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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Wikileaks Brasil-EUA: a insuperavel oposicao dos EUA ao programa espacial brasileiro

Tudo é óbvio e esperado, mas sempre é interessante ter a confirmação por escrito de que a vida é assim mesmo: grandes impérios não gostam de ver os pequenos se qualificando militarmente e fazem de tuo para manter a preeminância estratégica.
Enfim, nenhuma novidade nisso, apenas a confirmação do que já se sabia.
Paulo Roberto de Almeida

EUA tentaram impedir programa brasileiro de foguetes
José Meirelles Passos
O Globo, 25/01/2011

Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área - como a Ucrânia - a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.

A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 - revelado agora pelo WikiLeaks ao GLOBO. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.

Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: "O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial" ? ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.

A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que "embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil". Mais adiante, um alerta: "Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil".

O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000, porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA. Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil. Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda.

Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, "devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil", diz outro documento confidencial.

Viagem de astronauta brasileiro é ironizada

Sob o título "Pegando Carona no Espaço", um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$10,5 milhões - enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$20 milhões por uma viagem idêntica.

A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar. Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente "um pequeno passo" para o Brasil" - diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.

A bomba-relogio fiscal em construcao -- Rogério Furquim Werneck

O Brasil está construindo -- talvez já tenha construído -- um sistema econômico inviável: um baseado na extração de recursos contínua de contribuintes e empresários (que também são contribuintes, claro, mas a extração também se dá, irracionalmente, não apenas nos ganhos, mas no próprio processo produtivo, o que é, propriamente, um tiro no pé).
Em algum momento essa bomba fiscal vai explodir, talvez não com o estrépito e o furor de uma grande bomba, mas silenciosamente, esgotando as possibilidades de crescimento e de prosperidade.
Creio que precisamos de um "Jared Diamond", um que escreva uma versão econômica de seu justamente reconhecido livro "Colapso", ou seja, por que e como as sociedades constroem sua própria destruição, sendo irracionais ao mais alto grau.
Acredito que os políticos brasileiros já chegaram a essa grau de irracionalidade, ou de inconsciência, vocês escolhem.
Economistas como Rogério Furquim Werneck se encarregam de nos lembrar...
Aliás, a conta que ele faz de um iPad acho que está generosa. Eu fiz a conta para o último modelo do MacAir e cheguei à conclusão que com o preço de um no Brasil daria para comprar dois nos EUA: 102% mais caro aqui do que lá.
Pode?
Paulo Roberto de Almeida

Visão de futuro
Rogério Furquim Werneck
O Globo, 21.01.2011

A preservação do atual regime fiscal, que há mais de 15 anos vem exigindo aumento sem fim da carga tributária, põe em risco a sustentação do dinamismo da economia brasileira. Se não for possível conter a expansão do gasto público dos três níveis de governo, o aprofundamento requerido da extração fiscal acabará por sufocar aos poucos o crescimento econômico do País. São conclusões que advêm da análise agregada dos dados. Mas essa perspectiva do problema pode e deve ser complementada por visões mais específicas, ao nível microeconômico, de como a sobrecarga fiscal que hoje recai sobre a economia brasileira conspira contra o futuro do País.

Estima-se que a carga tributária bruta esteja hoje em torno de 35% do PIB. Mas isso é apenas uma média. Há segmentos da economia que arcam com taxação muito mais pesada. A carga fiscal que recai, por exemplo, sobre serviços de telecomunicação e certos produtos importados é muito maior. E deixa patente a deplorável visão de futuro que permanece entranhada no sistema tributário brasileiro.

No Rio de Janeiro, o ICMS onera os serviços comunicação em quase 43% (alíquota “por fora”). Em São Paulo, em 33,3%. E ainda há que se ter em conta todos os outros tributos que incidem sobre o setor de telecomunicações e acabam repassados, em boa parte, às tarifas. Em 2005, a carga tributária do setor, estimada com base nas contas nacionais, correspondia a mais de 57% do valor dos serviços. É curioso que, nesse quadro de absurda sobrecarga fiscal, o governo ainda esteja em busca da razão primordial pela qual a disseminação do acesso à internet em banda larga avançou tão pouco até agora. É lamentável que o País esteja entrando na segunda década do século 21 com tributação tão escorchante de serviços de telecomunicação, tendo em vista sua crescente importância econômica e social.

Desde a Constituição de 1988, quando passaram a cobrar ICMS sobre tais serviços, os Estados vêm mantendo uma extração fiscal extremada no setor, tirando o melhor proveito possível das exíguas possibilidades de sonegação que lhe são inerentes. No tempo em que telefone era considerado “coisa de rico”, ainda havia quem se dispusesse a arguir que essa taxação tão pesada estaria contribuindo para tornar a carga tributária menos regressiva. Mas já não há mais qualquer espaço para esse tipo de argumento.

O quadro mudou da água para o vinho desde a segunda metade dos anos 90. Na esteira da privatização, o acesso ao telefone vem sendo universalisado. Há hoje mais de 190 milhões de aparelhos celulares no País, 82% dos quais pré-pagos. É sobre o povão, portanto, que boa parte da sobrecarga fiscal vem recaindo. Por outro lado, as comunicações passaram a abranger uma gama de serviços muito mais complexos, que vão muito além da velha telefonia. O que se vê agora é o País taxando pesadamente seu futuro.

A mesma visão de futuro equivocada e arcaica que permanece entranhada na tributação das telecomunicações fica também evidenciada na taxação de certos produtos importados. Basta ver o que vem ocorrendo com dois produtos emblemáticos das novas tendências tecnológicas na área de informática. Os chamados tablets, como o iPad, da Apple, e os leitores de livros digitais, como o Kindle, da Amazon.

Um levantamento recente constatou que, entre 20 países pesquisados, é no Brasil que o iPad é mais caro (O GLOBO, 9/1/2011). Após a incidência de seis tributos, o produto chega ao consumidor brasileiro 84% mais caro do que nos EUA. Já o Kindle, que nos EUA custa US$189, pode ser entregue no Brasil se o cliente estiver disposto a arcar com um frete de US$20,98 e encargos fiscais que a própria Amazon estima em nada menos que US$199,73. O que perfaz um total de US$409,71. São níveis de tributação completamente injustificáveis, fora de qualquer padrão de razoabilidade, advindos de um juggernaut arrecadador que avança como autômato, alheio ao processo de modernização do País.

ROGÉRIO FURQUIM WERNECK é professor da PUC-Rio.

Diplomacia da "pressao" (ou nao-diplomacia): relacoes Brasil-China

Fazer diplomacia pela imprensa, mandando recadinhos sobre possíveis intenções não faz parte, normalmente, dos instrumentos diplomáticos. Salvo em situações "híbridas", em que todo mundo se julga no direito de "dar um pitaco" nas relações exteriores do país.
O que acontece em vácuos institucionais, ou de pouca definição decisória.
Paulo Roberto de Almeida

Brasil estuda como pressionar China
Eliane Oliveira
O Globo, 25.01.2011

No momento em que busca reerguer os setores prejudicados pelo avanço dos produtos chineses, o governo esbarra em dificuldades práticas, a começar pelo fato de o Brasil ter reconhecido a China como economia de mercado em 2004. As autoridades brasileiras ameaçam não formalizar o novo status, enquanto as chinesas pressionam e afirmam que o Brasil assinou mas não cumpriu o memorando de intenções.

Quando um país não é formalmente reconhecido como economia de mercado, é mais fácil comprovar a existência de dumping (preço abaixo do custo de produção) ou subsídios e exigir compensações. Basta comparar os valores das mercadorias que entram no país com os preços em terceiros mercados.

Mas, se a economia chinesa for vista pelo Brasil como economia de mercado, os investigadores terão de buscar dados sobre custos e mão de obra na própria China, o que não é fácil, explicou uma fonte. Ou seja, quando o governo brasileiro reconhecer o status reivindicado pelos chineses, será mais difícil instaurar um processo.

— Esse reconhecimento nunca nos afetou. O problema é se isso for formalizado. Aí não seria mais possível usar terceiros países para fazer comparações — confirma Marcos Imamura, sócio da Guedes, Bernardo e Imamura Consultoria, especializada em dumping.

Segundo uma fonte que participou das discussões, o reconhecimento quase ocorreu no fim de 2010, por pressão chinesa. O governo brasileiro, porém, fez um recuo estratégico: quer negociar compensações para o câmbio artificial que mantém o yuan desvalorizado frente ao dólar. Mesmo porque Dilma Rousseff vai a Pequim em abril e não quer voltar de mãos vazias.

Um dos trunfos brasileiros é a forte dependência da China por alimentos e recursos naturais. Ela importa do Brasil cerca de US$20 bilhões por ano de soja e minério de ferro. Mas qualquer passo exige cautela, para que o Brasil não seja alvo de ações na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Sic transit gloria mundi (no caso, as politicas nacionais...)

CAI A APROVAÇÃO DE 5 PRESIDENTES NA AMÉRICA DO SUL!
Ex-Blog de Cesar Maia, 25.01.2011

(La Nacion, 24) José Mujica, Uruguai. Desde junho, sua popularidade caiu 23 pontos, afetado por um alto nível de conflito com a oposição e com os sindicatos . \ Evo Morales, Bolívia. As idas e vindas pela aprovação do "gasolinazo" levaram sua aprovação para o nível mais baixo desde que tomou posse em 2006: 30% \ Hugo Chávez, Venezuela. Vencido pela crise econômica, a percepção negativa, rejeição da sua gestão está no nível mais alto em cinco anos. \ Sebastian Piñera, Chile. O apoio ao empresário alcançou seu nível mais baixo para um líder chileno desde o retorno da democracia em 1990. \ Alan García, Peru. Os escândalos de corrupção que afetam o governo fizeram com que a desaprovação, rejeição da sua gestão disparasse para 65%.

Wikileaks-Brasil: o grande pacificador do Oriente Medio...

WikiLeaks: EUA suspeitam de motivação brasileira no Oriente Médio
José Meirelles Passos
O Globo on line, 22/01/2011

RIO - O governo dos Estados Unidos ainda não conseguiu decifrar, precisamente, os motivos que levam o Brasil a demonstrar tanto interesse em participar de espinhosas negociações sobre conflitos no Oriente Médio - e, sobretudo, as maneiras utilizadas para se inserir nesse contexto. Intrigados com o comportamento - que consideram pouco ortodoxo - das autoridades brasileiras sobre o assunto, diplomatas americanos têm ido além dos canais oficiais em busca de respostas, procurando contatos com as comunidades árabes no país atrás de alguma pista. Nos encontros, eles também mostram grande preocupação com a presença crescente no Brasil - segundo os seus cálculos - de militantes e simpatizantes do grupo radical xiita libanês Hezbollah, à qual o governo estaria fazendo vista grossa.

É isso o que sugere uma série de telegramas confidenciais enviados a Washington pela Embaixada dos EUA em Brasília, entre julho de 2005 e janeiro de 2009, que o WikiLeaks entregou ao GLOBO. Num deles, os diplomatas dizem que as autoridades brasileiras "tentam justificar suas posições e políticas mais controvertidas sobre o Oriente Médio" como uma resposta às demandas políticas da comunidade muçulmana brasileira.

