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domingo, 9 de maio de 2010

Descontruindo a educacao brasileira

Admiravel o trabalho dessas pedagogas freireanas, que sem saber do que estão falando, se empenham solidamente em afundar a educação brasileira.
O Construtivismo, na verdade, é uma empulhação completa, servida por analfabetos, para manter as crianças analfabetas...
Paulo Roberto de Almeida

Educação: Sob os dogmas do construtivismo
Salto no escuro

Marcelo Bortoloti
REvista Veja, edição 2164 / 12 de maio de 2010

Seis de cada dez crianças brasileiras estudam segundo os dogmas do construtivismo, um sistema adotado por países com os piores indicadores de ensino do mundo

Mais de 60% das escolas públicas e particulares no Brasil se identificam como adeptas do construtivismo. Sendo assim, parece óbvio que seis de cada dez crianças brasileiras estão sendo educadas com base em uma doutrina didática cuja natureza, objetivos e lógica devem ser de amplo conhecimento de diretores, professores e pais. Correto? Errado. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) desvenda um cenário obscuro. Em plena era da internet, os conceitos do construtivismo parecem ter chegado ao Brasil via as ondas curtas de 49 metros de propagação troposférica, com suas falhas e chiados. Ninguém sabe ao certo como o construtivismo funciona, muito menos saberia listar as razões pelas quais ele foi adotado ou deve ser defendido. Ele é definido erradamente como um "método de ensino". O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente. Ele adquiriu várias facetas no Brasil. Unifica-as o primado da realidade da criança sobre os conceitos básicos das disciplinas tradicionais. Traduzindo e caricaturando: como não faz frio suficiente na Amazônia para congelar os rios, um aluno daquela região pode jamais aprender os mecanismos físicos que produzem esse estado da água apenas por ele não fazer parte de sua realidade. Isso está mais longe de Piaget do que Madonna da castidade.

A experiência mostra que as interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas – especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais. Nelas, as metas de aprendizado são simplesmente abolidas. O doutor em educação João Batista Oliveira explica: "O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno à mercê de suas próprias conjecturas". Por preguiça ou desconhecimento, essas abordagens radicais da teoria de Piaget são a negação de tudo o que trouxe a humanidade ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico, científico e médico. Sua ampla aceitação no passado teria impedido a maioria das descobertas científicas, como a assepsia, a anestesia, as grandes cirurgias ou o voo do mais pesado que o ar. Sir Isaac Newton (1643-1727), que escreveu as equações das leis naturais, dizia que suas conquistas só haviam sido possíveis porque ele enxergava o mundo "do ombro dos gigantes" que o precederam. O conhecimento que nos trouxe até aqui é cumulativo, meritocrático, metódico, organizado em currículos que fornecem um mapa e um plano de voo para o jovem aprendiz. Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel.

Em um país como o Brasil, onde as carências educacionais são agudas, em especial a má formação dos professores, a existência de um método rigoroso, de uma liturgia de ensino na sala de aula, é quase obrigatória. A origem latina da palavra professor deveria ser um guia para todo o processo de aprendizado. O professor é alguém que professa, proclama, atesta e transmite o conhecimento adquirido por ele em uma arte ou ciência. Nada mais longe da realidade brasileira, em que menos da metade dos professores é formada nas disciplinas que ensina. À luz das versões tropicais do construtivismo, essa deficiência é até uma vantagem, pois, afinal, cabe aos próprios alunos definir com base em sua realidade o que querem aprender. É claro que um modelo assim já seria difícil funcionar em uma sala de aula ideal, com um mestre iluminado cercado de poucos e brilhantes pupilos. Nas salas de aula da realidade brasileira, é impossível que essa abordagem leniente dê certo. Adverte o doutor em psicologia Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP): "As aulas construtivistas frequentemente caem no vazio e privam o aluno de conteúdos relevantes".

Um conjunto de pesquisas internacionais chama atenção para o fato de que, em certas disciplinas do ensino básico, o construtivismo pode ser ainda mais danoso – especialmente na fase de alfabetização. Enquanto na pedagogia tradicional (a do bê-á-bá) as crianças são apresentadas às letras do alfabeto e aos seus sons, depois vão formando sílabas até chegar às palavras, os construtivistas suprimem os fonemas e já mostram ao aluno a palavra pronta, sempre associada a uma imagem (veja o quadro). A ideia é que, ao ser exposto repetidamente àquela grafia que se refere a um objeto conhecido, ele acabe por assimilá-la, como que por osmose. De acordo com a mais completa compilação de estudos já feita sobre o tema, consolidada pelo departamento de educação americano, os estudantes submetidos a esse método de alfabetização têm se saído pior do que os que são ensinados pelo sistema tradicional. Foi com base em tal constatação que a Inglaterra, a França e os Estados Unidos abandonaram de vez o construtivismo nessa etapa. O departamento de educação americano também o contraindicou para o ensino da matemática – isso depois de uma sucessão de maus indicadores na sala de aula.

