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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quinta-feira, 3 de julho de 2008

905) Seminário Internacional: Teorias das Relações Internacionais: Perspectivas Nacionais e Regionais

Seminário Internacional
Teorias das Relações Internacionais: Perspectivas Nacionais e Regionais

Brasilia, UnB, 25 e 26 de agosto de 2008

A teoria das relações internacionais integra o currículo dos cursos de relações internacionais em posição de relevo quanto à expectativa didática. Influi na capacitação profissional e na formação do pensamento. Atribui-se à disciplina uma função explicativa, para alguns limitada pela carga ideológica, para outros pela impossibilidade de existir teoria universal nas ciências humanas. Nesse contexto cognitivo, diferenciam-se teorias e conceitos.
O evento propõe nova discussão acerca das teorias e dos conceitos em relações internacionais, em torno de seu enfoque nacional ou regional. Com efeito, nas nações ou grupos de nações onde são elaborados, teorias e conceitos embutem valores e interesses próprios, além de induzir padrões de conduta.
Estes valores, interesses e padrões de conduta nacionais limitam o alcance explicativo, a isenção e a imparcialidade de teorias e conceitos? Como esses fatores influem sobre a decisão dos governos e de agentes econômicos e sociais? Como condicionam as relações internacionais? A quem e para que servem teorias e conceitos em relações internacionais? Com que precauções devem ser vistos no ensino?

Programa

Sessão de Abertura: 25 de agosto, 9:30-10:30
* Eiiti Sato, Diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (iREL-UnB);
* José Flávio Sombra Saraiva, coordenador do evento (Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília - iREL-UnB e Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI)
* Conferência de abertura: Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Secretário Geral, Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

1o Dia, Sessão 1, O Estado da questão: 25 de agosto, 10:30 – 12:00
* Coordenação dos trabalhos: Antonio Carlos Lessa (Universidade de Brasília)
* O condicionamento nacional e regional sobre a Teoria das Relações Internacionais (Alexandre Parola – Ministério das Relações Exteriores - Instituto Rio Branco);
* O condicionamento nacional e regional sobre conceitos aplicados às relações internacionais (Amado Luiz Cervo – Universidade de Brasília);
* Debatedor: Nizar Messari (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio).

1o Dia, Sessão 2, Estados Unidos, México e Europa: 25 de agosto, 14:30 – 17:00
* Coordenação dos trabalhos: Ana Flávia Barros-Platiau (The University of Brasilia)
* Teorias de relações internacionais e o enfoque nacional nos Estados Unidos e na Inglaterra (Christopher Coker – London School of Economics and Political Science - LSE, Reino Unido)
* Teorias de relações internacionais e o enfoque europeu (Charles Zorgbibe – Université de Paris I – Sorbonne, França).
* Teorias de relações internacionais e enfoque nacional na França (Frederic Charillon, Sciences Po, Paris, França);
* Teorias de relações internacionais e enfoque nacional no México (Jorge Schiavon, CIDE e Instituto Matias Romero, Mexico)
* Debatedor: Marco Cepik (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brazil).

1o Dia, Sessão Especial: 25 de agosto, 17:30 – 18:00
* Lançamento da nova edição da Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI, 2008(1), Volume 51 - apresentada por Antonio Carlos Lessa (Editor da RBPI).

2o Dia, Sessão 3, Ásia, África e América do Sul: 26 de agosto, 9:00 – 12:30
* Coordenação dos trabalhos: Estevão Chaves de Rezende Martins (Universidade de Brasília)
* Teorias de relações internacionais e enfoque nacional na Argentina (Carlos Escudé – Universidad del CEMA, Buenos Aires, Argentina).
* O enfoque latino-americano da teoria das relações internacionais (Raúl Bernal-Meza – Universidad Nacional del Centro, Argentina).
* Perspectivas críticas africanas acerca da teoria das relações internacionais (Wolfgang Döcpke - Universidade de Brasília).
* Enfoques asiáticos acerca de teorias e conceitos em relações internacionais e o papel do Islã (Zidane Zeraoui, Argelia & Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey - ITESM, Mexico)
* América Latina, África e Ásia na construção de conceitos em Relações Internacionais (Gladys Lechini, Universidade Nacional de Rosário, Argentina, e CLACSO)
* Debatedor: Henrique Altemani (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP)

2o Dia, Sessão 4: Enfoque nacional de teorias e conceitos em relações internacionais no Brasil: 25 de agosto, 14:30 – 17:30
* Coordenação dos trabalhos: Pio Penna Filho (University of São Paulo – USP, Brazil)
* Exposição principal - Enfoque nacional de teorias e conceitos em relações internacionais no Brasil - Tullo Vigevani, Universidade Estadual de São Paulo - UNESP;
* Eduardo Viola, Universidade de Brasília - UnB;
* Alcides Costa Vaz, Universidade de Brasília - UnB;
* Antonio Jorge Ramalho da Rocha, Universidade de Brasília - UnB;
* Williams Gonçalves, Universidade Federal Fluminense - UFF;
* Debatedor: Cristina Pecequillo, Universidade Estadual de São Paulo - UNESP.

2o Dia, Sessão de Encerramento: Painel de conclusão - 25 de agosto, 17:30-18:00
* Robert Frank, Universidade de Paris e Comissão de História das Relações Internacionais;
* Miriam Saraiva, Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ;
* José Flávio Sombra Saraiva, Universidade de Brasília - UnB e Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI

Informações adicionais
Como se inscrever:
* Taxa de Inscrição: R$ 75,00 (setenta e cinco reais), inclui uma assinatura anual da Revista Brasileira de Política Internacional - RBPI (Volume 51 - 2008 - Nos. 1 e 2);
* Preenchimento da ficha e pagamento da taxa de inscrição: clique aqui.
o Ao concluir o preenchimento da ficha de inscrição, clique em "Enviar Pedido". Se abrirá uma tela com os dados da cobrança e para a geração do boleto bancário. Este boleto é contra apresentação (independentemente da que estiver impressa no campo "Vencimento", pode ser pago em qualquer data até o dia 1 de agosto);
o Uma mensagem será enviada para o e-mail que você cadastrou quando confirmarmos o pagamento da sua taxa de inscrição. Verifique se o seu filtro de spam não está bloqueando mensagens importantes.
o Observação importante: A simples geração do boleto bancário não cria reserva de vaga ou pré-inscrição. Considerando a grande procura pelo evento, considere pagar imediatamente o boleto bancário gerado.

Certificação: Emissão de certificado de participação para os participantes regularmente inscritos.

Local: Auditório da FINATEC - Universidade de Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, Brasília-DF).

Número de vagas: 250
Informações: Secretaria do Instituto de Relações Internacionais - Universidade de Brasília (Telefone: 61 3307 2426, e-mail celi.oliveira@gmail.com).

Organizadores: Amado Luiz Cervo, Eiiti Sato, Antonio Carlos Lessa, Ana Flávia Barros-Platiau e José Flávio Sombra Saraiva

Realização: * Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade de Brasília;
* Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - IBRI;
* Comissão de História das Relações Internacionais - CHIR, Sessão Latino-Americana.

Apoio: * Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (Programa Renato Archer);
* Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

904) Seminario sobre os 200 anos da "independência", RJ

Bem, nem todos os países, ou provavelmente nenhum, podem ainda comemorarar 200 anos de independência. O primeiro a fazê-lo, a Argentina, vai precisar esperar até 2010, para festejar 200 anos de proclamação de autonomia pela junta de Buenos Aires, processo que se consolidou bem mais tarde.
O Brasil passou a ter uma política portuguesa feita a partir do Brasil, mas não ainda autônoma. Em todo caso, a Funag do MRE convida para o seminário abaixo.
Transcrevo o convite recebido.

A Fundação Alexandre de Gusmão e o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) convidam Vossa Senhoria para participar do seminário
“200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana”
que ocorrerá no dia 24 de julho de 2008, no Palácio Itamaraty Rio de Janeiro, Av. Marechal Floriano, 196 – Centro.
O seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” reunirá doze historiadores, um de cada país da região, com o propósito de promover um debate qualificado sobre a evolução histórica e perspectivas das doze nações da América do Sul.
O seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” seguirá a metodologia de uma mesa redonda, segundo o seguinte programa:
9 h – Abertura
9 h e 30 min – Debate
13 h e 30 min – Almoço
Os textos do seminário “200 Anos de Independência: Olhar o Futuro numa Perspectiva Sul-Americana” estão disponíveis no site da Fundação Alexandre de Gusmão (www.funag.gov.br).

quarta-feira, 2 de julho de 2008

903) Seminario sobre comunidades brasileiras no exterior (Rio de Janeiro, 17 e 18 de julho de 2008)

Um enorme e bem-vindo empreendimento do MRE:

I CONFERÊNCIA SOBRE AS COMUNIDADES BRASILEIRAS NO EXTERIOR
“BRASILEIROS NO MUNDO”


Data: 17 e 18 de julho de 2008

Horário: Programa tentativo 

Local: Palácio Itamaraty
Av. Marechal Floriano, 196 - Centro

CEP: 20080-002 - Rio de Janeiro - RJ

Contato e dúvidas: dbr@mre.gov.br 

Telefone: (55 61) 3411 - 8804



Objetivo e breve descrição
Metodologia e Logística 


Lista de temas a serem debatidos no dia 17/7 por autoridades e especialistas 



Textos para discussão: documentos elaborados para o Seminário por brasileiras e brasileiros no exterior sobre suas comunidades e trabalhos de suas associações (em elaboração)


PROGRAMA TENTATIVO

Dia 17 de julho
8h00 às 9h00 - café e confirmação das inscrições;
9h00 às 9h30 - sessão de abertura;
9h30 às 12h30 – debates entre as autoridades presentes e autores dos seguintes papers temáticos:

Sessão 1: 9h30 às11h00 – Migrações, controles migratórios e emigração de brasileiros
• Governabilidade das migrações internacionais e Direitos Humanos: o Brasil como país de emigração, Professora Neide Patarra, ENCE/IBGE
• As Projeções Populacionais Brasileiras e a Questão dos Brasileiros que Vivem no Exterior, Juarez de Castro Oliveira (IBGE) e Luiz Antonio Pinto de Oliveira (IBGE)
• Migração e Redes Sociais: a distribuição de brasileiros em outros países e suas estratégias de entrada e permanência, Professor Wilson Fusco, Fundação Joaquim Nabuco
• Controles migratórios. Inadmitidos. O que fazer? Opções para as pessoas e para o Estado, Professor André Regis, Universidade Federal da Paraíba

Sessão 2: 11h00 às 12h30 – A situação dos brasileiros nas diferentes regiões do mundo
• Brasileiros na América do Sul, Professora Rosana Baeninger, NEPO, UNICAMP
• Brasileiros nos Estados Unidos, Professora Teresa Sales, Centro Josué de castro
• Brasileiros na Europa, Professores Duval Fernandes e José Irineu Rigotti, Pontifícia Universidade Católica, MG
• Brasileiros no Japão, Professora Elisa Massae Sasaki, UNICAMP


