Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Stefan Zweig: 80 anos atras, em 1936, chegava ao Brasil pela primeira vez - exposicao no RJ
Este livro retoma seus escritos sobre as primeiras impressões de Zweig sobre o Brasil de 1936, depois da Intentona Comunista (e já sob o império da Lei de Segurança Nacional, mas antes do golpe do Estado Novo, de novembro de 1937).
No início da guerra europeia, considerado um "enemy alien" na Inglaterra, ele escolheu o Brasil para se exilar.
Dois anos depois de aqui chegar, deprimido, ele se suicida com sua segunda mulher, Lotte, em Petropolis, no Carnaval de 1942, uma imensa perda para o mundo intelectual, deixando suas memórias póstumas (mas que chega apenas até a Grande Guerra, praticamente).
A melhor biografia de sua vida e obra é a de Alberto Dines, Morte no Paraíso, que recomendo vivamente.
Cartaz da exposição da Casa Stefan Zweig que abre no dia 5 de outubro, homenageando o escritor que chegou ao Brasil pela primeira vez em 1936.
domingo, 25 de setembro de 2016
Brasil: um país economicamente falido, e um Congresso irresponsável - Ricardo Bergamini
Prezados Senhores
Tendo como fonte o Banco Central do Brasil, abaixo alguns indicadores econômicos do país das maravilhas (Brasil), com base em julho de 2016:
1 - Em doze meses, os juros nominais totalizaram R$ 427,1 bilhões (7,04% do PIB).
2 - Em doze meses, o déficit fiscal nominal alcançou R$ 581,1 bilhões (9,58% do PIB).
3 - A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) em julho de 2017 alcançou R$ 4,2 trilhões (69,5% do PIB).
4- Abaixo a instituição (Congresso Nacional) responsável pela austeridade fiscal necessária para retirar o Brasil desse atoleiro em que se encontra, e com certeza, não será, como tem sido até a presente data, com raras exceções, com o abissal e sepulcral silêncio da sociedade que teremos alguma solução. Não adianta ler e jogar na lixeira. Tem que pelo manifestar indignação.
Nota: Às vezes tenho a sensação de que as pessoas tem medo de se comprometerem com manifestações, assim sendo não saem dos seus casulos. Será possível?
Estrutura de comunicação do Congresso custa pelo menos R$ 103 milhões, diz Folha
Levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que órgãos de comunicação da Câmara e do Senado empregam uma equipe de 1.212 funcionários. Custo para manter a estrutura este ano é de pelo menos R$ 103 milhões
POR CONGRESSO EM FOCO | 25/09/2016 |
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Pedro França/Agência Senado
Estrutura da Secretaria de Comunicação do Senado é a mais robusta: são 662 funcionários
A estrutura de comunicação do Congresso Nacional, que inclui TV Senado, TV Câmara, agências de notícias e rádios, emprega uma equipe de 1.212 funcionários, segundo levantamento realizado pelo jornal Folha de S.Paulo. Os órgãos custarão ao contribuinte este ano pelo menos R$ 103 milhões, isso sem levar em conta os gastos com a folha de pessoal daqueles que são concursados e comissionados.
A remuneração de profissionais concursados e comissionados na área de comunicação do Congresso vai de R$ 14,3 mil a R$ 27,4 mil. Os terceirizados, que representam 61% da equipe, recebem de R$ 1.300 a R$ 10,8 mil. A maioria destes funcionários são vinculados à empresa Plansul Planejamento e Consultoria Ltda., que enfrenta problemas na Justiça.
A empresa de Santa Catarina aparece como parte envolvida em diversos processos envolvendo órgãos públicos e já foi alvo de condenações por irregularidades. Uma delas resultou na determinação do pagamento de R$ 9 milhões por motivar a rescisão de contrato firmado com Furnas.
A Plansul informou à reportagem que é uma empresa que trabalha há 32 anos no mercado “sem qualquer envolvimento político partidário” e que todos os seus “contratos são decorrentes de licitações”. A organização acrescenta que seus processos judiciais permanecem sendo discutidos nos tribunais.
A estrutura da Secretaria de Comunicação do Senado é a mais robusta, com 662 funcionários. A organização é formada por um conjunto de mídias: TV Senado, Rádio Senado, “Jornal do Senado” (impresso) e Portal do Senado, além de outros órgãos ligados à comunicação institucional, como relações públicas e canais de relacionamento com o público.
Apesar da farta mão de obra, a Casa ainda pode contratar profissionais de fora, como ocorreu com a escritora Margarida de Aguiar Patriota, que recebeu R$ 95 mil pela produção e apresentação na Rádio Senado do programa “Autores e Livros”. Procurada, a Secom informou que a quantidade de funcionários se justifica pelo elevado número de atribuições.
A Câmara, por sua vez, conta com 550 profissionais atuando na rede de comunicação, que integra TV Câmara, Rádio Câmara, Portal da Câmara e outros órgãos da área. Do total de funcionários, 88 exercem funções típicas de jornalistas e 81 possuem formação superior em comunicação social e atuam em atividades diversas.
