Lula prejudica reputação do Brasil
Por Mary Anastasia O'Grady
The Wall Street Journal, 14/06/2010
O Brasil pode estar ganhando respeito no front econômico, mas quanto à liderança geopolítica, Lula acaba preservando imagem de país ressentido e com complexo de Terceiro Mundo
Provavelmente não demorou muito depois que fomos expulsos do Jardim do Éden para o Brasil começar a sonhar em se tornar um país sério e um protagonista no cenário mundial. Agora, justo quando parecia que o eterno sonho brasileiro iria se tornar realidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está botando tudo a perder.
O Brasil pode estar ganhando algum respeito no front econômico e monetário, mas quando se trata de liderança geopolítica, Lula está fazendo horas extras para preservar a imagem que o país tem de ressentido e sofrer de complexo de Terceiro Mundo.
O exemplo mais recente de como o Brasil ainda não está pronto para ter um lugar de destaque nos círculos internacionais, foi dado na semana passada quando ele votou contra as sanções ao Iraque no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A Turquia foi a única parceira do Brasil nesse exercício embaraçoso. Mas a Turquia pelo menos pode culpar a complexidade de suas raízes muçulmanas. Lula está prejudicando a reputação do Brasil em nome de sua própria gratificação política.
O Brasil defendeu sua posição na ONU alegando que "as sanções muito provavelmente levarão sofrimento à população do Irã e favorecerão aqueles, nos dois lados, que não querem que o diálogo prevaleça". Não há nada nessa declaração. As sanções não são direcionadas para a população civil, e sim para as ambições nucleares e de proliferação de mísseis do Irã. Quanto ao "diálogo", deveria ser óbvio a esta altura que é preciso um pouco menos de conversa com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Se o Brasil considerava seu voto uma posição de princípios em defesa da justiça, ele logo desistiu disto. Após protestar contra as sanções, ele rapidamente anunciou que vai honrá-las. Isso sugere que o país pode estar tendo um certo reconhecimento da diminuição dos retornos de suas políticas externas lunáticas.
O Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula é de extrema esquerda, mas ninguém deveria confundí-lo com um bolchevique determinado. Ele é apenas um político esperto que saiu das ruas e adora o poder e as limusines. Como o primeiro presidente brasileiro eleito pelo PT, ele vem tendo que contrabalançar as coisas úteis que aprendeu sobre os mercados e as limitações monetárias com a ideologia de suas bases.
Sua resposta a esse dilema tem sido usar seu Ministério das Relações Exteriores ? onde uma burocracia de inclinações esquerdistas é comandada por um intelectual notoriamente antiamericano e anticapitalista, Celso Amorim ? para polir suas credenciais esquerdistas. Com sua amizade com os "não-alinhados" proporcionando um escudo, ele vem conseguindo manter os ideólogos coletivistas fora da economia.
Mas a reputação do Brasil de líder entre as economias emergentes vem sofrendo muito. Para satisfazer a esquerda, Lula vem sendo solicitado a defender e elevar seus heróis, que são alguns dos maiores violadores dos direitos humanos do planeta.
Uma análise de seus dois mandatos presidenciais revela uma tendência de defender déspotas e desrespeitar democratas. O repressivo governo iraniano é apenas o exemplo mais recente. Há também o apoio incondicional de Lula à ditadura de Cuba e ao presidente da Venezuela Hugo Chávez. Em fevereiro, Cuba deixou o dissidente político Orlando Zapata morrer por causa de uma greve de fome, na mesma semana em que Lula chegou à ilha para se confraternizar com os irmãos Castro. Ao ser perguntado pela imprensa sobre Zapata, Lula comparou sua morte a mais uma entre as muitas pessoas que fizeram greve de fome na história e que o mundo ignorou. Ele obviamente nunca ouviu falar do militante irlandês Bobby Sands.
Lula também mantém-se fiel a Chávez, depois dele ter destruído as instituições democráticas de seu país e colaborado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que atuam no tráfico de drogas. Um Brasil adulto teria usado sua influência para liderar um esforço contra esse terrorismo patrocinado pelo Estado. Mas sob a análise dos custos e benefícios políticos de Lula, as vítimas da violência das FARC não têm importância.
Os hondurenhos não se saíram melhores durante a viagem de Lula pelo poder. O Brasil passou boa parte do ano passado tentando forçar Honduras a reempossar o presidente Manuel Zelaya, mesmo tendo ele sido destituído pelo governo civil por violar a constituição. As medidas brasileiras, inclusive abrigar Zelaya na embaixada brasileira por meses, criaram um sofrimento econômico imenso para os hondurenhos.
Na semana passada, a secretária de Estado americana Hillary Clinton pediu a volta de Honduras para a Organização dos Estados Americanos (OEA), observando que o país realizou eleições e voltou à normalidade. O Brasil foi contra. "O retorno de Honduras à OEA deve ser atrelada e meios específicos que garantam a redemocratização e o estabelecimento de direitos fundamentais", disse o vice-ministro das Relações Exteriores do Brasil Antonio de Aguiar Patriota. Uma observação ao Brasil: Está se referindo a Cuba?
