açúcar ter sido afetada pela seca.

Uma segunda Revolução Verde, contudo, enfrentaria uma forte contrarrevolução, mesmo em um país como Índia, que tanto se beneficiou da primeira. "A questão é que os produtos químicos destroem a produtividade no longo prazo (...) Sim, uma segunda Revolução Verde é de fato muito essência, a necessidade do momento. Mas não deve ser do mesmo tipo de revolução verde que a primeira foi", disse P.C. Kesavan, pesquisador da M.S. Swaminathan Research Foundation, criada pelo pai da Revolução Verde indiana.

Economistas e cientistas na Índia exigem uma série de iniciativas políticas, incluindo a permissão para uso de engenharia genética, que seus defensores argumentam fazer o mesmo trabalho que a hibridização tradicional das plantas, mas de forma mais rápida e eficiente. Até agora, a Índia permitiu apenas sementes geneticamente modificadas para o algodão, o que elevou a produtividade, mas as sugestões de que a permissão fosse ampliada para colheitas comestíveis sempre gerou fortes protestos.

A história é similar no México, onde Borlaug iniciou suas pesquisas pioneiras nos anos 40 no Programa Cooperativo de Produção e Pesquisa de Trigo. O México aprovou em outubro, pela primeira vez, permissões para que os agricultores plantem milho transgênico. Considerado por muitos o berço do milho, o México alberga mais de 10 mil variedades, usadas para fazer a tradicional tortilla, prato básico na dieta mexicana.

O milho é plantado no México há pelo menos 9 mil anos e o grão foi adaptado pelos conquistadores espanhóis no início da década de 1500, com o que acabou se espalhando para o resto do mundo. O México enfrenta os mesmos dilemas de muitos países em desenvolvimento sobre o milho transgênico - equilibrar as preocupações dos consumidores com a necessidade de cultivar mais alimentos.

"Vemos o milho como nossa herança cultural, nosso legado. Para nós não é apenas uma questão de alimentos, mas de conservar nossas tradições", disse Celerino Tlacotempa, que trabalha para uma organização de agricultores da comunidade indígena Nahuatl, nas montanhas no sul do Estado de Guerrero. "Com as sementes modificadas geneticamente, perderíamos nossas variedades de milho colorido. Não haveria mais milho roxo, negro, branco", disse. "Acima de tudo, estaríamos condenados a comprar sementes de empresas como a Monsanto. Não é sustentável. É um risco real para o bem-estar dessas comunidades".

Ao mesmo tempo, outros agricultores mexicanos no norte do país vêm cultivando sementes transgênicas contrabandeadas pela fronteira com os Estados Unidos há algum tempo, atraídos pela resistência das colheitas à seca e pestes e pelo rendimento maior. Tomas Lumpkin, diretor do Centro Internacional de Aperfeiçoamento do Milho e Trigo (CIMMYT, em espanhol), lançado por Borlaug no México, afirmou que o país atualmente importa cerca da metade do milho que consome. Com as mudanças climáticas e outras pressões, é crucial usar todas as ferramentas disponíveis para aumentar a produção, disse Lumpkin.

"Este é um mundo mais complexo e difícil do que o enfrentado por Borlaug, mas temos mais ferramentas eficazes do que tínhamos e precisamos começar a testá-las e usá-las", afirmou. "Os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) são só mais um conjunto de ferramentas na caixa, mas precisamos estar aptos a usar essas ferramentas", disse Lumpkin. "Se pudermos usar essas variedades para que o agricultor no mundo em desenvolvimento tenha as mesmas sementes potentes que um agricultor no Iowa, então, por que deveriam ficar em desvantagem?"

A Monsanto lançou a primeira colheita modificada geneticamente em 1996 e agora os transgênicos são cultivados em países que vão da Austrália e Filipinas à África do Sul e Brasil. Até 85% da grande produção de milho americana é fruto de engenharia genética, assim como 91%, no caso da soja, e 88%, no do algodão, segundo os EUA.

Apesar de tão arraigadas como as colheitas transgênicas parecem estar, a reação contrária à tecnologia parece estar crescendo. A oposição às modificações genéticas das sementes é mais forte na Europa há bastante tempo. A União Europeia restringe o uso de sementes transgênicas em seu território, assim como as importações de produtos contendo alimentos derivados de modificações genéticas. Separadamente, países como a Alemanha baniram até sementes transgênicas que haviam sido autorizadas, como um tipo de milho resistente a insetos, o MON 810, desenvolvido pela Monsanto.