No entanto, segundo a avaliação americana, tanto a comunidade árabe cristã como a muçulmana no Brasil não parecem ter o menor interesse no cenário político do Oriente Médio. Esse é um dos fatos intrigantes: "Isso levanta uma questão maior: o que está motivando, então, as políticas às vezes controversas e contraditórias do governo brasileiro em relação ao Oriente Médio?", conclui um dos telegramas.

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Desejo de grandeza?
Megalomania?

Tentando aperfeicoar a democracia nas Americas

Parece que a Carta Democratica da OEA, aprovada em 11 de setembro de 2001 (sim, no mesmo dia...), pode ser aperfeiçoada, para garantir a democracia não só contra golpes, mas também contra candidatos a ditadores que implantam uma ditadura legalmente...
Eu proporia um mecanismo de revisão das políticas internas dos países membros, algo como um TPRM da OMC, o famoso Trade Policy Review Mechanism, periódico...
E também apoio a ideia de que partidos políticos possam peticionar, de modo fundamentado, contra seus próprios governos...
Paulo Roberto de Almeida

REUNIÃO DA "UPLA", EM SANTA CRUZ DE LA SIERRA, BOLÍVIA!
Ex-Blog de Cesar Mais, 24 de janeiro de 2011

1. A União de Partidos Latino-americanos (UPLA) reuniu-se neste fim de semana, em Santa Cruz, Bolívia, para avaliar o quadro político continental e abrir o ano em que a Carta Democrática da OEA (Organização dos Estados Americanos) cumpre 10 anos e requer ajustes.

2. A UPLA, após essa reunião, caminha para incorporar as demais organizações latino-americanas que representam os partidos de centro e centro-direita do continente. Com isso, as duas internacionais, a IDC (democrata de centro) e a UDI (união democrata), que congregam os partidos de centro e centro-direita europeus e norte-americanos, passarão a ter uma só representação política na América Latina. No Brasil, o Democratas é o membro integrante, ocupando, inclusive, a vice-presidência da UPLA.

3. O foco principal da reunião foram as emendas à Carta Democrática (CD) da OEA com vistas a seu aperfeiçoamento. A CD, já em seu artigo primeiro, restringe aos governos dos países membros qualquer acesso a OEA. Entende a UPLA que o direito a voto deve ter essa restrição. Porém, assim como em outras organizações, incluindo a ONU, deve se abrir canais para que os demais poderes dentro desses países, partidos e organizações da sociedade civil possam encaminhar à secretaria geral questões, problemas e denúncias para análise da OEA e, se for o caso, serem submetidas aos demais membros.

4. Na medida em que a CD define como membros integrantes aqueles que respeitam o jogo democrático, sugere-se uma comissão de alto nível para avaliar os países e encaminhar relatórios anuais.

5. Deve-se entender democracia não apenas a observância das regras para acesso ao poder, mas também o respeito às regras democráticas no exercício do poder. Finalmente, transformar a Carta Democrática -um documento que efetivamente produziu avanços- em um Tratado de forma a gerar efeitos vinculantes.

1822 de Laurentino Gomes: a historia para o cidadao comum

Ja li o 1808, do mesmo jornalista, e também vou ler o 1822. Não que eu espere aprender muita coisa nova, desse tipo de vulgarização de boa qualidade, embora o autor, apesar de não ser um historiador de formação, tem um excelente faro jornalístico e oferece boas coisas, algumas até inéditas, para quem queira refrescar o seu conhecimento sobre nossa história (alguns até aprendem do zero).
Mas, ele escreve muito bem e suas fontes são fiáveis. Sempre se pode aprender a escrever melhor com quem é um profissional da escrita...
Paulo Roberto de Almeida

Um barril de pólvora chamado Brasil
Fernando Vives
Carta Capital, 18 de janeiro de 2011

O autor de 1822, Laurentino Gomes, fala sobre o país improvável que surgiu na Proclamação da Independência

Entre as obras lançadas na Feira do Livro do Rio de Janeiro em 2008, um quase despretensioso livro sobre a vinda da corte portuguesa ao Brasil 200 anos antes reacenderia o debate sobre a pesquisa histórica no Brasil. Apesar – ou justamente por isso – da fama de não conhecer a própria história, o brasileiro colocou a obra entre as mais vendidas em pouco tempo. O livro era o 1808, e o autor, o jornalista Laurentino Gomes. Os 600 mil exemplares vendidos levaram Gomes a se dedicar exclusivamente à divulgação da obra e pesquisa para o próximo livro, 1822, desta vez sobre a Independência brasileira. Lançado no fim do ano passado, repetiu o sucesso e reacendeu um debate entre acadêmicos. Além de ser escrita por alguém de fora da academia, Laurentino mistura a macroestrutura da época com histórias curiosas dos personagens principais. A história do País estava sendo banalizada? “Eu vulgarizo a História, mas não a banalizo. Tiro da linguagem acadêmica e a conto de um jeito agradável”, diz.

Nesta entrevista ao jornalista Fernando Vives, regada a capuccino em uma padaria do bairro de Perdizes, em São Paulo, Laurentino Gomes fala sobre 1822, o desafio de tornar a história palatável ao público não acadêmico, as dificuldades de se fazer pesquisa no País e rebate os críticos de sua obra.

Carta na Escola: O senhor era um jornalista que tinha apenas curiosidade pela História. Como surgiu a ideia de falar sobre 1808, e depois de 1822?
Laurentino Gomes: Bem, fui jornalista durante quase 30 anos e o jornalismo e a história são vizinhos. O jornalista testemunha e narra história todos os dias, enquanto o historiador tem um olhar mais distanciado, com mais metodologia e profundidade. Em 1997, surgiu uma oportunidade: eu era editor da revista Veja e havia um projeto especial sobre a história do Brasil – um deles sobre a vinda da corte portuguesa ao Rio de Janeiro. O projeto foi cancelado, mas continuei. Lancei o livro em 2007 pensando na efeméride do ano seguinte, e aí aconteceu o que não imaginava: um livro sobre história do Brasil virou best seller. Então tomei uma decisão arriscada: deixar a Editora Abril, onde trabalhei por 22 anos, para seguir carreira por conta própria, dedicando-me à divulgação do 1808. Fiz bate-papos com leitores, palestras, aulas em escolas, feiras literárias e vi uma demanda: completar essa história. Eu tinha contado o cenário que preparou a Independência do Brasil, faltava contar essa parte. E já estou pensando em fechar uma trilogia, que é 1889, a Proclamação da República. São as três datas ícones da construção do Estado brasileiro do século XIX, a época em que foram lançadas as bases do Brasil que temos hoje.

CE: O que mudou na sua concepção de dom Pedro I após este livro?

LG: Bem, antes eu estava repleto de preconceitos. No 1808, eu tinha a imagem de um dom João abobalhado, incapaz de tomar decisões. Para um jornalista isso é fascinante, mas havia mais além da caricatura. No 1822, isso aconteceu também. Tinha duas imagens de dom Pedro I. Uma é a de Tarcísio Meira no filme Independência ou Morte (de Carlos Coimbra, de 1972), um herói do regime militar, épico. Segundo, o do Marcos Pasquim na série O Quinto dos Infernos (Rede Globo, 2002), mulherengo e inconsequente. Descobri que nem era uma coisa nem outra, apesar de haver os dois elementos. Quando se olha ao passado, tem-se a impressão de que quem fez a História tinha amplo leque de opções. Não é bem assim. Descobri um documento no qual dom Pedro I defendia de forma categórica o fim da escravatura no Brasil. José Bonifácio iria apresentar à Constituinte de 1822-1823 também um projeto para abolir o tráfico negreiro. Então, se o imperador e o seu principal ministro queriam o fim da escravidão, por que não acabou? Porque não tinha como acabar. Então, pesquisar para esse livro me tornou um pouco mais generoso na avaliação dos personagens, sem ser leniente. Não absolvo dom Pedro I, mas por trás do imperador havia um ser com fragilidades muito humanas.

CE: E isso não é uma imagem comum nos livros de História.
LG: No estudo da História do Brasil, vejo dois momentos muito distintos: no fim do século XIX, uma construção dos heróis nacionais, com pouca luz da vida pessoal deles. Depois, no século XX, temos uma escola influenciada pelo marxismo que se dedica à macroestrutura, à história como choque de interesses. As pessoas desaparecem em ambos. A Formação Econômica do Brasil, do Caio Prado Júnior, é uma contribuição inestimável, mas não tem gente de carne e osso ali. Acho que hoje superamos esse momento maniqueísta. Meu olhar é jornalístico, não acadêmico, então queria mostrar as circunstâncias do mundo no momento, mas também dos personagens.


CE: O senhor atribui muita importância aos personagens de José Bonifácio e da imperatriz Leopoldina no livro. Por que eles são tão fundamentais?
LG: Eles exercem papéis simbólicos pelo sobrenome que traziam e o cargo que ocupavam. Dom Pedro era um jovem príncipe de 22 anos que dom João deixa no Brasil para governar um território 93 vezes maior que Portugal. E ele tinha zero de experiência política. Bonifácio era um homem muito experiente, morou 36 anos na Europa, viu a Revolução Francesa nas ruas de Paris. Ao chegar ao Brasil, tem um papel quase paternal com dom Pedro. O Brasil que emerge das margens do Ipiranga tem a assinatura de José Bonifácio, que percebeu que um Brasil grande, isolado, de províncias rivais, só se manteria unido através de uma monarquia constitucional nas mãos do herdeiro português. E ele tem apoio da princesa Leopoldina, mulher de Pedro, educada na corte de Viena, a mais ilustrada da época, e tinha uma noção política muito boa do que acontecia no mundo. Leopoldina converte-se às causas da Independência brasileira. Após 7 de Setembro, dom Pedro fez viagens para pacificar o País e é ela quem formaliza a Independência do Brasil, e depois se empenha pelo reconhecimento do novo país junto às monarquias europeias, dominadas por parentes dela. O Primeiro Reinado desaba definitivamente numa crise política que acaba com a abdicação ao trono em 1831, quando esses dois personagens saem de cena.

CE: No livro, quando o senhor afirma que o Brasil tinha tudo para não dar certo, mas deu, de que exatamente estava falando?
LG: Eu me referia às circunstâncias do Brasil na véspera da Independência. O que é dar certo ou errado na vida de um país? Difícil responder. No caso, seria um Brasil grande, integrado. A maior possibilidade era de que se fragmentasse, como ocorreu na América espanhola. Numa hipótese mais grave, numa guerra étnica entre escravos e brancos. As províncias tinham pouca comunicação entre si, 80% da população era analfabeta, de cada três brasileiros, um era escravo. O País estava falido, pois a corte, ao voltar a Portugal, raspou os cofres públicos. Os perigos eram tão grandes que a elite brasileira preferiu se unir em torno do herdeiro da coroa portuguesa em regime monárquico porque, se não acontecesse isso, poderia haver uma guerra étnica. O Brasil se manteve unido mais por suas fragilidades que por suas virtudes. Então o Brasil que surge em 1822 é um país que vai adiando outras soluções, o que conhecemos bem até hoje.

CE: O 1822 foi pesquisado e lançado em Portugal e no Brasil. Que diferenças dos fatos e personagens históricos o senhor encontrou entre os dois países?
LG: Brasil e Portugal, a rigor, compartilham a mesma história até 7 de abril de 1831, quando dom Pedro abdica do trono e tem-se a nacionalização da Independência brasileira. Até então, era a mesma lei e a mesma constituição. Curiosamente, porém, as visões desse período são completamente diferentes dos dois lados do Atlântico. Brasileiros e portugueses desconhecem o que aconteceu no outro país. Fui lançar meu livro em Portugal, e lá eles não faziam a menor ideia do que ocorreu em 1822. Não sabem que o dom Pedro IV deles era o mesmo dom Pedro que proclamou a Independência do Brasil.