12h30 às 14h30 - almoço no Palácio Itamaraty;

14h30 às 17h00 – Continuação – debates entre autoridades e autores dos papers temáticos;

Sessão 3: 14h30 às 15h45 - Possibilidades e limites de ação governamental em prol de nacionais no exterior
• Ação do Estado em prol dos brasileiros no exterior: realidades e limites. Quadro atual da assistência e do atendimento prestados pelo Ministério das Relações Exteriores e planos de modernização e reforma consulares, Embaixador Oto Maia, Subsecretário-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (MRE)
• Exame comparado de políticas para comunidades nacionais no exterior, George Torquato Firmeza (MRE);
• Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior nas áreas trabalhista, de previdência, educacional, Representante do Dr. Paulo Sergio Almeida, Presidente do Conselho Nacional de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego; Dr. Helmut Schwarzer, Secretário de Política de Previdência Social do Ministério da Previdência Social; Dr. Cesar Callegari, Membro do Conselho Nacional de Educação
• Paradoxo da grandeza: a necessidade de políticas emigratórias do governo brasileiro, Professores Eduardo Rios Neto e Ernesto Amaral, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional/UFMG;
• Proposta de Política Governamental para Comunidades Brasileiras no Exterior, Ministro Eduardo Gradilone, Diretor do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior (MRE)
• O Congresso Nacional e a diáspora brasileira: o debate sobre a representação política de brasileiros no exterior – Carlos Eduardo de Ribas Guedes (MRE)

Sessão 4: 15h45 às 17h00 - Associações de brasileiros no exterior, remessas, mídia e reivindicações
• Remessas de brasileiros no exterior, Dr. Luciano Schweizer, Especialista Setorial do Fundo Multilateral de Investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
• A mídia voltada para as comunidades brasileiras no exterior, Dr. Roberto Lima, Associação Brasileira de Imprensa nos EUA
• Entidades de união e apoio a brasileiros no exterior, Irmã Carmen Lussi, Centro de Estudos Migratórios
• As Declarações de Lisboa, Boston e Bruxelas, Irmã Rosita e Sr. Orlando Fantazzini, Instituto Migrações e Direitos Humanos
• Redes de brasileiros no exterior para a cooperação em ciência, tecnologia e inovação, Conselheiro Alexandre Candeias, MRE e Eduardo do Couto e Silva, Fundador da Rede Integra Brasil

Dia 18 de julho
9h00 às 12h00 - Debates entre os representantes das comunidades brasileiras no exterior, em formato de quatro mesas redondas "regionais" (EUA, Europa, América do Sul, Japão e outros países) - oportunidade para intercambiar experiências e recomendações.

12h00 às 14h30 - almoço no Palácio Itamaraty

14h30 às 18h00 - Debates temáticos entre os representantes;
• Migrações, cultura e identidade brasileira na Diáspora;
• Iniciativas para melhor articulação e parcerias entre a rede consular brasileira, as ONGs e o terceiro setor;
• Redes de brasileiros no exterior na área de ciência e tecnologia;

18h00 às 19h00 – Tempo para perguntas e pequenas intervenções do público e encerramento da Conferência.

19h00 - Coquetel no Palácio Itamaraty.

METODOLOGIA, LOGÍSTICA E CANAIS DE INTERAÇÃO ENTRE GOVERNO, DIÁSPORA E DEMAIS PARTICIPANTES

• a Conferência dará ênfase aos debates e a discussões sobre formas concretas de beneficiar os brasileiros no exterior. Textos encomendados e de apoio sobre os temas a tratar estarão disponíveis para leitura prévia ao evento

• haverá quiosques geográficos para servir de ponto de informação e para exibição de publicações sobre comunidades brasileiras regionais

• haverá balcão de Ouvidoria Consular para recolher sugestões, críticas e contribuições de todos os participantes do Seminário, para compartilhamento e utilização na formulação de políticas públicas

• haverá espaço para – à margem dos encontros - apresentação individuais em multimídia ou em painéis temáticos

TEMAS A SEREM DEBATIDOS PELAS AUTORIDADES E PELOS ESPECIALISTAS NO DIA 17 DE JULHO E RESPECTIVOS AUTORES

i. Governabilidade das migrações internacionais e Direitos Humanos: o Brasil como país de emigração - Professora Neide Patarra, ENCE/IBGE;

ii. As Projeções Populacionais Brasileiras e a Questão dos Brasileiros que Vivem no Exterior - Juarez de Castro Oliveira (IBGE) e Luiz Antonio Pinto de Oliveira (IBGE) ;

iii. Migração e Redes Sociais: a distribuição de brasileiros em outros países e suas estratégias de entrada e permanência - Professor Wilson Fusco (Fundação Joaquim Nabuco);

iv. Controles migratórios. Inadmitidos. O que fazer. Opções para as pessoas e para o Estado – Professor André Regis (Universidade Federal da Paraíba);

v. Brasileiros nos Estados Unidos - Professora Teresa Sales (Centro Josué de Castro);

vi. Brasileiros na Europa - Professores Duval Fernandes e José Irineu Rigotti (PUC-MG);

vii. Brasileiros no Japão - Professora Elisa Massae Sasaki (UNICAMP);

viii. Brasileiros na América do Sul – Professora Rosana Baeninger (UNICAMP);

ix. Ação do Estado em prol dos brasileiros no exterior: realidades e limites. Criação da SGEB. Quadro atual da assistência e do atendimento prestados pelo Ministério das Relações Exteriores e planos de modernização e reforma consulares – Embaixador Oto Agripino Maia, Subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior do Ministério das Relações Exteriores;

x. Exame comparado de políticas para comunidades nacionais no exterior - Conselheiro George Torquato Firmeza; Ministério das Relações Exteriores

xi. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área trabalhista – Representante do Presidente do Conselho Nacional de Imigração, Ministério do Trabalho e Emprego;

xii. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área de previdência - Helmut Schwarzer, Secretário de Política de Previdência Social/ Ministério da Previdência);

xiii. Atuação governamental em relação às comunidades brasileiras no exterior na área educacional – Cesar Callegari, Membro do Conselho Nacional de Educação;

xiv. Remessas de brasileiros no exterior - Sr. Luciano Schweizer (Especialista Setorial da Representação do Banco Interamericano de Desenvolvimento em Brasília);

xv. A mídia voltada para as comunidades brasileiras no exterior - Roberto Lima (Jornalista e Presidente da Associação Brasileira de Imprensa nos EUA “Brazilian Voice");

xvi. O Congresso Nacional e a diáspora brasileira: o debate sobre a representação política de brasileiros no exterior – Carlos Eduardo de Ribas Guedes, MRE;

xvii. Entidades de união e apoio a brasileiros no exterior - Irmã Carmen Lussi (Diretora do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios-CSEM);

xviii. As Declarações de Lisboa, Boston e Bruxelas. Irmã Rosita Milesi e ex-deputado Orlando Fantazzini, ambos do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH);

xix. Paradoxo da grandeza: a necessidade de políticas emigratórias do governo brasileiro Professores Eduardo Rios Neto e Ernesto Friedrich Amaral, Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional/UFMG);

xx. Proposta de Política Governamental para Comunidades Brasileiras no Exterior Ministro Eduardo Gradilone, Diretor do Departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior/Ministério das Relações Exteriores.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

902) O IPEA e as instituicoes, Fabio Giambiagi

Saindo um pouco de meus temas habituais, mas para um assunto que considero relevante, reproduzo abaixo um artigo de conhecido economista do BNDES, sobre a situação atual do IPEA.
PRA, 30.06.2008

O Ipea e as instituições
Fabio Giambiagi

A DIREÇÃO do Ipea tomou, por ocasião da divulgação da Carta de Conjuntura de junho, a decisão de não mais divulgar sistematicamente as projeções, abandonando uma prática adotada desde os anos 80. Embora eu tenha sido o coordenador de Conjuntura durante quatro anos, sinto-me à vontade para defender o que foi feito até agora, porque isso era mérito não do coordenador A ou B, e sim de um esforço institucional de quase três décadas, desde o início das primeiras reuniões trimestrais de conjuntura, ainda no governo militar, cujo desdobramento foi a criação do Grupo de Acompanhamento Conjuntural no ano de 1987. A atual direção do Ipea age como se a instituição fosse propriedade privada dela e pudesse acabar de uma penada com aquilo que antes fora erguido ao longo de anos. Em 2007, o Boletim de Conjuntura era, de longe, a publicação mais acessada do site do Ipea.

Com seus erros e acertos, havia aí uma credibilidade e uma reputação construídas com muito esforço e investimento institucional. Por ocasião da decisão, uma das autoridades do Ipea declarou que "não somos gestores de política econômica nem operadores do mercado financeiro para nos preocuparmos com as projeções" ("O Globo", 27/6/ 2008).

A frase, além de ofensiva, é reveladora de uma posição insólita em um administrador público em relação às pessoas que ele comanda. Isso porque as posições do Grupo de Conjuntura foram sempre fruto de discussões do grupo como um todo, cujos componentes continuaram trabalhando no Ipea sob a gestão atual. Ao longo dos anos, nenhum número ou editorial do boletim foi fruto da vontade unilateral do seu coordenador ou do diretor responsável. Tudo era discutido previamente com o grupo. Insinuar, como ele fez, que divulgar projeções indicaria algum tipo de relação entre o Grupo de Conjuntura e o mercado financeiro é uma agressão aos seus atuais subordinados, que tinham participado da elaboração do boletim nos anos anteriores.

Cabe ressaltar, porém, que, na mesma entrevista, a mesma autoridade se encarregou se declarar explicitamente que "a taxa de juros é exorbitante". Ora, ou bem o Ipea trata do curto prazo -em cujo caso não havia razão para acabar com as projeções- ou ele se dedica exclusivamente a temas de longo prazo -e, nesse caso, não cabe aos dirigentes do instituto opinar se as taxas de juros são "exorbitantes" ou não.

Embora o assunto seja grave, é impossível não tratar com certo humor a opinião do coordenador do grupo, que, na mesma reportagem, explicando a decisão tomada em nome de "não alimentar as projeções de inflação", declarou que a publicação dos números "vira uma profecia auto-realizadora". A conclusão lógica é que ele julga que a inflação no Brasil era causada pelas projeções do Ipea, o que é um caso de megalomania institucional. Diga-se de passagem, que foi com esse tipo de filosofia que na Argentina se fez a intervenção no Indec (o IBGE vizinho), no pressuposto de que a inflação era causada pelo índice de preços.

