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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Confusoes colombiano-venezuelanas sobre certidao de nascimento de Maduro: nem a OEA vai resolver...

Denuncian a Santos por ocultar partida de nacimiento de Maduro


Dos pequeñas agrupaciones opositoras venezolanas denunciaron hoy ante la sede de la Organización de Estados Americanos (OEA) en Caracas al presidente de Colombia, Juan Manuel Santos, porque aseguran que oculta una partida de nacimiento colombiana del gobernante venezolano, Nicolás Maduro. El secretario general de Democracia Renovadora, José García Urquiola, y el exsindicalista Pablo Medina, miembro de la Junta Patriótica de Venezuela, presentaron hoy la denuncia por lo que consideraron "intromisión" de Santos "en los asuntos internos de la política venezolana", reportó el canal privado Globovisión.
"Estamos solicitando (a la OEA) que convoque una reunión extraordinaria para tratar el tema violatorio de nuestra constitución, de nuestra nacionalidad y del principio de no intervención el cual desconoce el presidente de Colombia al tener en sus manos la partida de nacimiento del señor Nicolás Maduro", indicó Medina.
Medina, uno de los candidatos que corrió en las internas de la oposición en febrero del año pasado, en las que apenas consiguió unos miles de votos, volvió a mencionar una supuesta polémica sobre el lugar de nacimiento de Maduro.
A finales de julio Guillermo Cochéz, exembajador de Panamá ante la OEA, cargo del que fue destituido por sentar posición sobre Venezuela sin autorización de su Gobierno, presentó una supuesta partida de nacimiento colombiana para demostrar que Maduro no nació en Venezuela y por tanto no puede ser presidente de su país.
La Registraduría de Colombia respondió asegurando que el documento que había presentado Cochez no contenía "las características especiales" de los registros colombianos y mostraba un número identificativo de otro ciudadano.
"El registrador público de Colombia negó que esa partida de nacimiento fuera auténtica porque los sellos y números no correspondían, esto quiere decir que Santos tiene el documento original en Bogotá", indicó hoy Medina.EFE

domingo, 28 de julho de 2013

Cada qual com seu mestre: tomando as ordens para a proxima fase...

Pelo menos quando não se pode fazer de outro jeito, e a dependência (em alguns casos a chantagem) pode ser um indutor poderoso...

Maduro se reunió con Fidel Castro en Cuba
Cuba – EFE – 28/07/13. El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, se reunió en La Habana con el líder cubano Fidel Castro, y conversaron sobre el fallecido Hugo Chávez, a quien el exmandatario también recuerda en una carta sobre el 60 aniversario del inicio de la revolución que publican hoy medios oficiales.
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'Eu e Lula somos indissociáveis', diz Dilma a jornal

Presidente Dilma Rousseff

Presidente afirma que seu antecessor "não vai voltar porque não saiu" da vida pública


Presidente Dilma Rousseff (Ueslei Marcelino/Reuters)
A presidente Dilma Rousseff disse que seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva "não vai voltar porque não saiu" da vida pública e que os dois são "indissociáveis". "Esse tipo de coisa não gruda, não cola. Falar em 'Volta, Lula' e tal... eu acho que o Lula não vai voltar porque ele não foi", afirmou, em entrevista publicada neste domingo no jornal Folha de S.Paulo. Dilma assegurou que tentativas de usar o ex-presidente como crítica a seu estilo não a incomodam "nem um pouquinho". Desde que pesquisas começaram a registrar queda de popularidade do governo, após as manifestações de rua de junho, ressurgiram no PT defensores de que Lula volte a disputar a Presidência.
Questionada sobre o resultado dos últimos levantamentos de intenção de voto e avaliações do governo, a presidente desconversou e disse saber "perfeitamente que tudo o que sobe, desce, e tudo o que desce, sobe". A presidente negou que esteja pensando em cortar o número de ministérios, medida defendida por aliados de peso, como o PMDB. Dilma garantiu ainda a permanência do ministro Guido Mantega na Fazenda.
Com um forte discurso de defesa da política econômica do governo, a presidente afirmou que sua equipe tomou todas as medidas para a "redução de custeio" e, ao falar de inflação, criticou o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso: "Cumpriremos a meta de inflação pelo décimo ano consecutivo. Sabe em quantos anos o Fernando Henrique não cumpriu a meta? Em três dos quatro anos dele (em que a meta vigorou)".
Para Dilma, a inflação está "cadente" e o desemprego, sob controle. A presidente disse ainda que é "tolice meridiana falar que o País não cresce puxado pelo consumo", mas concordou que é preciso investir mais. Um ministro próximo à presidente disse que a entrevista deixou um recado: "Ela (Dilma) quer dizer que os cabeças ocas que falam 'Volta, Lula' vão ficar falando sozinhos".
Para o ex-governador de São Paulo e vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, Dilma está certa ao dizer que é "indissociável" de Lula, pois ela seria uma "criatura" do ex-presidente, "sem vida própria". Goldman também critica o fato de a presidente afirmar que a inflação está sob controle: "Essa é uma atitude de quem desconhece a realidade e tenta fugir do momento difícil pelo qual o País passa".
(Com Estadão)