CE: Fazer pesquisa histórica no Brasil é difícil?
LG: Muito. Não faço pesquisa primária, só narrativa secundária, ou seja, leio o que outros historiadores falaram sobre o assunto e confronto as versões, e vou aos locais onde as coisas aconteceram. No Brasil, as bibliotecas estão sucateadas, arquivos não catalogados ou abandonados. A pesquisa histórica no Brasil ainda está por acontecer. Existe outra frente pouca realizada, que é a história regional. A história nacional avançou mais, mas existem pedaços que só podem ser observados na perspectiva da região. Faltam incentivo e determinação em se fazer pesquisa por aqui.

CE: Críticos do seu trabalho dizem que o senhor trata da História de maneira superficial. Como interpreta isso?
LG: Dependendo de como é feita, às vezes considero até um elogio. Um crítico disse que eu vulgarizo a história do Brasil, que é de fato o que faço. Eu torno esse conhecimento acadêmico, quase criptografado, e decodifico usando a experiência que adquiri no jornalismo. Toda vez que um jornalista faz uma reportagem, ele se obriga, por treinamento, a ser didático. Mas veja: existe uma linha muito tênue que não me permite ficar só na superfície nem me aprofundar muito. Tento usar uma linguagem provocativa de capa, para chamar a atenção do leitor leigo, mas, se ficar só nisso, fica banal, mero entretenimento. E tenho de fazer direito, respeitando as fontes, os leitores e a pesquisa.

CE: O senhor crê que existe, em parte, certo “ciúme” de alguns historiadores pelo fato de alguém de fora se aventurar nessa área?
LG: Sim, existe uma reação corporativista, mas de uma parte mais medíocre da academia. Agora, tive resenhas muito boas de historiadores como Lilian Schwarcz, Mary del Priore, João Marcel Carvalho França e Elias Tomé Saliba, entre outros. Eles entenderam o que estou fazendo. Não estou competindo, e sim fazendo um trabalho de divulgação científica, que é bom para eles. Professores de História estão adorando esses livros, o ciúme vem mais da academia mesmo.

CE: O senhor fez uma espécie de making-off nas redes sociais enquanto fazia o livro. O que conseguiu tirar dessa experiência?
LG: Isso é uma lição que o novo jornalismo praticado hoje me deu, que é ter uma cabeça multimídia. Não vamos atingir toda a audiência possível usando só um único formato. Estou no Orkut, Twitter e Facebook, além de dar aulas e palestras. Interajo muito com o público também durante a pesquisa. É quase como um reality show. Exemplo: no 1822, coloquei que José Bonifácio morreu na Ilha de Paquetá. Um tuiteiro especializado em José Bonifácio me informou que ele morreu em Niterói. Vou corrigir na próxima edição. Há uma rede de especialistas nessas comunidades. Se você consegue chegar até eles adequadamente, eles acompanham o seu trabalho e te divulgam.

Wikileaks-Brasil: o estado da arte em dezembro de 2010

Um link para a lista de "leaks" sobre o Brasil publicados pela Folha de S.Paulo até dezembro de 2010

Leia os últimos telegramas sobre o Brasil obtidos pela Folha
FOLHA DE SÃO PAULO, 08/12/2010
Atualizado em 07/01/2011

Desde julho de 2007, o WikiLeaks publica documentos delicados por meio do que descreve como "vazamento com princípios".

O seu mais recente "lançamento" são 250 mil documentos secretos diplomáticos dos EUA.

A Folha é uma das sete publicações no mundo que têm acesso a esse material antes de ele ser divulgado no site. O jornal teve acesso aos 2.903 documentos que mencionam o Brasil e foram produzidos aqui ou no Departamento de Estado norte-americano, em Washington.

LEIA A VERSÃO TRADUZIDA DOS TELEGRAMAS

28.mar.2008 - Secreto - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Roubo de avião mostra vuneabilidade de espaço aéreo no Brasil, dizem EUA

14.set.2009 - Confidencial - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Documento recomenda EUA manterem opinião positiva sobre Lei do Abate

1.nov.2006 - Secreto - Política externa do governo Lula
Telegrama comenta política externa no 2º mandato de Lula

1.jul.2009 - Secreto - Política externa do governo Lula
Documento relata encontro de embaixador dos EUA e Lula em 2009

11.dez.2009 - Confidencial - Apagão no Brasil
Para americanos, apagão pode ter sido sabotagem

24.dez.2009- Confidencial - Atentado no Rio em 2016
EUA afirmam que Rio teme ser alvo de terrorismo em 2016

11.jan.2009 - Confidencial - Estratégia Nacional de Defesa
EUA fazem duras críticas à Estratégia Nacional de Defesa

22.jan.2009 - Confidencial - Tumor de Evo Morales
Ministro brasileiro diz a EUA que presidente da Bolívia tem tumor no nariz

13.nov.2009 - Confidencial - Acordos de defesa com EUA
Vice-embaixadora dos EUA e Nelson Jobim discutem acordos em defesa

31.mar.2008 - Confidencial - Jobim aliado dos EUA
EUA viam Nelson Jobim como um aliado em contraposição ao Itamaraty

13.mar.2009 - Confidencial - Jobim aliado dos EUA
Para embaixador dos EUA, Jobim é "primeiro ministro da Defesa forte do Brasil"

20.fev.2009 - Confidencial - Jobim aliado dos EUA
Ministro Nelson Jobim discutiu agenda para visita a Washington

25.jan.2009 - Confidencial - Jobim aliado dos EUA
Ministro Nelson Jobim queria acordo de cooperação em defesa com EUA

8.jan.2008 - Confidencial - Terrorismo no Brasil
EUA destacam aproximação do Brasil com muçulmanos

20.nov.2009 - Confidencial - Terrorismo no Brasil
EUA estudaram comunidade muçulmana no Brasil

31.dez.2009 - Não classificado - Terrorismo no Brasil
EUA dizem que esforço antiterror se concentra em São Paulo

18.mar.2009 - Confidencial - Terrorismo no Brasil
Brasil voltou atrás em lei antiterrorismo, segundo EUA

8.abr.2008 - Secreto - Terrorismo no Brasil
EUA dizem que Brasil é parceiro no combate ao terrorismo

6.mai.2005 - Confidencial - Terrorismo no Brasil
EUA discutem presença da Al Qaeda na tríplice fronteira

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LEIA A VERSÃO EM INGLÊS DOS TELEGRAMAS OBTIDOS PELA FOLHA

2.set.2005 - Confidencial - Tráfico nuclear
Brasil pediu rastreamento de redes financeiras por trás de tráfico nuclear

26.ago.2004 - Confidencial - Acordo nuclear
EUA discutem pontos de acordo nuclear com diplomatas brasileiros

13.fev.2009 - Confidencial - Proliferação nuclear
Brasil responde a perguntas sobre Tratado de Não Proliferação Nuclear

20.ago.2009 - Confidencial - Diplomacia
Brasil ofereceu ajuda aos EUA para lidar com Irã e Coreia do Norte

8.jun.2009 - Confidencial - Proliferação nuclear
Itamaraty quis termo de exceção para Brasil e Argentina em acordo

14.ago.2009 - Não classificado - Programa nuclear
Países Não Alinhados rejeitaram banco de combustível nuclear da AIEA

20.ago.2009 - Confidencial - Programa nuclear
EUA viam papel crucial do Brasil em influenciar países em desenvolvimento

8.dez.2008 - Não classificado - Agência nuclear
Diplomata avalia acordo Brasil-Argentina com agência nuclear da ONU

17.fev.2009 - Confidencial - Programa nuclear
Brasil discute garantias internacionais sobre programa nuclear

16.nov.2009 - Confidencial - Proliferação Nuclear
Representante do presidente para Não Proliferação Nuclear visita Brasil

14.set.2009 - Não classificado - Trocas de combustível nuclear
Brasil quis mais informações sobre trocas de combustível nuclear

05.dez.2008 - Não classificado - Agência nuclear
Diplomata avalia acordo Brasil-Argentina com agência nuclear da ONU

11.mai.2009 - Confidencial - Visitas da AIEA
Brasil cogita aceitar visitas da AIEA, mas não protocolo adicional

1.nov.2004 - Confidencial - Varig
EUA cogitaram mandar equipe ao Brasil para discutir situação da Varig; leia em inglês

1.dez.2004 - Não classificado - Varig
Documento detalha situação precária da Varig e Vasp; leia em inglês

20.dez.2004 - Confidencial - Varig
Reunião teve como assunto dívida da Varig à Boeing; leia em inglês

10.jun.2005 - Não classificado - Varig
Para EUA, situação da Varig estava prestes a se tornar 'muito confusa'; leia em inglês

15.junho.2005 - Não classificado - Varig
Membros do conselho da Varig detalham a embaixador situação; leia em inglês

11.jul.2005 - Não classificado - Varig
Diretor da Boieng avaliou situação da Varig após mudanças; leia em inglês

20.out.2005 - Não classificado - Varig
EUA avaliaram que ajuda do governo à Varig pode ter demorado; leia em inglês

31.mar.2005 - Não classificado - Varig
Criação da Anac é descrita em telegrama; leia em inglês

10.abr.2006 - Não classificado - Varig
EUA queriam estreitar relações com Anac em encontro nos EUA; leia em inglês

11.abr.2006 - Não classificado - Varig
EUA descrevem situação de caos com cancelamentos de voos da Varig; leia em inglês

13.jun.2006 - Não classificado - Varig
EUA avaliaram que TAM e Gol ganharam com incertezas sobre a Varig; leia em inglês

29.jun.2006 - Não classificado - Varig
Documento aponta que juiz rejeitou oferta de trabalhadores da Varig; leia em inglês

2.abr.2007 - Não classificado - Varig
Embaixada apoiou envio de funcionário da agência de aviação dos EUA; leia em inglês

12.ago.2005 - Confidencial - Ministério das Relações Exteriores
Palocci queria mudar política do Ministério das Relações Exteriores, dizem EUA

26.set.2003 - Não classificado - Acordo comercial
Embaixador americano diz que acordo comercial não pode sair sem o Brasil

24.mar.2003 - Não classificado - EUA-Mercosul
Para diplomata brasileiro, discussões EUA-Mercosul são 'menos que francas'

27.out.2003 - Confidencial - Alca
EUA discutem se oposição brasileira nas negociações da Alca pode ser quebrada

04.mar.2003 - Não classificado - Alca
Telegrama diz que Lula pressionará metas sociais ao negociar Alca

20.mai.2003 - Confidencial - Alca
Ceticismo à Alca vem das Relações Exteriores, diz documento

08.abr.2004 - Confidencial - Alca
Reunião da Alca na Argentina leva Itamaraty a usar mídia para acusações, dizem EUA

05.mar.2004 - Confidencial - Alca
EUA especulam sobre aceitação da Alca pelo Brasil

28.abr.2003 - Não classificado - Alca
Governo não quer atrasar Alca, diz assessor de Amorim segundo documento

18.jul.2003 - Confidencial - Alca
Telegrama de 2003 analisa visão do Brasil sobre Alca

