Nota introdutoria ao livro de Romeu Tuma Jr sobre a republica doscompanheiros
Introdução ao livro Assassinato de Reputações, Romeu Tuma Jr., Claudio Tognoli
Estas linhas são escritas sob o clamor das ruas e demandas populares jamais vistas, ora a paralisar o Brasil, e a bestificar os governantes.
Os jovens e adolescentes de hoje, entre 15 e 25 anos, são as crianças cujos pais ouviram, há 10 anos, o mercador de ilusões dizer que a esperança vencera o medo.
São as gerações que, a ao fim e ao cabo, sem esperança e com medo, receberam a conta do Mensalão.
Acabou a época do Amém: bolsa família, IPI do carro reduzido e empréstimos milionários do BNDES degeneraram em nada; e já são incapazes de comprar o silêncio e o inquietante conformismo de quem sempre compraram, nesta ordem: pobres, nova classe média e empresários.
O PT estava acostumado a governar para quem votava nele, fosse na expectativa das sinecuras do aparelho estatal, fosse na coquete esperança alimentada, sempre, pelos que se comprazem em ouvir promessas da boca para fora.
O lulo-petismo subestimou a fatia de 30% do eleitorado que votou em branco, nulo ou se absteve nas últimas eleições. Ao contrário do que reza a vulgata marxista, não eram alienados políticos, mas descontentes cujo ronco das vozes, impenitente e nas ruas, é aquele que ora os governos não conseguem interpretar.
O que sempre esteve em xeque não foram os 20 centavos, sabemos, e sim os 30% desse eleitorado, ora a ver uma luz no fim do túnel (que nada mais é do que o trem petista, vindo na contramão, e sem maquijnista). Bastou que tais irresignados juntassem as duas partes do anel de Shazan para que o pais começasse a se liquefazer pela vontade popular.
Eles, do PT, não querem entender o que está acontecendo, simplesmente porque custam a entender o que está acontecendo. Jamais acreditaram que havia tanta gente contra o atual estado das coisas.
Nos últimos anos o petismo absorveu, das demandas populares, extratos do discurso que interessava ao aparelho de estado. É o que, no íntimo do poder, em que as decisões petistas são tomadas, convencionou-se chamar de “criar agenda” e puxar o protagonismo para o governo”. Mas até tal mágica parou de encantar a quem deveria.
O país voltará aos trilhos, dirão. Mas, reimposta a ordem, não se iludam: não se cai mais nesse golpe de tirar o eco das ruas e convertê-lo em agenda de protagonismo governamental – como se esse, presciente em sua onipotência, já se soubesse capaz de antecipar o que o povo quer …
O controle das ONGS, do Judiciário, da PF, estes sonhos tão docemente acalentados por Lula e seus apaniguados já encontrarm o seu fim. E, enquanto relatamos estas linhas , o monopólio sobre a consciência das massas tem seu futuro decretado como mais negro que asa de graúna …
ROMEU TUMA JR.
CLÁUDIO TOGNOLLI
Caro Diplomata,
ResponderExcluirSugiro a leitura desse editorial sobre as perspectivas petistas e da esquerda para as eleições de 2014...
Pensam que a "elite conservadora" está tramando um golpe... Leio outros blogs esquerdistas que também pensam a mesma coisa...
http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/A-vez-dos-amigos-do-povo/29887