Em 3 de janeiro de 2018, eu “publicava” a seguinte nota na minha página do Facebook:
Pela definição de imperialismo de Rosa Luxemburgo e de Lênin (que aliás copiaram de Hobson), segundo a qual um país imperialista é um "exportador de capitais", o Brasil já é, desde muito tempo, um país imperialista:
"70% das novas indústrias no Paraguai vêm do Brasil.”
Pois bem, hoje, 3 de janeiro de 2021, fui relembrado disso pelo FB e reproduzi a nota com este comentário inicial:
Creio que deve continuar assim, ou seja, o “imperialista” Brasil “exporta” suas indústrias para o Paraguai, o que é excelente para o vizinho país guarani, que cresce e fica um pouco mais rico (era o de menor renda per capita do Mercosul, não sei se ainda é).
O Brasil se desindustrializa precocemente, seja porque várias dessas indústrias fecham por não serem mais competitivas, em face de importações (ainda que continuemos protecionistas, mas a defasagem não é coberta pela tarifa e outras taxas), seja porque outras se mudam para o Paraguai, para a China, para não desaparecerem justamente.
A culpa? Não é só da Receita, ainda que esta seja focada exclusivamente na arrecadação, qualquer que seja o estado do paciente.
Tudo é caro no Brasil: mão de obra, energia, transportes, burocracia, até a corrupção, que saiu da faixa dos milhares para a dos milhões.
O Brasil retrocede? Certamente! Até quando vira “imperialista”.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3/01/2021
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