18.jul.2003 - Confidencial - Alca
Funcionário brasileiro sugere que país pode aceitar Alca, diz telegrama

12.ago.2005 - Confidencial - Negociações bilaterais
Documento mostra negociações bilaterais entre Brasil e EUA

03.abr.2006 - Não classificado - Câmara Americana de Comércio
Evento na Câmara Americana de Comércio é tema de telegrama

26.set.2003 - Não classificado - Alca
Telegrama relata negociações com Brasil sobre Alca

26.out.2009 - Confidencial - Chancelaria brasileira
Chancelaria brasileira tem 'ciúmes' de outros países líderes na região

27.jul.2006 - Confidencial - Abrigo a ex-padre ligado às Farc
Abrigo a ex-padre que se juntou às Farc gera desconfiança

27.ago.2009 - Confidencial - Bases militares na Colômbia
EUA tentam dissipar desconfiança sobre bases militares na Colômbia

20.ago.2009 - Confidencial - Acordo Colômbia-EUA
Brasil recua nos ataques ao acordo Colômbia-EUA, diz telegrama

26.out.2009 - Confidencial - Acordo Colômbia-EUA
Visita de Uribe deixou Lula 'tranquilo' sobre acordo Colômbia-EUA

30.out.2009 - Confidencial - Conflito Brasil-Colômbia sobre fronteiras
Brasil queria garantias formais de que Colômbia respeitaria fronteiras

25.nov.2009 - Secreto - Conflito Colômbia-Venezuela
EUA investigaram envolvimento do Brasil no conflito Colômbia-Venezuela

28.ago.2009 - Confidencial - Atuação dos EUA nas fronteiras colombianas
Brasil se preocupa que EUA não atuem fora das fronteiras colombianas

09.abr.2009 - Confidencial - Obama
Obama quer relação mais transparente com Brasil, diz telegrama

09.nov.2009 - Confidencial - Caso Sean
EUA pediram para Itamaraty ajudar na devolução de Sean Goldman ao pai

16.mar.2009 - Não classificado - Caso Sean
Telegrama diz que Obama conversou com Lula sobre caso Sean

06.nov.2009 - Confidencial - Irã
EUA se preocuparam com possível acordo de vistos entre Brasil e Irã

29.nov.2005 - Confidencial - Irã
Telegrama de 2005 mostra Brasil preocupado com falas do presidente do Irã

19.fev.2010 - Confidencial - Irã
Diplomatas do Itamaraty sugeriram formas de lidar com questão nuclear do Irã

06.out.2009 - Confidencial - Irã
Brasil recebe relatório da AIEA e repensa posição sobre Irã

16.nov.2009 - Confidencial - Ahmadinejad
EUA queriam que Brasil influenciasse Ahmadinejad durante visita

13.nov.2008 - Não classificado - Irã
Brasileiros podem mostrar para Irã que negociação é melhor saída

29.jan.2010 - Confidencial - Irã
Reunião com Itamaraty visava buscar apoio a sanções contra o Irã

25.nov.2009 - Confidencial - Ahmadinejad
Embaixada dos EUA analisa visita de Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil

07.out.2009 - Confidencial - Israel
Itamaraty confirma visita do presidente de Israel

23.set.2009 - Confidencial - Irã
Documento revela que Brasil pediu mais dados ao Irã para acordo

18.set.2009 - Confidencial - Irã
Brasil hesitou sobre cumprimento de acordo pelo Irã

20.nov.2006 - Não classificado - Ambiente
Brasil demonstra 'imaturidade política' e paranoia em tópicos como Amazônia

11.dez.2006 - Não classificado - Relações bilaterais
Segundo telegrama, Brasil demonstra 'ambivalência' a respeito dos EUA

07.abr.2006 - Não classificado - Diplomacia
Documento comenta aproximação entre Brasil e China

18.mai.2006 - Não classificado - Brasil
De mensalão a etanol, telegrama contextualiza Brasil para secretário

Confidencial - Diplomacia brasileira
Despacho detecta ambições internacionais de Lula

03.out.2006 - Não classificado - Artigo 98
EUA diz que Brasil viu acordo militar como "pé na porta"

31.mai.2005 - Confidencial - Artigo 98
Brasil rejeita imunidade legal para militares dos EUA

28.abr.2005 - Confidencial - Diplomacia brasileira
Em 2005, diplomacia dos EUA e do Brasil discutem acordo contra Irã

24.mar.2005 - Confidencial - Artigo 98
EUA discutem regras para exercícios militares no Brasil

29.abr.2005 - Confidencial - Artigo 98
EUA alegaram más experiências para conseguir acordo de imunidade

22.dez.2004 - Confidencial - Programa F-X
Documento comenta programa para modernização de caças

14.jul.2007 - Confidencial - Artigo 98
Telegrama revela pressão para acordo contra extradição de americanos

27.mai.2004 - Confidencial - Artigo 98
EUA e Brasil discutem cooperação militar na região

29.mai.2004 - Confidencial - Artigo 98
Brasil procurou outros parceiros militares após pressão dos EUA

16.mai.2007 - Confidencial - Apagão aéreo
PMDB usou CPI do Apagão Aéreo para barganhar cargos

30.nov.2006 - Não classificado - Apagão aéreo
Passageiros precisam de 'um alto grau de paciência', diz embaixador

24.nov.2006 - Confidencial - Voo 1907
Sobre pilotos acusados, brasileiro alerta para pressão externa

05.nov.2006 - Não classificado - Voo 1907
Documento responsabiliza caos aéreo por acidente da Gol

1º.dez.2006 - Confidencial - Voo 1907
Segundo telegrama, embaixada está 'frustrada' com demora para liberar pilotos

05.abr.2007 - Confidencial - Apagão aéreo
ACM Neto culpa governo Lula por ignorar indícios da crise aérea

02.out.2006 - Não classificado - Voo 1907
Telegrama traz conselhos a peritos dos EUA que investigarão acidente da Gol

17.nov.2006 - Confidencial - Voo 1907
Embaixador intercederá em caso de pilotos acusados

04.jun.2007 - Não classificado - Voo 1907
Documento destaca acusação contra controladores em colisão aérea

27.mai.2004 - Confidencial - Lula, Morales e Chávez
Para embaixadora, Lula ajudou a manter Chávez e Morales 'moderados'

18.mai.2006 - Não classificado - Lula e Chávez
Documento relata simpatia de Lula por Chávez

10.mar.2006 - Não classificado - Mensalão e Alca
Telegrama explica mensalão e dificuldades para emplacar Alca

26.mar.2004 - Confidencial - Dirceu
Telegrama relata encontro de diplomata com Dirceu e preocupação com vizinhos

06.out.2004 - Confidencial - Dirceu
Documento narra encontro de embaixador dos EUA com Dirceu

13.out.2005 - Confidencial - Dirceu
Conversa após mensalão retrata Dirceu otimista sobre Lula, mostra telegrama

19.ago.2005 - Confidencial - Dirceu
Telegrama relata desdobramentos do escândalo do mensalão sobre Dirceu

20.abr.2005 - Confidencial - Dirceu
Intenções de Dirceu sobre Alca dividem delegação americana, dizem documentos

13.abr.2005 - Confidencial - Dirceu
Documento indica que Dirceu recomendaria a Chávez baixar o tom 'provocativo'

16.maio.2008- Não classificado - MST Consulado São Paulo
Documento diz que Bolsa Família obrigava MST a repensar tática; leia em inglês

12.abr.2004 - Confidencial - MST - Embaixada Brasília
Telegrama diz que 'abril vermelho' em 2004 poderia ficar mais violento; leia em inglês

11.out.2005 - Não classificado - MST Embaixada Brasília
MST invade propriedade americana, informa documento; leia em inglês

24.mar.2006 - Não classificado - MST Consulado São Paulo
Pesquisa mostra baixa popularidade do MST, diz embaixada; leia em inglês

28.mai.2008 - Não classificado - MST Consulado de Recife
MST tem dificuldade de criticar Lula por sua popularidade, dizem EUA; leia em inglês

1.abr.2009 - Não classificado - MST Consulado de São Paulo
Telegrama afirma que diversos fatores mostram marginalização do MST; leia em inglês

29.mai.2009 - Não classificado - MST Consulado de São Paulo
Documento relata prática do MST que atinge sua credibilidade; leia em inglês

28.set.2009 - Confidencial - Honduras
Em encontro na OEA, Amorim fala sobre Zelaya para americanos

25.set.2009 - Não classificado - Honduras
Governo brasileiro acredita que Chávez está por trás de Zelaya, diz telegrama

02.out.2009 - Secreto - Honduras
Embaixador peruano fala sobre Sendero Luminoso e Zelaya

15.dez.2005 - Confidencial - Lula e PMDB
Delfim Neto relata em 2005 relações entre Lula e PMDB

27.out.2009 - Confidencial - Honduras
Telegrama mostra opinião de petistas e acadêmicos sobre Zelaya

12.jul.2009 - Não classificado - Honduras
Documento reproduz artigo sobre risco de Zelaya para Lula

04.set.2009 - Não classificado - Base na Colômbia
Base na Colômbia foi tema de reunião com brasileiros e americanos

23.set.2009 - Não classificado - Honduras
Pego de surpresa no caso Zelaya, Brasil busca ajuda dos EUA

02.out.2009 - Não classificado - Honduras
Brasil não tem estratégia para Honduras, dizem EUA

26.out.2009 - Não classificado - Honduras
Documento relata confusão da delegação de parlamentares em Honduras

20.nov.2009 - Não classificado - Indicação de Patriota
EUA elogiam indicação de Patriota para Secretaria do Itamaraty em 2009

10.dez.2009 - Não classificado - Visita
Relatório descreve visita de Valenzuela ao Brasil no ano passado

29.dez.2009 - Não classificado - Encontro
Valenzuela tem encontro com funcionários do governo brasileiro

08.jan.2010 - Não classificado - Política externa
PT e PSDB mostram diferenças sobre política externa

11.jan.2010 - Não classificado - Encontro
Amorim faz visita com novo embaixador americano

19.fev.2010 - Não classificado - Encontro
Telegrama relata encontro de Garcia e Carvalho com embaixador

26.dez.2007 - Não classificado - Pirataria
Governo e universidades distribuem produtos piratas, diz documento

18.ago.2006 - Não classificado - Pirataria
Esforço brasileiro para conter pirataria é de interesse dos EUA

17.ago.2009 - Não classificado - Patente
Derrubada de patente americana é discutida em telegrama

27.fev.2004 - Confidencial - Pirataria
Para ex-embaixador, Lula não tem boa estratégia antipirataria

10.jun.2005 - Confidencial - Patente
Brasil aconselhou EUA antes de quebrar patente dos remédios anti-Aids

08.nov.2004 - Confidencial - Direitos autorais
Embaixador detalha preocupação com direitos autorais no Brasil

20.nov.2009 - Não classificado - Patentes
Perto da eleição, Brasil pode evitar questão das patentes, diz documento

16.jun.2006 - Não classificado - Pirataria
Até Lula viu cópia pirata de 'Dois Filhos de Francisco', diz telegrama

03.fev.2003 - Confidencial - Pirataria
Documento revela desconfiança no combate brasileiro à pirataria

05.set.2006 - Não classificado - Parcerias comerciais
Cônsul relata investidas de embaixador em parcerias comerciais