O construtivismo ganhou força na pedagogia durante a década de 70, época em que textos de Piaget e de alguns de seus seguidores, como o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), vários dos quais traduzidos para o inglês, foram descobertos nas universidades americanas. Foi a partir daí que a corrente se disseminou por escolas dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, virou moda. Uma década mais tarde, porém, tal corrente começaria a ser gradativamente abandonada nos países que a adotaram pioneiramente. Os responsáveis pelo sistema educacional daqueles países chegaram a uma mesma conclusão: a de que a adoção de uma filosofia que não se traduzia em um método claro de ensino deixava os professores perdidos, deteriorando o desempenho dos alunos. Hoje, são poucos os países ainda entusiastas do construtivismo. Entre eles estão todos os de pior desempenho nas avaliações internacionais de educação. Com seis de cada dez crianças brasileiras entregues a escolas que se dizem adeptas do construtivismo, é de exigir que diretores, professores, pais e autoridades de educação entendam como se atolaram nesse pântano e tenham um plano de como sair dele.

8 comentários:

José Marcos disse...

CONFUSÃO PEDAGÓGICA

Na edição 2158 de 31 de março de 2010 da revista Veja, na matéria “Ideologia na cartilha”, o articulista Marcelo Bortoloti perguntava quem era Rubem Alves, um dos maiores educadores brasileiros da atualidade. Seria interessante que, quando ele se dispusesse a escrever sobre educação, procurasse se aprofundar mais no assunto. Algumas observações:

I) O suíço Jean Piaget não era psicólogo, nem tampouco pedagogo, porém biólogo.

II) O articulista diz que o Construtivismo é uma teoria de Jean Piaget. Piaget, na realidade, é o criador da Epistemologia Genética, não do Construtivismo.

III) Vygotsky não é exatamente um seguidor de Jean Piaget. Há muitas diferenças na forma de abordar o processo de desenvolvimento cognitivo entre os dois cientistas. Conceitos desenvolvidos por Vygotsky, como a “zona de desenvolvimento proximal”, não estão presentes na obra piagetiana.

IV) O Construtivismo tem raízes na Epistemologia Genética de Jean Piaget. As pesquisas de Piaget ainda hoje são fundamentais para se compreender o processo de desenvolvimento cognitivo do ser humano, e suas idéias são passíveis de investigação experimental. Piaget foi um pesquisador extremamente profícuo, sério e respeitado. Ele, realmente, não criou um método pedagógico. Tive aulas de Pedagogia na faculdade, e os professores SEMPRE faziam questão de ressaltar isso. É difícil acreditar que um pedagogo não saiba disso.

Pessoalmente, fiquei curioso em saber qual foi a fonte que o articulista utilizou para afirmar que 60% das escolas brasileiras são adeptas do Construtivismo. Terá sido a tal pesquisa da Unesp? Como saber que pesquisa é essa? Parece que os jornalistas levam muito a sério o ditado que diz “fonte é como amante, e não se revela”. Nos meios acadêmicos, contudo, o pesquisador tem a obrigação de revelar o material bibliográfico que consultou para fazer suas afirmações.
O Construtivismo e a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire são as causas do atraso brasileiro na Educação? Seria interessante se o jornalista procurasse pesquisar como se processa, de fato, o ensino no Brasil. A LDB (lei 9394/96) determinou um prazo de 10 anos para os professores SE GRADUAREM a fim de poderem CONTINUAR trabalhando na educação. O que quer dizer isso? Que há professores que ensinam Química sem serem formados em Química, professores que ensinam Matemática sem serem formados em Matemática, há professores que nem são formados e trabalham como professores, e assim por diante. Um conhecido meu, professor de Matemática de uma escola pública, foi alocado para dar aulas de Química na escola em que ele leciona exatamente pela carência de profissionais no setor. Se ele não desse aula, os alunos iriam ficar sem ver essa matéria que é exigida nos currículos do Ensino Médio. Desse modo, não há como exigir que os alunos brasileiros tenham bom desempenho em testes educacionais como o PISA.

