Em dobro07/08/2013 | 13h30
Custo de estádios no Brasil ultrapassa o das Copas da África e Alemanha juntos
Dinheiro gasto nos estádios brasileiros daria para pagar as duas últimas competições
Mesmo com a conclusão de seis dos 12 estádios da Copa, o gasto com as obras continuam crescendo. A última revisão do valor alcançou os R$ 8 bilhões — número 285% superior ao previsto em outubro de 2007, quando o Brasil foi anunciado como sede do Mundial do próximo ano e o preço das reformas e construções era de R$ 2,8 bilhões.
Com o novo valor, o Brasil aumentou a diferença nos gastos em relação às Copas de 2006 e 2010 — agora, os estádios brasileiros custam duas vezes mais. Na África do Sul, o custo total das dez arenas foi de R$ 3,27 bilhões. Na Alemanha, 12 estádios saíram por R$ 3,6 bilhões.
Os custos aumentaram recentemente na Arena da Amazônia, na Arena da Baixada, no Maracanã e no Mané Garrincha. As revisões foram responsáveis por um acréscimo de quase R$ 1 bilhão. Em abril deste ano, antes dos reajustes, a Matriz de Responsabilidades apontava gastos na ordem de R$ 7,031 bilhões.
O aumento da conta ocorre até mesmo nos estádios já concluídos, como o Maracanã e o Mané Garrincha. No Rio, o governo afirmou que o aumento de R$ 59,7 milhões, divulgado na semana passada, está ligado ao "reajuste de preços e atualização monetária". Em maio, o custo do estádio já havia sofrido um acréscimo de R$ 277 milhões, ultrapassando a marca de R$ 1 bilhão.
Em Brasília, o mesmo cenário. No contrato assinado em 2010, o Mané Garrincha estava orçado em R$ 696 milhões. No entanto, 19 aditivos foram responsáveis por um acréscimo de R$ 337 milhões. Além disso, o custo da cobertura, dos assentos, do gramado e do placar eletrônico elevou a conta em mais R$ 193,1 milhões. Hoje, o estádio tem preço fixado em R$ 1,43 bilhão.
Nos dois casos, o valor triplicou. Em 2009, a previsão era que a reforma do Maracanã custasse R$ 400 milhões. A construção do novo Mané Garrincha sairia por R$ 520 milhões.
Duas obras em andamento também tiveram os valores reajustados. Em Curitiba, o aumento de R$ 46 milhões ocoerreu por conta do retardamento de um ano no cronograma. A Arena da Baixada está orçada, agora, em R$ 265 milhões. A Arena da Amazônia, por sua vez, passou de R$ 550 milhões para R$ 605 milhões.
Confira o custo de cada estádio:
Arena Corinthians: R$ 855 milhões
Arena da Baixada: R$ 265 milhões
Arena da Amazônia: R$ 605 milhões
Arena das Dunas: R$ 350 milhões
Arena Pantanal: R$ 519,4 milhões
Arena Pernambuco: R$ 529,5 milhões
Beira-Rio: R$ 330 milhões
Castelão: R$ 623 milhões
Fonte Nova: R$ 591,7 milhões
Mané Garrincha: R$ 1,43 bilhão
Maracanã: R$ 1,19 bilhão
Mineirão: R$ 695 milhões
Arena Corinthians: R$ 855 milhões
Arena da Baixada: R$ 265 milhões
Arena da Amazônia: R$ 605 milhões
Arena das Dunas: R$ 350 milhões
Arena Pantanal: R$ 519,4 milhões
Arena Pernambuco: R$ 529,5 milhões
Beira-Rio: R$ 330 milhões
Castelão: R$ 623 milhões
Fonte Nova: R$ 591,7 milhões
Mané Garrincha: R$ 1,43 bilhão
Maracanã: R$ 1,19 bilhão
Mineirão: R$ 695 milhões
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