Quando a inflação estava abaixo da meta e as autoridades do Ipea atacavam o Banco Central, o fato era visto como expressão do caráter macunaímico do país, capaz de abrigar, no mesmo governo, pólos antagônicos de pensamento. Agora que a inflação está aumentando perigosamente, o país corre dois riscos. O primeiro é que, em momentos em que o BC deve ser fortalecido para debelar a inflação que ameaça as conquistas recentes do governo e do país, o Ipea se torne um bunker de franco-atiradores contra a política monetária. Que a oposição ataque o BC, faz parte do script em qualquer país. Entretanto, que autoridades venham a público dizer que "o problema é o BC", quando a rigor a inflação ameaça ficar acima do teto, é um problema, pois pode gerar a interpretação de que o governo não considera o combate à inflação como uma prioridade.

O segundo risco é o oposto: que as autoridades do instituto continuem se manifestando contra a política monetária -e não ocorra rigorosamente nada. Nesse caso, o Ipea deixará de ser uma referência, como foi durante mais de 40 anos. Para ele, é o pior cenário: o de se tornar irrelevante. Se isso ocorrer e o esvaziamento em curso se prolongar -basta ver a lista dos técnicos que saíram da entidade nos últimos oito meses e comparar a média mensal de Textos para Discussão publicados até 2007 com a dos últimos meses-, a história do Ipea se dividirá em um "antes" e um "depois" da passagem dos atuais gestores pela instituição.

901) Curso na ESPM-SP: Relações Internacionais e Política Externa do Brasil

Nunca é demais relembrar (já havia sido postado, mas duas camadas geológicas mais abaixo):

882) Curso em SP: A ordem mundial e as relações internacionais do Brasil
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
Curso de Férias (noturno): São Paulo, SP

A ordem mundial e as relações internacionais do Brasil

Objetivo:
Informar, analisar e debater com os participantes do curso os aspectos políticos, econômicos e tecnológicos da ordem internacional contemporânea. Serão enfocados os principais problemas da agenda diplomática mundial e a forma como o Brasil interage com cada uma de suas vertentes, no contexto da globalização e da internacionalização de seu sistema econômico.

A quem se destina:
A estudantes de humanidades em geral, de cursos de Relações Internacionais, em particular, mas também a todos os que estudam temas de alguma forma afetos aos negócios globais, em nível de graduação ou especialização em administração (com foco em global business). Deve interessar, igualmente, a homens de negócio, assim como a quaisquer outros profissionais interessados em atualizar conhecimentos sobre a agenda internacional (negociações comerciais multilaterais e regionais, crises financeiras, temas globais) e sobre a diplomacia brasileira em particular.

Metodologia:
Distribuição preliminar de apostila e de ampla bibliografia sobre os pontos selecionados, exposição em classe e interação com os alunos sobre as questões selecionadas e outras sugeridas durante o próprio curso .

Programa:
1) A ordem política mundial do início do século XXI e a posição do Brasil (Segurança estratégica e equilíbrios geopolíticos: interesses do Brasil; Relações entre as grandes potências e conflitos regionais: a América do Sul; Cooperação política e militar nas zonas de conflitos: o Conselho de Segurança)
2) A ordem econômica mundial e a inserção internacional do Brasil
(Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais; Assimetrias de desenvolvimento: crescimento e investimentos estrangeiros; Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio: o fracasso da ajuda oficial; Recursos energéticos e padrões de sustentabilidade: o papel do Brasil)
3) O Brasil e as economias emergentes: desafios e perspectivas
(Evolução recente das economias emergentes no contexto mundial; Acesso a mercados e negociações comerciais multilaterais; O Brasil no contexto das economias emergentes: desafios e limitações)
4) O regionalismo sul-americano e o papel político-econômico do Brasil
(Contexto político da América do Sul em perspectiva histórica; Os processos de integração regional e a evolução da posição do Brasil; Integração regional: origens e evolução do Mercosul, crise e estagnação; Desafios do Mercosul no contexto regional e mundial: perspectivas)

Professor:
Paulo Roberto de Almeida: Doutor em Ciências Sociais (Universidade de Bruxelas), Mestre em Economia Internacional (Universidade de Antuérpia); Diplomata de carreira; Professor orientador no Mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores; Professor de Economia Política Internacional no Mestrado em Direito do Centro Universitário de Brasília – Uniceub. Ex-Assessor no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; Ministro-Conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington (1999-2004).
Link para CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/9470963765065128; pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org.

Duração:
Dias 7 e 8 e 10 e 11 de Julho de 2008; quatro noites de 3:30hs cada uma (das 19 às 22:30hs; total: 14hs).

Inscrições / Vagas Limitadas
On-line no site da ESPM – www.espm.br/ferias

Maiores informações neste link.

900) O Brasil e os Estados falidos

Primeiro, uma apresentação do relatório de 2008 do índice de Estados falidos.
Mais abaixo, o relatório sintético sobre o Brasil

The Failed States Index 2008
Foreign Policy, July/August 2008

Whether it is an unexpected food crisis or a devastating hurricane, the world’s weakest states are the most exposed when crisis strikes. In the fourth annual Failed States Index, FOREIGN POLICY and The Fund for Peace rank the countries where state collapse may be just one disaster away.

When troops opened fire in the streets of Mogadishu in early May, it was a tragically familiar scene in war-torn Somalia. Except on this day, soldiers weren’t fighting Islamist militias or warlords. They were combating a mob of tens of thousands rioting over soaring food prices.

On top of the country’s already colossal challenges, a food crisis seems an especially cruel turn for a place like Somalia. But it is a test that dozens of weak states are being forced to confront this year, with escalating prices threatening to undo years of poverty-alleviation and development efforts. The unrest in Mogadishu echoes food riots that have erupted on nearly every continent in the past year. Tens of thousands of Mexicans protested when the price of corn flour jumped 400 percent in early 2007. Thousands of Russian pensioners took to the streets in November to call for a return to price controls on milk and bread. In Egypt, the army was ordered to bake more loaves at military-run bakeries after riots broke out across the country. Kabul, Port-au-Prince, and Jakarta experienced angry protests over spikes in the price of staples.

But if few foretold the hunger and hardship that have followed the uptick in prices, the events of 2007 revealed that unexpected shocks can play a decisive role in the stability of an increasing number of vulnerable states. Primary among last year’s shocks was the implosion of the U.S. subprime market, which burst housing bubbles worldwide, slowed trade, and sent currencies into tailspins. A contested election in Kenya in December swiftly shredded any semblance of ethnic peace in a country that many had considered an African success story. And though Benazir Bhutto feared her own assassination upon returning to Pakistan, her murder reverberated in a country already contending with the challenges of ambitious mullahs, suicide bombers, and an all-powerful military.

These shocks are the sparks of state failure, events that further corrode the integrity of weak states and push those on the edge closer to combustion. As the food crisis has shown, these political and economic setbacks are not unique to the world’s most vulnerable countries. But weak states are weak precisely because they lack the resiliency to cope with unwelcome—and unpleasant—surprises. When a global economic downturn pinches the main export base, an election goes awry, or a natural disaster wipes out villages, the cracks of vulnerability open wider.

Because it is crucial to closely monitor weak states—their progress, their deterioration, and their ability to withstand challenges—the Fund for Peace, an independent research organization, and FOREIGN POLICY present the fourth annual Failed States Index. Using 12 social, economic, political, and military indicators, we ranked 177 states in order of their vulnerability to violent internal conflict and societal deterioration. To do so, we examined more than 30,000 publicly available sources, collected from May to December 2007, to form the basis of the index’s scores. The 60 most vulnerable states are listed in the rankings, and the full results are available at ForeignPolicy.com and fundforpeace.org.


E agora o resumo para o Brasil, neste link (onde também pode ser vista a tabela inicial, que está toda desformatada neste blog).

Brazil

Total Score
Indicators
Social Economic Political/Military
2005 81.0 9.0 5.0 5.7 5.9 9.0 2.0 7.8 8.3 6.7 6.5 8.7 6.4
2006 63.1 6.5 3.6 5.7 5.0 8.5 2.7 5.5 6.7 5.3 5.7 3.2 4.7
Point Change -17.9 -2.5
-1.4 0 -0.9 -0.5 +0.7 -2.3 -1.6 -1.4 -0.8 -5.5 -1.7
Pct Change -14.9% -25% -14% 0% -9% -5% +7% -23% -16% -14% -8% -55% -17%

Overview
Brazil, a former colony of Portugal, has the distinction of being the only country in South America that is non-Spanish speaking. After nearly a half-century of military rule, Brazil has been under civilian leadership since 1985, when the military regime peacefully transitioned power to civilian leaders. Brazil, the largest country in South America, is located in eastern South America and has a population 188 million. With a per capita GDP of $8,400, Brazil has a large and diverse economy. The population is 53.7% white, 38.5% mulatto, 6.2% black, 0.9% other ethnicities and 0.7% unspecified. It is also 73.6% Roman Catholic, 15.4% Protestant, with the rest of the population belonging to other religions or no religion.

Social Indicators
Demographic pressures improved from a 9.0 in the Failed States Index 2005 (FSI 2005) to a 6.5 in the FSI 2006. One reason for the extremely high rating in the FSI 2005 was Hurricane Catarina, which hit Southern Brazil in 2004 and caused an estimated US$350 million in damages. There continued to be severe overcrowding in sections of Brazil’s densely populated urban centers, however, which remained mostly unchanged in the FSI 2006. The rating for refugees and IDPs improved from a 5.0 in the FSI 2005 to a 3.6 in the FSI 2006, largely the result of decreased reports of Colombians fleeing violence across the border into Brazil. The score for group grievance remained unchanged between the two years and human flight improved slightly from a rating of 5.9 in the FSI 2005 to 5.0 in the FSI 2006, although many young professional Brazilians still chose to leave the country in search of better employment opportunities abroad.

Economic Indicators
The indicator for the economy worsened slightly from a rating of 2.0 in the FSI 2005 to 2.7 in the FSI 2006 but it is still extremely low, reflecting Brazil’s relatively diversified economy and 5% rate of GDP growth. However, despite its fairly strong economy, Brazil has a very high level of inequality, which resulted in a rating of 9.0 for uneven development in the FSI 2005. This rating fell to 8.5 in 2006 due to the efforts of the government of President Lula da Silva in regards to social reform, although the improvement was only slight because the reforms fell far short of what had been hoped for. Particularly in the rural interior of the country, many Brazilians live in abject poverty, with the indigenous population suffering the most from labor exploitation and the expropriation of their lands, mainly for mining purposes. It is estimated that up to 22% of Brazil’s population lives below the poverty line.