O Brasil realiza eleições presidenciais em outubro e embora Lula esteja saindo com elevados níveis de popularidade, isso não é garantia de sucesso para a candidata do PT. Portanto, ele agora está agradando sua base partidária dando as mãos a Ahmadinejad e votando contra o Tio Sam.
Será que isso vai funcionar? Muita coisa vai depender se o número de brasileiros que acham que ele está prejudicando a emergente relevância do Brasil vai superar o número daqueles que apoiam a dança de Lula com os déspotas. Conforme alertou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a política de Lula está fazendo o Brasil "mudar de lado", mas não está nem um pouco claro se os brasileiros concordam com isso.
Mary Anastasia O'Grady é editorialista do Wall Street Journal
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
terça-feira, 15 de junho de 2010
Politica Externa do Brasil: não se pode ganhar todas...
Garcia reconhece frustração brasileira após sanções
MARINA GUIMARÃES - Agência Estado
10 de junho de 2010
O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República do Brasil, Marco Aurélio Garcia, reconheceu hoje que a diplomacia brasileira se sente frustrada com a votação no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que aprovou novas sanções ao Irã. "Claro que houve frustração da diplomacia brasileira, mas não por não ter insistido, mas por ter visto que os outros (países) não nos acompanharam. Acho isso um absurdo, uma decisão errada", afirmou, em Buenos Aires, onde participa de um seminário acadêmico como principal orador.
Numa longa análise sobre a quarta rodada de sanções para frear o programa iraniano de enriquecimento de urânio, Garcia considerou ser preciso esperar para avaliar a situação e saber se o episódio pode ajudar ou complicar o Brasil na aspiração de ser membro permanente do Conselho. "Algumas análises dizem que facilitou (o processo de inclusão do Brasil), outras dirão que complicou. Não sei. Ainda estamos sob o impacto da decisão de ontem, que vai ter suas consequências. É preciso dar um tempo para ver como isso vai amadurecer", disse ele.
Garcia argumentou que a decisão de ontem era previsível, mas ponderou que o Brasil conseguiu, pelo menos, realizar o debate sobre o assunto, já que houve uma tentativa dos EUA de não se fazer o debate. "Nós temos relações boas com todos os países, com alguns temos relações muito boas, mas evidentemente não concordamos com as sanções. Isso demonstra que as relações internacionais já não têm mais um alinhamento incondicional", argumentou.
Contudo, ele reconheceu que a votação foi resultado da relação de força internacional. "Entendemos essa realidade, mas o Brasil continuará defendendo os valores multilaterais que historicamente tem defendido, e de forma mais acentuada nos últimos anos", afirmou. "O problema é que os EUA têm força e vão ter durante muitas décadas. Têm um poder que não puderam exercer no Iraque, mas exerceram agora. Na crise do Iraque eles ficaram muito mais isolados, mas tinham tropas", alfinetou.
Batalhas
Segundo ele, o episódio do Irã é só um assunto a mais na agenda externa. "Temos muitas outras questões que vão estar permanentemente na agenda. Por exemplo: o presidente Lula vai a uma reunião do G-20, onde vai vocalizar uma série de posições sobre a crise e os caminhos para sair da crise e muitas outras coisas", destacou. "Não estamos emburrados, estamos preocupados", disse ele, ressaltando que o caso do Irã não foi a última batalha.
"O Brasil é um ator global. O que se votou ontem foi uma composição na qual tiveram votos, de um lado, um grupo de países, e do outro, o Brasil e a Turquia", justificou o assessor, completando que os EUA estão incomodados com a participação de um ator que normalmente não faz parte do jogo diplomático internacional. Mesmo assim, disse ele, a relação com os norte-americanos vai continuar firme. "Temos uma agenda de cooperação muito grande com os EUA e continuaremos dialogando e sempre vamos nos expressar quando tivermos uma diferença", concluiu.
MARINA GUIMARÃES - Agência Estado
10 de junho de 2010
O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República do Brasil, Marco Aurélio Garcia, reconheceu hoje que a diplomacia brasileira se sente frustrada com a votação no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que aprovou novas sanções ao Irã. "Claro que houve frustração da diplomacia brasileira, mas não por não ter insistido, mas por ter visto que os outros (países) não nos acompanharam. Acho isso um absurdo, uma decisão errada", afirmou, em Buenos Aires, onde participa de um seminário acadêmico como principal orador.
Numa longa análise sobre a quarta rodada de sanções para frear o programa iraniano de enriquecimento de urânio, Garcia considerou ser preciso esperar para avaliar a situação e saber se o episódio pode ajudar ou complicar o Brasil na aspiração de ser membro permanente do Conselho. "Algumas análises dizem que facilitou (o processo de inclusão do Brasil), outras dirão que complicou. Não sei. Ainda estamos sob o impacto da decisão de ontem, que vai ter suas consequências. É preciso dar um tempo para ver como isso vai amadurecer", disse ele.
