Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
ItamaratyLeaks verdadeiros: documentos vazados no Itamaraty (4 de junho de 2014)
E-book sobre mega-acordos comerciais e o futuro (?) do Mercosul - FGV-SP
A interrogação no título da postagem, após Mercosul, é de minha responsabilidade, mas é simplesmente para chamar a atenção para o que talvez seja uma falta de futuro, nas condições atuais, para o bloco do Cone Sul.
Uma vez, uma negociadora comercial dos EUA, que respondia pelo nome de Charlene Barshevsky (USTR na fase inicial das negociações da Alca) referiu-se ao Mercosul como sendo um "bloquinho" (ou algo no estilo), no que foi retrucada pelo então ministro brasileiro das relações exteriores com a natural indignação. Anteriormente, um economista do Banco Mundial já tinha alertado sobre a tendência do bloco a produzir mais desvio do que criação de comércio e investimentos, no que foi igualmente retrucado por diplomatas brasileiros (eu inclusive).
Pois bem, parece que o "bloquinho desviante" está confirmando as piores previsões feitas a seu respeito, e isso com a ativa colaboração, inconsciente ou não, dos seus dois maiores membros.
Em todo caso, vale ler este livro para descobrir como e porque...
Paulo Roberto de Almeida
(Nota em 24/02/2015: este material estava pronto desde junho do ano passado, por uma razão desconhecida, permaneceu como draft em meu blog. Recupero agora, pois acredito que tenha validade para estudantes e pesquisadores sobre comércio internacional).
International Workshop: The Mega-Regional Trade Agreements and the Future of Mercosur
Decreto bolivariano dos sovietes petistas endossado por evangelicos ingenuos (draft de julho de 2014)
Ainda vai ser, estou certo.
Paulo Roberto de Almeida
Decreto bolivariano dos sovietes petistas endossado por evangelicos ingenuos
Duas hipóteses: ou eles são aliados objetivos dos petistas, em seus propósitos ditatoriais -- e portanto estão agindo de má-fé, mentindo para seus filiados -- ou eles são sumamente ingênuos, achando que, se a política brasileira vai ser determinada a partir das bases, e não da representação parlamentar, ou seja, democracia "direta" e não representativa, os movimentos sociais evangélicos poderão prevalecer sobre os sovietes gramscianos dos petistas totalitários.
Num e noutro caso, é extremamente grave, e o Brasil pode estar no limiar de consolidar um fascismo corporativo, dominado por um partido totalitário, e seus movimentos amestrados, que vão nos levar próximos de cenários orwellianos, administrados não pelo Big Brother, mas pela Máfia, stricto et lato sensi. Os mafiosos vão continuar a expropriar capitalistas, comprar as massas com suas esmolas demagógicas (e mantendo esse curral eleitoral) e intimidando todos os opositores, com métodos de Al Capone.
Em qualquer hipótese, o Brasil parece ter embarcado num cenário extremamente negativo para a democracia e as liberdades, um cenário sombrio, que já é medíocre no plano econômico, e que vai revelar-se lamentável na frente política e social.
Os democratas e amantes das liberdades devem preocupar-se com esse tipo de desenvolvimento...
Paulo Roberto de Almeida
Uma outra maldicao do petroleo: barril acima ou abaixo de 100 dolares (draft de 8/07/2014)
Um petróleo muito barato, pode, obviamente, derrubar ditaduras populistas e demagógicas, mas também impedir democracias de desenvolver suas próprias fontes de combustíveis fósseis ou alternativas (renováveis), que são, por definição, mais caras.
Mas um petróleo muito caro vai dar, justamente, sobrevida a essas petroditaduras, além de extraordinários lucros para algumas gigantes da área (o que esquerdistas ingênuos sempre acham indecente). Também tem o poder de desenvolver energias alternativas, ou formas mais baratas de desenvolver derivativos e alternativas.
Em todo caso, esta matéria de um administrador de investimentos é interessante pelas informações que contém.
Paulo Roberto de Almeida
PS: esta postagem é de meados de 2014, e por alguma razão ficou parada em meu blog. Desde então, o barril de petróleo despencou a menos de 60 dólares, onde ele se mantem mais ou menos precariamente. Mas a matéria em si é mais importante do que a data deste artigo, aliás bem mais antigo e por isso mesmo resolvo colocar agora como postagem.
Hartford, 24/02/2015
The Hidden Cost of Oil
By Jeff D. Opdyke, Editor of Profit Seeker
The Sovereign Investor, July 8, 2014
Dear Paulo Roberto,
Editor’s Note: This article is the second in our “Best of Sovereign Investor Daily” series. It was originally published on December 18, 2012. All the information below is unchanged from the original publication.
In the early spring of 2011, events unfolded 6,400 miles east of New York City that I am confident most Americans missed. It had the effect of robbing the wallet of everyone reading these words.