sábado, 11 de maio de 2013

Chá de cadeira em Dilma - Editorial Estadao

Como desorganizar uma agenda diplomática? Vamos ver:
O padrão de atraso no governo anterior era de 50 minutos, mais ou menos.
O padrão de atraso do bolivarianismo era de 1h:30ms, mas podia ser mais.
Agora, parece que aumentou para 2hs.
Sinal de progresso, de crescimento?
Paulo Roberto de Almeida


Chá de cadeira em Dilma

Editorial O Estado de S.Paulo, 11 de maio de 2013
A presidente do Brasil é Dilma Rousseff, mas isso parece ser apenas um detalhe. Na fabulação bolivariana, ela não passa de uma nota de rodapé ante os "gigantes" Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Chávez e Néstor Kirchner. Por isso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não teve nenhum pudor em deixá-la esperando por quase duas horas, durante sua visita ao Brasil, enquanto se encontrava com o ex-presidente Lula. Não foi apenas Dilma que saiu menor desse episódio. É a própria Presidência brasileira que encolhe a olhos vistos ante o menosprezo de Lula pela liturgia do cargo que ele não mais ocupa, mas do qual não consegue "desencarnar". Dilma, por sua vez, obediente e disciplinada, parece aceitar seu status de presidente ad hoc.
Como se sabe, Maduro veio ao Brasil para obter a legitimidade política que lhe falta na Venezuela, graças à truculência com que ele está tratando a oposição - dona de metade dos votos na controvertida eleição vencida pelo herdeiro de Chávez. Maduro enfrenta resistência também nas próprias fileiras chavistas, porque, com a morte do Comandante, se multiplicaram focos de rebelião daqueles que se sentiram preteridos dentro do Politburo venezuelano e relutam jurar lealdade ao presidente.
Já começam a circular rumores de que os próprios chavistas, principalmente o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, estão conspirando para prejudicar Maduro. Suspeita-se que Cabello - que já está sendo chamado de "ditador em espera", é muito ligado aos militares e não é bem visto pelo regime cubano, padrinho de Maduro - esteja incitando a violência para precipitar a crise.
Tudo isso acontece em meio a uma avassaladora crise econômica, cujo lado mais perverso e politicamente explosivo é o desabastecimento de alimentos - que Maduro atribuiu à "sabotagem econômica", sem reconhecer a óbvia incompetência de seu governo. Não surpreende que já haja pesquisas mostrando que, se a eleição presidencial fosse hoje, o vencedor seria o opositor Henrique Capriles.
Nesse contexto, Maduro veio ao Brasil para pedir ajuda - que se traduzirá em acordos comerciais francamente desequilibrados em favor da Venezuela - e para consultar-se com Lula para saber o que fazer. O ex-presidente não o decepcionou. "Hoje, Lula nos banhou de sabedoria", declarou, entusiasmado, o venezuelano, após a audiência que contou também com a presença do presidente do PT, Rui Falcão, numa deliberada confusão de questões de Estado com interesses político-ideológicos. Lula falou durante uma hora sobre sua "experiência de luta", disse Maduro, que qualificou o petista de "pai dos homens e mulheres de esquerda da América Latina". Para o venezuelano, "dos três gigantes que começaram este processo de integração da América Latina, Kirchner, Chávez e Lula, só nos resta Lula". Assim, a visita oficial de um chefe de Estado ao Brasil converteu-se em peregrinação para adorar um santo vivo e beber de seus "ensinamentos".
Somente depois de beijar a mão de Lula e de reconhecer-se como seu "filho" é que Maduro dirigiu-se ao Planalto para ser recebido por Dilma, que lhe reservou honras de Estado, a despeito do chá de cadeira que levou. Não contente em fazê-la esperar, Maduro ainda lhe presenteou com um enorme retrato de Chávez, numa cena constrangedora, que tornou a presidente ainda menor em todo o contexto. Restou a Dilma fazer um discurso curto, protocolar, em que exaltou a "parceria estratégica" entre Brasil e Venezuela e chamou de "momento histórico" o fato de que a Venezuela assumirá a presidência do Mercosul no segundo semestre - situação esdrúxula que só está sendo possível graças a um golpe bolivariano para isolar o Paraguai, que se opunha à entrada da Venezuela no bloco.
À vontade, Maduro sentiu-se autorizado a dizer, sem que a mentira fosse contestada, que o projeto do Mercosul "nasceu em essência das ideias de Chávez". No culto à personalidade de Chávez e Lula, Dilma é cada vez mais apenas uma coadjuvante.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Que tal uma quinta celebrando com os chavistas? Maduro vem pedir comida...