Political/Military Indicators
The legitimacy of the state improved from a rating of 7.8 in the FSI 2005 to 5.5 in the FSI 2006. This was partly due to the creation of an Anti-Corruption and Government Transparency Council in late 2004 and the corruption charges brought against Paulo Maluf, the former mayor of Sao Paulo, who has been accused of running organized criminal activities within the Brazilian government. He is accused of transferring $446 million out of the country illegally, and once ran under the campaign slogan of “Yes, he robs, but he gets things done.” His arrest and removal from power were viewed as a significant sign that the government of President Luiz Inacio Lula da Silva (popularly known as Lula) was getting tough on high-level corrupt officials.

Brazil’s public services are poor, with the rural interior areas of the country lacking even the most basic access to medical care. Conditions in overcrowded and crime-ridden areas of urban centers are also poor. Although Brazil has an excellent system of free public universities, the entrance requirements are very high and most students are from wealthier families, forcing poor students to attend fee-based private universities. The government has attempted to reverse this trend by offering need-based financial aid and instituting quotas for low-income students at public universities, contributing to the improved rating for public services - from an 8.3 to a 6.7 in the FSI 2006. Government efforts to combat HIV/AIDS also contributed to an improvement in the score.

Human rights improved from a rating of 6.7 to 5.3 in the FSI 2006. These ratings reflected the fact that, although human rights were generally respected, there remained several incidents of serious abuses. These included torture and abuse of detainees, and police involvement in killings for hire. The situation improved somewhat from the previous year, however, with both police and military forces receiving more human rights training. The security apparatus indicator did not change significantly, mostly due to the continued presence of violent gangs in Brazil’s main cities that are responsible for many of the extrajudicial killings that plague the urban areas.

Factionalized elites improved from a rating of 8.7 to 3.2 in the FSI 2006. During 2003, the ruling PT party expelled from government the legislators who had voted against its social security reform, which reduced the diversity of interests represented in government and led to the high score in this category on the FSI 2005. However, following the resignation of several prominent members of the opposition parties for corruption-related scandals and Lula’s attempts to reach out to more opposition groups, this score will likely continue to fall.

Core Five State Institutions
Leadership Military Police Judiciary Civil Service
Moderate Moderate Weak Moderate Moderate

President Luiz Inacio Lula da Silva was elected by a landslide in a free and fair election in 2002, creating Brazil’s first left-wing government. The president retained a high level of popularity until 2005, when a number of corruption scandals in his government damaged his party’s credibility.

Brazil has the largest armed forces in the region with a total of 189,000 troops. The political influence of the army has waned since the return to democracy, but some high-ranking officers retain some political influence. The Brazilian military is generally professional and well trained.

The police are inefficient and their low wages make them prone to corruption. The security forces have also been involved in human rights abuses, including unlawful killings, torture and abuse of detainees, and police involvement in killing for hire.

The judicial process is slow and the legal system is unwieldy.

The civil service is bureaucratic and inefficient, despite the presence of many skilled employees. Clientelism is also present in the civil service.

Prognosis
Although Brazil is relatively stable and the economy is performing well, Brazil faces a number of challenges, the most pressing of which is the high level of inequality. Organized crime and gang violence are also major problems in the larger cities, and more needs to be done to address the high levels corruption in government. The current government has made some efforts to address these issues, including creating an Anti-Corruption and Government Transparency Council, but corruption continues to be a serious problem. Elections scheduled for 2006 will indicate whether the recent corruption scandals that have mired the Lula government will prove costly to his party in the polls.

Copyright (C) 2006 The Fund for Peace


Farei uma análise destes números e algumas considerações sobre metodologia assim que dispuser de um pouco de tempo
(30 Junho 2008)
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/


On 29/06/2008, at 17:57, Paulo Roberto de Almeida wrote:

sexta-feira, 27 de junho de 2008

899) Os novos brasilianistas

Intérpretes do Brasil
Por Chico Mendez, de Washington
Valor Econômico, 27/06/2008

O historiador americano e brasilianista Bryan McCann conseguiu uma proeza e tanto neste semestre. Professor do Departamento de História da Universidade de Georgetown, em Washington, McCann percebeu que havia uma demanda por assuntos brasileiros entre seus alunos. O natural, segundo ele, seria abrir mais um curso de história do Brasil para atender ao interesse dos universitários. E foi justamente essa medida que ele adotou. No entanto, com uma única e, considerando os padrões americanos, enorme diferença: o curso foi todo ministrado em língua portuguesa para 18 alunos americanos da pós-graduação. "A única exigência era o português básico. Foi uma excelente experiência. Pretendo ministrar o curso de dois em dois anos", diz McCann.

Para se ter uma idéia do que esse fato representa, as aulas de história sobre países ainda muito mais relevantes para os interesses dos universitários americanos, como o México ou a China, são oferecidas em inglês. "A curiosidade sobre o Brasil aumentou muito nos últimos anos", prossegue o professor, que é diretor do Brazilian Studies Program, o centro de estudos brasileiros da universidade.

Biocombustíveis, a questão amazônica, Petrobras e Embraer, um presidente operário, os holofotes da mídia mundial dirigidos para os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e o grau de institucionalização que o país atingiu inevitavelmente atraem a curiosidade dos estrangeiros, seja por novos negócios, seja por novas áreas de estudo. "Há 20 anos os estudantes ainda tinham aquela imagem do Brasil exótico, da terra do samba e do carnaval. Hoje, a visão é de um país emergente, uma potência que produz jatos, commodities e biocombustiveis", afirma Todd Diacon, professor da Universidade do Tennessee e integrante de uma nova geração de brasilianistas, como McCann.

Esse novo panorama brasileiro pode explicar o aumento na demanda por informações sobre o maior país da América Latina, que se reflete no número de alunos universitários aprendendo o português. "Hoje, há cerca de 10 mil jovens aprendendo a língua. Há quatro anos, eles eram 7 mil. Houve, também, aumento de 20% no número de professores ensinando história do Brasil nas universidades americanas nos últimos cinco anos", explica o historiador e brasilianista James Green, ex-presidente da Brasa (Associação de Estudos Brasileiros), que hoje mantém 600 associados. Segundo o professor, o total de especialistas, entre antropólogos, sociólogos e professores de literatura e língua portuguesa, chega a 800. Para ele, os jovens americanos enxergam no Brasil um campo vasto e ainda pouco explorado para desenvolver pesquisas inéditas nas ciências humanas.

O diplomata e sociólogo Paulo Roberto de Almeida, autor do livro "O Brasil dos Brasilianistas - Um Guia dos Estudos Sobre o Brasil nos Estados Unidos 1945-2000" com Marshall C. Eakin e Rubens Antônio Barbosa (Paz e Terra), observa que o crescente interesse pelos assuntos brasileiros corresponde ao momento político do país. "Temos um presidente operário, o que é um dado raro e chama atenção dos estrangeiros", afirma Almeida. "Fora isso, há também a questão da Amazônia, que ganhou destaque com a ex-ministra Marina Silva, e isso também desperta muita curiosidade dos americanos", diz.

Outra explicação é que a intensa concorrência dentro da academia americana leva os pesquisadores para lugares onde há muitas áreas de estudo com potencial, mas pouco exploradas. "Os pesquisadores estão sempre em busca de aspectos novos, que saiam do modelo convencional. E a América Latina é sempre um terreno novo", explica.

É nesse "terreno novo" que surge nos Estados Unidos uma nova geração de brasilianistas, como Diacan e McCann. São todos jovens acadêmicos, que se situam na faixa dos 35 aos 50 anos, pouco conhecidos da mídia brasileira, mas muito ativos na pesquisa, no contato com o Brasil e no relacionamento com a academia brasileira. Essa nova leva de brasilianistas não se envolve em questões macro, como fizeram seus antecessores nos anos 1960 e 1970, como Thomas Skidmore e Alfred Stepan, mas em estudos de áreas bastante específicas.

O que desperta a crescente curiosidade dos estudantes americanos sobre o Brasil explica, também, as mudanças que os estudos brasileiros sofreram nos Estados Unidos na última década. Desde a abertura política, nos anos 1980, as pesquisas sobre o país na academia americana se diversificaram bastante. Hoje, os brasilianistas não têm mais a "função" de explicar o Brasil, como tiveram nas décadas de 1960 e 1970, mas buscam no país assuntos pontuais para desenvolver as suas investigações. O mesmo ocorre com os estudantes que se interessam pelos assuntos brasileiros e procuram no país as explicações para os seus estudos, como energia, raça e meio ambiente, por exemplo. "Essa diversificação das pesquisas é um tendência histórica. A sociedade se tornou mais ampla, democrática e diversificada", analisa Almeida. Ele destaca, ainda, que a "setorização" dos estudos é um fenômeno da academia americana. "Os chamados estudos de gêneros - sobre as minorias - ganharam muito espaço nos Estados Unidos."

Esses novos acadêmicos mantêm hábitos parecidos: lêem entre dois e três jornais do Brasil diariamente pela internet, viajam pelo menos uma vez por ano ao país, falam português fluentemente e se relacionam bastante com a academia brasileira.

"O que os intelectuais americanos pensam sobre o Brasil, hoje, é muito menos importante para os brasileiros. Nós, americanos, temos muito mais a aprender com o Brasil do que a opinar sobre ele", afirma a historiadora Brodwyn Fischer, de 38 anos, da Universidade de Northwestern. Para ela, os historiadores americanos, atualmente, são intérpretes do Brasil nos Estados Unidos. "As pessoas mais apropriadas para opinar sobre o que ocorre no Brasil são os brasileiros. Nós podemos usar o nosso conhecimento para divulgar o Brasil como um país nos Estados Unidos", observa.

O total de universitários americanos aprendendo português ou o número de professores ensinando história do Brasil ainda são indicadores baixos se comparados aos universitários que buscam aprender outras línguas, como espanhol ou mandarim. No entanto, é um sinal de que a realidade brasileira tem atraído novos olhares nas universidades americanas. "Isso é absolutamente verdadeiro", diz o professor Jerry Davila, de 38 anos, da Universidade da Carolina do Norte, sobre o aumento de alunos que o procuram para saber mais sobre o país. "Há uma série de temas semelhantes entre o Brasil e os Estados Unidos", diz. Para Diacon, da Universidade do Tennessee, outro fator que ajuda na divulgação positiva do Brasil são as péssimas referencias de líderes na América Latina. "Quando os americanos comparam o Lula ao Hugo Chávez fica evidente a superioridade do presidente brasileiro. Isso ajuda a imagem do país e do Lula também."

McCann, de 40 anos, de Georgetown, recorre ao velho bordão "Brasil, o país do futuro" para explicar como seus alunos vêem o país. "O Brasil já é uma potência. Isso, no entanto, não quer dizer que todos os problemas estejam resolvidos. O Brasil já chegou ao tal futuro e controla o seu destino de forma muito mais evidente." Victoria Langland, de 37 anos, da Universidade da Califórnia, diz que muitos latinos a procuram para saber mais sobre o Brasil. "Eles enxergam o país como um vizinho importante que precisam conhecer mais profundamente."

