segunda-feira, 26 de maio de 2014

DIP: os companheiros adorariam ter um...


NESTA DATA
O Departamento de Imprensa e Propaganda é fechado por Getúlio Vargas
O fim do Departamento de Imprensa e Propaganda aconteceu em 25 de maio de 1945.
Opinião e Notícia, 25 de maio, 2014

O Departamento de ImpreNsa e Propaganda (DIP) fora criado mediante a preocupação de Getúlio com o desenvolvimento dos meios de comunicação no país. Com isso, ele via necessidade de controlar, manipular, regular e censurar todas as empresas comunicacionais que atuavam em solo brasileiro. Outro motivo para a criação desse órgão era o de que Vargas chegara ao poder sem nenhum suporte partidário e precisava fortalecer sua imagem perante a massa e disseminar os ideais do Estado Novo.
Com isso, o DIP começou a controlar todos os meios de comunicação existentes no país. Sobre o comando de Lourival Flores, os departamentos de divulgação, radiodifusão, teatro, cinema, turismo e imprensa do órgão tinham como tarefas ordenar, guiar e centralizar a publicidade local e exterior; censurar todos os tipos de empresas e promover eventos patrióticos e exposições. Para melhorar a imagem de Getúlio, foi criado o programa “Hora do Brasil”, o qual transmitia uma série de matéria exaltando as realizações feitas no governo. Além disso, foi incluído em todas as sessões de cinema, antes do filme começar, uma série de documentários em formato de curta-metragem, que ficou conhecido como “Cinejornal Brasileiro”.
O Departamento era visto como um ‘superministério’, por ser de extrema eficácia e de suma importância para Getúlio Vargas. E com tanta influência sobre os meios midiáticos, no dia do aniversário do presidente, 19 de abril, o departamento o intitulou como “Dia do Presidente”, fato que obrigava a imprensa fazer propaganda da ditadura.
A força e o medo que a censura do DIP causava era visto nas redações dos jornais na época. Os jornalistas sempre minimizavam as informações contra Getúlio ou o governo de qualquer forma possível. Caso os agentes do DIP encontrassem algo relativo sobre Vargas, eles tinham autonomia para suspender o fornecimento de papel e até fechar a empresa. As empresas que falavam bem do Getúlio tinham seu espaço publicitário comprado para a implantação da propaganda oficial. O fim do DIP aconteceu em 1945, após o fim da censura feita no jornal O Estado de São Paulo.

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