Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 13 de abril de 2018
Regional integration in LatAm: the case of Mercosur - Paulo Roberto de Almeida
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
E-book sobre mega-acordos comerciais e o futuro (?) do Mercosul - FGV-SP
A interrogação no título da postagem, após Mercosul, é de minha responsabilidade, mas é simplesmente para chamar a atenção para o que talvez seja uma falta de futuro, nas condições atuais, para o bloco do Cone Sul.
Uma vez, uma negociadora comercial dos EUA, que respondia pelo nome de Charlene Barshevsky (USTR na fase inicial das negociações da Alca) referiu-se ao Mercosul como sendo um "bloquinho" (ou algo no estilo), no que foi retrucada pelo então ministro brasileiro das relações exteriores com a natural indignação. Anteriormente, um economista do Banco Mundial já tinha alertado sobre a tendência do bloco a produzir mais desvio do que criação de comércio e investimentos, no que foi igualmente retrucado por diplomatas brasileiros (eu inclusive).
Pois bem, parece que o "bloquinho desviante" está confirmando as piores previsões feitas a seu respeito, e isso com a ativa colaboração, inconsciente ou não, dos seus dois maiores membros.
Em todo caso, vale ler este livro para descobrir como e porque...
Paulo Roberto de Almeida
(Nota em 24/02/2015: este material estava pronto desde junho do ano passado, por uma razão desconhecida, permaneceu como draft em meu blog. Recupero agora, pois acredito que tenha validade para estudantes e pesquisadores sobre comércio internacional).
International Workshop: The Mega-Regional Trade Agreements and the Future of Mercosur
quarta-feira, 12 de março de 2014
Mercosul: uma sucessao de erros no comercio com a Argentina - Editorial Estadao
Uma dependência desastrosa
Esse expediente já foi tentado há alguns anos, mas sem sucesso. Como era previsível, o comércio continuou baseado no dólar, porque os empresários pouco se interessaram pela alternativa. Mas a política da presidente Cristina Kirchner, fiel ao padrão imposto por seu marido, tornou cada vez mais difícil um intercâmbio normal entre os sócios do Mercosul.
O problema da forma de pagamento volta à agenda, neste momento, porque a situação argentina se agravou continuamente desde a eclosão da crise global, em 2008. Suas importações ficaram sujeitas, nos anos seguintes, a um protecionismo crescente e a regras severas de controle cambial - uma situação cada vez mais incômoda para as empresas brasileiras.
A discussão sobre o uso das moedas nacionais já começou entre os governos dos dois países, com alguma participação de empresários, segundo o Estado noticiou ontem. O arranjo pode ser complementado com um esquema de financiamento bancado pelo lado brasileiro. Se algo desse tipo se confirmar, o governo argentino terá conseguido, finalmente, abrir a empresas de seu país o acesso ao crédito oficial brasileiro. Essa tem sido uma antiga reivindicação da presidente Cristina Kirchner.
O governo brasileiro tem geralmente cedido às pretensões argentinas, quando se trata de fixar as condições de comércio entre os dois países. Essa boa vontade tem sido em grande parte ditada por afinidade ideológica - os dois governos têm apoiado o bolivarianismo - e também pela ilusão de uma liderança regional brasileira. Aceitar as imposições de alguns vizinhos seria parte do preço dessa liderança imaginária. Mas outro fator vem ganhando peso crescente: a dependência excessiva do mercado argentino, consequência de uma série de erros estratégicos da diplomacia econômica petista.
No ano passado a Argentina absorveu 8,1% das exportações brasileiras. A parcela vendida pelo Brasil aos EUA, de 10,3%, foi pouco maior. A China tem sido o único mercado individual com participação maior que a americana e a argentina na absorção de produtos brasileiros (19% no ano passado).
O crescente problema cambial argentino torna essa dependência cada vez mais perigosa. No primeiro bimestre deste ano, o Brasil vendeu à Argentina 16% menos, em valor, do que em janeiro e fevereiro de 2013. O lado brasileiro ainda foi superavitário, mas a redução das vendas prejudicou seriamente o resultado geral do comércio.