Agora, a resistência dos consumidores ao que os tablóides britânicos há muito apelidaram de "comida Frankenstein" também ganha força nos EUA. No sistema agrícola industrial da América do Norte, os consumidores que compram alimentos embalados nos supermercados provavelmente estão comendo produtos transgênicos sem nem mesmo saber, de acordo com o Centro pela Segurança Alimentar. O grupo, envolvido em uma batalha judicial bem-sucedida para impedir a introdução de uma alfafa criada por engenheira genética pela Monsanto, também sustenta que até 70% dos refrigerantes, das sopas, biscoitos e outros alimentos processados vendidos sob grandes marcas são derivados de transgênicos.

"Realmente não há análise sobre a saúde humana nas colheitas geneticamente modificadas", afirmou William Freese, analista de ciências do centro. "É um resultado real da política que nosso governo introduziu, que é basicamente a presunção da inocência".

Uma bandeira para os ativistas contra os transgênicos é o hormônio de crescimento geneticamente modificado para vacas leiteiras, conhecido como rBGH. Lançado nos EUA em 1994, o rBGH é uma droga para ampliar a produção de leite depois que a vaca dá à luz. Foi desenvolvido pela Monsanto, mas vendido para a Eli Lilly.

A Health Care Without Harm, uma coalizão mundial de hospitais e outros grupos médicos, acredita que a droga é perigosa porque aumenta a probabilidade de infecções nas mamas das vacas, o que leva ao uso de mais antibióticos nos animais. Isso influencia o aumento na resistência a antibióticos nos humanos, argumenta. Outros críticos dizem que pode estar ligado a câncer em humanos, apesar da aprovação da Agência de Remédios e Alimentos (FDA) dos EUA. Os ativistas conseguiram convencer uma série de grandes nomes a rejeitar a droga, como os fabricantes de iogurte Yoplait e Danone, e pressiona a rede de cafés Starbucks a também opor-se ao rBGH.

Um porta-voz da Starbucks afirmou que toda a oferta principal de laticínios da empresa vem de fornecedores que não usam hormônios. "Nossos produtos principais, café e chá, não são transgênicos", disse o porta-voz, em comunicado. "Não temos planos para comprar café ou chá derivados de fontes geneticamente modificadas, nem agora nem futuramente."

Para os que buscam acabar com a fome mundial, em vez de apenas satisfazer consumidores ricos com vontade de tomar um cappuccino, a África apresenta os maiores desafios. A FAO informou em outubro que o mundo precisa investir US$ 83 bilhões por ano em agricultura nos países em desenvolvimento para alimentar uma população estimada de 9,1 bilhões de pessoas em 2050. Para isso, são necessários investimentos públicos e privados em grande escala. A tendência, pelo lado público, no entanto é desencorajadora. A assistência oficial ao desenvolvimento agrícola despencou 58% em termos reais entre 1980 e 2005.

Ainda assim, é possível ver no Brasil resultados decorrentes de investimentos, sobretudo públicos, segundo estudo de caso sobre como a Revolução Verde transformou um país em desenvolvimento. Em poucas décadas, o Brasil deixou de ser um produtor de um punhado de culturas para tornar-se um dos maiores produtores mundiais, com o agronegócio movimentando cerca de R$ 300 bilhões vem vendas anuais.

O Brasil começou sua Revolução Verde nos anos 70, com a criação da Embrapa, a estatal de pesquisas agropecuárias, que resultou em mais diversificação e melhor produtividade das colheitas, assim como na expansão da terra cultivada. Todos os anos, a Embrapa mensura o retorno à sociedade das pesquisas em agricultura. Os dados mais recentes mostram que para cada dólar investido em pesquisa agrícola, há um retorno de US$ 13,50.

Na crise de 2008, o medo da falta de alimentos semeou-se nos mercados de grãos - levando arroz e trigo a novos recordes e estimulando a estocagem e distúrbios populares - e serviu de alerta que especialistas esperam ver traduzido em investimentos sustentáveis.