José Marcos disse...

UM ADENDO

Relendo o artigo de Marcelo Bortoloti, percebi que fui exageradamente crítico com ele. Ao comentar a realidade brasileira, o jornalista afirma “que menos da metade dos professores é formada nas disciplinas que ensina”. Isso quer dizer que mais de 50% dos professores brasileiros ensinam aquilo que não aprenderam na faculdade! Bizarro!!!! A informação de Bortoloti quantifica a informação que eu havia dado anteriormente sobre os professores das escolas brasileiras. Como é que se pode esperar que um aluno aprenda uma matéria, como Química por exemplo, se o próprio professor que a ensina não tem formação nenhuma na área? É risível, contudo, achar que o Construtivismo respalde esse “jeitinho brasileiro” de educar. A razão para esse descalabro tem causas mais profundas. Pena que o jornalista não teve a curiosidade de investigá-las...

Glaucia disse...

Num outro adendo, lembro que os ensinos infantil, fundamental e médio são prioritariamente competência constitucional dos Estados e Municípios. O Governo Federal só trabalha com as diretrizes, e fica tentando criar fundos pra oferecer dinheiro condicionado e melhorar o quadro (prática que, numa leitura estrita, poderia ser inconstitucional mas é tolerada por uma impressão, provavelmente correta, de que deixar tudo livremente na mão de Estados e Município perpetuaria o descalabro).

Onde estão essas pedagogas freireanas? Gostaria de conhecer uma delas. A não ser que elas dominem todos os Estados e todos os Municípios, deve haver algum lugar onde a educação, livre delas, atingiu níveis suecos, não?

Na falta desse município-modelo livre das freireanas (sempre no feminino, né?), acho que podemos pensar que, como observa o comentador acima, talvez se trate de um buraco muito mais fundo do que esses artigos fazem supor.

Recomendo, para mais dados e mais profundidade, um blog (infelizmente há tempos interrompido) do Gustavo Ioschpe. Aviso que fica...no Portal da Veja!

http://veja.abril.com.br/gustavo_ioschpe/index_180209.shtml

José Marcos disse...

UM ÚLTIMO ADENDO

Um pequeno reparo ao que escrevi em meu primeiro comentário. Jean Piaget formou-se e doutorou-se em Biologia. Em sentido estrito, ele é, portanto, um biólogo. Ao longo de sua vida, contudo, suas pesquisas ultrapassaram o campo da Biologia, e tamanha foi a qualidade e repercussão delas, que também o consideram como um psicólogo,pedagogo, filósofo, sociólogo, entre outras profissões. Ele, particularmente, gostava de ser conhecido como epistemólogo. Por esse ponto de vista, o articulista não se equivocou ao chamá-lo de psicólogo.

Por fim, não custa nada lembrar que o termo “construtivismo” também é utilizado para denominar uma abordagem teórica em Relações Internacionais, na qual se destaca o acadêmico alemão Alexander Wendt.

Paulo Roberto de Almeida disse...

Glaucia,
"Pedagogas freireanas" é apenas uma metáfora para toda uma categoria de pedagogos alucinados. Como nessa tribo a maioria esmagadora é formada de bravas senhoras, lutando contra a dominação do capital e pela libertação dos espíritos infantis de influencias nefastas do capitalismo, fica a designação no feminino, mas estou certo que os mais bravos burocratas em defesa desse tipo de obscurantismo senil é composto, pelo menos no MEC, de senhores conscientes de que estão cumprindo um grande papel educacional.
Tenho plena consciência de que escolas primárias e médias são de responsabilidade local e estadual, embora as diretrizes do ensino e toda a definição de parâmetros para a formação de "instrutores" (chamá-los de mestres ou professores seria um exagero) é de respnsabilidade federal. São as IFES que formam os "freireanos", e é supostamente dos fornos construidos pela ideologia freireana dominante no MEC que saem as diretrizes curriculares que servem para deformar esses gentis alfabetizadores e instrutores de nossas crianças.
Também acho que os "instrutores" de hoje nunca leram Paulo Freire, esse maoista do quadro negro, e não têm a menor idéia do que ele queria dizer. Eles apenas são deformadores inconscientes, e incompetentes, apenas assim, naturalmente, sem necessitar muita elaboração teórica.
Também acho que o buraco é muito mais fundo, pois que mesmo eliminando, por hipótese fantástica, por meio de uma bomba de neutrons pedagógica seletiva, todo esse universo de freireanos (sem distinção de gênero), ainda restaria toda a má qualidade natural e intrínseca a nosso sistema educacional, que vai do pré-primário à pós-graduação (estou sendo otimista).
Acho que o Gustavo Ioschpe é tão preocupado quanto este escriba no que se refere à tragédia que é a educação brasileira, em todos os níveis.
Paulo Roberto de Almeida

Paulo Roberto de Almeida disse...