Garcia argumentou que a decisão de ontem era previsível, mas ponderou que o Brasil conseguiu, pelo menos, realizar o debate sobre o assunto, já que houve uma tentativa dos EUA de não se fazer o debate. "Nós temos relações boas com todos os países, com alguns temos relações muito boas, mas evidentemente não concordamos com as sanções. Isso demonstra que as relações internacionais já não têm mais um alinhamento incondicional", argumentou.
Contudo, ele reconheceu que a votação foi resultado da relação de força internacional. "Entendemos essa realidade, mas o Brasil continuará defendendo os valores multilaterais que historicamente tem defendido, e de forma mais acentuada nos últimos anos", afirmou. "O problema é que os EUA têm força e vão ter durante muitas décadas. Têm um poder que não puderam exercer no Iraque, mas exerceram agora. Na crise do Iraque eles ficaram muito mais isolados, mas tinham tropas", alfinetou.
Batalhas
Segundo ele, o episódio do Irã é só um assunto a mais na agenda externa. "Temos muitas outras questões que vão estar permanentemente na agenda. Por exemplo: o presidente Lula vai a uma reunião do G-20, onde vai vocalizar uma série de posições sobre a crise e os caminhos para sair da crise e muitas outras coisas", destacou. "Não estamos emburrados, estamos preocupados", disse ele, ressaltando que o caso do Irã não foi a última batalha.
"O Brasil é um ator global. O que se votou ontem foi uma composição na qual tiveram votos, de um lado, um grupo de países, e do outro, o Brasil e a Turquia", justificou o assessor, completando que os EUA estão incomodados com a participação de um ator que normalmente não faz parte do jogo diplomático internacional. Mesmo assim, disse ele, a relação com os norte-americanos vai continuar firme. "Temos uma agenda de cooperação muito grande com os EUA e continuaremos dialogando e sempre vamos nos expressar quando tivermos uma diferença", concluiu.
Tempos duros para a social-democracia europeia
Um artigo enviesado, mas que revela que a social-democracia europeia -- ou seja, os socialistas, ou esquerda, ou o que sobrou dela -- não consegue prevalecer mesmo em tempos de suposta crise do neoliberalismo (que é obviamente uma invenção que não tem nenhuma realidade).
De fato, os cidadãos eleitores das democracias avançadas, nos EUA e na Europa, alternam suas preferências políticas entre partidos conservadores e socialistas desde muito tempo, há décadas, senão há mais de um século. A única novidade no cenário foi o ingresso dos partidos verdes (mas sempre limitados em sua base eleitoral), além da mais evidente implosão e desaparecimento dos partidos comunistas (onde eles subsistem, se tornaram partidos populistas, apenas).
Durante algum tempo, os eleitores premiam a distribuição, com os socialistas (ou democratas, nos EUA), depois a situação fiscal se agrava, a inflação volta, e os eleitores se assustam, e votam para os conservadores, que voltam a reduzir impostos, privatizar e reduzir a inflação. Também acabam fazendo bobagens, e são por sua vez colocados para fora do poder por uma nova tropa de redistributivistas-socialistas, que prometem fazer melhor. Não fazem, ficam algum tempo e depois se vão.
Assim são as democracias avançadas, com alternâncias aparentes no quadro de uma grande continuidade, que é a do Estado organizador e eventualmente protetor.
Até que chega a China e rouba emprego de todo mundo, socialistas e conservadores.
Mas essa é outra história...
Paulo Roberto de Almeida
Malos tiempos para la socialdemocracia
El País, 13/06/10
Bruxelas – Más de dos años de crisis financiera y económica con las secuelas de fuerte crecimiento del paro y amenazas para el Estado de bienestar han puesto de relieve el fracaso de las políticas conservadoras neoliberales. Sin embargo, este cambio de escenario no ha supuesto ninguna ventaja para el centro-izquierda. Los electores europeos siguen sin confiar en los socialdemócratas, cuyo declive en los Gobiernos e instituciones de la Unión es incesante, aunque con ciertas excepciones. Después de las últimas elecciones en Reino Unido y Hungría, solo seis primeros ministros socialistas se sientan en el Consejo Europeo cuando hace una década eran mayoría. En el Parlamento Europeo, los socialistas registraron el año pasado el peor resultado de su historia, y en la Comisión Europea han sido relegados al tercer puesto, detrás de los liberales.
Malos tiempos para la socialdemocracia, pero también momentos de catarsis interna y búsqueda de nuevas ideas, como el creciente interés por el individuo. Sin embargo, en el norte de Europa, como en Dinamarca, Holanda y Suecia, que cuentan con los modelos sociales más eficientes, y en Irlanda, los socialdemócratas están recuperando territorio. Los vaticinios de Ralf Dahrendorf que apuntaban a “un fin de la socialdemocracia cercano” no parecen tan evidentes. Pero la izquierda sufre muchas fugas. La consolidación del movimiento ecologista y la extensión de las ONG ocupan cada vez más espacios de la izquierda, cuyo sector más ortodoxo también mantiene sus posiciones.