During a televised speech to a tense nation, King Abdullah bin Abdulaziz announced to his rapt audience that the kingdom of Saudi Arabia, by royal decree, would give to all civil servants and military personnel two months of salary. University students would receive a two-month stipend. Job seekers would receive the equivalent of $533 a month while hunting for work. Minimum wages were increased; 60,000 law enforcement jobs were created; and 500,000 new houses were to be built across the kingdom at a cost of nearly $70 billion. And that was just the beginning of a $130 billion spending program…
It was all part of a well-orchestrated — and exceedingly expensive — effort by Saudi Arabia to quell months of protests that had roiled the already-anxious kingdom and which were tied to much-broader clashes across the Middle East and North Africa.
King Abdullah had, in effect, bought the peace — for the time being, at least.
For most Americans, the king’s speech seems entirely irrelevant. But it impacts every single one of us every day.
For you see, the costs that King Abdullah imposed on Saudi Arabia that March day suddenly changed the dynamics of the oil market. A new cost structure was added to each barrel of oil pulled from beneath the desert sands — a social cost. And so long as tensions exist across the region between Arabic leaders and local populations that feel oppressed, that social cost is going nowhere but up.
It’s why those who call for lower oil prices are overlooking a crucial piece of the oil market.
I’ve read a lot of jibber-jabber recently about the miniscule costs countries like Saudi Arabia have for lifting oil out of the ground. Some Saudi fields purportedly have lifting costs of just $2 a barrel. Russia’s lifting costs in some instances are said to top no more than $15.
That may be true. But only the addle-brained believe that either of those countries can profitably sell oil anywhere near those levels. They can’t sell oil profitably at $50 a barrel. And it’s because of the social costs.
Buying the peace is how oppressive governments bribe their people and maintain social order — no easy task in parts of the world where religious minorities often rule over very angry majorities comprised of the religious opposition. In many of those countries, human misery is rife and poverty rates range as high as 60% … and hungry, impoverished people are the foot-soldiers of revolution, as Tunisian, Egyptian and Libyan leaders have learned.
Saudi Arabia and Russia are the world’s #1 and #2 oil-producing countries. They’re also political economies that generate lots of animosity and, on occasion, anti-government protests. To assuage the anger that bubbles up — or to keep it below a boil in the first place — both countries throw around huge sums of riyals and rubles.
And the question is: Where does the money come from?
In Russia, oil generates more than 45% of government revenues. In Saudi Arabia, it’s up near 75%.
Leaders in both countries have no choice but to rely heavily on oil to fund the civic largess … which means they have every incentive to manipulate oil prices through production.
Prior to its $130 billion social-spending spree, Saudi Arabia needed oil prices somewhere north of $70 to balance the kingdom’s budget, according to the International Monetary Fund. Now the per-barrel cost is reportedly approaching $100. Russia needs something close to $120.
To be clear, I am picking on the Saudis and the Russians simply because of the size of their oil industries and the political issues with which those countries struggle. But the reality is that social costs also play a similarly large role in Bahrain, Kuwait, Venezuela, Iran and elsewhere, where oil revenue accounts for up to 90% of domestic income.
The United Arab Emirates, for instance, needs oil prices in the $85 range to balance a budget larded with social programs. Tiny Bahrain needs about $119.
$100 a Barrel is Middle-of-the-Road
This is where the argument goes astray that American energy independence — still a giant question mark — will drop oil prices to $50 or below. Unless America is going to produce enough oil for the world — and, honestly, we will never even produce enough for ourselves — it won’t control prices.
Oil prices sustained at $50 a barrel would crimp the ability of oppressive governments to quiet the angry masses. That would lead to potential revolt or overthrow, which would have the perverse effect of pushing oil prices back up, since the risk exists that a regime intolerant of the West would take power and drastically reduce oil supplies to undermine Western economies.
Thus, any time oil prices get so low that they begin to cause societal tinges wherever governments lean on oil to cover their social costs, those countries will naturally rely on the power of the spigot. All they need do is clamp off production until prices reach a more-adequate level.
$100 is Oil’s New Floor
Over the last two years, in fact, Middle Eastern oil has traded below $80 a barrel for just 16 days, and that was largely during the overreaction to European debt woes this past summer. More impressive is the fact that these sustained prices above $100 have occurred even as the top three oil nations have been producing barrels at record levels.
Yes; it’s true that U.S. benchmark crude — West Texas Intermediate — will often trade at cheaper prices, and sometimes down into the $80 or $90 range. But oil is priced regionally all over the world. And if oil in the Middle East were to push continually higher from here as nations pay for their social programs, and then U.S. prices would march higher too.