28.nov.2006 - Não classificado - Pirataria
Telegrama relata reforço do combate à pirataria em São Paulo

02.mar.2009 - Não classificado - Pirataria
Brasil deve ser mantido em 'lista de pirataria', recomenda diplomacia

26.set.2006 - Confidencial - Genéricos
Documento aborda avanços do governo para importar genéricos

02.fev.2004 - Confidencial - CPI da Pirataria
Telegrama relata atuação de deputados na CPI da Pirataria

21.ago.2009 - Não classificado - Economia
Propriedade intelectual pode atrapalhar economia, registra documento

16.nov.2006 - Não classificado - Parceria econômica
Impopularidade dos EUA é barreira para parceria econômica

22.fev.2005 - Confidencial - Caso Dorothy Stang
Pará pode estar encobrindo envolvidos do caso Dorothy, diz documento

14.fev.2005 - Confidencial - Caso Dorothy Stang
Missionária americana morre e EUA acreditam que prisões serão feitas

03.mar.2005 - Não classificado - Caso Dorothy Stang
FBI esteve no Brasil para apurar morte de Dorothy, aponta documento

13.mar.2006 - Não classificado - Código florestal
Telegrama comenta aprovação de código florestal em 2006

18.fev.2005 - Confidencial - Caso Dorothy Stang
Embaixador comenta prisão de acusados de matar Dorothy

1º.mar.2005 - Confidencial - Caso Dorothy Stang
Funcionário do governo mostra que caso Dorothy não será federalizado

14.ago.2006 - Não classificado - Impacto ambiental
Embaixador analisa impacto ambiental da pavimentação da BR-163

12.mai.2008 - Não classificado - Caso Dorothy Stang
Absolvição de acusado do caso Dorothy preocupou embaixada

02.mai.2005 - Não classificado - Caso Dorothy Stang
Documento traz relato sobre conflitos agrários no Pará pós-Dorothy

04.mar.2005 - Não classificado - Legislação ambiental
Telegrama de 2005 trata de mudanças na legislação ambiental

07.mar.2005 - Não classificado - Caso Dorothy Stang
Em 2005, governo pediu federalização do caso Dorothy, diz embaixada

28.mar.2005 - Não classificado - Caso Dorothy Stang
Quarto suspeito da morte de Dorothy Stang se entrega, informa telegrama

15.fev.2007 - Secreto - Encontro de Armando Félix
Telegrama relata encontro de Armando Félix com embaixador dos EUA

21.fev.2009 - Confidencial - Acordo de defesa EUA e Brasil
Telegrama relata encontro de Amorim com embaixador sobre acordo de defesa

14.mar.2006 - Não classificado - Governo Lula
Cônsul relata encontro com cardeal Hummes sobre governo Lula

24.out.2007 - Não classificado - Política e Bolsa Família
Texto mostra opinião de d. Odilo sobre política e Bolsa Família

29.mai.2007 - Não classificado - Religião
Em 2007, documento descreve receptividade do papa no Brasil

27.mar.2007 - Não classificado - Religião
Telegrama analisa indicação de d. Odilo para acerbispo de SP

02.dez.2009 - Confidencial - Pré-sal
Empresa ouviu Serra sobre novas regras do pré-sal

27.ago.2009 - Confidencial - Pré-sal
Telegrama mostra que petroleiras eram contra novas regras

21.jan.2009 - Não classificado - Pré-sal
Documento relata participação de americanas na descoberta do pré-sal

30.jun.2008 - Não classificado - Pré-sal
Telegrama mostra interesse das empresas americanos no pré-sal

15.abr.2008 - Não classificado - Pré-sal
Decisões políticas sobre pré-sal terão impacto para americanos, diz embaixada

28.jan.2008 - Não classificado - Petróleo brasileiro
Estrangeiros irão continuar a investir no petróleo brasileiro, dizem EUA

16.mar.2004 - Secreto - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Telegrama relata encontro de Jorge Félix com general americano

8.fev.2004 - Confidencial - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Representantes americanos tratam da Lei do Abate com Defesa

20.set.2006 - Confidencial - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Missão recomenda renovação de cooperação EUA e Brasil

6.dez.2008 - Secreto - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Documento dos EUA trata de cooperação com Brasil sobre lei do abate

6.dez.2008 - Secreto - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Embaixada fala da segurança do espaço aéreo brasileiro

21.jul.2004 - Confidencial - Lei do Abate e segurança do espaço aéreo
Mensagem relata encontro com militares brasileiros e americanos

13.fev.2010 - Confidencial - Dilma Rousseff e eleições 2010
Telegrama fala do crescimento de Dilma nas pesquisas; leia em inglês

20.jul.2009 - Não classificado - Dilma Rousseff e eleições 2010
Texto de Embaixada dos EUA analisa de 2009 analisa disputa entre Dilma e Serra

16.mai.2008 - Confidencial - Dilma Rousseff e eleições 2010
Em 2008, documento afirmava que Dilma aumenta chances

22.jun.2005 - Não classificado - Dilma Rousseff e eleições 2010
Telegrama traz biografia de Dilma ao ser indicada para Casa Civil

21.out.2010 - Confidencial - Dilma Rousseff e eleições 2010
Relatório detalha movimentação política um ano antes da eleição

19.jun.2009 - Confidencial - Dilma Rousseff e eleições 2010
Telegrama fala do estado de saúde de Dilma após câncer

10.nov.2009 - Não classificado - Dilma Rousseff e eleições 2010
Embaixada relata em 2009 imagem de Dilma no PT

24.jul.2008 - Confidencial - Dilma Rousseff e eleições 2010
Documento cita possível repercussão de escândalo no Senado

23.abr.2005 - Não classificado - Dilma Rousseff e eleições 2010
Telegrama dos EUA em 2009 trata dos perfis dos candidatos

11.ago.2006 - Confidencial - Política externa do governo Lula
Em 2006, novo embaixador dos EUA chama de positivo encontro com Lula

22.nov.2002 - Confidencial - Política externa do governo Lula
Documento detalha conversa de Lula com americanos em 2002

9.set.2004 - Confidencial - Política externa do governo Lula
Telegrama relata credenciamento de embaixador dos EUA em 2004

9.fev.2010 - Confidencial - Política externa do governo Lula
Embaixador trata de encontro com Lula este ano

30.fev.2008 - Confidencial - Violência no Rio
Documento de 2008 trata da violência no Rio e economia no país

27.nov.2009 - Confidencial - Violência no Rio
Documento de 2009 detalha visita de Beltrame ao Dona Marta

8.dez.2005 - Confidencial - Violência no Rio
Embaixada dos EUA relata queima de ônibus no Rio em 2004

9.dez.2005 - Confidencial - Violência no Rio
Telegrama da Embaixada dos EUA fala do combate ao crime no Rio

24.ago.2009 - Confidencial - Violência no Rio
UPPs do Rio são tema de documento da Embaixada Americana em 2009

12.nov.2009 - Confidencial - Violência no Rio
Embaixada dos EUA elogia implantação das UPPs no Rio

22.set.2008 - Confidencial - Violência no Rio
Documento da Embaixada dos EUA relata visita do prefeito do Rio

30.set.2008 - Confidencial - Violência no Rio
Doutrina da combate a insurgência é usada no Rio, diz Embaixada dos EUA

Não classificado - Aquecimento global
Serviço Florestal dos EUA tenta aumentar colaboração com Brasil

Não classificado - Aquecimento global
Telegrama comenta posição do Brasil para reunião em Copenhague

Confidencial - Aquecimento global
Para EUA, Brasil quer ter papel ativo contra aquecimento global

Não classificado - Aquecimento global
EUA ajudam programa brasileiro de proteção a parques

Não classificado - Aquecimento global
EUA comentam lei sobre problemas fundiários na Amazônia

Não classificado - Aquecimento global
EUA dizem querer programa de conservação das florestas tropicais

Não classificado - Aquecimento global
Brasil incorpora política de mudança climática à legislação doméstica

Não classificado - Aquecimento global
Alemanha quer aumentar ajuda no combate ao desmatamento no Brasil

Não classificado - Aquecimento global
Telegrama fala sobre desmatamento no Brasil

Não classificado - Aquecimento global
Colaboração entre EUA e Brasil avança no combate a incêndios florestais

Não classificado - Aquecimento global
Telegrama comenta posição do Brasil para reunião em Copenhague

Não classificado - Aquecimento global
Brasil e França anunciam posição comum sobre mudanças climáticas

Não classificado - Aquecimento global
Documento diz que Brasil toma medidas pragmáticas sobre o desmatamento ilegal

Não classificado - Aquecimento global
Minc está ansioso para encontro com representante dos EUA, diz telegrama

Não classificado - Aquecimento global
EUA elogiam fundos de financiamento para proteção da Amazônia

Não classficado - Aquecimento global
Especialistas de EUA e Peru discutiram proteção aos Andes

Não classificado - Aquecimento global
EUA e Brasil discutem áreas bilaterais protegidas

Não classificado - Aquecimento global
EUA relatam otimismo brasileiro com reunião em Copenhague

Não classificado - Aquecimento global
EUA relatam redução recorde no desmatamento no Brasil

Não classificado - Aquecimento global
Telegrama relata orgulho do Brasil com resultado da COP-15

Confidencial - Aquecimento global
Telegrama relata ações ambientais do Brasil após a COP-15

Não classificado - Aquecimento global
Acordo bilateral para proteção da floresta está perto de desfecho

Não classificado - Aquecimento global
Brasil informa suas ações nacionais de mitigação das mudanças climáticas

Não classificado - Aquecimento global
Resposta preliminar brasileira à COP-15

Não classificado - Aquecimento global
Novo código florestal provoca debates acalorados entre fazendeiros e ambientalistas

Não classificado - Aquecimento global
Estado do Amazonas planeja abordagem ambiciosa contra desmatamento

Terrorismo no Brasil
Leia cinco telegramas tratam da ação de árabes no Brasil

Leia a íntegra de mais documentos obtidos pela Folha

Wikileaks: Brasil-Franca-EUA-Africa, sinceridades e hipocrisias...