Na fazenda de Oglio, na Itália, o agricultor diz que suas atividades podem ser conduzidas com um orçamento curto. Os 87 acres ( 35,2 hectares) que seus pais costumavam cultivar com técnicas tradicionais de agricultura estavam à beira da quebra há 20 anos. Com sua opção por métodos naturais, Oglio recuperou a fazenda e voltou a ter lucro. Mas essa é uma história bem europeia. Seus clientes, admite, estão dispostos a pagar mais por seus produtos saudáveis, pois muitos deles são ambientalistas. Já os mais pobres do mundo - 1 bilhão de pessoas - podem não ter o luxo de poder escolher.

(Tradução de Sabino Ahumada)

Ipsis Literis
13/11/2009
O presidente do conselho de administração da Nestlé, gigante mundial de alimentos, fez ontem fortes ataques aos "ativistas bem alimentados" cuja hostilidade a novas tecnologias de alimentos restringe a produtividade agrícola e amplifica a crise alimentar mundial. Peter Brabeck-Letmathe afirmou que desde 1990 o ritmo de expansão da população superou o da produção de alimentos, devido, em parte, à oposição dos consumidores em países desenvolvidos às novas tecnologias.

"É desanimador ver com que facilidade um grupo de ativistas bem alimentados e bem-intencionados pode decidir sobre novas tecnologias à custa dos que passam fome", disse em conferência em Milão, convocada para tentar trazer o setor privado ao debate sobre a segurança alimentar mundial. A Nestlé vende alimentos com ingredientes transgênicos em países onde não há proibição e sustenta que os riscos desses produtos são superestimados.

Segundo o executivo, a taxa anual de crescimento de produtividade agrícola foi de 2% entre 1970 e 1990, enquanto o da expansão populacional foi de 1,7%. Desde 1990, a produtividade vem caindo em relação ao crescimento populacional, tendência que continuará entre 2009 e 2017, com a população mundial expandindo-se 1,1% ao ano e a produtividade agrícola, apenas 0,8%.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

1497) Aquecimento Global: ceticismo sadio sempre é recomendavel

Para aqueles, que como eu, mantém uma atitude de ceticismo sadio em relação a todas as paranoias anunciadas -- fim da era do petróleo, falta de energia, de alimentos, aquecimento global, etc. -- sempre é bom ler o máximo possível, antes de sair atrás da manada, dizendo que o fim está próximo.

Papers que reexaminam o papel do aquecimento global tal como teria sido fabricado pela atividade humana:
450 peer-review papers supporting skepticism of man-made global warming.

Este artigo tece considerações científicas, econômicas e filosóficas sobre o aquecimento global: http://www.heartland.org/custom/semod_policybot/pdf/25354.pdf

Nunca é bom correr atrás da manada: é melhor ficar calmo e examinar os dados do problema...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

1496) Muro de Berlim: Seminario na UnB sobre os 20 da queda

O Departamento de História da UnB, a Embaixada da República Federal da Alemanha e o Goethe-Zentrum Brasília convidam para o evento:

Além do Muro - 20 Anos da Queda do Muro de Berlim

Quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Auditório da Reitoria da UnB

Programa:

8.30 - Abertura

9.00 - Documentário: A Queda do Muro de Berlim

9.30 - Palestra do Prof. Dr. Edgar Wolfrum (Universidade de Heidelberg):

Dois eventos que marcaram a época: Construção (1961) e Queda do Muro de Berlim (1989) - Comentários: Estevão Martins e Wolfgang Döpcke (UnB)

14.30 - Mesa Redonda I: Muros simbólicos e reais

Hartmut Günther (UnB): (I)mobilidade e (des)apego: Reflexões sobre um muro

Gustavo Lins Ribeiro (UnB): A queda de todos os muros

16.30 - Mesa redonda II: O mundo após a queda

Paulo Roberto Almeida (MRE): Um outro mundo possível: Alternativas históricas, antes e depois do muro de Berlim

Virgílio Caixeta Arraes (UnB): Estados Unidos: da liderança eufórica à crise de confiança (1989-2009)

ftp://ftp.unb.br/pub/unb/dh/ALEM_DO_MURO-cartaz2.pdf
ftp://ftp.unb.br/pub/unb/dh/FOLDER_20_ANOS_4.pdf

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...