The Future of Oil
I listen to what the disbelievers write when they say oil prices are headed lower. I think about their rationale for oil at $50 or below. But ultimately, their arguments are simplistic and too often built on the nationalistic hoopla about America’s nascent oil renaissance (and there are so many misconceptions about American oil that even their rationale is seriously flawed).
Even if some fields in America can produce oil at a sub-$50 cost, that oil is still subject to global pricing. And when you have oppressive nations spending money furiously to maintain social order, there’s simply no way oil prices spend any time near $50 a barrel outside of a major, global financial upset.
If you recognize that, and if, in turn, you litter your portfolio with energy-related stocks — oil-field servicers, drillers, rig owners, exploration companies and the energy majors — you will protect your standard-of-living as oil prices inexorably rise over time.
Until next time, stay Sovereign …
Jeff D. Opdyke
Editor, Profit Seeker
Editor’s Note: Cheap oil continues to be little more than a dream for Americans, with crude prices pushing ever higher. In the 18 months that have passed since this article was originally released, we’ve had new civil unrest in Iraq, Russia thumbing its nose at the world as it swallows up Crimea, and Venezuela is struggling through economic collapse — all factors determined to keep oil prices high so these countries can stay afloat. With Middle East and other oil-producing countries dependent on black gold to keep the wheels of government turning and the people placated, the days of cheap oil are long gone.
Educacao: seriam os professores os principais obstaculos 'a melhoria do ensino? (draft de 9/10/2014)
Recebi esta mensagem: (em 9 de outubro de 2014: e ficou parada como draft em meu blog; acho que vale a pena colocar aqui como documentação de um momento, e de um debate necessário)
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 24/02/2015
Aécio diz por aí que fez uma verdadeira revolução na educação mineira. Mas os professores de Minas são os primeiros a discordar. Beatriz Cerqueira, que é coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), afirma que a educação foi severamente precarizada durante as gestões tucanas. Além de não pagar a remuneração prometida de acordo com as avaliações de desempenho dos docentes, Minas não cumpre o piso salarial e paga um dos piores salários aos professores da rede pública, conforme mostra o levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). E a pauta é antiga. Em 2011, houve uma grande paralisação dos professores de Minas Gerais, que recebiam salários de R$950,00, já com as gratificações. De acordo com o Termo de Ajuste de Gestão, o Estado deveria aumentar os gastos com educação de 23,9% (em 2013) para 25% em 2014, o que ainda não foi cumprido.
Na saúde, o mesmo problema. Pelo descumprimento da Emenda Constitucional nº 29 (que assegura que sejam repassados recursos mínimos para o financiamento de ações e serviços públicos de saúde), durante 10 anos (2003-2013), hoje existe um déficit de mais de R$ 7,6 bilhões. Enquanto isso, um levantamento do IBGE feito no ano passado mostra que Minas Gerais tem a maior taxa de mortalidade infantil da região sudeste, com 14,6 mortes a cada mil crianças.
Por fim, o problema da segurança pública. No lançamento do programa de governo de Aécio Neves pelo Facebook , o coordenador da área de segurança, Cláudio Beato, afirmou que a experiência do IGESP (Integração e Gestão em Segurança Pública) adotada em Minas foi um sucesso, chegando a reduzir em até 45% o número de crimes violentos no estado. No entanto, o Mapa da Violência 2014 mostra que, entre 2002 e 2012, o crescimento de homicídios foi de 52,3%, sendo que 56% das vítimas desse total eram jovens entre 15 e 29 anos. Entre 2010 e 2013, os crimes violentos, ao contrário do que afirma Claudio Beato, cresceram 74% em Minas Gerais – um aumento de 27,3% apenas de 2013 a 2014. Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público, em 2009, Minas Gerais era o estado com o 3º pior índice de solução de inquéritos policiais, com apenas 2,9% dos casos solucionados.
Santa Ingenuidade II: inteliquituais petistas frustrados com asescolhas neoliberais do governo (draft de 25/11/2014)
PS: Como revelado logo abaixo, esta postagem tinha sido preparada em 25 de novembro do ano passado. Por uma razão desconhecida, ficou dormindo no meu blog como draft (certamente eu dormi em cima do teclado). Vai agora publicado como simples registro de um momento de graça e ironia...)
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Intelectuais que apoiaram Dilma agora fazem abaixo-assinado pedindo coerência
Imagem: Reprodução / Redes Sociais |
Boletim Mundorama, etc., etc., etc... - felicidades e feliz ano novo... (Draft de 29/12/2014)
PS.: Descobri que meu blog está com um número enorme de "drafts", ou seja postagens que eu estava preparando e que por uma ou outra razão (geralmente dormi em cima do teclado) acabaram ficando sem publicação; vou tentar publicar agora o que ainda pode ser publicado, de aproveitável, o resto eu descarto)
(Draft de 29/12/2014)