Desde las propias filas socialistas existe una clara conciencia de la falta de respuestas a los desafíos actuales. Antoine Quero, secretario de Organización del PSOE en Europa, sostiene que “la socialdemocracia no tiene la respuesta adecuada ni a nivel local ni global”. “De la izquierda”, precisa, “se espera una respuesta para que la dimensión humana domine sobre el capitalismo y no al revés, como ocurre”. Quero cree que “el Estado de bienestar ha producido una cierta externaliza-ción de la solidaridad. El ciudadano paga sus impuestos y ya está”. En su opinión, el futuro debe pasar por prestar más atención al individuo y a su participación social. Está convencido de que el futuro de la socialdemocracia exige “desarrollar los modelos de democracia participativa y deliberativa”. Esta mayor atención al individuo constituye una de las bases del discurso de la líder socialista francesa, Martine Aubry, con su sociedad del care (cuidado). “Una sociedad en la que el Estado cuide a cada uno, lo que implica una revolución de los servicios públicos, que hasta ahora han funcionado sobre la base de reglas generales, sin encargarse de cada uno”, explica Aubry en Le Monde.
Ramón Jáuregui, secretario general de los socialistas españoles en la Eurocámara, considera que uno de los problemas más serios es que “la izquierda sigue dando respuestas en clave nacional cuando los problemas del mundo se gobiernan en mesas internacionales” como el G-20. “Y ahí”, añade, “la izquierda se pierde porque solo ofrece una mirada nacional”. Recuerda que el “modelo de progresividad fiscal y cohesión social tiene una dimensión nacional”. Y lamenta las dificultades de implantar iniciativas supranacionales. “Europa”, afirma, “sigue arrastrando los pies y compite cada vez peor en un mundo al que se han incorporado mil millones de trabajadores”.
Piotr Maciej Kaczynski, investigador del Center for European Policy Studies, señala varias razones para explicar por qué “no se ha producido un revival de la izquierda a pesar de la crisis”. Las fronteras entre izquierda y derecha se han hecho muy borrosas. “Los partidos conservadores”, señala, “asumen o toleran valores sociales que hasta ahora eran patrimonio de la izquierda, como el matrimonio de homosexuales o el aborto”. De la misma manera apunta que “los desempleados y trabajadores temporales tampoco se sienten defendidos por los partidos socialdemócratas”. Kaczynski advierte también que “la Unión Europea es en una fuente de división entre los dirigentes socialistas, muy europeístas, y unas bases más escépticas”.
No obstante, otros análisis son menos categóricos sobre este declive. Bernhard Webels, investigador del Social Science Research Center, observa que la proporción de los votantes socialdemócratas durante los últimos 20 años en 12 países europeos “no ha identificado ninguna tendencia de declive significativa” y su peso oscila sin grandes variaciones en torno al 30%. Cree que los socialdemócratas han “sabido identificar los desafíos actuales y formular las repuestas políticas adecuadas que contienen las opciones políticas por un mundo social más justo”.
De fato, os cidadãos eleitores das democracias avançadas, nos EUA e na Europa, alternam suas preferências políticas entre partidos conservadores e socialistas desde muito tempo, há décadas, senão há mais de um século. A única novidade no cenário foi o ingresso dos partidos verdes (mas sempre limitados em sua base eleitoral), além da mais evidente implosão e desaparecimento dos partidos comunistas (onde eles subsistem, se tornaram partidos populistas, apenas).
Durante algum tempo, os eleitores premiam a distribuição, com os socialistas (ou democratas, nos EUA), depois a situação fiscal se agrava, a inflação volta, e os eleitores se assustam, e votam para os conservadores, que voltam a reduzir impostos, privatizar e reduzir a inflação. Também acabam fazendo bobagens, e são por sua vez colocados para fora do poder por uma nova tropa de redistributivistas-socialistas, que prometem fazer melhor. Não fazem, ficam algum tempo e depois se vão.
Assim são as democracias avançadas, com alternâncias aparentes no quadro de uma grande continuidade, que é a do Estado organizador e eventualmente protetor.
Até que chega a China e rouba emprego de todo mundo, socialistas e conservadores.
Mas essa é outra história...
Paulo Roberto de Almeida
Malos tiempos para la socialdemocracia
El País, 13/06/10
Bruxelas – Más de dos años de crisis financiera y económica con las secuelas de fuerte crecimiento del paro y amenazas para el Estado de bienestar han puesto de relieve el fracaso de las políticas conservadoras neoliberales. Sin embargo, este cambio de escenario no ha supuesto ninguna ventaja para el centro-izquierda. Los electores europeos siguen sin confiar en los socialdemócratas, cuyo declive en los Gobiernos e instituciones de la Unión es incesante, aunque con ciertas excepciones. Después de las últimas elecciones en Reino Unido y Hungría, solo seis primeros ministros socialistas se sientan en el Consejo Europeo cuando hace una década eran mayoría. En el Parlamento Europeo, los socialistas registraron el año pasado el peor resultado de su historia, y en la Comisión Europea han sido relegados al tercer puesto, detrás de los liberales.