Para James Green, algumas mudanças nas universidades americanas ajudam a expandir os estudos sobre o Brasil. A crescente importância dos latinos na vida política dos Estados Unidos também é transferida para as universidades e, hoje, ao falar de América Latina, é impensável não se referir ao Brasil, segundo o professor. "Estão diminuindo os cursos sobre a Europa e aumentado os cursos sobre nações emergentes", conta.

A chamada segunda geração do brasilianismo (1960 e 1970), considerada a mais influente que surgiu, também vê fortes indícios de que há uma tendência crescente por estudos brasileiros. O historiador Thomas Skidmore, talvez o brasilianista mais reconhecido até hoje, diz que os temas de estudos sobre o México já estão esgotados e isso abre espaço para o Brasil. "O México está saturado, não há mais originalidade nos assuntos. O Brasil tem ocupado esse espaço", analisa. "Fora isso, o Brasil é hospitaleiro, recebe muito bem as pessoas e é uma nação emergente. Você consegue imaginar a Argentina como um lugar assim?", brinca.

Skidmore reconhece que a sua geração teve um papel de destaque no Brasil. Isso, de acordo com ele, por causa das conseqüências políticas da época. A Revolução Cubana fez soar o alarme dentro do governo americano, que, para evitar novas revoluções na América Latina, adotou uma série iniciativas para fomentar os estudos sobre a região. A mais famosa delas, chamada de Aliança para o Progresso, tinha como foco o investimento em projetos sociais no continente. De alguma forma, segundo Almeida, a revolução de Fidel Castro foi essencial para popularizar os estudos sobre a América Latina nos Estados Unidos. "Muitos 'latin americanists' já propuseram, não sem ironia, erigir uma estátua a Fidel Castro, na medida em que suas iniciativas, logo identificadas com a causa do socialismo mundial, motivaram a administração americana a financiar diversos programas voltados para a 'prevenção e cura' dos males latino-americanos", escreve Almeida.

A figura do brasilianista ganhou destaque no contexto da Guerra Fria, principalmente depois do golpe militar de 1964. "Os brasilianistas assumiram o lugar dos intelectuais brasileiros, que por causa da repressão não podiam mais se expressar livremente. Isso acabou criando um vínculo com a imprensa que se seguiu até os anos pós-ditadura", explica Meihy.

Almeida ainda destaca que o surgimento dos brasilianistas naquela época trouxe importantes características para o amadurecimento da academia brasileira. "Os historiadores americanos introduziram a ausência das paixões políticas, que fundamentou a história política brasileira", aponta.

O rigor da pesquisa científica é outro ativo que a geração de brasilianistas deixou como marca. "Eles chegaram em um momento de crise da sociedade brasileira e também das ciências sociais. Os brasilianistas introduzem o rigor metodológico da pesquisa", diz Almeida. O foco dos estudos durante os anos 1960 e 1970 foi a história política e, desde os anos 1980, é a história social.

Com o fim da repressão no Brasil e na América Latina e o fim da Guerra Fria a história política cedeu espaço para os estudos na área da história social. Algo considerado inevitável por Skidmore. "O Exército não está mais no poder. O ambiente intelectual nos Estados Unidos mudou muito do início dos anos 1980 para cá. Essa nova geração de brasilianistas descobriu um novo mundo repleto de novas oportunidades para o estudo de novas áreas", afirma.

Os novos brasilianistas podem ter menos espaço na imprensa nacional por se dedicar a temas mais pontuais, o que para o historiador da Universidade de São Paulo José Carlos Sebe Bom Meihy é um mau sinal, já que se "perde a visão geral histórica do Brasil e os trabalhos desenvolvidos passam a ser, apenas, estudos a mais".

Almeida avalia que a diversificação da pesquisa é um caminho inevitável, ainda que não veja nenhuma grande novidade no campo de pesquisa nos últimos anos: "Não consigo identificar nenhuma novidade no campo do brasilianismo, mas reconheço nos historiadores americanos a pesquisa séria, independentemente da área de estudo."

Contudo, ainda há uma barreira importante: a língua. O crescente influxo de latinos nos Estados Unidos populariza o espanhol e deixa o português em segundo plano. Popularizar a língua portuguesa é um dos desafios da Brasa. A idéia da associação é facilitar o contato entre os interessados em estudar o Brasil nos Estados Unidos. Para isso, eles estão em fase final de desenvolvimento de um site voltado para o Brasil no exterior. "Vamos inaugurar em breve o maior portal sobre o Brasil nos Estados Unidos. Isso é uma forma de unir aqueles que já estudam o país aos estudantes que têm a curiosidade de conhecê-lo", conta Marshal Eakin, brasilianista e diretor da Brasa. O portal, que será chamado de Jeito.com, deve estar em plena operação até o fim deste ano.

Outro desafio para tornar os estudos sobre o Brasil mais conhecidos é dar vida própria às cátedras de estudos brasileiros. Hoje, de acordo com James Green, há aproximadamente 30 universidades com algum tipo de programa voltado exclusivamente para a realidade brasileira. No entanto, quase todos estão dentro dos chamados centros de estudos latino-americanos. Isso significa que os programas brasileiros são pequenos e muitas vezes carecem de estrutura para financiar projetos inovadores.

A Universidade de Georgetown, por exemplo, reconhece que há uma demanda crescente por informações sobre o Brasil. Além disso, reconhece também que não há como manter um centro de estudos da América Latina sem um programa consistente e forte de estudos brasileiros. Em breve, diretores de Georgetown desembarcarão em São Paulo para promover um fundo e estruturar melhor o programa de estudos brasileiros da universidade.

Ao deixar os assuntos macro, o brasilianismo abre uma janela imensa de oportunidades para os profissionais das ciências sociais americanas. Hoje, como destaca Meihy, que estuda o fenômeno do brasilianismo, o intercâmbio entre os acadêmicos brasileiros e americanos é muito mais intenso. Isso, na visão de Almeida, é positivo, "já que há uma perda de qualidade na academia brasileira em função dos problemas materiais e, ainda, um menor rigor metodológico" em comparação com a academia americana.

Os números provam que os brasilianistas são cada vez mais numerosos. No entanto, há uma percepção de que eles têm perdido influência no debate público brasileiro. "Essa nova geração é muito boa, mas o estreitamento dos estudos faz que eles deixem de lado a visão geral histórica, despolitizem a discussão e dissolvam o Brasil na visão geral da América Latina", analisa Mehy.

898) Dicas para manter-se jovem

Mandado por um amigo que provavelmente já é avô ou está próximo de tornar-se um (o que não é ainda o meu caso, mas essas recomendações já se aplicam). A elas eu acrescentaria uma muito singela:
Faça uma lista de pelos menos cem livros, dentre aqueles que estão na estante, na categoria dos "preciso ler um dia", ou esperando uma oportunidade adequada. Pois bem, este é o momento, pegue-os e comece a ler, sistematicamente, nos próximos 3 meses e no meio faça uma outra lista de mais cem. Acho que isso vai mantê-lo ocupado e você esquecerá que já não joga mais futebol nem sai correndo por aí como um maluco...

Como manter-se jovem

1. Deixe fora os números que não são essenciais.
Isto inclui a idade, o peso e a altura.
Deixe que os médicos se preocupem com isso. Afinal, é para isso que lhes paga!.

2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo.
(Lembre-se disto se for um desses depressivos!)

3. Aprenda sempre:
Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.
'Uma mente preguiçosa é trabalho do diabo.' E o nome do diabo é Alzheimer!

4. Aprecie as pequenas coisas .

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar.
E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele / ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem
Aguente, sofra e ultrapasse.
A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós mesmos.
VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que ama:
Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja.
O seu lar é o seu refugio.

8. Tome cuidado com a sua saúde:
Se é boa, mantenha-a.
Se é instável, melhore-a.
Se não a consegue melhorar, procure ajuda.

9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde estiver a culpa

10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade.

E, se não mandar isto a pelo menos quatro pessoas - quem é que se importa?
Mas pelo menos partilhe com alguém!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

897) Carreira Diplomática: dicas

Em dezembro de 2006, como eu recebia muitas solicitações de diversos candidatos à carreira diplomática para fornecer "dicas" sobre estudos, cursinhos, perguntas sobre a própria carreira, resolvi consolidar alguns escritos numa lista única, revisar a seção pertinente do meu site (www.pralmeida.org) sobre o assunto e postar uma informação que segue abaixo.
Devo dizer que continuo recebendo muitos pedidos individuais de ajuda quanto a carreira, estudos, dicas para o concurso, etc., como se eu fosse um grande especialista no assunto (o que não sou). Em todo caso, resolvi renovar a postagem anterior, que segue in fine, tendo agregado antes alguns textos escritos no intervalo, para justamente atender a essas solicitações tópicas. (Aqueles interessados em algum que não disponha de link apropriado para leitura direta, podem solicitar-me topicamente, fazendo menção ao número da série.)
Façam bom uso... (uma recomendação, aliás, dispensável)
Paulo Roberto de Almeida

Alguns textos recentes sobre carreira diplomática (da lista de originais):

1901. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 25 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário submetido por candidata à carreira diplomática.

1885. “Questionário sobre a carreira diplomática”, Brasília, 10 maio 2008, 5 p. Respostas a questões colocadas por estudante de administração, sobre a carreira diplomática.

1893. “A importância do profissional de relações internacionais no setor público”, Brasília, 1 junho 2008, 1 junho 2008, 3 p. Respostas a questionário a Projeto Transdiciplinar UNISUL sob a responsabilidade de estudante RI Unisul, Florianópolis, SC.

1837. “Cartas a um Jovem Diplomata: conselhos a quem já se iniciou na carreira e dicas para quem pretende ser um dia”, Brasília, 17 novembro 2007, 1 p. Esquema de um novo livro, sobre a base do trabalho 800 (Novas Regras de Diplomacia).

1812. “Academia e diplomacia: um questionário sobre a formação e a carreira”, Brasília, 1 outubro 2007, 5 p. Respostas a questionário colocado por estudante da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).

1780. “Aspectos da carreira diplomática: algumas considerações pessoais”, Brasília, 10 de agosto de 2007, 1 p. Palestra feita em Brasília, no curso preparatório à carreira diplomática O Diplomata em 11.08.07, com links para sites e blogs de informação.

1739. “Carreira diplomática: uma trajetória”, Brasília, 27 março 2007, 5 p. Respostas a perguntas colocadas pela Carta Forense, para caderno especial sobre concursos, sobre diplomacia. Publicado, sob o título “Minha trajetória como concursando”, na revista Carta Forense (ano 5, nr. 47, abril 2007, Caderno de Concursos, p. C2-C3; link: www.cartaforense.com.br)

1723. “Concurso do Rio Branco: algumas dicas genéricas sobre o TPS”, Brasília, 7 fevereiro 2007, 2 p. Feito em caráter particular, tornado genérico; postado no blog Diplomatizzando sob nr. 698 (link).