Claudia Andrade
VEJA.com, 10/05/2013

Os resultados da eleição presidencial de 14 de abril estão sendo contestados pela oposição venezuelana, mas Nicolás Maduro não esperou para buscar apoio dos aliados Uruguai, Argentina e Brasil, em um giro pelos países do Mercosul. Nesta quinta-feira, em Brasília, Maduro foi recebido com honras militares por Dilma Rousseff, presenteada com uma imagem do caudilho Hugo Chávez.
Maduro aproveitou seu giro para “passar o pires” e garantir o abastecimento de alimentos e itens de higiene pessoal. Na Venezuela é comum faltar nos supermercados produtos como farinha e óleo de milho, açúcar, frango, papel higiênico, guardanapos, detergente.
Tentando se defender das críticas da oposição depois de vencer Henrique Capriles com pouco mais de 200.000 votos de diferença, ele disse que, ao longo dos anos de Hugo Chávez, a Venezuela realizou eleições e referendos que construíram um sistema eleitoral “quase perfeito”. Ao longo de 14 anos no poder, o coronel usou a ferramenta democrática sempre a seu favor, manobrando para garantir resultados favoráveis e acabando com as instituições. Ele disputou o último pleito na condição de presidente interino, seguindo os passos de seu padrinho político, com presença constante nas redes de rádio e TV, enquanto ao adversário era relegado um espaço insignificante.
A campanha presidencial de Maduro contou com a participação direta de Lula, que gravou um vídeo em apoio ao governista. Em retribuição, o venezuelano encontrou-se com o ex-presidente em Brasília – encontro longo – que atrasou ainda mais a agenda com Dilma. Em sua fala oficial à imprensa, não poupou elogios ao petista. Ressaltou a “sabedoria” de Lula e os “conselhos” que lhe deu no encontro. “Nós o vemos como um pai dos homens de esquerda, das mulheres de esquerda, dos homens e mulheres progressistas da América Latina. Que sorte que temos, dos três gigantes que iniciaram o processo (de unificação regional), Chávez, Néstor Kirchner e Lula, nos resta Lula. Nós, quando assumirmos a presidência do Mercosul, vamos assumir com essa missão de crescimento, de fortalecimento”, discursou Maduro.
A entrada da Venezuela no bloco ocorreu a partir de um golpe contra o Paraguai, único país que se opunha à adesão. O processo que resultou no impeachment de Fernando Lugo, em junho do ano passado, respeitou a Constituição paraguaia, mas serviu como desculpa para a suspensão do Paraguai e consequente entrada da Venezuela. Um ano depois da suspensão do Paraguai, o Mercosul se prepara para assumir o comando temporário do bloco, no dia 28 de junho.
Abastecimento
Assim como fez nos outros países que visitou, também com o Brasil o venezuelano fechou acordos para garantir o abastecimento em seu país. “Pedimos mais apoio ao Brasil para o desenvolvimento de uma revolução agroalimentar na Venezuela. Nós próximos anos, uma das grandes metas é produzir todos os alimentos que consumimos, e nos converter em uma potência produtora de alimentos. Vamos desenvolver um novo modelo, uma nova fórmula produtiva, com a ajuda do Brasil, de suas técnicas de produção”.
Ele acrescentou que na Venezuela, “houve uma mutação com a chegada do petróleo. Mais que uma mutação, uma amputação. Amputaram a cultura produtiva do campo. Mas estamos recuperando”.
Na Argentina, ao anunciar o convênio fechado com o governo de Cristina Kirchner para “garantir e fortalecer a reserva alimentar por três meses”, Maduro admitiu que a Venezuela enfrenta “problemas severos de abastecimentos”, mas os atribuiu não as falhas do governo em conduzir a economia, à incapacidade de conter a inflação, mas sim a “sabotagem econômica”.
A agenda do Venezuelano na Argentina incluiu ainda um ato político em um ginásio lotado de kirchneristas, e falou em “renascimento de forças de direita fascistoides” que “ameaçam a democracia”.
Oposição
Enquanto Maduro se reunia com Cristina Kirchner, opositores venezuelanos estavam no Congresso argentino para denunciar as irregularidades nas eleições de 14 de abril. Os parlamentares argentinos analisam uma série de projetos apresentados pelo governo de Cristina Kirchner como “democratização” do judiciário mas que, na verdade, em muitos aspectos cerceiam o trabalho dos juízes. “Se posso dar um alerta é: lutem pela autonomia judicial”, disse o deputado Leopoldo López ao jornal argentino Clarín. Na Venezuela, o Judiciário é dominado por chavistas, que endossam as decisões do Executivo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Venezuela: em telecomando do alem? - Vice-presidente no controle remoto

Política

Maduro volta de Cuba com versão mítica de Chávez

Vice afirma que o ditador governa e fez até reunião ministerial no leito do hospital