Malos tiempos para la socialdemocracia, pero también momentos de catarsis interna y búsqueda de nuevas ideas, como el creciente interés por el individuo. Sin embargo, en el norte de Europa, como en Dinamarca, Holanda y Suecia, que cuentan con los modelos sociales más eficientes, y en Irlanda, los socialdemócratas están recuperando territorio. Los vaticinios de Ralf Dahrendorf que apuntaban a “un fin de la socialdemocracia cercano” no parecen tan evidentes. Pero la izquierda sufre muchas fugas. La consolidación del movimiento ecologista y la extensión de las ONG ocupan cada vez más espacios de la izquierda, cuyo sector más ortodoxo también mantiene sus posiciones.
Desde las propias filas socialistas existe una clara conciencia de la falta de respuestas a los desafíos actuales. Antoine Quero, secretario de Organización del PSOE en Europa, sostiene que “la socialdemocracia no tiene la respuesta adecuada ni a nivel local ni global”. “De la izquierda”, precisa, “se espera una respuesta para que la dimensión humana domine sobre el capitalismo y no al revés, como ocurre”. Quero cree que “el Estado de bienestar ha producido una cierta externaliza-ción de la solidaridad. El ciudadano paga sus impuestos y ya está”. En su opinión, el futuro debe pasar por prestar más atención al individuo y a su participación social. Está convencido de que el futuro de la socialdemocracia exige “desarrollar los modelos de democracia participativa y deliberativa”. Esta mayor atención al individuo constituye una de las bases del discurso de la líder socialista francesa, Martine Aubry, con su sociedad del care (cuidado). “Una sociedad en la que el Estado cuide a cada uno, lo que implica una revolución de los servicios públicos, que hasta ahora han funcionado sobre la base de reglas generales, sin encargarse de cada uno”, explica Aubry en Le Monde.
Ramón Jáuregui, secretario general de los socialistas españoles en la Eurocámara, considera que uno de los problemas más serios es que “la izquierda sigue dando respuestas en clave nacional cuando los problemas del mundo se gobiernan en mesas internacionales” como el G-20. “Y ahí”, añade, “la izquierda se pierde porque solo ofrece una mirada nacional”. Recuerda que el “modelo de progresividad fiscal y cohesión social tiene una dimensión nacional”. Y lamenta las dificultades de implantar iniciativas supranacionales. “Europa”, afirma, “sigue arrastrando los pies y compite cada vez peor en un mundo al que se han incorporado mil millones de trabajadores”.
Piotr Maciej Kaczynski, investigador del Center for European Policy Studies, señala varias razones para explicar por qué “no se ha producido un revival de la izquierda a pesar de la crisis”. Las fronteras entre izquierda y derecha se han hecho muy borrosas. “Los partidos conservadores”, señala, “asumen o toleran valores sociales que hasta ahora eran patrimonio de la izquierda, como el matrimonio de homosexuales o el aborto”. De la misma manera apunta que “los desempleados y trabajadores temporales tampoco se sienten defendidos por los partidos socialdemócratas”. Kaczynski advierte también que “la Unión Europea es en una fuente de división entre los dirigentes socialistas, muy europeístas, y unas bases más escépticas”.
No obstante, otros análisis son menos categóricos sobre este declive. Bernhard Webels, investigador del Social Science Research Center, observa que la proporción de los votantes socialdemócratas durante los últimos 20 años en 12 países europeos “no ha identificado ninguna tendencia de declive significativa” y su peso oscila sin grandes variaciones en torno al 30%. Cree que los socialdemócratas han “sabido identificar los desafíos actuales y formular las repuestas políticas adecuadas que contienen las opciones políticas por un mundo social más justo”.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
O Itamaraty e o antissemitismo ordinario - uma nota de rodapé
Um leitor habitual deste blog, Paulo Araújo, deixou um comentário sobre a minha postagem "Dois diplomatas que foram contra suas respectivas chancelarias".
Considero que o valor destas informações não poderia ficar restrito a uma simples nota de rodapé, de forma que o comentário foi imediatamente promovido a post integral e full scope.
Ainda que eu nem sempre concorde com certos exemplos de "história revisionista" -- bem mais condizentes com o espírito de nossa época do que com as condições e circunstâncias da época a que se dirigem, e portanto projetando valores do presente no passado -- creio que o trabalho da pesquisadora mencionada é sério e merece ser destacado.