1722. “Aos formandos do curso de RI da Universidade Tuiuti do Paraná, turma 2007”, Brasília, 6 fevereiro 2007, 5 p. Palavras aos formandos do curso de Relações Internacionais da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), que escolheram meu nome para designar esse grupo de bacharelandos. Postado no blog Diplomatizzando sob nr. 699 (link).

Postagem anterior:
Quinta-feira, Dezembro 28, 2006

669) Carreira Diplomatica: dicas
Carreira Diplomática
Dicas e argumentos sobre uma profissão desafiadora
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)

Apresentação de minha seção sobre a carreira diplomática no site pessoal: Link

Diplomacia
Instrumentos, preparação à carreira, subsídios para estudos
(Texto elaborado em 2005)

A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em decorrência da maior inserção internacional do Brasil e dos avanços da globalização e da regionalização. Os candidatos têm em geral procurado os cursos de graduação em relações internacionais. Muitos já ostentam inclusive mestrado ou doutoramento. Em todo caso, o concurso à carreira diplomática possui especificidades que fazem dele um processo altamente seletivo e bastante rigoroso, ainda que aberto unicamente aos talentos e méritos individuais.
Os candidatos devem, em primeiro lugar, verificar na página do Instituto Rio Branco, no site do Ministério das Relações Exteriores, as últimas informações sobre o concurso, programa de estudos, bibliografia, etc.A Funag anunciou, em março de 2006, estar colocando à disposição do público em geral toda a sua coleção de livros que se referem aos trabalhos do Instituto Rio Branco já publicados, bem como todos os volumes resultantes dos seminários do IPRI, nos últimos anos. Veja a relação completa e o endereço do site neste link do meu blog, onde apresento o material.
Consoante o papel didático exercido por esta página, pretendo colocar a partir deste espaço uma série de textos que poderão guiar, ajudar, esclarecer, consolar ou, quem sabe até, divertir os candidatos à carreira diplomática. Começo por oferecer uma bibliografia resumida, que nada mais é senão o conjunto das leituras recomendadas no programa oficial do Instituto Rio Branco, mas reduzidas ao que eu considero, pessoalmente, como sendo o essencial, isto é, uma lista de primeiras leituras, para que cada candidato dê início a seu próprio programa de estudos. Veja aqui a bibliografia.
Procurarei estabelecer uma forma de organização racional e uma estrutura clara para os vários textos aqui disponíveis, mas nem sempre isso será possível. A página também será alimentada gradualmente, à medida em que faça a seleção dos textos pertinentes e sua transposição para esta base. Sou colaborador regular da revista Espaço Acadêmico; veer meus meus artigos no link.
Como atendo a muitas demandas colocadas sobre a carreira diplomática e a própria preparação para o concurso que habilita a ingressar na carreira – seja sob a forma de cursos de graduação de relações internacionais, seja sob o formato de cursinhos preparatórios – tenho uma série de outros textos que procuram responder a essas questões repetidamente a mim feitas. Algumas reflexões que tenho feito, seja individualmente, seja a convite de responsáveis por esses cursos de relações internacionais, ou pelos próprios alunos, foi inserida nesta seção deste site: Internacionalistas: uma carreira, uma profissão? (em curso de atualização).
Um exemplo pode ser visto neste meu texto: “O que faz um diplomata, exatamente?”, que responde a indagações efetuadas sobre a natureza do trabalho diplomático, contendo uma remissão a meu trabalho sobre as “dez regras modernas de diplomacia”; está em meu blog nr. 153, neste link.
Por outro lado, você também deve ter pensado em tudo o que você sempre quis saber sobre a carreira diplomática...
...e nunca teve a quem perguntar... Pois, agora já tem! Ao meu colega Renato Godinho, que preparou um excelente "FAQ", ou questões mais perguntadas, sobre a carreira, o concurso do Instituto Rio Branco e outros aspectos curiosos (como salário, por exemplo, que falta completar, para traduzir toda a nossa miséria salarial no Brasil). Eu coloquei um link para o seu excelente "questions and answers" como post 266 de meu Blog "Cousas Diplomáticas", mas você pode ir direto à fonte, neste link.
Esta página ainda está em construção e se algum texto não estiver disponível, atenderei as solicitações individualmente, sempre com a menção ao número sequencial de cada trabalho. Aos poucos, a seção vai ser ampliada.

Compilação de textos do autor sobre o tema:
(em ordem cronológica inversa)

(Compilação efetuada em dezembro de 2006)

1701. “Um autodidata na carreira diplomática”, Brasília, 26 dezembro 2006, 4 p. Respostas a questões colocadas por jovem candidato à carreira diplomática. Colocada no blog Diplomatizzando; Link.

1668. “Dez obras fundamentais para um diplomata”, Brasília , 29 setembro 2006, 2 p. Lista elaborada a pedido de aluno interessado na carreira diplomática: obras de Heródoto, Maquiavel, Tocqueville, Pierre Renouvin, Henry Kissinger, Manuel de Oliveria lima, Pandiá Calógeras, Delgado de Carvalho, Marcelo de Paiva Abreu e Paulo Roberto de Almeida, para uma boa cultura clássica e instrumental, no plano do conhecimento geral e especializado. Colocada no blog Diplomatizzando: link. Revisto e ampliado, com explicações e links para cada uma das obras, em 14 de outubro de 2006 (6 p.) e publicado em Via Política em 15/10/2006, link.

1607. “O Internacionalista e as Oportunidades de Trabalho: desafios”, Brasília, 22 maio 2006, 4 p. Transcrição de apresentação em PowerPoint para o Forum de Relações internacionais do curso de RI da USP (FEA, 29 maio 2006, 17h30). Disponível no site; link.

1604. “O estudo de relações internacionais no Brasil: respostas a um questionário”, Brasília, 19 maio 2006, 2 p. Respostas a questões colocadas por Barbara Teresa Coutinho de Almeida Sá (aluna de RI da UNIFAI-SP). Postado no blog sob nº 431; link.

1591. “O Ser Diplomata: Reflexões anárquicas sobre uma indefinível condição profissional”, Brasília, 2 maio 2006, 3 p. Reflexões sobre a profissionalizção em relações internacionais, na vertente diplomacia. Palestra organizada pela Pacta Consultoria em Relações internacionais, em cooperação com o Instituto Camões, realizada na Embaixada de Portugal, em 4/05/2006. Disponível no site pessoal; link.

1563. “As relações internacionais como oportunidade profissional”, Brasília, 23 março 2006, 9 p. Respostas a algumas das questões mais colocadas pelos jovens que se voltam para as carreiras de relações internacionais. Contribuição a matéria da FSP, suplemento Folhateen, matéria “Os internacionalistas”, por Leandro Fortino (Folha de São Paulo, 27 março 2006, p. 6-8; divulgado no blog Diplomaticas, link), divulgado em sua integralidade no boletim de relações internacionais Relnet e, em cinco partes, no blog Cousas Diplomáticas, do post 282 ao 286 (link inicial). Publicado no boletim Meridiano 47 - Boletim de Análise da Conjuntura em Relações Internacionais (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, ISSN 1518-1219, nº 67, fevereiro 2006, p. 5-10); site (link).

1529. “O que faz um diplomata, exatamente?”, Brasília, 11 janeiro 2006, 4 p. Resposta a indagações efetuadas sobre a natureza do trabalho diplomático, como remissão a meu trabalho sobre as “dez regras modernas de diplomacia”; Blog nr. 153, link.

1558. “Ser um bom internacionalista, nas condições atuais do Brasil, significa, antes de mais nada, ser um bom intérprete dos problemas do nosso próprio País”, Brasília, 8 março 2006, 6 p. Alocução de paraninfo na turma de formandos do 2º Semestre de 2005 do curso de Relações internacionais do Uniceub, Brasília (16 de março de 2006, 20hs, Memorial Juscelino Kubitschehk). Colocado à disposição no site pessoal (link).

1507. “Por que leio tanto? e Meus ‘métodos’ de leitura...”, Brasília, 18 dezembro 2005, 3 p. Dois textos seqüenciais sobre leituras e métodos, para postagem no meu blog (http://paulomre.blogspot.com). Apresentação ao novo Blog “Textos PRA” (1 p.).

1492. “Postura diplomática”, Brasília, 8 e 12 novembro 2005, 2 p. Comentários a questão colocada pelo médico cardiologista de BH Eduardo Martins, a propósito de situações difíceis enfrentadas no trabalho diplomático.

1491. “O profissional de relações internacionais: visão de um diplomata”, Brasília, 10 novembro 2005, 10 slides. Apresentação em PowerPoint para apoiar palestra feita na Semana Acadêmica da UFRGS-2005 dos programas de graduação e de mestrado em Relações Internacionais da UFRGS (Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas, Porto Alegre, 11/11/2005, 20h30; disponível neste link; vídeo disponível neste link).

1481. “Recomendações Bibliográficas para o concurso do Itamaraty”, Brasília, 13 outubro 2005, 6 p. Indicações resumidas a partir do Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, versão 2005, para atender às demandas de candidatos à carreira diplomática. Circulada em listas de estudos internacionais.

1421. “Profissão Internacionalista”, Brasília, 19 abril 2005, 4 p. Entrevista concedida à jornalista Claudia Izique, da Facamp (Unicamp) para publicação especializada em orientação profissional. Postada de forma resumida no site da Facamp (www.facamp.br).

1416. “As relações internacionais do Brasil no atual contexto internacional e a formação dos novos internacionalistas”, Brasília, 5 abril 2005, 1 p. Roteiro de palestra no curso de Relações Internacionais da Universidade do Sul de Santa Catarina – Tubarão, SC., dia 7 de Abril de 2005, 20hs, quinta-feira.

1403. “Conselhos de um contrarianista a jovens internacionalistas”, Brasília, 5 março 2005, 6 p. Alocução de patrono na XI turma (2º semestre de 2004) de Relações internacionais da Universidade Católica de Brasília (10 de março de 2005, 20hs, Auditório S. João Batista de La Salle). Mensagem de formatura incluída no site.

1377. “História Mundial Contemporânea”, Brasília, 23 janeiro 2005, 6 p. Nota de revisão e comentários ao programa de preparação ao consurso à carreira diplomática, encaminhada ao Diretor do IRBr, Emb. Fernando Guimarães Reis.

1374. “Concurso de Admissão à Carreira Diplomática: Comentários ao Guia de Estudos”, Brasília, 20 janeiro 2005, 8 p. Comentários ao programa do concurso do IRBr, para atender solicitação do Diretor do IRBr, Emb. Fernando Guimarães Reis.