Estados Unidos e União Europeia também são importantes mercados para a indústria brasileira. No primeiro bimestre, 45% das exportações para os Estados Unidos foram de manufaturados. Incluídos os semimanufaturados, a proporção das vendas industriais chegou a 66,23%. Esse comércio poderia ser muito mais dinâmico, se os governos brasileiro e argentino houvessem apoiado, há cerca de dez anos, a conclusão do acordo da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Outros sul-americanos negociaram acordos com os EUA e com outros países avançados e com isso dinamizaram suas exportações. O Brasil ficou preso a um Mercosul emperrado. Nem as negociações com a União Europeia foram concluídas, em grande parte por causa da resistência argentina. A desastrosa dependência do mercado argentino é uma das consequências desses erros.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Mercosul: a caminho do desmantelamento? - Infolatam Efe
America Latina Mercosur
Uruguay no descarta que algún país quede fuera de acuerdo Mercosur-UE
Montevideo, 21 enero 2014
- Con respecto a la negociación bilateral del pacto comercial entre el bloque formado por Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela y la UE, Almagro aseguró que "el Mercosur va bastante más adelantado que la UE, y ha trabajado mucho" en su oferta comercial, cuya entrega estaba prevista para finales de 2013, pero que aún no ha sido presentada.
El ministro advirtió de que durante la próxima cumbre de Mercosur, prevista para mediados de febrero en Venezuela, se verá si se presenta “un acuerdo de tres países más uno, o si se firma el acuerdo de un sólo país junto con aportaciones de otras naciones”, entre otras opciones.
“El objetivo inicial es que todos los países del Mercosur lleguen juntos al acuerdo con la UE”, insistió Almagro, que se expresó así durante un receso de la III Conferencia de Estados Parte de la Convención Interamericana de los Derechos Humanos, celebrada hoy en Montevideo.
Con respecto a la negociación bilateral del pacto comercial entre el bloque formado por Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela y la UE, Almagro aseguró que “el Mercosur va bastante más adelantado que la UE, y ha trabajado mucho” en su oferta comercial, cuya entrega estaba prevista para finales de 2013, pero que aún no ha sido presentada.
Pese a ello, admitió que la propuesta de Argentina contenía “unos niveles de cobertura inferiores en comparación con los otros países del Mercosur”, por lo que se instó al Gobierno de Cristina Fernández a que “trabajara para aumentar los porcentajes” de dicha cobertura.
Almagro indicó además que “se espera que la Unión Europea tenga preparada su propuesta en este mes de enero”, después de que el pasado mes de diciembre representantes de la UE solicitasen un aplazamiento en el intercambio de ofertas debido al parón navideño de las instituciones comunitarias.
Este aplazamiento coincide con la postergación en dos ocasiones de la fecha de la cumbre de Mercosur, prevista inicialmente para el 17 de diciembre de 2013 en Caracas, trasladada después a finales de enero, y pospuesta finalmente para mediados de febrero por motivos de agenda de los líderes del bloque.
La negociación entre el Mercosur y la UE comenzó formalmente en 2000, pero desde entonces se ha prolongado sin éxito, e incluso llegó a paralizarse por completo en 2004.
Fue retomada en 2010, pero el proceso quedó nuevamente aplazado por la crisis que significó la suspensión de Paraguay en junio de 2011, tras la destitución del entonces presidente Fernando Lugo.
La suspensión de Paraguay acabó el pasado 15 de agosto, cuando asumió como nuevo presidente del país Horacio Cartes, con lo cual la negociación se reanudó, y se acordó proceder con el intercambio de ofertas antes de final de 2013.
domingo, 29 de setembro de 2013
A marcha do Mercosul (marcha?!; retrocesso, seria o caso de dizer) - Editorial Estadao
Nova fratura no Mercosul
Editorial O Estado de S.Paulo, 28 de setembro de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Mercosul: a confusao continua, e nao vai ser resolvida...
Indústria vê hora de decisão sobre futuro do Mercosul
A possibilidade de flexibilizar as regras do Mercosul, com a transformação do bloco em um acordo de livre comércio, foi o principal tema discutido durante audiência pública realizada ontem pela Comissão de Relações Exteriores (CRE).