Houve tempo, sim, em que o Itamaraty, seguindo nisso quase toda a elite brasileira -- e um e outro eram indissociáveis, ainda que o Itamaraty, pela vivência no exterior, pudesse ser mais aberto -- praticou o mais ordinário antissemitismo, que era, digamos assim, moeda comum na sociedade brasileira, e em outras sociedades, na primeira metade do século 20.
Nem por isso se deve deixar de mencionar esses pontos negros, essas passagens obscuras na vida de alguns diplomatas que não tiveram a coragem de nadar contra a corrente, e de lutar contra tendências nefastas de sua época que simplesmente representavam a diferença entre a vida e a morte para milhares de pessoas.
Nosso dever é o de apontar essas passagens sombrias de nossa história.
Caro Paulo Roberto Almeida
A historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro tem uma importante obra de pesquisa solidamente fundamentada em fontes primárias sobre o anti-semitismo de Estado no Brasil.
De acordo com a autora, Osvaldo Aranha, em sua gestão como Ministro do Exterior, emitiu circulares secretas anti-semitas e não impediu o processo administrativo que afastou a bem do serviço público o embaixador Luiz Martins de Souza Dantas, o grande (e desconhecido) brasileiro reconhecido como um dos justos no memorial Yad Vashem.
Um pouco sobre os estudos de Tucci Carneiro
Uma entrevista da historiadora na revista da FAPESP
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3489&bd=1&pg=1&lg=
E um artigo que vale a pena ler para conhecer o trabalho da pesquisadora
A Muralha anti-semita
“Existem pelo menos 24 circulares secretas anti-semitas emitidas pelo Itamaraty entre 1937 e 1948, além da primeira “ordem permanente de serviço”, que antecipava o teor racista da já citada circular nº 1.127 (7 de junho de 1937 e anterior à gestão de Aranha). Este conjunto de proibições tinha conseqüências imediatas na vida daqueles que procuravam fugir das perseguições nazistas que culminaram, em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, na morte de 6 milhões de judeus, além de milhares de ciganos, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e dissidentes políticos. Ao negar vistos aos judeus interessados em emigrar para o Brasil, o governo Vargas deixou de salvar milhares de vidas.”
http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=613&pagina=2
Valeu...
Considero que o valor destas informações não poderia ficar restrito a uma simples nota de rodapé, de forma que o comentário foi imediatamente promovido a post integral e full scope.
Ainda que eu nem sempre concorde com certos exemplos de "história revisionista" -- bem mais condizentes com o espírito de nossa época do que com as condições e circunstâncias da época a que se dirigem, e portanto projetando valores do presente no passado -- creio que o trabalho da pesquisadora mencionada é sério e merece ser destacado.
Houve tempo, sim, em que o Itamaraty, seguindo nisso quase toda a elite brasileira -- e um e outro eram indissociáveis, ainda que o Itamaraty, pela vivência no exterior, pudesse ser mais aberto -- praticou o mais ordinário antissemitismo, que era, digamos assim, moeda comum na sociedade brasileira, e em outras sociedades, na primeira metade do século 20.
Nem por isso se deve deixar de mencionar esses pontos negros, essas passagens obscuras na vida de alguns diplomatas que não tiveram a coragem de nadar contra a corrente, e de lutar contra tendências nefastas de sua época que simplesmente representavam a diferença entre a vida e a morte para milhares de pessoas.
Nosso dever é o de apontar essas passagens sombrias de nossa história.
Caro Paulo Roberto Almeida
A historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro tem uma importante obra de pesquisa solidamente fundamentada em fontes primárias sobre o anti-semitismo de Estado no Brasil.
De acordo com a autora, Osvaldo Aranha, em sua gestão como Ministro do Exterior, emitiu circulares secretas anti-semitas e não impediu o processo administrativo que afastou a bem do serviço público o embaixador Luiz Martins de Souza Dantas, o grande (e desconhecido) brasileiro reconhecido como um dos justos no memorial Yad Vashem.
Um pouco sobre os estudos de Tucci Carneiro
Uma entrevista da historiadora na revista da FAPESP
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3489&bd=1&pg=1&lg=
E um artigo que vale a pena ler para conhecer o trabalho da pesquisadora
A Muralha anti-semita
“Existem pelo menos 24 circulares secretas anti-semitas emitidas pelo Itamaraty entre 1937 e 1948, além da primeira “ordem permanente de serviço”, que antecipava o teor racista da já citada circular nº 1.127 (7 de junho de 1937 e anterior à gestão de Aranha). Este conjunto de proibições tinha conseqüências imediatas na vida daqueles que procuravam fugir das perseguições nazistas que culminaram, em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, na morte de 6 milhões de judeus, além de milhares de ciganos, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e dissidentes políticos. Ao negar vistos aos judeus interessados em emigrar para o Brasil, o governo Vargas deixou de salvar milhares de vidas.”
http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=613&pagina=2
Valeu...