O deputado José Priante (PMDB-PA) assumiu há pouco mais de um mês o comando da Secom da Câmara e disse que ainda não tem um diagnóstico formado em relação à estrutura de comunicação da Casa. ”Eu confesso que a olho nu me parece uma dimensão um tanto quanto exagerada, mas evidentemente tenho que avaliar todas as atividades porque, enfim, é a construção da notícia, de coberturas, de TVs, de rádio. Eu estou chegando na secretaria e encontrando esse quadro”, disse o parlamentar ao jornal.
Leia a reportagem completa no jornal Folha de S.Paulo
Ricardo Bergamini
China: potential winner of the new economic Cold War - Muhammad Zamir (Bangla-Desh)
New facets of China's foreign and economic policies
The Financial Express Bangla-Desh : 25 Sep 2016
Since September 2015 they have tried to create a positive construct pertaining to their relationship with the United States. In this context one is reminded of the comment made by former President Nixon as he set out in 1972 for Beijing hoping to end two decades of enmity. He observed that "China and the United States have had great differences. We will have differences in the future, but what we must do is to find a way to see that we can have differences without being enemies in war."
Last year saw Chinese President Xi Jinping going for his first state visit to the United States, at a time when the stakes have become even higher within the paradigm of the bilateral relationship of these two countries.
Despite the brinkmanship between the two countries on a wide range of subjects - cyber hacking and contested atolls - both now realise that they need inter-active engagement to properly manage their differences. In this context one is reminded of the blunt warnings issued by President Obama in the second half of 2015 on cyber hacking: "There comes a point at which we consider this a core national security threat… we can choose to make this an area of competition, which I guarantee you we'll win if we have to." BBC later reported that only a scrambled visit by China's security chief for what the White House described as "candid, blunt discussions" seems to have averted American sanctions. Subsequently, after more damage control, despite US public opinion being increasingly negative on China (over China stealing American jobs, as Trump puts it), President Obama told the media that China's peaceful, orderly rise was in the US's interest and good for the world.
muhammadzamir0@gmail.com
China's pivot, Brazil's stance: uma critica a meus argumentos provocadores - Paulo Antônio Pereira Pinto
Leitor assíduo, há muito, de seus artigos, peço vênia para comentar a respeito do exposto entre os parágrafos 6 e 8 do texto “China´s pivot, Brazil’s stance: a personal view”.
Creio que, ao assim proceder, continuarei no esforço de fazer o registro de experiências pessoais nos difíceis lugares onde servi, ao longo de mais de 40 anos de carreira diplomática, bem como poderia estimular os leitores de Mundorama a serem mais participativos, no que diz respeito a comentários dos artigos publicados.
Assim, tendo servido em Pequim, entre 1982 e 1985, gostaria de lembrar que a opção de transferir o reconhecimento diplomático da “República da China” para a RPC, em 1974, não se reduziu ao estimulo para que os chineses do continente “tomassem mais cafezinhos”.
Em termos simplificados, acho que poderíamos dizer que tal iniciativa inseriu-se na formulação de uma “Política Nacional para o Exterior” – em oposição a uma mera política externa comercial. Apesar de extrema direita no plano interno, a atuação de Geisel – com apoio do Chanceler Silveira e inspiração do Embaixador Ítalo Zappa, com que servi em Maputo e Pequim – teve expressivo significado na inserção internacional brasileira, em mundo então bipolarizado, com a valorização do conceito de “nação”, tão presente em discursos do Zappa.
Com o mesmo impulso, houve o reconhecimento do MPLA, como único representante da “nação” angolana. Isto é, tanto na China quanto em Angola, procurávamos identificar qual seria o real representante de cada nação. Não poderia ser a Ilha de Formosa, no caso chinês, nem os outros movimentos de libertação de Angola, que falavam, estes, francês ou afrikans.
Assim, os que vivemos o início das relações com a RPC sentíamos que, naquele momento, participávamos como parceiros (estratégicos, seria definido mais tarde) com um terceiro polo de poder mundial, então emergente.
Não se pode simplificar o acordo, assinado por Figueiredo, em 1984, e não por Sarney, em 1988, para construção de satélites – que foi e talvez seja ainda o projeto mais sofisticado entre dois países então em desenvolvimento. Tive o privilégio de acompanhar o início de tal cooperação, viajando, inclusive, a centros de pesquisa China, com pioneiros nossos nesse setor.
Então houve, sim, uma visão estratégica, no início. Caso haja interesse, poderei elaborar mais sobre este aspecto das relações.
Quanto aos demais pontos de seu artigo, teria pouco a comentar. Apenas lembro que outro país possui comércio bilateral semelhante ao nosso, com a China, exportando apenas produtos primários e aviões, enquanto importa todo tipo de bugiganga: os Estados Unidos da América.
Abraço afetuoso, do admirador
Paulo Antônio Pereira Pinto
Embaixador em Minsk"
Com prazer recebo estas críticas e delas farei bom uso em minha exposição oral sobre a questão.
Paulo Roberto de Almeida
Academia.edu para otimistas: os cem papers mais requisitados deste escriba - Paulo Roberto de Almeida
Assim, no dia em que eu resolver ganhar dinheiro com os meus escritos, já sei por onde começar.
Mas, um pequeno senão: não consigo imaginar este escrevinhador "perdendo" tempo com coisas "comerciais"...
Só faço o que me dá prazer, e o que me dá prazer raramente é comercial (ainda que possa ser vendável).
Paulo Roberto de Almeida
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