Hoje, o Mercosul é uma união aduaneira, em que há a aplicação de uma tarifa externa comum ao comércio com outros países. As várias exceções a essa tarifa comum foram criticadas pelos debatedores.
Há um excesso de exceções e perfurações na tarifa afirmou o diretor do Departamento de Relações Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti.
Outra dificuldade apontada é a falta de estabilidade das regras. Os debatedores citaram regras não tarifárias impostas pela Argentina, que fazem produtos brasileiros ficarem parados na aduana, queixa repetida por Ana Amélia (PP-RS).
Para o diretor de Políticas e Estratégia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho, os acordos entre países de fora do Mercosul não explicam, sozinhos, a perda de mercado do Brasil, mas têm um peso que precisa ser avaliado no processo de exclusão do país do comércio global. Por esse motivo, Coelho afirmou que o Brasil precisa testar o grau de flexibilização do Mercosul, opinião seguida pelo representante da Fiesp.
Clodoaldo Hugueney, consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, disse não ver contradição entre uma união aduaneira e um princípio de negociação em separado. Ele considera que o mercado para produtos manufaturados brasileiros no Mercosul é importante, mas cria uma dependência e prejudica a competitividade.
O alto representante-geral do Mercosul, Ivan Ramalho, lembrou que as negociações serão possíveis aos outros países do bloco, que podem deixar de comprar do Brasil. Ele defendeu as negociações com a União Europeia, mas em bloco.
Roberto Requião (PMDB-PR) demonstrou não acreditar no sucesso de um acordo com a União Europeia. Para ele, a crise faz com que a Europa busque consumidores.
sábado, 13 de julho de 2013
Mercosul e seus novos desafios: virar um bloco militar...
Ouvido na "cumbre" sobre os próximos desafios do bloco:
"Entre esses desafios, estão a resposta às denúncias de espionagem dos países da região por parte dos EUA e a volta do Paraguai..."
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Querida, encolhi o Mercosul... - jornal Brasil Economico
O Brasil fica menor num Mercosul cada vez mais apequenado
10/12/12 07:46 | Ricardo Galuppo - Publisher do Brasil EconômicoEra o Congresso do país, só para recordar, que se opunha ao ingresso pleno da Venezuela no bloco, talvez por antever os prejuízos que viriam no momento em que o Mercosul se colocasse sob a influência dos ideais "bolivarianos" (seja lá o que isso signifique) de Hugo Chávez.
Pois bem: tão logo acharam no impeachment do presidente Fernando Lugo a desculpa para tirar o Paraguai do jogo, os outros sócios do Mercosul - Brasil, Argentina e Uruguai - escancararam as portas para Caracas. E bastou que isso acontecesse para que a mudança na proposta do Mercosul se tornasse cada vez mais clara.
A aliança comercial, só para recordar mais uma vez, foi concebida para aumentar a força dos países da região em suas relações com as economias desenvolvidas.
Após o ingresso da Venezuela, o bloco reforçou a tendência que já vinha manifestando de facilitador de negócios intrarregionais. E, por esse motivo, tem se apequenado cada vez mais. Tudo o que guia os demais integrantes, pelo que se vê na prática, é levar vantagem sobre o Brasil.
O problema fica ainda mais grave com a entrada no Mercosul de países que nada mais são do que satélites da Venezuela. Em outras palavras, o Brasil ganha pouco e perde muito com a entrada da Bolívia, de Evo Morales, e do Equador, de Rafael Correa, no bloco. Pelos princípios do Mercosul, todas as decisões têm que ser tomadas por unanimidade.
Dessa maneira, da mesma forma que o Brasil e a Argentina não podiam forçar o ingresso da Venezuela sem a concordância do Paraguai, nenhum país podia celebrar acordos comerciais do seu interesse sem a concordância dos demais integrantes.
O Brasil não pode, por exemplo, celebrar parcerias bilaterais nem mesmo com Portugal se não tiver autorização dos demais integrantes.
A pergunta é: por que o Chile, a Colômbia e o Peru, países que têm registrado as maiores e mais constantes taxas de crescimento da América do Sul, preferem manter distância do Mercosul (restringindo suas relações com os países do bloco ao limite estrito da boa vizinhança), enquanto o Brasil se atira nos braços dos países mais problemáticos da região?
