Sobre uma eventual e ainda incerta mudança no Itamaraty
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 22/01/2021
Sim, o atual chanceler acidental ultrapassou todos os limites do razoável e da dignidade pessoal, ao defender, e até mesmo recrudescer, no tocante às posturas absolutamente alopradas dos donos do poder em matéria de política externa e de diplomacia.
Sim, ele é o PIOR chanceler em 200 anos de história, mas mesmo tal escala comparativa é inaplicável na prática, pois NUNCA tivemos profissional tão desequilibrado e tão medíocre na gestão de área tão sensivel não só para a imagem do Brasil no mundo, mas também para a defesa concreta dos interesses nacionais e dos resultados econômicos para a comunidade de negócios.
Sim, ele se mostrou indigno com respeito a valores e princípios tão caros na tradição dos altos padrões de trabalho seguidos pela diplomacia profissional, e até com respeito a cláusulas constitucionais que ele violou seguidamente, notadamente no campo da não intervenção nos assuntos internos de outros países e, sobretudo, na defesa da independência nacional, pois que sacrificou o interesse nacional ao se subordinar de forma vil a dirigentes de uma potência estrangeira.
Sim, ele demonstrou não possuir nenhum laivo de racionalidade, ou até de auto estima, ao se submeter de forma canina, servil, como um capacho indigno, às piores loucuras antiplomáticas de assessores ineptos do círculo do poder e mesmo às idiossicrasias claramente prejudiciais ao Brasil defendidas pelos ignaros da família presidencial em assuntos externos.
Sim, ele representa tudo o que os diplomatas profissionais mais rejeitam, e por isso tem sido objeto do desprezo dos colegas de carreira, a ponto de ser alvo de zombarias clandestinas e de ter sido agraciado com epítetos depreciativos, entre eles o de Beato Salu, personagem histriônico da literatura novelesca.
E, no entanto, acaba de ser defendido pelo degenerado dirigente máximo da obra execrável na política externa, dizendo que ela é “excepcional”. Mas isso era esperado, pois o inepto capitão teima em se contrapor a todo o mundo.
E o que conta, finalmente, é que o chanceler acidental se esmera ao máximo em seguir caninamente seus chefes, obedecendo servilmente aos ainda mais ineptos controladores imediatos, o filho 03, um despreparado completo em temas internacionais e um aspone apelidado de Robespirralho.
Existe o precedente de “cair para cima”, como no caso do inacreditavelmente estúpido Weintraub, premiado com um cargo no exterior totalmente acima e além de sua notória incapacidade.
Pode ser o caminho do desequilibrado chanceler acidental, mas só no caso de problemas ainda maiores do que os já causados aos intereses dos grandes grupos econômicos, até aqui silentes e coniventes com os tremendos despautérios perpetrados por esse bando de ignorantes e despreparados.
Alguma pressão nesse sentido tem sido visível nos últimos tempos, e podem se acentuar com os desastres acumulados no combate à pandemia, e em face do extraordinário e inédito isolamento internacional do Brasil, cujo chanceler não tem diálogo com NENHUM dos grandes parceiros econômicos do Brasil.
Mas, justamente, o inepto e voluntarioso dirigente adora posar de “macho”, contrariando todas as opiniões alheias e até o senso comum e o consenso geral.
De toda forma, os aloprados no poder precisam de um outro capacho no Itamaraty, o que pode ser difícil de conseguir; ninguém de fora, ou mesmo algum quadro profissional conseguiria ser tão indigno na subserviência quanto tem demonstrado ser o chanceler acidental; se existir, poderia ser apenas o prolongamento da demolição da política externa e da diplomacia.
Paulo Roberto de Almeida
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