Não para ficar, claro, apenas para se despedir, e quem sabe preparar sua campanha à presidência da França, se não agora, provavelmente em cinco anos.
Law & Order fica sem um caso interessante (e picante) para servir de roteiro a algum episódio envolvendo figuras políticas (como já teve em sua série), e o noticiário de jornal perde um personagem das páginas policiais e judiciais, para movê-lo para as páginas de política.
Paulo Roberto de Almeida
Sob aplausos, Strauss-Kahn visita sede do FMI em Washington
Reuters/Brasil Online, 29/08/2011 às 20h47m
WASHINGTON (Reuters) - Dominique Strauss-Kahn voltou nesta segunda-feira à sede do Fundo Monetário Internacional pela primeira vez desde que foi liberado das acusações de abuso sexual que o levaram a deixar o comando da instituição. Ele pediu desculpas aos funcionários e foi calorosamente aplaudido.
Na companhia da esposa, Anne Sinclair, o francês chegou guiando um carro à sede do FMI, em Washington, e se reuniu rapidamente com a sucessora, Christine Lagarde, sua compatriota.
Depois, longe dos cinegrafistas e fotógrafos que passaram o dia acampados diante da entidade à espera dele, Strauss-Kahn falou a funcionários em um auditório lotado.
"Ele recebeu uma acolhida muito calorosa", disse Paulo Nogueira Batista, representante do Brasil e de um grupo de oito países latino-americanos no FMI, após o encontro.
"Isso reflete o fato de que ele é muitíssimo apreciado na instituição", acrescentou. "As pessoas o aplaudiram por longuíssimos períodos."
Outro participante disse, pedindo anonimato, que os funcionários começaram espontaneamente a aplaudir antes mesmo que Strauss-Kahn falasse. Essa fonte afirmou que o francês não citou o seu processo, mas afirmou que o Judiciário dos EUA havia sido justo.
O FMI disse que a visita foi em caráter pessoal, marcada a pedido dele.
Antes de ele chegar, alguns funcionários se mostraram indignados, enquanto outros manifestavam pesar pelo destino de Strauss-Kahn e diziam que pretendiam homenageá-lo pelo seu trabalho à frente da instituição.
Strauss-Kahn comandou o FMI - principal "bombeiro" da economia mundial - durante quatro anos, até renunciar em 18 de maio, depois de ser detido em Nova York pela acusação de ter tentado estuprar uma camareira de hotel.
Na semana passada, o processo foi arquivado porque os promotores disseram ter dúvidas sobre a credibilidade da acusadora.
Até ser preso, Strauss-Kahn era considerado favorito para ser eleito presidente da França em 2012, mas o caso praticamente acabou com a carreira política dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.