A resposta, certamente, só pode ser encontrada nas afinidades políticas entre correntes do governo brasileiro e os governantes desses países. E, em nome dessas afinidades, oportunidades de ouro têm sido jogadas fora.
No mês passado, o presidente do Peru, Ollanta Humala, esteve em Portugal, país que o Brasil inteiro considera seu aliado natural. Pois bem: Humala não apenas abriu as portas, mas estendeu o tapete vermelho para os empresários portugueses que, em meio à crise internacional, procuram um porto promissor para investir seu dinheiro.
É apenas um exemplo do prejuízo causado pela opção brasileira. Um exemplo que não pode ser considerado pequeno.
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Ricardo Galuppo é publisher do Brasil Econômico
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Paraguay debe recurrir al Tribunal de Haya - Mercosur
PARLAMENTO DEL MERCOSUR
DELEGACION DE PARAGUAY
PARAGUAY DEBE RECURRIR A LA HAYA EN RECLAMO DE JUSTICIA
El Paraguay como país libre y soberano debe defender sus derechos ante todas las instancias correspondientes, en particular, la Corte Internacional de Justicia de La Haya y si bien Argentina y Brasil, no reconocen ésta jurisdicción para dilucidar hipotéticas controversias entre Estados soberanos que entren en conflicto, el Uruguay, sí la admite , y de esta forma, constituye una sobrada razón para que Paraguay recurra sin más trámites a este Alto Tribunal en reclamo de justicia, peticionando se declare ilegal e ilegítima la decisión de los tres países citados de excluir arbitrariamente al nuestro del MERCOSUR.
La Corte Internacional de Justicia, que funciona desde 1946, es un organismo estructuralmente inmune a las corrientes ideológicas que dominan el escenario político mundial, y su misión se encuadra estrictamente al ámbito contencioso y/o consultivo que los países de la ONU someten a su fuero para su examen y ulterior resolución de eventuales litigios que los enfrente.
En conocimiento, entonces, que los Tribunales de la ONU se circunscriben a administrar justicia con criterio equitativo e imparcial, no descartándose obviamente casuales pero remotas liviandades del factor humano, la causa paraguaya, entendemos, será juzgada con la objetividad requerida, lo que entraña un probable éxito de nuestras pretensiones, considerando que en ambos contextos, el juicio político a Fernando Lugo, primero, y su arbitraria consecuencia, la ilegal suspensión del bloque regional, el Paraguay lleva la impronta victoriosa por el volumen de los testimonios y evidencias arrojadas por el inadmisible atropello de Argentina Brasil y Uruguay de las normas regionales y de los mandatos expresos del Derecho Internacional.
Un agravante voluminoso que condena irremediablemente al actual gobierno charrúa, son las expresiones de su presidente, José Mujica, que en plan de justificar la decisión de suspender temporalmente a Paraguay de sus derechos de participar de las deliberaciones de los órganos constitutivos del proceso de integración, comete el garrafal desliz de confesar públicamente que lo político primó sobre lo jurídico, usurpando, con esa rotunda enunciación, la potestad innata del Derecho para ventilar controversias en el MERCOSUR, subordinándolo bastardamente a las conveniencias políticas de los gobernantes de turno.
La Presidencia de la Delegación Paraguaya en el Parlamento del MERCOSUR, exhorta al Poder Ejecutivo, que a través del Ministerio de Relaciones Exteriores, a que indefectiblemente instaure una acción contra su homólogo del Uruguay, que, en esta emergencia, cargará con todo el peso de las imputaciones promovidas por el demandante, visto que Argentina y Brasil quedarán exceptuados, salvo que presten su Acuerdo para sentarse en el banquillo de los acusados junto al demandado.