1230. “A evolução das espécies diplomáticas: exercício de quantificação (da série Macro e microeconomia da diplomacia)”, Brasília, 21 março 2004, 6 pp. Continuidade do exercício anterior (trabalhos nºs 1061 e 839, sobre questões gerais e de produtividade diplomática), enfocando o problema dos gêneros do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

1180. “A formação e a carreira do diplomata: uma preparação de longo curso e uma vida nômade”, Brasília, 14 janeiro 2004, 3 pp. Reelaboração ampliada do trabalho 1151 para o jornal acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, por solicitação do aluno Marcio Vitorelli.

1155. “A formação do diplomata: uma preparação de longo curso”, Brasília, 13 dezembro 2003, 3 pp. Texto preparado para o Guia para a Formação de Profissionais do Comércio Exterior, das Edições Aduaneiras. Encaminhada igualmente para jornal do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, aos cuidados de Marcio Vitorelli. Publicado no site Feranet 21, item “Diplomacia”, Link.

1079. “Relações Internacionais: profissionalização e atividades”, Washington, 15 julho 2003, 6 pp. Respostas a questões colocadas por: Guilherme Freitas Araújo (Timóteo, MG) e Fernanda da Silva Gomes, para subsidiar Mostra Profissional sobre relações internacionais.

1061. “Macro e microeconomia aplicadas à diplomacia: a questão da produtividade diplomática”, Washington, 15 junho 2003, 3 pp. Continuidade do exercício anterior (trabalho nº 839), de fazer uma economia política da carreira diplomática, em tom semi-jocoso, enfocando questões de desempenho funcional e de comportamento pessoal do diplomata. Para o livro Cousas Diplomáticas.

1051. “Primeiro Emprego: depoimento pessoal e reflexões”, Washington: 22 maio 2003, 4 pp. Respostas a perguntas sobre formação e profissionalização, colocadas pela Editora Abril, para elaboração do Guia do Primeiro Emprego, enviadas à jornalista XXX.

1016. “Um bem-vindo crescimento na oferta de relações internacionais”, Washington, 16 março 2003, 3 pp. Apresentação ao livro Política Internacional, Política Externa e Relações Internacionais (Curitiba: Editora Juruá, 2003; ISBN: 85-362-0486-9; pp. 9-11), Organizador: Leonardo Arquimimo de Carvalho. Relação de publicados n° 398.

915. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Washington, 26 junho 2002, 6 p. Trecho retirado das “Leituras complementares”, do capítulo 11: “A diplomacia econômica brasileira no século XX: grandes linhas evolutivas” do livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (pp. 244-248). Para divulgação no website do Centro de Serviços de Carreiras do Curso de Relações internacionais da PUC-Minas; link.

885. “As relações internacionais do Brasil e a profissionalização da carreira”, Washington, 29 março 2002, 17 pp. Palestra proferida no UniCeub, em 2 de abril de 2002, e na Universidade Católica de Brasília, em 3 de abril, elaborada com base em partes do meu livro: Os primeiros anos do século XXI.

839. “Macro e microeconomia da diplomacia”, Washington 14 dezembro 2001, 3 pp.; série “Cousas Diplomáticas, nº 4. Artigo introdutório, semi-cômico, de “interpretação econômica” da política externa, cobrindo questões diversas da carreira e das atividades diplomáticas, vistas sob a ótica da economia política (continuidade no trabalho nº 1061). Publicado em Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 8, janeiro de 2002). Relação de de Publicados nº 299.

802. “Novas Regras da Moderna Diplomacia: memorandum dialecticus per usum moderatus”, Washington, 25 agosto 2001, 1 p. Projeto de livro constante de inéditos, textos existentes adaptados e novos escritos especialmente preparados.

800. “Dez Regras Modernas de Diplomacia”, Chicago, 22 julho; São Paulo-Miami-Washington 12 agosto 2001, 6 p; série “Cousas Diplomáticas” (nº 1). Ensaio breve sobre novas regras da diplomacia, com inspiração dada a partir do livro de Frederico Francisco de la Figanière: Quatro regras de diplomacia (Lisboa: Livraria Ferreira, 1881, 239 p.). Para desenvolvimento posterior em formato de longo ensaio. Publicado na revista eletrônica Espaço Acadêmico (Maringá: UEM, Ano I, nº 4, Setembro de 2001 - ISSN: 1519.6186; Seção “Cousas Diplomáticas”).

704. “Nosso homem no Itamaraty”, Brasília, 18 agosto 1999, 2 pp. Elementos de informação sobre os “intelectuais” do Itamaraty, como subsídio a matéria de Paulo Moreira Leite, então na revista Veja. Não aproveitado no momento, em virtude da transferência de PML para Washington, para trabalhar no jornal Gazeta Mercantil.

702. “Profissionalização em relações internacionais: exigências e possibilidades”, Brasília, 16 agosto 1999, 5 pp. Reelaboração do trabalho 691, em forma de palestra, para inauguração dos cursos de relações internacionais da PUC-MG (em 25.08.99) e do CEUB-DF (em 26.08.99). Feito lançamento de livros na ocasião.

691. “Profissionalização em relações internacionais: uma discussão inicial”, Brasília, 12 junho 1999, 5 pp. Texto sobre formação e perspectivas profissionais do formando em relações internacionais. Publicado no periódico do curso de relações internacionais da PUC-SP, Observatório de Relações internacionais (São Paulo: PUC-SP, nº 1, outubro/dezembro 1999, pp. 10-13). Revisto e integrado como “leitura complementar” ao livro Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (SP: Paz e Terra, 2001).

Brasília, 27 dezembro 2006

896) Relatorio FAO-OCDE sobre agricultura globa, 2007-2016

OECD-FAO Agricultural Outlook 2007-2016
© OECD/FAO 2007
ISBN 978-92-64-02509-7

Transcricao do resumo do relatorio:

Outlook in Brief
● Currently strong world market prices for many agricultural commodities in international trade
are, in large measure, due to factors of a temporary nature, such as drought related supply
shortfalls, and low stocks. But, structural changes such as increased feedstock demand for
biofuel production, and the reduction of surpluses due to past policy reforms, may keep prices
above historic equilibrium levels during the next 10 years.
● Higher commodity prices are a particular concern for net food importing developing countries as
well as the poor in urban populations, and will evoke on-going debate on the “food versus fuel”
issue. Furthermore, while higher biofuel feedstock prices support incomes of producers of these
products, they imply higher costs and lower incomes for producers that use the same feedstock
in the form of animal feed.
● The expectation that world market prices have attained a higher plateau may facilitate further
policy reform away from price support. This would reduce the need for border protection and
would provide flexibility for tariff reductions.
● Growing use of cereals, sugar, oilseeds and vegetable oils to satisfy the needs of a rapidly
increasing biofuel industry, is one of the main drivers in the outlook. Over the outlook period,
substantial amounts of maize in the US, wheat and rapeseed in the EU and sugar in Brazil will
be used for ethanol and bio-diesel production. This is underpinning crop prices and, indirectly
through higher feed costs, the prices for livestock products as well.
● Given that in most temperate zone countries ethanol and bio-diesel production are not
economically viable without support, a different combination of production technologies,
biofuel policies and crude oil prices than is assumed in this Outlook could to lead to lower prices
than are projected in this Outlook.
● The assumed strong growth in demand in many developing and emerging economies will spur
expansion in imports as well as provide the impetus to the development of domestic production
capacity. As a result, OECD countries as a group are projected to lose production and export
shares in many commodities to non-OECD countries over the outlook period.
● Measured by global imports, world trade is projected to grow for all commodities reviewed in this
report, without exception. By 2016, and compared to the average for 2001-05, trade expansion
remains modest for SMP (7%), is situated at 13% to 17% for coarse grains and wheat respectively,
but grows by between over 50% for beef, pigmeat and WMP and by close to 70% for vegetable oils.
● Imports grow more strongly in developing countries than in OECD countries for all products
except vegetable oils. And for all products except wheat and coarse grains, these growing
markets are increasingly satisfied through larger exports from other developing countries.
Agricultural world markets are thus characterised by growing south-south trade, raising the
competition for exporting countries within the OECD.
● The growing presence on export markets of Argentina and Brazil is staggering. While Brazil’s
growth is mostly concentrated in sugar, oilseeds and meats, Argentina’s export performance also
covers cereals and many dairy products. Other growing exporters in the developing and transition
economies include Russia and the Ukraine for coarse grains, Viet Nam and Thailand for rice,
Indonesia and Thailand for vegetable oils, and Thailand, Malaysia, India and China for poultry.
● Import growth is much more widely spread across countries. However, China’s dominance of
oilseeds and oilseed products trade is striking. By 2016, China will have become the world’s largest
importer of oilseed meals and it will have further consolidated its leading position in imports of
oils and oilseeds. For the latter product, its share in global imports will have risen to almost 50%.

terça-feira, 24 de junho de 2008

895) Uma lei autoritaria, de um Estado que pretende mandar no cidadão

Em nome do "grande irmão" (que na verdade é um bobão e incapaz), são punidos todos os cidadãos de bem, que ousam tomar uma taça ou duas de vinho na refeição (muitos sob recomendação médica), a pretexto de que alguns, bebedores irresponsáveis, cometem acidentes, ou até crimes, ao dirigir alcoolizados.
Acredito que essa legislação é autoritária, se não inconstituilão, pelo menos imoral.

PERGUNTAS DOS LEITORES DE ZERO HORA (edição 23/6/08)
SOBRE A NOVA LEI DE TRÂNSITO "ÁLCOOL: TOLERÂNCIA ZERO"

Caso uma pessoa coma uma sobremesa que contenha vinho, como sagu, ou tenha tomado algum tipo de medicamento com álcool, poderá ser constatada alguma dosagem de álcool nos exames de bafômetro? Se der positivo, essa pessoa poderá ser presa?
Qualquer alimento ou medicamento que contenha álcool poderá ser identificado pelo bafômetro. Por causa disso, a nova legislação determina a necessidade de disciplinar margens de tolerância para esses casos específicos. Isso ainda vai ser feito. Para o período de indefinição, vale um decreto que permite aos motoristas, por enquanto, apresentar até 0,2 g de álcool por litro de sangue. Isso é o equivalente a um cálice de vinho para uma pessoa de 80 quilos.

Posso me recusar a fazer o teste com o bafômetro sob a justificativa de que, pela legislação brasileira, ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo?
Esse entendimento amparava, até aqui, os motoristas que não queriam fazer o exame com o bafômetro. Mas a nova legislação é explícita quanto às penalidades para quem se negar a isso. O entendimento é que a regra não vale para o trânsito. Dirigir não seria um direito, mas uma permissão do poder público, concedida apenas a quem se habilita e segue determinadas regras.

O teste com o bafômetro é obrigatório?
O motorista pode ser recusar, mas, nesse caso, sofrerá a mesma penalidade destinada à pessoa comprovadamente alcoolizada: infração gravíssima, multa de R$ 955 e suspensão do direito de dirigir por um ano. Essa punição também será aplicada se o condutor se negar a outros exames para atestar a embriaguez.