O bom do Wikileaks é imaginar as pessoas sorrindo amarelo, depois...
Enfim, cada um assume responsabilidade pelo que diz...
Paulo Roberto de Almeida

Francês diz que Celso Amorim tem planos para Cuba pós-Castro
Folha de S.Paulo, 19/01/2011

ID 92458
1/12/2007 17:07
07BRASILIA64

Embassy Brasilia UNCLASSIFIED VZCZCXRO7151PP RUEHRGDE RUEHBR #0064 0121707ZNY CCCCC ZZHP 121707Z JAN 07 ZDKFM AMEMBASSY BRASILIATO RUEHC/SECSTATE WASHDC PRIORITY 7820INFO RUEHAC/AMEMBASSY ASUNCION PRIORITY 5869RUEHBO/AMEMBASSY BOGOTA PRIORITY 4058RUEHBU/AMEMBASSY BUENOS AIRES PRIORITY 4503RUEHCV/AMEMBASSY CARACAS PRIORITY 3560RUEHGT/AMEMBASSY GUATEMALA PRIORITY 0318RUEHLP/AMEMBASSY LA PAZ PRIORITY 5081RUEHPE/AMEMBASSY LIMA PRIORITY 3307RUEHME/AMEMBASSY MEXICO PRIORITY 2037RUEHMN/AMEMBASSY MONTEVIDEO PRIORITY 6677RUEHOT/AMEMBASSY OTTAWA PRIORITY 1006RUEHFR/AMEMBASSY PARIS PRIORITY 0297RUEHPU/AMEMBASSY PORT AU PRINCE PRIORITY 0163RUEHQT/AMEMBASSY QUITO PRIORITY 2087RUEHSG/AMEMBASSY SANTIAGO PRIORITY 6010RUEHRG/AMCONSUL RECIFE PRIORITY 6087RUEHRI/AMCONSUL RIO DE JANEIRO PRIORITY 3680RUEHSO/AMCONSUL SAO PAULO PRIORITY 8986RUEKJCS/SECDEF WASHDC PRIORITYRHEHNSC/NSC WASHDC PRIORITYRUMIAAA/USCINCSO MIAMI FL PRIORITYRUEATRS/DEPT OF TREASURY WASHINGTON DC PRIORITYRUEAIIA/CIA WASHDC

PRIORITY C O N F ID E N T I A L BRASILIA 000064 SIPDIS SIPDIS E.O. 12958: DECL: 01/11/2017 TAGS: PREL, BR SUBJECT: FRANCE MAKES BRAZIL NUMBER ONE IN LATIN AMERICA

Classified By: AMBASSADOR CLIFFORD SOBEL. REASONS: 1.4 (B)(D).

1. (C) French Ambassador to Brazil Antoine Pouillieute met with Ambassador Sobel on January 9, 2007 for a surprisingly frank and substantive conversation. Key themes from the meeting are reported below.

BRAZIL -- THE NEW FRENCH PRIORITY
2. (C) Pouillieute noted that his government has a complicated relationship with Brazil and had recently decided to make Brazil France's largest and most important embassy in Latin America. His government has upgraded its presence in Brazil to 110 French nationals, thereby surpassing the French contingent in Mexico. Some of France's most successful and promising recent endeavors with Brazil have been in the area of military sales, where Pouillieute said the potential for sale of additional future French military equipment (NFI) is quite good.

3. (C) Pouillieute commented that the EU's efforts in Brazil are not united and that each EU Country is pursuing its own aims in Brazil separately. He commented that he had little faith in the EU-Mercosul free trade negotiations, confirming that they basically boiled down to what will likely be a biofuels deal. In addition he speculated that even though Venezuela is not yet disruptive to Mercosul, it probably will be in the future and that it is critical to Brazil for Venezuela to become a full member.

FOREIGN POLICY
4. (C) Regarding broader Brazilian foreign policy issues, France has actually found a way to work within Brazil's stated south-south policy focus, using common interests in Africa as a key foundation. That said, Pouillieute admitted that the French were often frustrated with Brazil: the Brazilians had often been duplicitous, pointing out to African countries that they were natural allies given their common colonial past and reminding these countries that France had once exploited them. The French Ambassador was incredulous that the Brazilians could think that such comments would not eventually get back to the French. Another source of frustration for the French Ambassador is that the Brazilian foreign ministry (MRE) will often sideline some long-planned official French VIP visit to instead focus on some competing visit by a minor African visitor. This baffled Pouillietute.

5. (C) Changing topics, Pouillieute said that Brazilian Foreign Minister Celso Amorim apparently has planned extensively for transition in Cuba, and knew exactly what Brazil's role would be in post-Castro scenarios on the island (NFI). Pouillieute also offered that there might be room for tripartite cooperation on law enforcement issues. (Note: US LEA's do not currently engage French counterparts on local efforts.) Finally, he expressed his amazement at the lengths Brazil was going to try to cultivate China. Sobel

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Brasil vê fragilidade econômica de Cuba, revela o site WikiLeaks
Acompanhe a cobertura completa do caso
Leia íntegra dos arquivos sobre o Brasil obtidos pela Folha

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Amizades sul-americanas (mas com um tribunal de arbitragem no meio...)

BNDES ganha disputa com o Equador na Câmara de Comércio Internacional
Folha de S.Paulo, 19/01/2011

A Câmara de Comércio Internacional, em Paris, deu ganho ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na disputa entre o banco e a empresa pública equatoriana Hidropastaza sobre o financiamento para a construção da Central Hidrelétrica San Francisco, no Equador.

A decisão da corte internacional é definitiva e não cabe recurso.

A discussão sobre o financiamento afetou as relações entre Brasil e Equador em 2008. O Brasil chegou a retirar seu embaixador de Quito por dois meses depois que o presidente Rafael Correa ameaçou não efetuar uma parcela do financiamento concedido pelo BNDES.

Em 2008 a Odebrecht foi expulsa do Equador depois que a hidrelétrica parou de produzir um ano após a sua inauguração por conta do desgastes das rodas d'água das turbinas e do desabamento parcial do túnel de 11km que leva a água do rio Pastaza ao equipamento.

Na época, o governo equatoriano acusou a Odebrecht de ter realizado uma obra de má qualidade. A empresa brasileira atribuiu os problemas à erupção de um vulcão que lançou dejetos na água. A hidrelétrica voltou a operar, mas no ano seguinte também apresentou problemas.

A usina contou com financiamento de US$ 243 milhões do BNDES. O contrato previa que 60% do valor dos insumos para a obra deveriam ser gastos no Brasil.

Além da insatisfação com os serviços prestados pela construtora, o Equador tinha queixas sobre as condições do financiamento. Na época, as divergências entre os dois países foram avaliadas como fator de risco para a integração sul americana. Isso porque o empréstimo do BNDES era garantido pela CCR (convênio de créditos recíprocos), uma espécie de câmara de compensação de bancos centrais de países membros da Aladi (Associação Latino-Americana de Integração).

O BNDES informou que mesmo enquanto a questão estava sendo discutida na Câmara de Comércio Internacional o Equador manteve o fluxo de pagamentos. Da maneira como o empréstimo foi concedido, caso o Equador não pagasse, poderia enfrentar restrições na obtenção de crédito ou dificuldade de recebimento de receitas de exportação para países vizinhos.

Na câmara de arbitragem, os principais questionamentos do Equador se referiam a pontos como a cobrança de juros sobre juros e a importações feitas pela Odebrecht. A empresa pública equatoriana solicitava a exclusão de valores devidos referentes ao financiamento.

Na época, o vice-presidente do BNDES, Armando Mariante, disse a senadores da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional que as operações ocorreram de forma legítima e que tinham sido aprovadas pela Hidropastaza durante a construção da usina.

O contrato firmado previa o pagamento em 41 notas promissórias semestrais, 20 delas relativas aos juros que não foram cobrados durante as obras. Na época, Mariante afirmou que o Equador havia pedido para não pagar os juros durante a construção da usina.

O Itamaraty e os poroes da ditadura militar

Uma resenha de um romance -- baseado em fatos reais -- sobre algumas das páginas sombrias de nossa história. Tive a oportunidade de participar de um livro sobre o AI-5, no qual escrevi o capítulo sobre o Itamaraty. Retomo in fine...
Paulo Roberto de Almeida

Doces venenos da diplomacia
José Nêumanne
O Estado de S.Paulo, 22 de janeiro de 2011

Política, espionagem e psicanálise estão no centro de O Punho e a Renda, de Edgard Telles Ribeiro

O PUNHO E A RENDA
Autor: Edgar Telles Ribeiro
Editora: Record
(560 págs., R$ 69,90)

O bom escritor se conhece pelo princípio da obra. Meio caminho terá andado o autor para ter o texto bem avaliado se lhe providenciar um bom começo para cativar o olhar e, como ensina Gabriel García Márquez, segurar o fôlego do leitor. O Punho e a Renda, de Edgard Telles Ribeiro, vence este desafio com folgas. O narrador, diplomata noviço, busca uma palavra para usar num relatório e, de repente, como se baixasse o anjo da anunciação, um vulto sai da penumbra e lhe sopra o vocábulo, que cai como uma luva. Assim é apresentado o protagonista da história, que não é o narrador, mas seu melhor colega de trabalho na juventude. Um lance de mestre: narrador e leitor fisgados pela mesma isca.

Mas evidentemente um boa pegada no início não é suficiente para segurar uma história capenga. É necessário encontrar um bom fim. E não é que o dito romancista conseguiu um fecho estupendo para sua narrativa? Revelá-lo nesta resenha não será incorrer em pecado mortal nem mesmo capital ou até venal. O tema do livro é a longa noite dos porões na ditadura militar brasileira e a fábula que o encerra não descreve uma seção de tortura nas masmorras nem a saga de alguma mãe em busca de seu filho tresmalhado nas celas clandestinas do sórdido Gulag tupiniquim. Nada disso: o personagem da narrativa em questão faz parte do rebanho dos sobreviventes. E esta ficção de terror não foi contada com gritos, sussurros nem pontos de exclamação, mas em silêncio tenso e sepulcral no meio de ruidoso tumulto. Muito tempo depois de haver fugido de casa para escapar dos esbirros que o foram prender, ele encontra a irmã num ônibus urbano e se olham sem uma palavra, um sorriso ou um aceno - apenas o gesto do dedo dele selando o lábio para evitar a bandeira da emoção deslavada por parte dela. O medo conteve a euforia e manteve represada a surpresa.

O leitor arguto poderá argumentar que estas duas cenas poderiam ter sido filmadas por Costa-Gavras ou Michelangelo Antonioni. De fato, são cinema em estado de extrema pureza. Narrador e autor lecionam - ou lecionaram - cinema na universidade. Mas nem mesmo o mais ranheta dos críticos, depois de lê-las, deixará de reconhecer que foram lavradas na mais perfeita e canônica arquitetura literária. Aí é que emerge outro aspecto fundamental no bom romance e que este aqui resenhado tem: um miolo à altura da entrada e da saída do leitor de suas páginas. Edgard Telles Ribeiro saiu-se bem nesta empreitada. Sem querer ser mais irreverente do que porventura possa se propor um ocupante deste espaço fugaz - mas sendo -, é o caso de deixar registrado que ele escreve muito bem... como o faria um competente profissional estrangeiro da escrita. E muito além do amadorismo reinante nestes trópicos mais enfadonhos do que tristes.

Víboras de gravata. O Punho e a Renda narra os bastidores da diplomacia brasileira por ocasião de um dos mais sórdidos episódios da história latino-americana, a Operação Condor, esquema transnacional de colaboração clandestina entre serviçais civis e militares de direita dos regimes autoritários vigentes na América do Sul nos anos de 1970. Só isso pode dar ao leitor a ideia da oportunidade oferecida a quem enfrentou o desafio de escrever e a quem aceita a gozosa tarefa de ler seu texto. Trata-se de um roman-à-clef, aquele gênero literário em que personagens reais com nomes fictícios atuam em cenários históricos. Chega a ser divertido procurar no entrecho do livro figuras com traços de caráter muito comuns nos desvãos da política, que muda como as nuvens do céu, e nos corredores do Itamaraty, serpentário de silvos refinados e doces venenos.

A saga do aventureiro que serviu à sanha da direita e continuou a subir após algumas de suas vítimas no passado conquistarem o poder republicano chega a ser corriqueira, de tão frequente. Para Telles Ribeiro contar a história que contou, mesmo sendo passados 40 anos, teve de reunir ao talento narrativo coragem cívica. Nada disso lhe faltou em nenhum momento. E o recurso da chave, usado na ficção para bois seguirem anônimos nos currais, não o poupará de picadas de víboras desmascaradas, pois estas ainda poderão lhe prejudicar a carreira no Itamaraty, ainda que já seja embaixador.