El caso paraguayo, dejará a no dudarlo, un precedente de hierro en la comunidad internacional, forzando a los díscolos líderes que aún perviven en los dos hemisferios a meditar concienzudamente la eventual adopción de medidas que vulneren el Estado de Derecho, quebranten la jurisprudencia Internacional y ofendan el régimen de democracia
representativa escogida por los miembros de la ONU.Al gobierno brasileño le refrescamos la memoria: su país alberga dos sueños dorados, ingresar al selecto grupo económico del orbe, meta parcialmente lograda, e integrar el Consejo de Seguridad de la ONU con carácter permanente, emparejado nada menos que con Estados Unidos, Rusia, China, Francia y Reino Unido de Gran Bretaña, potencias
militares del planeta, objetivo todavía inasequible pero irrenunciable para el ambicioso vecino. La Corte Internacional de Justicia es, al lado de la Asamblea General y el Consejo de Seguridad, uno de los tres pilares institucionales de la ONU, y un fallo dictado por sus autoridades, invariablemente inapelable y de prerrogativa moral mayúscula, indefectiblemente honrará la reputación del inocente, escarneciendo la aureola del culpable, quien tendrá que forzosamente sufrir las seguras secuelas de sus arrogantes despropósitos y de la inconducta lesiva y violatoria del orden jurídico internacional.
Agosto de 2012
Parlamentario ALFONSO GONZALEZ NÚÑEZ
Presidente
sábado, 23 de junho de 2012
Da extraordinaria arte de se autoiludir: Mercosul, Brasil e Argentina
Argentina y Brasil tienen caída en el comercio, pero resaltan alianza estratégica
Marcos Magalhães
Portal de Notícias, Senado Federal, 22/06/2012
El futuro de las dos economías ya no puede ser visto de forma aislada, recordó al inicio del debate el alto representante general del Mercosur, embajador Samuel Pinheiro Guimarães. Él señaló que el Mercosur no vive una situación aislada. Al contrario, también sufre los efectos de una crisis internacional que lleva a los países desarrollados a contener las importaciones e intentar aumentar las exportaciones.
En este sentido, él consideró necesario promover un esfuerzo para conciliar los intereses de Argentina, para promover su desarrollo, y de Brasil, que busca atender a los sectores más perjudicados por las restricciones impuestas por el gobierno argentino a sus exportaciones.
–Los legisladores de ambos países deben hacer que avance el conjunto de los intereses del Mercosur. Pueden influir de forma decisiva para llevar adelante un proyecto para transformar el bloque de mera unión aduanera en un proyecto de desarrollo –dijo Guimarães.
El representante brasileño ante el Mercosur, embajador Ruy Carlos Pereira, recordó que el comercio dentro del bloque alcanzó US$52.000 millones en 2011. Desde que el Mercosur fue fundado, en 1991, señaló, el valor del comercio dentro de la zona se multiplicó por 10, mientras que el intercambio del bloque con el resto del mundo creció siete veces. Él resaltó además que el 89% de las exportaciones brasileñas a Argentina son de productos manufacturados y mercancías.
–A pesar de las dificultades coyunturales que tenemos, el Mercosur, América del Sur y Argentina son vitales para la supervivencia, la expansión y la sofisticación de la industria brasileña –resaltó Pereira.
Cadenas productivas
No habrá desarrollo industrial brasileño “sin integración más estrecha con Argentina”, concordó el secretario ejecutivo del Ministerio de Desarrollo, Industria y Comercio Exterior, Alessandro Teixeira. Él reconoció que este año hubo una caída del 7% en las exportaciones brasileñas al país vecino. Pero atribuyó la reducción más a la crisis internacional que a las barreras impuestas por el gobierno argentino a las exportaciones brasileñas.
La necesidad de mayor integración de las cadenas productivas de los dos países también fue resaltada por la senadora Laura Gisela Montero, presidente de la Comisión de Economía Nacional e Inversión del Senado de Argentina. Ella señaló que los países del bloque cuentan con importantes recursos hídricos y reservas de petróleo. Representante de la provincia de Mendoza, ella citó el ejemplo del sector del vino como uno de los que podrían contar con una mayor unión de las empresas de ambos países.
–Sólo al pensar en complementación de estructuras productivas podemos tener un verdadero avance. Brasil consume dos litros de vino, mientras que en Argentina el consumo es de 40 litros. Es un mercado absolutamente virgen. Podemos tener una estrategia conjunta –propuso la senadora.