Nicolás Maduro, o todo-poderoso da Venezuela na ausência de Chávez
Nicolás Maduro: Chávez está superando a montanha e se recupera (Raul Arboleda / AFP)
No início da primeira reunião extraordinária do Conselho Federal de Governo para o mandato 2013-2019, o vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro reforçou o discurso governista para justificar a manobra que manteve Hugo Chávez no poder. Maduro também levantou a hipótese de plano para desestabilizar o país, pediu que a decisão da Justiça sobre a posse de Chávez seja acatada e voltou a defender que, mesmo internado no exterior, o coronel está no comando da Venezuela.
Em mais uma tentativa de demonstrar que o mandatário está exercendo suas funções, mesmo enfrentando um pós-operatório que apresentou complicações, o vice acrescentou que Chávez, mesmo internado, perguntou a cada um dos ministros sobre as áreas sob sua responsabilidade. “Nosso comandante vai superando a montanha e avançando, e isso nos deixa cheios de felicidade do ponto de vista humano e pátrio", disse
Também estiveram na ilha o governador de Barinas, Adán Chávez, irmão mais velho do caudilho; o chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello; a procuradora-geral, Cilia Flores, mulher de Maduro; e o ministro do Petróleo e presidente da estatal PDVSA, Rafael Ramírez. Segundo o vice-presidente, todos levaram informações a Chávez sobre, no seu linguajar chavista, "como o nosso povo está avançando, como vão se consolidando os passos do poder popular e do governo na nova estapa”.
Leia mais: Chavismo convoca marcha para dia de protesto da oposição
Constituição - O vice também pediu ao povo venezuelano que acate de forma democrática a decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a manutenção de Chávez no poder. “Não podem haver surtos de ataques contra nosso povo (…) Muito cuidado com as provocações”.
As declarações são uma reação aos protestos estudantis em San Cristóbal, no estado de Táchira, contra a decisão da Corte. Segundo a Constituição venezuelana, Chávez deveria ter tomado posse para seu quarto mandato consecutivo na última quinta, dia 10. Uma interpretação chavista do texto constitucional, no entanto, adiou pelo tempo necessário o juramento de posse, considerado "mera formalidade". O Supremo Tribunal de Justiça endossou a tese, usando o argumento da "continuidade administrativa". “Não podemos permitir a ninguém que incendeie este país”, disse Maduro.
Leia Também:
Venezuela: oposição pede direito de palavra sobre Chávez
Vídeos sobre contradições de tese chavista são proibidos