Em todo caso, o que menos importa neste caso é saber quem na vida real corresponde aos personagens tecidos com precisão de joalheiro no texto que é longo, mas leve. Importa mais é conhecer a natureza da história e suas implicações na vida de cada um, com todos os ingredientes bem misturados de política, guerra, colunismo social, espionagem e psicanálise.

Este livro, cujo título se refere menos aos punhos de renda e mais à força bruta e à corrupção, certamente elevará seu autor no pódio dos maiores ficcionistas em língua portuguesa. O exagero do emprego de tipos itálicos na composição da mancha gráfica e o mau gosto evidente do arame farpado usado na capa para insinuar que o volume possa conter o relato de algum sobrevivente de campos de concentração nazista, em nada impedir-lhe-ão a fortuna crítica que, com todos os méritos, lhe está reservada.

JOSÉ NÊUMANNE, JORNALISTA E ESCRITOR, É EDITORIALISTA DO JORNAL DA TARDE E PRÊMIO SENADOR JOSÉ ERMÍRIO DE MORAES DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS PELO ROMANCE O SILÊNCIO DO DELATOR, "MELHOR LIVRO" DE 2004

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Meu capítulo sobre esse período sombrio da história do Itamaraty é este aqui:

55) Do alinhamento recalcitrante à colaboração relutante: o Itamaraty em tempos de AI-5. In: Oswaldo Munteal Filho, Adriano de Freixo e Jacqueline Ventapane Freitas (orgs.), “Tempo Negro, temperatura sufocante”: Estado e Sociedade no Brasil do AI-5 (Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Contraponto, 2008, p. 65-89); link: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/103BrasilAI5.html

Quem vai salvar o capitalismo?: a China "socialista"

As voltas que o mundo dá (e as ironias do capitalismo):

O CAPITALISMO E A CHINA
(piada que circula nos meios financeiros de Hong Kong)

EM 1949 - A MAIORIA DOS INTELECTUAIS ACREDITAVA QUE O COMUNISMO SALVARIA A CHINA

EM 1969 - OS MESMOS INTELECTUAIS ACREDITAVAM QUE A CHINA, E SUA REVOLUÇÃO CULTURAL, SALVARIAM O COMUNISMO (QUE, APÓS STALIN E A PRIMAVERA DE PRAGA, COMEÇOU A SER DESACREDITADO COMO IDEOLOGIA)

EM 1979 - DENG XIAO PING PERCEBEU QUE SOMENTE O CAPITALISMO SALVARIA A CHINA

EM 2009 - O MUNDO INTEIRO ACREDITA QUE SOMENTE A CHINA PODE SALVAR O CAPITALISMO

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Terminaram de rir, gostaram da piada?
Agora volta o realKritik:

O capitalismo, uma pequena parte da economia de mercado, não tem necessidade de que ninguém o salve, já que ele vai avançando, aos trancos e barrancos, como é o próprio da história (e da História).
Ele se ajusta a si mesmo, e na verdade não é possível falar de "capitalismo" (com K na versão marxiana) como se se tratasse de uma única entidade, indivisível e onipresente ao longo da história.
O que temos são variantes da economia de mercado, algumas mais capitalistas do que outras, que vão se ajustado ao sabor das dinâmicas humanas, políticas, sociais, até geográficas e "naturais".
Ou seja, não existe um capitalismo, essa entidade metafísica na concepção marxiana, mas diferentes arranjos parciais que movem a dinâmica econômica mundial em função das configurações sociais (mutáveis) e estruturais (um pouco mais permanentes) que caracterizam diferentes sociedades humanas ao longo dos séculos.

Marx foi um profeta, um engenheiro social frustrado (como são quase todos os engenheiros sociais), que previu o fim do capitalismo e o surgimento de um sistema econômico e social mais "aperfeiçoado" e deu no que deu: um desastre total, com algumas dezenas de milhões de mortos pelo caminho, e muita riqueza perdida, ou seja, oportunidades não aproveitadas.
Alguns engenheiros sociais conseguem, por vezes, mudar suas sociedades, mas o custo humano costuma ser alto: o campeão ainda é Mao Tsé-tung, com algo como 40 a 50 milhões de mortos (uma contabilidade a ser estabelecida); depois vem Stalin, com algo próximo dos 30 milhões (eu não estou falando da II Guerra Mundial, que tem contabilidade à parte, perto de 20 milhões de russos); Hitler possivelmente é o terceiro, com mais de 15 milhões de vítimas, aqui contabilizando o Holocausto e as vítimas civis de suas guerras e invasões, não as militares.
Mas, possivelmente existam piores carrascos, proporcionalmente falando: Pol Pot parece ter matado muito mais gente, levando em consideração a população do Camboja.

Enfim, voltando ao capitalismo, alguns pretendem que ele provocou também nilhões de mortos, mas aqui se coloca na conta o colonialismo, a escravidão, etc, que podem ter sido várias coisas, mas não são exatamente representativas do capitalismo.
Concluindo: a China não vai salvar o capitalismo, mas o capitalismo está ajudando a China a ser um pouco menos pobre...
Paulo Roberto de Almeida

Paises em desenvolvimento na economia global - livro de O. Canuto (Banco Mundial)

Meu amigo dileto, Otaviano Canuto, ex-professor do curso de RI da USP, atualmente vice-presidente do Banco Mundial para assuntos de economias em desenvolvimento anuncia a publicação de seu livro, como abaixo:


Developing Countries Come to the Global Economy’s Rescue
Site do Banco Mundial, PREM

WASHINGTON, September 27, 2010 — While the rich world puts its house in order, developing countries are becoming a new engine of global growth and a pulling force for advanced economies, says a new book by World Bank economists.

According to The Day After Tomorrow: A Handbook on the Future of Economic Policy in the Developing World, almost half of global growth is currently coming from developing countries. As a group, it is projected that their economic size will surpass that of their developed peers in 2015.
Read more

Editors and Authors:
Otaviano Canuto
Marcelo Guigale
Authors' Profile

Presentations:
The Day after Tomorrow
The Future of Economic Policy in the Developing World
Book Launch Video

Book Content:

Preface | Synthesis | Table of Contents | Acknowledgements

Chapter 1: Recoupling or Switchover? Developing Countries in the Global Economy
Chapter 2: Technological Learning: Climbing the Tall Ladder
Chapter 3: Trading Places: International Integration after the Crisis
Chapter 4: Exports and the Competitiveness Agenda: Policies to Support the Private Sector
Chapter 5: Natural Resources and Development Strategy after the Crisis
Chapter 6: The Times, They Are “A-changin”: A New Look at International Economic and Financial Policy
Chapter 7: Macroprudential Policies in the Wake of the Global Financial Crisis
Chapter 8: Finance in Crisis: Causes, Lessons, Consequences, and an Application to Latin America
Chapter 9: Tales of the Unexpected: Rebuilding Trust in Government
Chapter 10: Fiscal Quality: A Developing Country’s Priority
Chapter 11: Public Expenditure after the Global Financial Crisis
Chapter 12: Debt Management and the Financial Crisis
Chapter 13: Subnational Debt Finance: Make It Sustainable
Chapter 14: Sovereign Wealth Funds in the Next Decade
Chapter 15: Poverty, Equity, and Jobs
Chapter 16: Investing in Gender Equality: Looking Ahead
Chapter 17: The Impact of the Global Financial Crisis on Migration and Remittances
Chapter 18: Africa: Leveraging Crisis Response to Tackle Development Challenges
Chapter 19: East Asia and the Pacific Confronts the “New Normal”
Chapter 20: Europe and Central Asia: A Time of Reckoning
Chapter 21: A Brave New World for Latin America
Chapter 22: The Financial Crisis, Recovery, and Long-Term Growth in the Middle East and North Africa
Chapter 23: Economic Policy Challenges for South Asia

O esporte execravel de atirar no mensageiro - Al-Jazira e palestinos

Certamente não é a primeira vez, nem será a última, mas essa mania de atirar no (por vezes matar o) mensageiro, certamente é uma das coisas mais estúpidas que existem.
Nesses tempos de Wikileaks, muitos políticos, pegos de surpresa por declarações que eles pensavam em off, se apressam em desmentir as revelações, dizendo que suas palavras foram distorcidas, fabricadas, seja lá o que for.
Pior ainda, sem dúvida, é responsabilizar o transmissor pelo conteúdo substantivo, e retaliar em cima, como feito pelos palestinos. Um péssimo esporte, sem dúvida.
Paulo Roberto de Almeida

Grupo de palestinos ataca escritório da Al-Jazira na Cisjordânia
AE - Agência Estado, 24 de janeiro de 2011

Emissora havia divulgado documentos sobre as negociações de paz entre Isarel e Palestina

CIDADE DE GAZA - Um grupo de partidários do presidente palestino Mahmoud Abbas atacou nesta segunda-feira, 24, o escritório da rede de televisão Al-Jazira na Cisjordânia, após a emissora divulgar documentos vazados que mostram as negociações secretas da Autoridade Nacional Palestina (ANP) com Israel.

Na noite de hoje (horário local), cerca de 250 pessoas ligadas a Abbas se reuniram em apoio ao presidente na frente do prédio onde fica o escritório local da Al-Jazira. Um pequeno grupo subiu as escadas até os escritórios da emissora, onde quebraram câmeras de segurança e uma porta de vidro com o logo da rede. Grafites pintados nas paredes diziam "Al-Jazira é espiã" e "Al-Jazira é igual a Israel". A polícia retirou os manifestantes do prédio e evitou que as pessoas que estavam do lado de fora entrassem no edifício.
Separadamente, Yasser Abed Rabbo, um importante auxiliar do presidente Abbas, condenou a Al-Jazira pela divulgação dos documentos. Segundo ele, a emissora entrou em "jogos de mídia... para enganar e corromper o cidadão comum". "O que a Al-Jazira está fazendo hoje é uma tentativa de distorcer a posição nacional da liderança palestina", disse, afirmando que a matéria foi feita com base em citações fora de contexto, insinuações e informações fabricadas. "A Al-Jazira chegou a conclusões com base em documentos e textos falsos, cortando uma palavra aqui e ali e juntando imagens de pessoas sem relação com as negociações".

Segundo Rabbo, a divulgação das informações é "uma campanha política de primeiro grau" vinda de "uma decisão política do nível mais alto de nosso irmão Catar". Embora tenha desmentido o conteúdo geral dos documentos, Rabbo foi vago ao contestar os dados. Segundo ele, a ANP não vai tomar nenhuma medida contra os correspondentes locais da Al-Jazira. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Veja também:
Palestinos teriam feito ofertas secretas a Israel
Documentos vazados indicam que ANP é aliada de Israel, diz Hamas
ANP nega veracidade de documentos sobre negociações com Israel

Diplomacia do impasse: Iran nuclear (ou a cronica de um fracasso antecipado)

Poucos, if any, como se diz (apenas os muito ingênuos), acreditam em algum resultado palpável desse encontro entre o Irã e as grandes potências (membros do CSNU, mais a Alemanha e a UE) sobre o programa nuclear iraniano.
O fracasso era previsível. Podem surgir mais propostas de reforço de sanções, mas sua trajetória vai exigir longas negociações, que vão tomar pelo menos um ano e meio, e resultarão parcialmente ineficazes. No intervalo, o Irã continuará a enriquecer urânio...

