Minha declaração preventiva em tempo hábil:
O candidato que for eleito em um dos polos, não o será com unanimidade, isso é evidente, mas o mais relevante é que será imediatamente contestado na outra ponta como não legítimo, pela intolerância já demonstrada por ambos os lados. Ou seja, temos uma receita para animosidades, para manifestações, para uma crise permanente. Precisamos de uma pacificação para poder administrar a crise, que é real e pode se agravar. Algum candidato teria essa fórmula? Conheço um ou dois que podem ter esse papel, mas são não competitivos pelas pesquisas. Em resumo: a sociedade brasileira resolveu se situar nos extremos e isso é muito triste; não apenas isso, não ajuda em nada na superação da crise. Temo que passaremos mais 4 anos no pântano.
Não é inédito na história: países, nações, sociedades já enfrentaram longos períodos de retrocessos, decadência ou estagnação e isso se deve fundamentalmente por inépcia, inconsciência, incompetência e corrupção das suas ELITES (ou o que passa por tal), pois o “popolo minuto” (como diria Maquiavel nas suas Storie Fiorentine) não é responsável pela sua própria deseducação.
Minha mensagem aqui é muito clara: responsabilizo as elites brasileiras, ineptas, corruptas e inconscientes, pela atual decadência brasileira.
A despeito disso, continuarei trabalhando em prol da melhoria material e MENTAL do Brasil.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25 de setembro de 2018
Complementos à mini-reflexão:
1) Quem fará o gesto não apenas magnânimo, mas simplesmente inteligente, e absolutamente necessário, de tomar a iniciativa de sentar, conversar e se dispor ao sacrifício absolutamente imprescindível de renunciar às suas ambições pessoais, mesquinhas, de pequena política, para pensar no destino do Brasil e dos brasileiros?
A incapacidade de esses quatro ou cinco candidatos centristas de se concertarem entre si para formar uma coalizão dos “bons”, nos deixará, e ao Brasil, entregues a um dos polos, ambos inadequados e indesejados na situação atual do país.
Se tal conferência dos “razoáveis” não for conduzida rapidamente, os brasileiros se dividirão nos dois polos atualmente melhor posicionados. Isto será um desastre para o país, com toda a ênfase que eu posso emprestar à palavra DESASTRE.
Será a confirmação definitiva de que nossas pretensas “elites” são efetivamente ineptas, inconscientes e declaradamente estúpidas. Elas próprias estarão decretando a falência da construção de uma nação razoável, e estarão convidando outras elites, os quadros de classe média bem formados, a deixarem definitivamente o Brasil, como muitos já estão fazendo.
Quando um país perde os seus melhores quadros, como já aconteceu na Venezuela, ela já está convidando oportunistas criminosos a tomarem conta do Estado.
Não terá sido por falta de aviso de minha parte.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25/09/2018
2) Leitura absolutamente imperdível: uma grande entrevista, de um grande político (de um pequeno estado), um grande ser humano.
A Grande Guerra (14-18) arruinou absolutamente a Europa e o mundo: os grandes problemas atuais ainda derivam de seus efeitos deletérios, sobretudo em termos de ideias (fascismo, comunismo, dirigismo, etc.). Ela não teria acontecido se os líderes (imperadores e um presidente) tivessem conversado mais uns com os outros do que terem ouvido seus generais, que prometiam uma guerra curta e vitoriosa.
Pois eu proclamo a necessidade de os quatro ou cinco candidatos de centro de se reunirem numa conferência política pré-guerra (eleições) para decidirem sobre o destino maior do Brasil, que não será resolvido por um dos dois polos.
Leiam a entrevista do Paulo Hartung e tenham esse gesto magnânimo e inteligente. Do contrário teremos uma Grande Guerra no Brasil e todos os seus efeitos devastadores (fascismo, comunismo, dirigismo, etc.).
De um leitor da História.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25/09/2018
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