A su vez, el diputado Guillermo Ramón Carmona, presidente de la Comisión de Relaciones Exteriores y Culto de la Cámara de Diputados de Argentina, dijo que los dos países se equivocarían si negasen las dificultades. Pero resaltó la necesidad de “resolver los problemas concretos que tenemos”.
–Es importante la capacidad de dialogar, llegar a un entendimiento para resolver situaciones puntuales. Valoramos la relación económica y comercial con Brasil, que es vital para Argentina. Pero también tenemos que reconocer que la relación tiene un saldo desfavorable para Argentina, que alcanzó US$ 4.500 millones en 2011 –recordó.
Reacción en el Sur
La senadora Ana Amelia (PP-RS) resaltó la necesidad de un debate “abierto, libre, democrático y sincero” con los argentinos. Ella recordó que cientos de camiones permanecen parados en la frontera bilateral, cargados con productos como chocolate y zapatos. Las dificultades impuestas por Argentina, prosiguió, tienen impacto en los sectores de carne de cerdo, de maquinaria agrícola y de muebles.
Ya el diputado Dr. Rosinha (PT-PR) señaló que el aumento de la integración comercial siempre provocará nuevas crisis entre Argentina y Brasil. La integración, según dijo, “siempre será imperfecta”. Lo importante, en su opinión, es que, a cada nueva crisis, se intente “buscar la solución, no la agresión”.
Bloqueo y desempleo
–En la práctica la teoría es diferente. En la práctica, lo que existe es bloqueo y desempleo. En Río Grande do Sul, son más de cinco mil desempleados –informó.
El senador Paulo Paim (PT-RS) pidió que los gobiernos de ambos países mantengan la palabra dada en las negociaciones bilaterales. Él informó que ha oído de empresarios y trabajadores brasileños la misma queja de acuerdos incumplidos por Argentina, durante audiencias públicas en la Comisión de Derechos Humanos y Legislación Participativa.
Por último, el senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticó el gobierno brasileño por atender más a los intereses de las industrias del Estado de São Paulo que de los empresarios de otros estados de la federación, especialmente los del Sur del país.
Al final de los debates, el senador Roberto Requião (PMDB-RS), presidente de la Representación Brasileña, señaló que la primera condición para el cambio de una realidad es profundizar el conocimiento a su respecto.
–El Parlasur seguirá de cerca esta situación. Lo importante es que hoy hemos tomado conocimiento de las opiniones de los dos lados –dijo Requião.
El senador Luiz Henrique (PMDB-SC) pidió mayor compromiso de los parlamentarios de ambos países por la aprobación, en el Senado de Paraguay, del protocolo de adhesión de Venezuela al Mercosur.
–En el momento en que se integre Venezuela al Mercosur, este mercado se hará más fuerte –aposta el senador.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Debate sobre o futuro do Mercosul - Rubens A. Barbosa
Paulo Roberto de Almeida
segunda-feira, 14 de maio de 2012
O "futuro" do Mercosul em debate - Renato Marques
Mas, impõem-se as reservas de sempre: eles se expressa a título pessoal, não como diplomata, como eu sempre faço, aliás: mesmo sendo diplomata, nunca deixei de pensar e, por vezes, de expressar o que penso, como cidadão, não como diplomata. Não concordo, absolutamente, com os que dizem que o diplomata só tem, e só pode ter, uma única opinião, a do Governo. Enquanto diplomata, ele precisa seguir instruções, o que não deveria impedi-lo de expressar, internamente, suas ideais e opiniões para a formulação dessas mesmas instruções. Como cidadão, ele tem o direito de pensar o que quer. Impõem-se, como sempre, as reservas de praxe: o diplomata não tem o direito de expressar em público suas opiniões, em temas da agenda diplomática corrente, sem a devida autorização dos seus superiores. Um pouco como no Vaticano... (e tem de ser assim).
O que não quer dizer que ele não pode debater ideias -- não instruções -- de colegas diplomatas quando expostas abertamente em público. Se por acaso penetrar em temas da agenda diplomática corrente, tem o dever de pedir autorização. Por vezes dão, por vezes não, como no Vaticano...
Paulo Roberto de Almeida