José Marcos,
Grato pelos comentários.
Na verdade, o Piaget poderia ser um carroceiro, um físico nuclear, um matemático, um pedagogo ou um psicólogo, que isso não mudaria muito as coisas, seja em relação ao desempenho dos sistemas educacionais em outros países, seja em relação à ruindade do nosso, com ou sem Piaget, antes ou depois dele.
Os países avançados -- desde a Alemanha e os EUA, que primeiro universalizaram a educação de massas -- não esperaram por Piaget para construir um sistema educacional eficiente e democrático com base em alguns princípios muito simples: o mestre ensina, didaticamente, explicando direitinho para as crianças o que elas precisam saber em termos de língua pátria, matemáticas e ciências elementares, enfia tudo aquilo na cabeça delas, se preciso for um pouco na base da decoreba e da repetição, e depois cobra o que foi ensinado, distribuindo notas boas e más em função do resultado. Quem não aprendeu, é obrigado a refazer a lição até aprender.
Simples não é? Não precisa Piaget para fazer isso. Aliás, não precisa nem de quadro negro, ou quase: só precisa um professor competente e dedicado.
As simple as that.
Paulo Roberto de Almeida

Anônimo disse...

"não esperaram por Piaget para construir um sistema educacional eficiente e democrático com base em alguns princípios muito simples: o mestre ensina, didaticamente, explicando direitinho para as crianças o que elas precisam saber em termos de língua pátria, matemáticas e ciências elementares, enfia tudo aquilo na cabeça delas, se preciso for um pouco na base da decoreba e da repetição, e depois cobra o que foi ensinado, distribuindo notas boas e más em função do resultado. Quem não aprendeu, é obrigado a refazer a lição até aprender.
Simples não é? Não precisa Piaget para fazer isso. Aliás, não precisa nem de quadro negro, ou quase: só precisa um professor competente e dedicado."

SALVAI-NOS ÓH DEUS, É DE FAZER ATEU REZAR!
QUANTO DISPARATE! RASGUEM O DIPLOMA DELE!
SÓ COMPROVA QUE, COMO ELE DISSE, O ENSINO VAI MAU DA GRADUAÇÃO AO PhD, PRINCIPALMENTE LÁ NA BÉLGICA ONDE FORMARAM ELE, POR QUE AQUI NO BRASIL NÃO DERAM O DIPLOMA NÃO...INTERROMPIDO NÉ?

Flávio disse...

"SALVAI-NOS ÓH DEUS, É DE FAZER ATEU REZAR!
QUANTO DISPARATE! RASGUEM O DIPLOMA DELE!
SÓ COMPROVA QUE, COMO ELE DISSE, O ENSINO VAI MAU DA GRADUAÇÃO AO PhD, PRINCIPALMENTE LÁ NA BÉLGICA ONDE FORMARAM ELE, POR QUE AQUI NO BRASIL NÃO DERAM O DIPLOMA NÃO...INTERROMPIDO NÉ?"
Qual o motivo de escrever anonimamente, sendo que acredito que vc nunca entrou em uma sala de aula, onde todo esse processo descrito pelo professor Paulo Roberto é essencialmente verdadeiro, sou professor de ensino médio de escolas particulares e públicas, além de cursinhos e universidades, garanto que tudo que foi dito é verdade, esses que criticam na verdade não conhecem a realidade de 80% das escolas brasileiras, onde aprender deixou de ser necessário, e o "estar presente" é o que aprova os alunos, sejamos realistas e deixemos de encobrir as verdades, a educação baseada em construtivismo está falida nesses nosso moldes, tem que aparecer alguém com visão para modificar e tentar recuperar nossos jovens, sei o que digo, noto as dificuldades na pele, então amigo, vc deveria acreditar em Deus sim, já que para vc, ao menos é o que demonstra, Piaget está acima de Deus, já que vc reza por Piaget e se diz ateu ....