O amor é uma falacia -- Max Schulman
Tenho escrito e publicado uma série de ensaios, de caráter normalmente econômico e sociológico, sobre o que se pode chamar de "falácias acadêmicas", ou seja, equívocos conceituais e erros de avaliação cometidos por representantes da academia, bem mais, obviamente, nas áreas de humanidades e ciências sociais aplicadas do que nas de ciências naturais e exatas, para as quais não estou habilitado.
Nas áreas de humanas, contudo, é enorme o número de erros -- deliberados e involuntários -- cometidos por pessoas mal informadas (sempre se pode desculpar a ignorância, ainda que um professor universitário tenha a obrigação de pesquisar e de se manter bem informado; é o mínimo que se espera dele) ou de má fé (o que é, evidentemente, indesculpável, pois já revela disposição em enganar os outros, em nome de não se sabe qual interesse material ou ideológico).
Essas minhas falácias "sérias" -- se ouso dizer -- podem ser encontradas neste link de meu site: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/FalaciasSerie.html
O que segue abaixo é bem diferente, e se trata apenas de uma brincadeira, ainda que uma brincadeira séria (se existe seriedade nas coisas do amor, sempre tão associadas a angústias e preocupações de não correspondência), mas cujo único propósito é o de distrair um pouco os leitores da aridez de muitos textos que se apresentam por aqui...
Paulo Roberto de Almeida
O AMOR É UMA FALÁCIA
Adaptação de um texto de Max Shulman
Eu era frio e lógico. Sutil, calculista, perspicaz, arguto e astuto – era tudo isso – e acreditem - modesto. Tinha o cérebro poderoso como um motor de Fórmula 1, preciso como uma balança de farmácia, penetrante como um bisturi. E tinha - imaginem só - apenas 18 anos. Não é comum ver alguém tão jovem com um intelecto tão gigantesco. Tomem, por exemplo, o caso do meu companheiro de quarto na universidade, Peter Johnson.
Mesma idade, mesma formação, mas burro como uma vaca. Um bom sujeito, compreendam, mas sem nada lá em cima. Do tipo emocional. Instável, impressionável. Pior que tudo, dado a manias. Eu afirmo que a mania é a própria negação da razão. Deixar-se levar por qualquer nova moda que apareça, entregar-se a alguma idiotice só porque os outros a seguem, isto, para mim, é o cúmulo da insensatez. Peter, no entanto, não pensava assim.
Certa tarde, encontrei-o deitado na cama com tal expressão de sofrimento no rosto que o meu diagnóstico foi imediato: Apendicite!
- Não se mexa. Não tome laxante. Vou chamar o médico.
- Marmota... - balbuciou ele.
- Marmota? - disse eu interrompendo minha corrida.
(...)
Texto integral neste link.
Nas áreas de humanas, contudo, é enorme o número de erros -- deliberados e involuntários -- cometidos por pessoas mal informadas (sempre se pode desculpar a ignorância, ainda que um professor universitário tenha a obrigação de pesquisar e de se manter bem informado; é o mínimo que se espera dele) ou de má fé (o que é, evidentemente, indesculpável, pois já revela disposição em enganar os outros, em nome de não se sabe qual interesse material ou ideológico).
Essas minhas falácias "sérias" -- se ouso dizer -- podem ser encontradas neste link de meu site: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/FalaciasSerie.html
O que segue abaixo é bem diferente, e se trata apenas de uma brincadeira, ainda que uma brincadeira séria (se existe seriedade nas coisas do amor, sempre tão associadas a angústias e preocupações de não correspondência), mas cujo único propósito é o de distrair um pouco os leitores da aridez de muitos textos que se apresentam por aqui...
Paulo Roberto de Almeida
O AMOR É UMA FALÁCIA
Adaptação de um texto de Max Shulman
Eu era frio e lógico. Sutil, calculista, perspicaz, arguto e astuto – era tudo isso – e acreditem - modesto. Tinha o cérebro poderoso como um motor de Fórmula 1, preciso como uma balança de farmácia, penetrante como um bisturi. E tinha - imaginem só - apenas 18 anos. Não é comum ver alguém tão jovem com um intelecto tão gigantesco. Tomem, por exemplo, o caso do meu companheiro de quarto na universidade, Peter Johnson.
Mesma idade, mesma formação, mas burro como uma vaca. Um bom sujeito, compreendam, mas sem nada lá em cima. Do tipo emocional. Instável, impressionável. Pior que tudo, dado a manias. Eu afirmo que a mania é a própria negação da razão. Deixar-se levar por qualquer nova moda que apareça, entregar-se a alguma idiotice só porque os outros a seguem, isto, para mim, é o cúmulo da insensatez. Peter, no entanto, não pensava assim.
Certa tarde, encontrei-o deitado na cama com tal expressão de sofrimento no rosto que o meu diagnóstico foi imediato: Apendicite!
- Não se mexa. Não tome laxante. Vou chamar o médico.
- Marmota... - balbuciou ele.
- Marmota? - disse eu interrompendo minha corrida.
(...)
Texto integral neste link.