Diálogo entre potencias e Irán sobre programa nuclear finaliza en fracaso
AFP, 23.01.2011

Las conversaciones realizadas en Estambul sobre el programa nuclear iraní entre Teherán y las grandes potencias mundiales que temen que este prepare un arma atómica terminaron ayer con un fracaso. No se prevé ninguna otra reunión al respecto. Irán pidió se le levanten sanciones.

ESTAMBUL (AFP). La jefa de la diplomacia de la Unión Europea, Catherine Ashton, intermediaria en las conversaciones del viernes y ayer entre el grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, Francia, Rusia, China y Alemania) e Irán sobre el programa nuclear iraní, se declaró “decepcionada” al término de esas discusiones.

Ashton agregó que no había “nuevas conversaciones planeadas” entre las seis potencias mundiales y Teherán acerca del controvertido programa nuclear iraní.

“Sigue siendo esencial que Irán demuestre que su programa nuclear es pacífico”, añadió Ashton.

La reunión anterior, que tuvo lugar a principios de diciembre en Ginebra después de 14 meses de interrupción de las discusiones, había creado algunas esperanzas, al anunciarse el encuentro de Estambul.

Otra indicación del fracaso de estas negociaciones fue que durante estos dos días no se realizó ninguna reunión bilateral entre la delegación estadounidense y la de Irán, según un diplomático norteamericano, a pesar de la insistencia en que se propicie un encuentro.

Sin embargo, la vía diplomática sigue siendo una solución en la cuestión del programa nuclear iraní, según declaró el ayer a la prensa un alto diplomático estadounidense.

“La puerta está abierta (...). Continuamos pensando que hay tiempo y espacio para la diplomacia”, afirmó este diplomático, que solicitó el anonimato.

En su declaración, Ashton explicó que los seis propusieron una “versión reactualizada del acuerdo de intercambio de combustible TRR (destinado al Reactor de Investigación de Teherán) así como de los medios para mejorar la transparencia a través de medidas de control de la AIEA (Agencia Internacional de Energía Atómica) aceptadas por la comunidad internacional”.

“Nosotros teníamos esperanzas de tener una discusión constructiva y detallada” de esas propuestas, dijo.

“Pero quedó claro que la parte iraní no está dispuesta a eso, a menos que se aceptaran condiciones previas respecto al enriquecimiento y sanciones”, según Ashton.

Irán afirmó que se negaba a tratar una suspensión de esas actividades de enriquecimiento, y que pedía le levanten las sanciones internacionales impuestas.

Said Jalili, negociador iraní insistió en el derecho de su país a enriquecer uranio para un programa nuclear.

Irán, en conformidad con el Tratado de No Proliferación Nuclear (TNP), “tiene derecho al ciclo de combustión, incluyendo el enriquecimiento de uranio”. Si las grandes potencias reconocen ese derecho y sobre todo “esa lógica” a su país, “nosotros estamos dispuestos a negociaciones, incluso mañana”, afirmó Jalili.

Diplomacia do endurecimento: relacoes Brasil-China (não pode ser diplomacia)

Jornalistas não são diplomatas, e por isso mesmo não sabem se ater a uma linguagem diplomática.
Nenhum serviço diplomático sério empregaria tais palavras, ou mandaria tais "recados" pela imprensa, no caso de uma relação tão importante.
Só pode ser coisa de amadores...
Algum gaiato, ou jornalista ainda mais "aéreo", ainda vai sacar aquela famosa frase, tão mal usada, sobre endurecimento e ternura: aguente-se tanta bobagem...
Paulo Roberto de Almeida

Dilma quer endurecer relação com China
NATUZA NERY, SIMONE IGLESIAS, LEILA COIMBRA
DE BRASÍLIA
Folha de S.Paulo, 24.01.2011

Plano prevê raio-X de produtos sensíveis, comitê para tratar de problemas e reforço da embaixada em Pequim
Itamaraty admite elevar o tom em algumas áreas e cobrar mais apoio, por exemplo, para vaga no Conselho de Segurança

Entusiasta do modelo de desenvolvimento chinês e leitora contumaz das dinastias que dominaram o passado milenar da potência asiática, a presidente Dilma Rousseff quer tirar mais da China do que fez qualquer um de seus antecessores.
Ela encomendou à sua equipe uma estratégia para impulsionar a diplomacia sino-brasileira; um plano que reflita posições do governo, não somente do Itamaraty.
Quer ampliar parcerias, mas autorizou seu ministério a endurecer no front comercial e, quando possível, selecionar investimentos que venham de lá.
A estratégia brasileira em discussão indica um reposicionamento do jogo diplomático em relação a Pequim.
Até mesmo o Itamaraty admite elevar o tom em algumas áreas e cobrar mais apoio do aliado em embates internacionais.
Não está claro, porém, se a cobrança se estenderá à defesa dos direitos humanos.
O Ministério do Desenvolvimento já prepara um raio-X de produtos domésticos e setores da economia prejudicados pelos baixos preços dos "made in China".
Dilma Rousseff sugeriu a criação de um comitê exclusivo para tratar de problemas e potenciais oportunidades de negócios.

O governo pretende ainda reforçar sua representação na nação mais populosa do mundo (1,3 bilhão de habitantes) e deve elevar o número de diplomatas atuando lá.
Hoje, são 12, mas poucos fluentes em mandarim. O novo chanceler, Antonio Patriota, tenta sair dessa estatística: toma aulas semanais para aprender a língua.
Outro objetivo, mais difícil, é obter apoio por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Lula jamais arrancou esse compromisso de Hu Jintao.
Quando o presidente Barack Obama convidou Dilma para visitar os EUA em dezembro, ela disse a assessores: "Se for, vou à China também". A petista desembarca em Washington em março.
Em abril, em Pequim, onde participa da reunião com os emergentes que integram os Brics (Rússia e Índia).
Integrantes do novo governo reclamam da ausência de um plano de aproximação na gestão anterior, apesar de reconhecerem o incremento substancial no comércio entre as duas nações.
Foram US$ 30,8 bilhões exportados pelo Brasil em 2010. Na outra mão, o Brasil comprou US$ 25,6 bilhões dos chineses no ano passado. Logo, tem um saldo favorável de US$ 5,2 bilhões.
"Acho que a Dilma vai privilegiar mais o interesse nacional", diz o economista Roberto Giannetti da Fonseca, da Fiesp.

MEDIDAS
Segundo a Folha apurou, Dilma não pretende entrar em batalhas com a China contra a desvalorização do yuan. Julga mais eficaz atacar no front comercial.
Pode, com isso, lançar mão de algumas medidas: salvaguardas para setores sob risco; processos mais rápidos antidumping; nacionalização de cadeias produtivas; imposição de barreiras técnicas e até o estabelecimento de cotas para a entrada de produtos chineses.
Os investimentos de estatais chinesas no Brasil serão avaliados para não impor riscos ao mercado nacional.
O Planalto quer dificultar o avanço da nação asiática no setor de mineração.
Hoje, o governo brasileiro não sabe quantas jazidas de minério de ferro já estão em mãos chinesas. Dilma quer ver o novo código da mineração enviado ao Congresso e aprovado neste ano.

O QUE DILMA QUER DA CHINA

Instrumentos que o governo brasileiro pode usar para pressionar os chineses

1 Impor barreiras técnicas (exigências extras à importação) a produtos "made in China"

2 Criar salvaguardas para tentar impedir a inundação de alguns produtos chineses no mercado brasileiro

3 Agilizar no Ministério do Desenvolvimento a análise de ações antidumping

4 Nacionalizar alguns setores da cadeia produtiva, a exemplo do que ocorreu na construção de plataformas pela Petrobras

5 Regulamentar setores da economia, como um novo marco para a mineração

- O que o Brasil quer politicamente da China
Apoio para obter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas
- Apoio para ampliar a influência do Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional) e no Banco Mundial
- Maior coordenação entre os Brics nos fóruns internacionais, sobretudo no G20
- Práticas mais respeitosas na área de direitos humanos

RBPI e PRA: um caso de vício gentil

Mantenho, em relação à Revista Brasileira de Política Internacional, uma afinidade eletiva desde que a conheci, nos primórdios de meus estudos sobre temas internacionais (que confesso não sei precisar se foram antes ou subsequentes a meu ingresso na carreira diplomática). Em todo caso, frequentando bibliotecas desde sempre, creio que deparei com a RBPI muito cedo.
Mas só fui colaborar com ela numa segunda fase de minha carreira, na segunda metade dos anos 1980, quando voltei de meu primeiro estágio no exterior, como diplomata.
Desde então nunca cessei de colaborar com a revista, e posso até dizer que fui um dos principais responsáveis, se não o principal, por sua "sobrevivência", quando sua existência esteve ameaçada em sua continuidade, ao falecer aquele que tinha sido seu principal editor, incentivador, financiador (etc., etc., etc.) durante sua vida editorial no Rio de Janeiro (1958-1992), Cleantho de Paiva Leite, a quem tinha conhecido justamente pouco antes de começar a colaborar (sob seu estímulo direto).
Em 1993, atuei intensamente na missão de arrancá-la de uma morte certa e de revivê-la em novas bases, com sua transferência a Brasília e nova vida editorial com base na boa equipe de professores dessa área da UnB.
Desde então me mantenho no cargo "fictício" de editor-adjunto, que acredito seja uma simples homenagem a meu papel nesse emprendimento a todos os títulos meritório.
Hoje a RBPI se encontra nas boas e competentes mãos do professor Antonio Carlos Lessa (que atuou intensamente no sentido de sua projeção internacional e intgração a modernas bases de dados informáicas), depois de ter conhecido uma boa trajetória sob a direção do professor Amado Luiz Cervo.
Vou continuar colaborando em tudo o que me for solicitado.
Por acaso, percorrendo hoje a base de dados Scielo, resolvi colocar o meu nome para uma busca seletiva de colaborações. Deu o que vai abaixo, que é apenas uma parte de minhas colaborações, pois faltam os dez anos anteriores, em que também atuei com muito vigor para fazer da RBPI uma grande revista brasileira de relações internacionais, o que ela modestamente já é.

Revista Brasileira de Política Internacional
Print ISSN 0034-7329

Pesquisa sobre artigos publicados por PRA, no período 1997-2010:
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/

References found: 23
[Nota: a lista não distingue entre artigos, notas e simples resenhas de livros]

Almeida, Paulo Roberto de. A marcha da integração no Mercosul: vivace ma non troppo. Rev. bras. polít. int., Jun 1997, vol.40, no.1, p.222-231. ISSN 0034-7329

Almeida, Paulo Roberto de. Propriedade intelectual e política externa: o Brasil no contexto internacional. Rev. bras. polít. int., Jun 1997, vol.40, no.1, p.208-214. ISSN 0034-7329

Almeida, Paulo Roberto de. Manual das organizações internacionais. Rev. bras. polít. int., Dez 1997, vol.40, no.2, p.183-185. ISSN 0034-7329

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Almeida, Paulo Roberto de. A democratização da sociedade internacional e o Brasil: ensaio sobre uma mutação histórica de longo prazo (1815-1997). Rev. bras. polít. int., Dez 1997, vol.40, no.2, p.76-105. ISSN 0034-7329

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[Levantamento efetuado em 24.01.2011]

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