O que acontecerá se eu me recusar a fazer o exame e depois entrar com um recurso, alegando que não estava bêbado?
Prevendo que motoristas embriagados possam recorrer a essa artimanha para escapar da punição, a lei prevê que o testemunho do agente de trânsito ou policial rodoviário tenha força de prova diante do juiz.

Como o índice de álcool vai ser verificado?
Fiscais de trânsito e agentes das polícias rodoviárias poderão submeter os motoristas a testes com o bafômetro. A autoridade de trânsito também poderá levar o motorista suspeito para um exame clínico, se não houver um bafômetro.

Se tomar uma ou duas taças de vinho no almoço de domingo, quando poderei dirigir? Quantas horas são necessárias para eliminar por completo o álcool?
O tempo de permanência do álcool no organismo varia de uma pessoa para outra, conforme idade, peso e condições de saúde. O certo é que não basta esperar algum tempo depois da bebida para pegar a estrada. Mesmo que você beba dois copos de chope, o álcool pode ser detectável durante um período que vai de três a seis horas. No caso de uma bebedeira, pode estar sem condições mesmo na manhã seguinte, porque a presença do álcool se mantém por períodos prolongados.

Nunca mais poderei sair com minha esposa para um jantar romântico regado a uma taça de vinho. Por que neste país sempre os bons pagam pelos mal educados?
A alternativa é tomar um táxi ou o transporte coletivo na hora de voltar para casa ou então entregar a direção a quem não bebeu. O entendimento da lei é que, não importa a quantidade de álcool consumida, o motorista vai colocar a si e a outras pessoas em risco caso tome o volante. Mesmo quando são consumidas quantidades pequenas e não há sinais exteriores de embriaguez, as chances de a pessoa se envolver em um acidente aumentam.

Tenho o costume de beber no almoço uma taça de vinho tinto seco. Se logo após necessitar dirigir meu automóvel, for barrado por autoridade de trânsito e ficar comprovado que ingeri essa pequena quantidade de álcool, posso sofrer punição?
Sim. Você vai receber uma multa de R$ 955 e perde o direito de dirigir por um ano, porque a lei proíbe dirigir com qualquer quantidade de álcool no organismo. Quando uma pessoa tem álcool no sangue, mesmo que não apresente sinais de embriaguez, ela está mais sujeita a sofrer acidentes. Uma taça de vinho significa de 0,2 a 0,3 grama de álcool por litro de sangue, o que configura infração mesmo com a margem de tolerância que vai valer nos primeiros tempos da lei.

894)Lancamento da Plataforma Democratica em SP

Programação do seminário de lançamento do projeto
Plataforma Democrática
(www.plataformademocratica.org)

30 de junho de 2008, das 09h00 às 18h30
Auditório do Instituto Fernando Henrique Cardoso
(Rua Formosa, 367, 6º andar, Centro, SP)

09h00 – 09h30: Café de boas-vindas
09h30 – 10h00: Abertura, com Fernando Henrique Cardoso e Joel Edelstein

10h00 – 12h15: Primeiro painel
A América Latina não é mais aquela:
procurando entender as novas dinâmicas sociais e políticas
Expositor: Bernardo Sorj
Moderador: Boris Fausto
Comentaristas: Gilberto Dupas, Francisco Weffort e Paulo Renato Souza

12h30 – 14h00: Intervalo para almoço

14h15 – 16h00: Segundo painel
Novos meios de comunicação, opinião pública e democratização (ou não)
do poder político na América Latina
Expositores: Danilo Martuccelli e Manuel Mora y Araújo
Moderador: Simon Schwartzman
Comentaristas: Antônio Lavareda, Fernando Gabeira e Luiz Garcia

16h00 – 17h45: Terceiro painel
Democracia e experiências nacionais:
Bolívia e Venezuela em foco
Expositores: Francine Jácome e Gonzalo Chávez
Moderadora: Maria Hermínia Tavares
Comentaristas: Demétrio Magnoli, Ricardo Seitenfus e Sérgio Fausto
18h00 – 18h30: Encerramento.

domingo, 22 de junho de 2008

893) Relatorio sobre as liberdades no mundo: o Brasil segundo a Heritage Foundation

Todo ano a Heritage Foundation, organização libertária americana, apresenta o seu relatório sobre as liberdades no mundo. O Brasil, segundo o relatório de 2008, é considerado apenas parcialmente livre, em função da grande intervenção do governo na economia, ou seja, o grande papel que o Estado possui na regulação das atividades econômicas, o que diminui, segundo a organização, o grau de liberdade individual e a capacidade da iniciativa privada de conduzir seus próprios negócios sem intervenção pública.
O relatório sobre o Brasil, em inglês, pode ser encontrado neste link (mas ele existe em português, também, no próprio site da Heritage).
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Paulo Roberto de Almeida

Brazil 2008: Freedom report

Brazil's economy is 55.9 percent free, according to our 2008 assessment, which makes it the world's 101st freest economy. Its overall score is 0.2 percentage point lower than last year, with lower scores in freedom from corruption and labor freedom. Brazil is ranked 21st out of 29 countries in the Americas, and its overall score is below the regional average.

Brazil is a regional economic power but is not notably strong in any of the 10 economic freedoms. The personal tax rate and the corporate tax rate are burdensome. Overall tax revenue is high as a percentage of GDP relative to other developing countries.

Brazil suffers from weak financial freedom and a large central government. Regulatory inflexibility makes starting a business take much longer than the world average. Significant restrictions on foreign capital exist in many areas, and the government remains heavily involved in banking and finance. The judicial system and other areas of the public sector are inefficient and subject to corruption.

Background:
The world's fifth-largest country, Brazil has abundant natural resources but has not realized its full economic potential. Real GDP growth was positive but relatively low over the past decade. High income inequality and the rapid growth of the urban poor population have fueled pressure for socialist policies. A convoluted tax system, inadequate transportation infrastructure, and barriers to foreign investment have also impeded growth. Other problems include government management of most of the oil and electricity sectors, an ineffective judiciary, weak public education, and excessive regulation. Agriculture and industry account for 10 percent and 40 percent, respectively, of GDP.

Business Freedom - 53.6%
The overall freedom to start, operate, and close a business is limited by Brazil's national regulatory environment. Starting a business takes more than three times the world average of 43 days, and obtaining a business license takes more than the global average of 234 days. Despite reform efforts, regulation is complex, discretionary, and non-transparent. Closing a business is difficult.

Trade Freedom - 70.8%
Brazil's weighted average tariff rate was 7.1 percent in 2005. Import and export quotas, bans and restrictions, market access barriers in services, prohibitive tariffs, border fees, restrictive regulatory and licensing rules, export support programs, non-transparent government procurement, and problematic protection of intellectual property rights persist. An additional 15 percentage points is deducted from Brazil's trade freedom score to account for these non-tariff barriers.

Fiscal Freedom - 68.6%
Brazil's top income tax rate is 27.5 percent. The standard corporate tax rate is 15 percent, but a surtax of 10 percent and a 9 percent social contribution on net profit bring the effective rate to 34 percent. Other taxes include a financial transactions tax and a tax on interest. In the most recent year, overall tax revenue as a percentage of GDP was 35 percent.

Freedom from Government - 55.5%
Total government expenditures, including consumption and transfer payments, are relatively high. In the most recent year, government spending equaled 38.5 percent of GDP. Public debt is still around 50 percent of GDP. Besides debt service, government spending is focused mainly on pensions, transfers to local governments, and bureaucracy.

Monetary Freedom - 75.7%
Inflation is relatively high, averaging 5.1 percent between 2004 and 2006. Relatively unstable prices explain most of the monetary freedom score. Although such public services as railways, telecommunications, and electricity have been privatized, the government oversees prices through regulatory agencies. The National Petroleum Agency fixes the wholesale price of fuel, and the government controls airfare prices. An additional 10 percentage points is deducted from Brazil's monetary freedom score to adjust for price controls.

Investment Freedom - 50%
Foreign capital enters freely and since 1995 has received national treatment. Foreign investment is restricted in nuclear energy, health services, media, rural and border property, fishing, mail and telegraph services, aviation, and aerospace. The government has carried out three major financial and energy privatizations since 2004 but has also established a more central role in setting energy prices and forecasting energy demand. Foreign exchange accounts are subject to limited restriction, and foreign participation in certain economic activities is prohibited. The central bank approves outward direct investment in some cases, including transfers and remittances, where it has broad administrative discretion.

Financial Freedom - 40%
Brazil's financial system is South America's largest and one of the largest among all emerging markets. Despite state involvement, banking and capital markets are diversified, dynamic, and competitive. Technically forbidden by the 1988 constitution, foreign investment in banking is nonetheless almost always approved. About 200 public and private commercial banks and many non-banking financial institutions conform to international best practices guidelines after a long period of consolidation. The top 10 banks hold 82.4 percent of total assets, and the sector is dominated by three publicly controlled banks. The growing insurance market remains fairly small. The stock market is not a major source of domestic corporate finance, but it is growing, and trading is active; there were 26 new IPOs in 2006.

Property Rights - 50%
Contracts are generally considered secure, but Brazil's judiciary is inefficient, somewhat arbitrary, subject to political and economic influence, and lacking in resources and staff training. Decisions can take years, and decisions of the Supreme Federal Tribunal are not automatically binding on lower courts. Protection of intellectual property rights has improved, but piracy of copyrighted material persists.

Freedom from Corruption - 33%
Corruption is perceived as significant. Brazil ranks 70th out of 163 countries in Transparency International's Corruption Perceptions Index for 2006. Businesses bidding on government procurement contracts at times encounter corruption, which is also a problem in the lower courts and can discourage investment.

Labor Freedom - 61.9%
Brazil's inflexible employment regulations should be improved to enhance employment and productivity growth. The non-salary cost of employing a worker is high, and dismissing a redundant employee can be costly. Benefits mandated by rigid labor legislation amplify overall labor costs. The high cost of laying off a worker creates a risk aversion for companies that would otherwise hire more people and grow.

Brazil

* Rank: 101
* Regional Rank: 21 of 29

Quick Facts

* Population:
186.4 million
* GDP (PPP):
$1.57 trillion
2.9% growth in 2005
3.1% 5-yr. comp. ann. growth
$8,402 per capita
* Unemployment:
9.8%
* Inflation (CPI):
6.9%
* FDI (net inflow):
$12.5 billion
* Official Development Assistance:
$361.8 million (6% from the U.S.)
* External Debt:
$188.0 billion
* Exports:
$134.4 billion
Primarily transport equipment, iron ore, soybeans, footwear, coffee, automobiles
* Imports:
$97.8 billion
Primarily machinery, electrical and transport equipment, chemical products, oil, automotive parts, electronics