Econometria bloguistica... - Paulo R. Almeida
Não, não é a econometria que vocês estão pensando, apenas a mensuração do que vai por aqui.
Acabo de constatar que existem 159 corajosos leitores que seguem (ao que parece) este blog, e todo o material que vai aqui publicado, algum bullshit eventual, o resto talvez coisas dignas de serem lidas, sobretudo aquelas que resultaram de pesquisas mais aprofundadas, o que nem sempre é o meu caso (por falta de tempo...).
Além desses 159 seguidores (não sei exatamente o que eles seguem, suponho que recebam apenas avisos quando algo vai publicado e postado aqui, mas não tenho certeza, pois eu mesmo não sigo a mim mesmo, por falta de tempo, mais uma vez), também tem os passantes ocasionais, visitantes de ocasião e curiosos por acaso.
Segundo uma contagem que acabei grudando no blog, eles tem aumentado, e ficado mais tempo na contemplação das coisas curiosas que acabam ocorrendo por aqui.
Aqui vão as estatísticas, para justificar o título deste post:
Diplomatizzando
-- Site Summary ---
Visits
Total ....................... 62,889
Average per Day ................ 545
Average Visit Length .......... 2:16
This Week .................... 3,812
Page Views
Total ....................... 90,070
Average per Day ................ 831
Average per Visit .............. 1.5
This Week .................... 5,816
Bem, confesso que não sei que conclusões tirar desses números, se é que isso é possível (suponho que apenas comparando com estatísticas anteriores, para acompanhar alguma tendência, cifras percentuais de crescimento, deflação, crise, bolha, etc...). Em todo caso, fica o registro recebido.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 15.06.2010)
Acabo de constatar que existem 159 corajosos leitores que seguem (ao que parece) este blog, e todo o material que vai aqui publicado, algum bullshit eventual, o resto talvez coisas dignas de serem lidas, sobretudo aquelas que resultaram de pesquisas mais aprofundadas, o que nem sempre é o meu caso (por falta de tempo...).
Além desses 159 seguidores (não sei exatamente o que eles seguem, suponho que recebam apenas avisos quando algo vai publicado e postado aqui, mas não tenho certeza, pois eu mesmo não sigo a mim mesmo, por falta de tempo, mais uma vez), também tem os passantes ocasionais, visitantes de ocasião e curiosos por acaso.
Segundo uma contagem que acabei grudando no blog, eles tem aumentado, e ficado mais tempo na contemplação das coisas curiosas que acabam ocorrendo por aqui.
Aqui vão as estatísticas, para justificar o título deste post:
Diplomatizzando
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Total ....................... 62,889
Average per Day ................ 545
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Average per Day ................ 831
Average per Visit .............. 1.5
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Bem, confesso que não sei que conclusões tirar desses números, se é que isso é possível (suponho que apenas comparando com estatísticas anteriores, para acompanhar alguma tendência, cifras percentuais de crescimento, deflação, crise, bolha, etc...). Em todo caso, fica o registro recebido.
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 15.06.2010)
Guerra e paz no contexto internacional - Paulo R. Almeida
Paz e guerra no contexto internacional: um mundo pacífico ainda está longe
Paulo Roberto de Almeida
Via Política, 14.06.2010
A história da humanidade é, em grande medida, uma história de guerras, como ensina John Keegan em seus muitos livros de história militar. Guerras de conquista por territórios, recursos e escravos; guerras de defesa contra inimigos mais poderosos; impérios expansionistas (desde os mongóis, sobre a China, até a Alemanha e o Japão, no século 20); alianças militares (defensivas e ofensivas) e enormes gastos estatais com aparatos bélicos custosos; e, finalmente, uma tentativa de deslegitimar a guerra, no contexto do direito internacional.
Este é o cenário evolutivo – nem sempre para melhor – das sociedades humanas desde a mais remota antiguidade. Os ‘progressos’ da civilização também assistiram à expansão exponencial da capacidade de matar, como demonstrou ainda recentemente Niall Ferguson (em The War of the World).
(...)
Texto integral aqui.
Paulo Roberto de Almeida
Via Política, 14.06.2010
A história da humanidade é, em grande medida, uma história de guerras, como ensina John Keegan em seus muitos livros de história militar. Guerras de conquista por territórios, recursos e escravos; guerras de defesa contra inimigos mais poderosos; impérios expansionistas (desde os mongóis, sobre a China, até a Alemanha e o Japão, no século 20); alianças militares (defensivas e ofensivas) e enormes gastos estatais com aparatos bélicos custosos; e, finalmente, uma tentativa de deslegitimar a guerra, no contexto do direito internacional.
Este é o cenário evolutivo – nem sempre para melhor – das sociedades humanas desde a mais remota antiguidade. Os ‘progressos’ da civilização também assistiram à expansão exponencial da capacidade de matar, como demonstrou ainda recentemente Niall Ferguson (em The War of the World).
(...)
Texto integral aqui.
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