Oposição – A reunião do Conselho Federal de Governo teve a participação dos governadores eleitos em 16 de outubro, incluindo o governador reeleito de Miranda, Henrique Capriles, que em outubro impôs a Chávez a mais difícil disputa presidencial dos catorze anos em que o coronel está no poder. Outros dois opositores, Henri Falcón, governador de Lara, e Liborio Garulla, do estado de Amazonas, também estiveram no encontro. Nas eleições regionais, a vitória foi do chavismo, que levou 20 dos 23 estados em disputa.
Caio Blinder: O fantasma Chávez e o regime real

Maduro muda chanceler venezuelano e diz que Chávez governa

Presidente está consciente em Cuba e sabe da situação política em seu país, afirma vice-presidente, que ontem se reuniu com líder opositor

15 de janeiro de 2013 | 19h 52
estadão.com.br
 CARACAS - O ex-vice presidente venezuelano Elias Jaua foi nomeado ontem o novo ministro das Relações Exteriores do país. Ele substituirá o vice-presidente Nicolás Maduro, que acumulava as duas funções desde outubro. Em dezembro, Jaua foi derrotado pelo líder da oposição Henrique Capriles na disputa pelo governo do Estado de Miranda. 
“O presidente Hugo Chávez acabou de designar o companheiro Elias Jaua como o novo chanceler”, disse Maduro. Chávez, que se recupera em Cuba há 35 dias da quarta cirurgia contra um câncer pélvico, não aparece nem dá declarações em público desde que viajou para Havana.
Em entrevista à TV estatal VTV, o novo chanceler disse que sua tarefa fundamental será defender a estabilidade política da Venezuela. "Faremos isso internacionalmente e internamente também", declarou.
Ainda de acordo com Maduro, o líder bolivariano tem sido atualizado lentamente de assuntos de governo. Chávez teria sido informado por ministros que o visitaram em Havana segunda-feira de como andam projetos de suas respectivas áreas.
“O comandante (Chávez) está se recuperando e isso nos enche de felicidade, do ponto de vista humano e pátrio”, disse Maduro. “A verdade é que ele está lutando. Encontramos com ele ontem e o atualizamos de como o povo está avançando e o governo está consolidando os passos do poder popular nessa nova etapa da revolução.”
De acordo com Maduro, Chávez perguntou aos ministros e colaboradores próximos detalhes de cada área do governo. O vice  voltou de Cuba ontem com os ministros do Petróleo do país, Rafael Ramírez, da Ciência e Tecnologia, Jorge Arreazza, além do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e da procuradora-geral, Cilia Flores.
As declarações foram feitas após um breve encontro do vice-presidente com o líder da oposição Henrique Capriles – que provavelmente disputaria com Maduro a presidência em uma nova eleição. Os dois trocaram um cordial aperto de mãos, durante um evento do Conselho Federal de Governo, órgão que reúne governadores e prefeitos venezuelanos. / AFP e REUTERS