Ah, esse globalismo opressor...
Paulo Roberto de Almeida
O chanceler acidental remete a um livro sobre o glorioso triunfo do império americano (do bem, evidentemente) e da sua absoluta necessidade para a preservação da civilização judaico-cristã.
Ele diz que “o comunismo soviético fracassou no projeto” de destruir a América, e no final pergunta, de forma aparentemente aflitiva:
“Estaria o globalismo conseguindo?”
Esse cara tem uma obsessão, e uma paúra, com o tal de globalismo que só pode ser trauma de infância — mas o termo ainda não estava na moda — ou então é fixação doentia no catch-word preferido dos atuais conspiradores da extrema-direita (mas isso por necessidade de manutenção do cargo).
O Trump já fez boa parte do serviço, ao colocar em cheque metade das instituições multilaterais que seus antecessores criaram desde Bretton Woods.
O Bolsovirus não tem capacidade, nem poder, para destruir qualquer uma: ele só deixa de pagar as dotações do Brasil, com a aquiescência canalha do chanceler acidental, para maior vergonha dos diplomatas.
Este último vai continuar lutando contra o globalismo depois que for defenestrado do Itamaraty, ou era tudo figuração, para se legitimar aos olhos dos amadores ineptos que mandam nele?
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 11/01/2021
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