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RAÍZES DO BRASIL - SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA
Publicada em 1936, "Raízes do Brasil" aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira. O texto consiste de uma macrointerpretação do processo de formação da sociedade brasileira.
A tese central é a de que o legado personalista da experiência colonial constituía um obstáculo a ser vencido para o estabelecimento da democracia política no Brasil. Destaca, nesse sentido, a importância do legado cultural da colonização portuguesa do Brasil e a dinâmica dos arranjos e adaptações que marcaram as transferências culturais de Portugal para a sua colônia americana.
Vale notar as atuais críticas à obra, a mais recente por Jessé Souza, em A elite do Atraso, dado que Sérgio Buarque constrói, em essência, uma visão culturalista, numa tentativa de substituir o racismo vigente à época, do contexto sociocultural brasileiro.
O ABOLICIONISMO - JOAQUIM NABUCO
Através da análise do livro de Joaquim Nabuco, intenso defensor do abolicionismo, percebem-se argumentos sólidos e, sem dúvida, ainda vivos no pensamento concernente à realidade nacional.
O abolicionismo foi visto por Nabuco de forma a transcender o aspecto humanitário da exploração da raça negra e também como uma necessidade de desenvolvimento moral e econômico para o país.
Pensar a relevância de tais argumentos torna-se o centro do trabalho proposto e nos abre a uma frutífera reflexão sobre a modernidade brasileira.
SER ESCRAVO NO BRASIL - KÁTIA DE QUEIRÓS MATTOSO
Publicada inicialmente na França em 1979, "Ser escravo no Brasil" teve quatro edições em português e uma em inglês antes de ter sua segunda edição em francês.
Tornou-se, de fato, uma obra de referência indispensável para quem deseja compreender o Brasil e a escravidão na América.
A INTEGRAÇÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE DE CLASSES - FLORESTAN FERNANDES
Um dos objetivos de "A integração do negro na sociedade de classes" é o de demolir o mito da “democracia racial” brasileira e o autor, Florestan Fernandes, analisou diversos dados referentes à população negra em São Paulo, especialmente na primeira metade do século XX.
O que fica bem claro é que a abolição da escravatura libertou os negros “oficialmente”, mas que na prática a discriminação e a submissão da população negra aos brancos continuaram na vida cotidiana.
Ignorados pela República, que se preocupou mais em trazer milhares de imigrantes europeus com o indisfarçável objetivo de promover o branqueamento da população brasileira, os negros acabaram por ser preteridos pelos imigrantes no mercado de trabalho.
CASA GRANDE E SENZALA - GILBERTO FREYRE
"Casa-Grande & Senzala" é um livro do sociólogo brasileiro Gilberto Freyre publicado em 1933. Freyre apresenta a importância da casa-grande na formação sociocultural brasileira, assim como a da senzala na complementação da primeira.
FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO, COLÔNIA - CAIO PRADO JUNIOR
Em sua obra, Caio Prado busca salientar a formação econômica do povo brasileiro, bem como o desenvolvimento do capitalismo.
No seu conjunto, a colonização toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu.
Este é o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos fundamentais, tanto no plano econômico como no social, da formação e evolução da formação da história dos trópicos americanos.
AMERICA LATINA, MALES DA ORIGEM - MANOEL BOMFIM
Livro publicado em 1905, é referência para os estudiosos das ciências sociais brasileiras. Embora Sergio Buarque de Holanda, Celso Furtado, Gilberto Freyre tenham se tornado mais populares entre os leitores por suas obras da década de 1930, Bomfim foi pioneiro em criticar o “parasitismo social” no Brasil.
A diferença de Bomfim para os demais é que ele não foca seu estudo apenas na realidade brasileira, mas analisa a América Latina em geral.
Para ele, “da civilização, os latino-americanos só possuem os encargos”, chegando ao extremo de dizer que “nem paz, nem ordem, nem higiene, nem cultura, nem instituições, nem gozos estéticos, nem riqueza, nem trabalho livre, muitas vezes nem possibilidade de trabalhar, nem atividade social, nem instituições de verdadeira solidariedade e cooperação; nem ideias, nem glórias, nem beleza (…) Sociedades novas, inegavelmente vigorosas, prontas a agir, mas, nas quais, toda a ação se resume na luta terra a terra pelo poder, no que ela tem de mais mesquinho e torpe. Fora daí, a estagnação: miséria, dores, ignorância, tirania, pobreza.”
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