Lançamento do livro
O Homem que Pensou o Brasil: itinerário intelectual de Roberto Campos
(Curitiba: Editora Appris: 2017)
Seminário
no Rio de Janeiro comemora o centenário do estadista, economista e diplomata
Roberto Campos
Para comemorar o centenário de nascimento do economista
e diplomata Roberto Campos (em 17 de abril de 1917), a Fundação Alexandre de
Gusmão, com organização do IPRI, promove, em 18 de abril, na sede do Palácio
Itamaraty, Rio de Janeiro, o seminário “Roberto Campos: o homem que pensou o
Brasil”, com a participação de diversos autores do livro organizado por Paulo
Roberto de Almeida, O Homem que Pensou o Brasil: itinerário intelectual de
Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris, 2017), ademais de outras personalidades
que discutirão a importância do diplomata para a vida pública brasileira.
O evento começa às 9h com abertura pelo diretor
do Instituto de Pesquisa Relações Internacionais (IPRI), Paulo Roberto de
Almeida, e diversos outros representantes das entidades patrocinadoras (CEBRI,
Instituto Millenium, IBGE, Academia Brasileira de Letras, IBGE). Em seguida, será
aberta a primeira mesa de debates “O Intelectual” com o presidente do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Ernesto Lozardo; o docente na Faculdade
Arthur Thomas, Londrina, Ricardo Velez Rodríguez; e o professor da Universidade
de Brasília (UnB), Eduardo Viola.
A atividade de Roberto Campos como “Parlamentar”
será o segundo tema de debate da homenagem. Para discorrer sobre o assunto, foram
convidados o jornalista da Rede Globo e membro da Academia Brasileira de Letras
(ABL), Merval Pereira, o embaixador Carlos Henrique Cardim e os professores da
UnB, Antônio José Barbosa, consultor legislativo, e Paulo Kramer, assessor
legislativo.
No início da tarde, a terceira mesa será
composta pelo ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco; o economista e
professor, Luiz Alberto Machado; o cientista político e professor da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Reginaldo Perez; e o diretor da
Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) Roberto Castello Branco, para discutir o lado
“Estadista e modernizador” do diplomata.
Por fim, a vida de Roberto Campos será tratada
em “O diplomata” com participação do ex-ministro da Fazenda, Marcilio Marques
Moreira; a presidente da Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB), embaixadora
Vitoria Alice Cleaver; o gestor público do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão (MPOG), Rogério de Souza Farias; e o editor da
Topbooks, José Mário Pereira.
Roberto
Campos
Formou-se em filosofia em 1934 e em teologia em
1937, nos Seminários Católicos de Guaxupé e Belo Horizonte. Mestrado em
economia pela Universidade George Washington, Washington D. C. Ingressou no
serviço diplomático brasileiro em 1939. Foi consagrado Doutor Honoris Causa
pela Universidade de Nova York, em 1958, e pela Universidade Francisco
Marroquim, Guatemala, 1996. Roberto Campos foi deputado federal pelo PPB, RJ,
por duas legislaturas (1990 / 1998), após cumprir oito anos de mandato como
senador (1982 / 1990) em Mato Grosso, sua terra natal. Além disso, foi embaixador
em Washington e em Londres.
Participou, ao lado de Eugênio Gudin, do
Encontro de Bretton Woods, que criou o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional (FMI), negociou os créditos internacionais do Brasil no
pós-guerra (origem da Companhia Siderúrgica Nacional - Volta Redonda),
coordenou as ações econômicas do Plano de Metas do Governo Juscelino Kubitschek
e foi ministro do Planejamento e Coordenação Econômica durante o Governo
Castelo Branco.
Defensor incondicional das liberdades
democráticas e da livre iniciativa durante mais de 40 anos, em palestras,
conferências, livros e artigos, Campos defendeu a inserção do Brasil no
contexto da economia internacional, com base na estabilidade monetária, na
redução do tamanho e da influência da máquina administrativa nas atividades
produtivas e na modernização das relações entre o Estado e a sociedade.
Em seu mais comentado livro, “A Lanterna na Popa”,
fez uma auto-avaliação da trajetória como diplomata, economista e parlamentar,
descrevendo detalhes da convivência com John Kennedy, Margareth Thatcher,
Castelo Branco, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Jânio Quadros.
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